O documento descreve a história do uso de tijolos de barro e cimento na construção, as características desejadas de tijolos, argamassas e tintas. Também discute os sintomas, causas e mecanismos da deterioração de paredes de alvenaria de tijolo furado revestidas com argamassa de cimento.
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Sintomas, Causas e Mecanismos
introdução
Caracterizar as patologias que hoje afectam as paredes de alvenaria de tijolo
furado revestidas com argamassa de cimento terá certamente um enquadramento
mais perceptível quando antecedida de um levantamento histórico-cronológico
sobre os dois principais materiais de base que servem de suporte á sua
construção: Barro e cimento.
Idade Média
10.000 aC – Manufacturação de tijolos de barro cozidos ao sol pelas civilizações Assírias e Persas.
5.000 aC – Utilização de tijolos de barro cozidos ao sol pelos Reis Egípcios na construção de
muros de fortaleza aos seus monumentos.
4.000 aC - Primeiros exemplos de arquitectura Egípcia e Persa com pequenas casas feitas á base
de tijolos de barro cru seco ao sol, usando-se, como argamassa de ligação, uma liga
constituída por mistura de gesso calcinado, sendo, de certa forma, a origem do cimento. Por
esta data, os europeus começaram a utilizar as primeiras tintas para a construção civil,
queimando pedra calcária e misturando com água para proteger e decorar as casas feitas de
barro. Nesta mesma altura, povos do sudoeste asiático desenvolviam a arte de fabricação de
lacas, verdadeiras antecessoras das tintas modernas.
3.000 aC – Primeiros tijolos de barro cozidos em forno.
1.200 aC – Generaliza-se o fabrico do tijolo na Europa e na Ásia
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600 aC – Jardins Suspensos da Babilónia, construídos com tijolos de barro cozido.
Actualidade
1758 – O inglês Smeaton consegue um produto de alta resistência, por meio da calcinação de
calcários moles e argilas com vista à produção de argamassa de cimento.
1918 – O francês Vicat obtém resultados semelhantes a Smeaton com a mistura de materiais
argilosos e calcários sendo considerado o inventor do cimento artificial.
1924 – Nesta data, um outro inglês, Joseph Aspdin, construtor, queimou conjuntamente pedra
calcária e argila, obtendo um pó fino a que chamou de Cimento Portland por apresentar cor e
propriedades de resistência e durabilidade semelhantes ás rochas das ilhas britânicas de
Portland.
1964 – Publicado em Portugal o primeiro código normativo com recomendações para a construção
em alvenaria de tijolo – NP 80 “Tijolos para alvenaria. Características e ensaios”.
1971 – Publicado o segundo código normativo – NP 834 “Tijolos de barro vermelho para alvenaria.
Formatos”.
1873 – O cimento Portland começou a ser aditivado com gesso cru e cloreto de cálcio para regular
o tempo de presa. No final deste século, na Alemanha e França, misturava-se graxa de cal ao
cimento que actuava como plastificante e hidrofugante.
1910 – Começaram a ser comercializados aditivos impermeabilizantes, aceleradores e
retardadores de presa.
Década de 40 do século XX – Surgiu, na Suécia um sistema de isolamento térmico de fachadas
pelo exterior, executado com lâ-mineral revestida com reboco de cimento e cal.
Década de 50 do século XX – Utilização em grande escala, na Alemanha, de sistema de
isolamento térmico pelo exterior, em silos de açúcar.
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Década de 60 do século XX - Generalizou-se neste mesmo país, a aplicação de isolamento térmico
em construções de uso doméstico.
2001 – Publicadas as normas NP EN 197:2001 “Cimento. Parte 1 – Composição, especificações e
critérios de conformidade para cimentos correntes” e a NP EN 197-2:2001 “Cimento. Parte 2 –
Avaliação da conformidade”.
2003 – Publicada a norma EN 998- Especificações para argamassas de alvenaria - Parte 1:
“Argamassa de reboco interior e exterior” e Parte 2: “Argamassas para assentamento”.
2007, 2008, 2010 – São publicadas as normas EN que actualmente estão em vigor e que regulam
as características técnicas de fabrico a que devem obedecer alguns dos mais utilizados
produtos para isolamentos térmicos em edifícios (EN14933:2007 para EPS; EN14934:2007
para XPS; en14064-1:2010 para MW; EN13170:2008 para ICB; EN13165:2008 para PUR)
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Este levantamento, que não se pretendeu exaustivo, revela-nos três aspectos
preponderantes e que certamente servirão para uma maior compreensão sobre
as diversas patologias que hoje afectam as paredes de alvenaria executadas
com tijolos de barro, assentes e rebocadas com argamassa de cimento.
