Avaliação clínica de restaurações provisórias em dentes tratados endodonticamente
1. CONDIÇÃO CLÍNICA DAS RESTAURAÇÕES
PROVISÓRIAS REALIZADAS EM DENTES
TRATADOS ENDODONTICAMENTE: UM
ESTUDO PRELIMINAR
Orientadora: Profª. Drª. Ivana Froede Neiva
Alunas: Allana Pivovar
Camila Pinheiro Furquim
2. INTRODUÇÃO
Após o término da terapêutica endodôntica, quando os
canais já estiverem obturados, existe a necessidade da
manutenção do SELAMENTO DA CÂMARA
PULPAR, para que não ocorra infiltração, fato que pode
conduzir ao insucesso de toda a terapêutica
(PECORA et al., 2002).
3. Pedro Canta, João; N.R. Martins, Jorge; Coelho, Ana;
Publicado na Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac..2011; 52 :89-97
4. OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é avaliar clinicamente os
materiais utilizados e a qualidade das
restaurações provisórias dos dentes tratados
endodonticamente em pacientes da clínica
Odontológica do Curso de Odontologia da
Universidade Federal do Paraná.
5. MATERIAIS E MÉTODOS
• AMOSTRA DE CONVENIÊNCIA:
o Pacientes atendidos na disciplina de
Endodontia B e C da UFPR
o Dentes com indicação de restauração pela
técnica direta.
•AVALIAÇÃO CLÍNICA:
o Auxilio de sonda, espelho e luz artificial.
•ANOTAÇÕES EM FICHA CLÍNICA
• RESTAURAÇÃO DEFINITIVA.
9. RESULTADOS
SEM ALTERAÇÃO 47%
MANCHAMENTO 23,50%
INFILTRAÇÃO MARGINAL 0
FENDA OU FRATURA MARGINAL 5,90%
IRM 17
SOLUÇÃO OU DESINTEGRAÇÃO DO MATERIAL 0
PERDA PARCIAL DO MATERIAL 17,30%
PERDA TOTAL DO MATERIAL 5,90%
SEM ALTERAÇÃO 65,90%
MANCHAMENTO 12%
INFILTRAÇÃO MARGINAL 4,90%
FENDA OU FRATURA MARGINAL 22%
MAXXION R 41
SOLUÇÃO OU DESINTEGRAÇÃO DO MATERIAL 2,40%
PERDA PARCIAL DO MATERIAL 7,30%
PERDA TOTAL DO MATERIAL 0
Tabela 2. Condições clínicas das restaurações provisórias, de acordo com o
material.
11. DISCUSSÃO
PISANO et al. (1998), ANSELMO (2009) e
FERNANDES (2011) afirmam que nenhum material
provisório é totalmente eficaz contra a infiltração
marginal.
12. DISCUSSÃO
SEM ALTERAÇÃO 47%
MANCHAMENTO 23,50%
INFILTRAÇÃO MARGINAL 0
FENDA OU FRATURA MARGINAL 5,90%
IRM 17
SOLUÇÃO OU DESINTEGRAÇÃO DO MATERIAL 0
PERDA PARCIAL DO MATERIAL 17,30%
PERDA TOTAL DO MATERIAL 5,90%
SEM ALTERAÇÃO 65,90%
MANCHAMENTO 12%
INFILTRAÇÃO MARGINAL 4,90%
FENDA OU FRATURA MARGINAL 22%
MAXXION R 41
SOLUÇÃO OU DESINTEGRAÇÃO DO MATERIAL 2,40%
PERDA PARCIAL DO MATERIAL 7,30%
PERDA TOTAL DO MATERIAL 0
13. DISCUSSÃO
O’BRIEN; RYGE, 1981 contesta o uso do IRM
devido à sua solubilidade e desintegração
nos fluidos bucais
Porém, alguns pesquisadores preconizam o uso
deste material em situações provisórias
(VELASCO; MAGALHÃES, 1980)
14. DISCUSSÃO
SEM ALTERAÇÃO 47%
MANCHAMENTO 23,50%
INFILTRAÇÃO MARGINAL 0
FENDA OU FRATURA MARGINAL 5,90%
IRM 17
SOLUÇÃO OU DESINTEGRAÇÃO DO MATERIAL 0
PERDA PARCIAL DO MATERIAL 17,30%
PERDA TOTAL DO MATERIAL 5,90%
SEM ALTERAÇÃO 65,90%
MANCHAMENTO 12%
INFILTRAÇÃO MARGINAL 4,90%
FENDA OU FRATURA MARGINAL 22%
MAXXION R 41
SOLUÇÃO OU DESINTEGRAÇÃO DO MATERIAL 2,40%
PERDA PARCIAL DO MATERIAL 7,30%
PERDA TOTAL DO MATERIAL 0
Soares et al. (2002) relatam que a resistência mecânica do ionômero de vidro é
baixa, mas adequada às exigências de uma restauração temporária.
15. DISCUSSÃO
ESTRELA et al. (2008), OLIVEIRA et al. (2003),
SEILER e MADARATI et al (2008) → CIV mostra
melhor desempenho quando comparado ao IRM
Este fato provavelmente deve-se a algumas de suas
adesão e coeficiente de
propriedades físicas, como
expansão térmica linear similar às estruturas
dentais, segundo JORDAN e SUZUKI (1991).
16. CONCLUSÃO
o Nenhum dos materiais possui o desempenho
clínico ideal.
o Restaurações de cimento de ionômero de vidro
(Maxxion R) apresentaram menores alterações
clínicas.
17. REFERÊNCIAS
ANSELMO, C. A importância do selamento coronário temporário em relação à
microinfiltração: revisão de literatura. 2009. Disponível em:
<http://www.apcdrsa.org.br> Acesso em: 15 ago. 2012.
BARATIERI, N.,L. et al. Abordagem Restauradoras De Dentes Tratados
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ltda, SP, p.610-671, 2001.
BARTHEL, R.C. et al. Leakage in roots coronally sealed with different temporary
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ESTRELA C. R.; RIBEIRO R. G.; MOURA M. S.; et al. Infiltração Microbiana em Dentes
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Acesso em: 15 ago. 2011.
18. REFERÊNCIAS
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v.36, n.1, p.91-6, 2007.
OLIVEIRA, M. D. M.; OLIVEIRA, L.B.; GONÇALVES, A. F.; et al. Avaliação in vitro da
microinfiltração de materiais utilizados no selamento da câmara pulpar e como
restauração temporária após pulpectomia em molares decíduos, utilizando a pasta
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OLIVEIRA E. P. M.; QUEIRÓZ M. L. P.; MELO T. A. F.; et al. Infiltração Coronária em
Dentes Tratados Endodonticamente e com Perda da Restauração Provisória. Rev Odontol
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19. REFERÊNCIAS
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PINHEIRO, C.C.; SANTOS, S.F.; SCELZA, M.F.Z. Estudo comparativo da infiltração
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1, p. 59-63, 1997.
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12-18,1995.
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n. 2, p. 143-149, 2004.
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