1. A necessidade de cozer o tijolo para lhe dar maior resistência mecânica,
química e biológica;
2. A necessidade de argamassar as juntas para uma maior resistência mecânica
do conjunto bem como refechamento das mesmas de modo a conferir maior
estanquidade ao ar e à água.
3. A necessidade de proteger as superfícies das alvenarias utilizando argamassas
fabricadas com gesso calcinado e posterior protecção superficial com tintas em
cal e que ainda hoje se utilizam.
Considerando estas preocupações antigas bem como todo o processo evolutivo ao
longo dos tempos, quer na execução destes elementos da envolvente quer na
maior exigência funcional e de utilização a que estão sujeitos , abordaremos de
seguida o fenómeno actual da deterioração das paredes de alvenaria de tijolo
furado revestidas com argamassa de cimento e tinta de protecção,
evidenciando igualmente as causas que lhe estarão na origem bem como os
mecanismos que a desencadeiam.
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os tijolos
Tijolos de barro secando ao sol.
Tijolo de Barro Cru também conhecido como Adobe ou Adobo
muito utilizado na antiguidade caindo, actualmente, praticamente
em desuso devido á sua fraca resistência mecânica, química e
biológica.
Tijolo de barro maciço (burro) cozido.
Dimensões disponíveis 23x11x05 cm
23x11x06 cm
23x11x07 cm
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os tijolos
Tijolos de barro perfurado.
As dimensões são semelhantes ás apresentadas
para o tijolo maciço.
Tijolo de barro furado.
Apresenta maior variedade de dimensões. Com altura
constante de 20cm, comprimento de 30 ou 45cm e
largura que varia entre os 3 e os 22cm. São os mais utilizados na construção de
paredes correntes dos edifícios.
Existem ainda disponíveis no mercado outros tipos de tijolo de barro com
características e funções específicas para determinados fins:
Tijolos de encaixe, com furação vertical, tijolos
para enchimento com betão, refractários e outros,
não se enquadrando estes tipos no presente estudo.
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os tijolos
Pretende-se que os tijolos furados apresentem, como características principais:
1. Economia de fabrico e facilidade de aplicação;
2. Resistência mecânica;
3. Baixo peso;
4. Bom comportamento térmico;
5. Boa resistência aos agentes químicos e biológicos;
6. Boa aderência ás argamassas;
7. Estanquidade ao ar e água;
8. Resistência ao fogo.
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as argamassas para assentamento e revestimento
As argamassas para assentamento e revestimento do tijolo na execução das
paredes de alvenaria deste material deverão, actualmente, obedecer á norma
publicada em 2003. A EN 998, dividida em 2 partes, Especifica as condições
técnicas para produção de Argamassa para reboco interior e exterior (Parte 1) e
Argamassas para assentamento das alvenarias (Parte 2). Refira-se que o tempo
de cura para as argamassas de assentamento de tijolos deverá ser de 28 dias.
Pretende-se que as argamassas de assentamento desempenhem as seguintes
funções:
1. Boa resistência à compressão e flexão;
2. Baixa capilaridade;
3. Bom comportamento à retracção;
4. Boa resistência ao corte no conjunto tijolo-junta segundo a norma EN 1052-3.
As espessuras de junta para assentamento dos tijolos em paredes de alvenaria
podem variar entre os 10 e 20mm
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as argamassas para assentamento e revestimento
Analogamente ao que se referiu para as argamassa de assentamento também as
argamassas de revestimento deverão desempenhar funções específicas e bem
definidas:
1. Elevada durabilidade;
2. Bom comportamento à retracção;
3. Boa resistência aos sais, nomeadamente sulfatos;
4. Classe de resistência ao fogo elevada (A1);
5. Boa resistência á compressão;
6. Boa aderência aos 28 dias, nomeadamente após os vários ciclos climáticos;
7. Fraca absorção de água por capilaridade;
8. Fraco coeficiente de permeabilidade ao vapor de água;
9. Baixa condutibilidade térmica;
10. Boa consistência;
11. Boa ductilidade.
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as argamassas para assentamento e revestimento
Para que estas funções sejam garantidas, os materiais utilizados na produção das
argamassas deverão ter controlo rigoroso quer na qualidade quer nas dosagens,
tais como os inertes, o cimento, os aditivos (quando necessários) bem como a
água de amassadura.
Os revestimentos de reboco poderão ser efectuados numa única camada ou por
várias camadas.
A espessura ideal por camada para um reboco em paredes de alvenaria pode
variar entre os 15 e 20mm não devendo ser aplicadas 2 camadas sucessivas num
intervalo de tempo abaixo de 24 horas.
Quando se exija um reboco com espessura acima dos 40mm, deverão ser
aplicadas redes anti-retracção, (ex. fibra de vidro) com abertura igual ou inferior a
12mm.
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as argamassas para assentamento e revestimento
Reboco projectado com argamassa Reboco aplicado à colher e talocha
pré-fabricado com argamassa produzida em obra
Também as argamassas, nomeadamente as pré-fabricadas deverão ter marcação
CE. As argamassas produzidas em obra não têm qualquer tipo de controlo de
qualidade e, consequentemente, não garantirão as características anteriormente
mencionadas tornando a parede vulnerável a uma maior aceleração no
desenvolvimento de patologias.
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as tintas
As tintas aplicadas na construção civil e mais concretamente em paredes quer
interiores quer exteriores, para além do propósito arquitectónico e visual, têm como
função mais importante, o da protecção da superfície a pintar formando uma
primeira barreira entre os agentes atmosféricos (sol, chuva, vento) e biológicos ou
químicos, impedindo ou retardando a deterioração das argamassas de reboco.
As tintas, neste domínio, podem subdividir-se em produtos aquoso que utilizam
látex na sua composição ou de base solvente orgânica como as tintas de óleo ou
esmaltes sintéticos.
As matérias primas básicas para a produção de quase todos os tipos de tinta são
constituídas por resinas (alquídicas, epóxi, poliéster, vinílicas, nitrocelulósicas ou
acrílicas), pigmentos (substâncias insolúveis, utilizados para conferir cor ou
cobertura ás tintas), solventes (compostos orgânicos ou água responsáveis pela
viscosidade da tinta) e aditivos (fotoiniciadores iniciando a cura das tintas por UV,
secantes, inibidores de corrosão, dispersantes, bactericidas, coalescentes entre
outros).
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as tintas
As propriedades que se exigem numa película seca de tinta para a construção civil
são:
1. Boa resistência à intempérie;
2. Boa aderência à base;
3. Estabilidade de cor;
4. Neutralidade química em relação à base e vice-versa;
5. Aspecto decorativo pretendido;
6. Boa resistência aos fungos.
Os requisitos especiais (segundo EN 1062) para tintas a aplicar e pinturas de
paredes exteriores são:
1. Resistência aos fungos e algas;
2. Resistência aos alcalis (à formação de sais);
3. Resistência á sujidade;
4. Resistência à humidade, ao nevoeiro salino, ao SO₂ (dióxido de enxofre);
5. Durabilidade
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os isolamentos térmico-acústicos
Têm como principal objectivo aumentar a resistência térmica e acústica das
paredes.
Os materiais, pare este efeito, mais utilizados são os que apresentam uma
condutibilidade térmica λ baixa (polietileno extrudido XPS, expandido EPS ou
espuma de poliuretano PU com λ que varia entre os 0,055 a 0,032 W/m²/ºC, as
mantas minerais com λ que varia entre os 0,040 a 0,045 W/m²/ºC e as placas de
aglomerado de cortiça ICB com λ de 0,045 W/m²/ºC.
Os polietilenos e poliuretanos são materiais polímeros, não ecológicos, com uma
boa resistência à passagem de vapor de água e completamente combustíveis a
baixas temperaturas.
As mantas minerais ou os aglomerados de cortiça são materiais orgânicos e, por
isso, biodegradáveis, com fraca resistência à passagem de vapor de água mas
ainda assim muito utilizados na construção.
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Sintomas, Causas e Mecanismos
os isolamentos térmico-acústicos
São estas propriedades que conferem ao conjunto “parede” uma boa resistência
térmica e acrescentam ao sistema um aumento do seu comportamento acústico,
nomeadamente a sons que se propagam por via aérea.
Estes sistemas podem, no caso de paredes com 2 panos, ser aplicados
superficialmente pelo interior da parede, entre os panos ou pelo exterior.
Quer seja aplicado pelo interior ou pelo exterior têm a particularidade de eliminar
algumas pontes térmicas lineares e corrigir automaticamente as pontes térmicas
planas. Quando aplicado pelo interior terá a desvantagem de diminuir a inércia
térmica da fracção.
Aplicados entre panos de parede, situação mais comum, têm a desvantagem de
originar pontes térmicas para corrigir e a vantagem de se encontrarem mais
protegidos mecanicamente.
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Sintomas, Causas e Mecanismos
os isolamentos térmico-acústicos
As propriedades térmicas de uma parede na sua zona opaca, dependem da
aplicação dos isolamentos. Contudo uma parede incorpora igualmente uma parte
envidraçada com resistência térmica 3 a 6 vezes inferior ao da zona opaca. Esta
característica diminui a resistência térmica do conjunto, em particular nas zonas
envidraçadas.
As descontinuidades na resistência térmica das envolventes (quer interiores quer
exteriores), na maioria dos casos, originam a formação de condensações,
fenómeno que abordaremos mais adiante.
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Sintomas, Causas e Mecanismos
a evolução das paredes de alvenaria de tijolo
A evolução das paredes de alvenaria de tijolo têm, no último século, evoluído quer
nos processos construtivos, na diversidade de materiais aplicados e nas
exigências funcionais e arquitectónicas face ás diversas utilizações a que se
destinam.
A sua construção requer, caso a caso, estudos mais detalhados, efectuados em
fase de projecto e que deverão prever as condições em que esta se constrói bem
como os materiais a aplicar, face ao local onde se construa, à utilização que irá ter
e ao período de vida esperado.
Para tal, deverá o projecto prever, para cada caso e quando se justificar:
1. Cálculos de resistência (flexão, compressão e/ou corte);
2. Estudo das condições de apoio e confinamento bem como de fixação;
3. Pormenorização adequada nomeadamente de ligações, reforços e resolução
de pontos frágeis;
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Sintomas, Causas e Mecanismos
a evolução das paredes de alvenaria de tijolo
4. Descrição detalhada dos materiais, características destes, bem como a
indicação de períodos de tempo para reabilitações e/ou inspecções.
O processo evolutivo da construção de paredes não foi acompanhado por uma
evolução quer em projecto quer na execução.
Apresentam-se 2 gráficos das caudas que estão na origem das patologias em
paredes [ a)Portugal e b)Espanha ]
Percentagem de causas de anomalias por grupos a)Gonçalves, 2007 e b) Grupo Español del Hormigón.
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Sintomas, Causas e Mecanismos
os sintomas
Aborda-se neste estudo, a problemática da deterioração das paredes de alvenaria
não estruturais executadas com tijolo furado, por serem os elementos da
envolvente ou simples divisórias, mais comuns na construção de edifícios em
Portugal.
Entende-se por paredes não estruturais, aquelas que não desempenham funções
resistentes não fazendo por isso parte dos elementos principais da estrutura
resistente da construção.
As suas funções são confinadas ás envolventes dos edifícios suas divisórias
interiores e outros elementos secundários não abordados nesta apresentação.
A deterioração das paredes apresentam sintomas que podem dividir-se em 2
grupos distintos:
1. Patologias de ordem estrutural;
2. Patologias não estruturais.
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Sintomas, Causas e Mecanismos
os sintomas
As patologias de ordem estrutural afectam directamente a estrutura resistente da
parede, podendo colocar em causa o seu equilíbrio quer parcial quer total.
Englobam-se dentro desta classe de patologias:
1. Fissurações e perda de apoio
2. Envelhecimento dos materiais;
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Sintomas, Causas e Mecanismos
os sintomas
As patologias de ordem não estrutural tem origem em factores externos à
estrutura da parede, colocando em risco o seu desempenho enquanto elemento da
envolvente, elemento de divisória ou elemento arquitectónico.
Englobam-se dentro desta classe de patologias:
1. Fissurações das argamassas;
2. Descasque ou descamação dos rebocos;
3. Eflorescências ou criptoflurescências;
4. Envelhecimento e degradação dos materiais;
5. Presença de microrganismos ou de organismos vivos;
6. Pulverulência;
7. Humidades;
8. Aparecimento de manchas;
9. Deterioração, descasque ou bolsas de água sob pintura.
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Sintomas, Causas e Mecanismos
as causas e mecanismos desencadeantes
Dos sintomas referidos anteriormente, decorrentes de factores estruturais,
abordam-se, individualmente, cada um das anomalias indicadas:
Fissuração nos panos de parede e perda de apoio
As fissurações que ocorrem nas paredes, num dos panos ou em toda a sua
secção bem como a perda de apoio, podem resultar das seguintes causas:
1.Erros de projecto:
i. Avaliação incorrecta das tensões de compressão nos blocos provocando
esmagamento destes elementos;
ii. Deformações excessivas nos pavimentos de apoio provocando fissuração
por efeito de arco;
iii. Deficiente apoio dos panos de alvenaria, nomeadamente do exterior, em
paredes da evolvente exterior provocando a ruína total ou parcial do pano
exterior da parede;
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Sintomas, Causas e Mecanismos
as causas e mecanismos desencadeantes
iv. Falta ou deficiente ligação entre panos de alvenaria provocando o
funcionamento separado de cada pano, contribuindo para a diminuição da
resistência global quer á flexão quer ao corte, do conjunto.
v. Falta ou deficiente ligação entre as paredes e os elementos estruturais
confinantes tais como pilares, lajes, vigas ou cunhais de parede sem
estrutura resistente provocando desprendimento entre estes dois
elementos. O betão e o conjunto “parede” têm características térmicas e
modos de vibração diferentes provocando grandes tensões superficiais
entre ambos o que facilita a fissuração na superfície de contacto;
vi. Assentamentos diferenciais de fundações sujeitando as paredes a tensões
de esmagamento e corte acima das tensões admissíveis;
vii. Abertura de roços em detrimento da projecção de coretes, para colocação
de tubos de queda de esgotos ou outras instalações técnicas, fragilizando
a parede nessas secções;
viii.Falta de dimensionamento em panos de parede com áreas elevadas,
ficando estas sujeitas a esforços de flexão superiores ao admissível por
acção das pressões exteriores do vento;
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Sintomas, Causas e Mecanismos
as causas e mecanismos desencadeantes
ix. Ligação incorrecta entre blocos de tijolo por falta ou incorrecta indicação
das argamassas de ligação podendo provocar rotura entre blocos de tijolo
(ex. falta de resistência ao corte ou deficiente aderência das argamassas);
x. Má execução de vergas em vãos de portas ou janelas de grandes
dimensões provocando flecha excessiva nestes elementos;
xi. Não contabilização dos efeitos diferenciais térmicos que geram tensões de
compressão e tracção em superfícies opostas;
xii. Fixação de elementos não previstos em projecto gerando esforços não
calculados.
xiii.A relaxação das armaduras das lajes de apoio ás alvenarias, a fluência e
retracção do betão nestes elementos provocam flechas a longo prazo que
induzem o efeito de arco provocando fissuração.
2. Erros de execução;
i. Aplicação incorrecta das argamassas de assentamento que devem
permitir um apoio uniforme do bloco na junta horizontal bem como a falta
ou fraca quantidade de argamassa nas juntas verticais;
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Sintomas, Causas e Mecanismos
as causas e mecanismos desencadeantes
ii. Aplicação não travada dos blocos de tijolo provocando juntas lineares
verticais de grande dimensão, fragilizando a parede nomeadamente á
flexão quer horizontal quer vertical;
iii. Alteração inadvertida das condições de projecto;
iv. Utilização de materiais de fraca qualidade;
v. Falta de verticalidade dos panos de parede;
3. Erros na utilização
i. Aplicação de cargas sobre a estrutura acima das que inicialmente foram
previstas em projecto de estabilidade;
ii. Alterações das condições de utilização dos espaços;
iii. Alterações na estrutura da construção;
iv. Abertura de roços, nichos ou vãos, provocando alterações de equilíbrio de
tensões;
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Sintomas, Causas e Mecanismos
as causas e mecanismos desencadeantes
4. Desastres ou erros de causas humanas:
i. Construções confinantes sem junta de encosto conduzindo à transmissão entre
edifícios, de vibrações excessivas;
ii. Ampliações das construções sem projecto que as viabilizem;
iii. Alteração nas condições do solo de fundação (ex. abertura de poços para
extracção de água muito perto da construção provocando uma variação brusca
do nível freático conduzindo a assentamento das fundações);
iv. Fogo, explosões, colisões.
5. Acções naturais:
i. Temperaturas extremas provocando variações elevadas nas tensões
tangenciais das paredes;
ii. Sismos;
iii. Ciclones ou tornados;
iv. Avalanches, deslizamento de terras, erupções vulcânicas.
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Sintomas, Causas e Mecanismos
as causas e mecanismos desencadeantes
v. A humidade excessiva do ar associada á higrospicidade dos elementos
estruturais de suporte ou confinamento das paredes poderá provocar a
corrosão das suas armaduras e, consequentemente o descasque dos
recobrimentos seguido da perda de secção das mesmas e, finalmente, o
aparecimento de flechas não esperadas.
Envelhecimento dos materiais
O envelhecimento dos materiais, nomeadamente dos blocos de tijolo, das
argamassas de assentamento ou revestimento bem como dos elementos
de fixação ou ligação, poderão, a médio-longo prazo, colocar em risco a
solidez do conjunto “parede” já que, se cada um destes elementos cumpre
uma função dentro do conjunto, a diminuição das características de
resistências de um deles coloca em causa a estabilidade do conjunto.
Trata-se naturalmente da alteração das condições de equilíbrio de um
sistema.
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Sintomas, Causas e Mecanismos
as causas e mecanismos desencadeantes
Dos sintomas decorrentes de factores não estruturais, abordam-se no geral, as
anomalias indicadas:
As fissurações, descasque ou descamação, aparecimento de eflorescências ou
criptoflurescências, envelhecimento e degradação dos materiais, a presença de
microrganismos ou de organismos vivos, o aparecimento de pulverulência, a
humidades ou o aparecimento de manchas bem como a deterioração, descasque
ou bolsas de água sob pintura, são anomalias que ocorrem nas superfícies das
paredes nomeadamente nos revestimentos como é o caso das argamassas de
reboco ou nas pinturas superficiais, e podem resultar das seguintes causas:
1.Erros de projecto:
i. Designação ou omissão de misturas inadequadas ás funções a
desempenhar;
ii. Falta de indicação redes de reforço em zonas criticas dos rebocos;
iii. Falta ou deficiente indicação de aditivos quando necessário;
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Sintomas, Causas e Mecanismos
as causas e mecanismos desencadeantes
iv. Inadequação dos revestimentos ao ambiente onde se inserem;
v. Cálculo insuficiente, incorrecto ou inexistente da resistência térmica das
paredes gerando condensações superficiais ou internas;
vi. Escolha inadequada ou inexistente da tinta a utilizar bem como o n.º de
camadas a aplicar;
vii. Não contemplação de humidades ascensionais (capilaridade) ou
higroscópicas.
2. Erros de execução:
i. Deficiente fabrico das argamassas, nomeadamente nas dosagens dos
elementos;
ii. Má qualidade dos materiais;
iii. Deficiente preparação das superfícies;
iv. Mão de obra não qualificada ou mal preparada;
v. Ausência ou deficiente fiscalização;
vi. Má aplicação dos materiais (argamassas, isolamentos, tintas)
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Sintomas, Causas e Mecanismos
as causas e mecanismos desencadeantes
i. Deficiente fabrico das argamassas, nomeadamente nas dosagens dos
elementos;
ii. Má qualidade dos materiais;
iii. Deficiente preparação das superfícies;
iv. Mão de obra não qualificada ou mal preparada;
v. Ausência ou deficiente fiscalização;
3. Erros de utilização dos espaços:
i. Alterações nas condições de utilização;
ii. Ausência, insuficiência ou inadequação de manutenção;
iii. Degradação anormal dos materiais por desconhecimento ou incúria na
utilização;
iv. Deficiente renovação do ar nos espaços;
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Sintomas, Causas e Mecanismos
as causas e mecanismos desencadeantes
3. Acções físicas, químicas e biológicas:
i. Variações excessivas de temperatura ou temperaturas extremas;
ii. Vibrações ou desgaste provocados por acção do vento;
iii. Poluição do ar ou das águas com proveniência na pluviosidade, neve,
humidade dos solos, humidade relativa em excesso, águas que poderão
inclusivamente conter elementos químicos como o ácido de enxofre;
iv. Efeitos de retracção ou fluência das argamassas;
v. Descolamento das camadas de tinta;
vi. Oxidação ou carbonatação das argamassas;
vii. Existência de sais nos elementos inertes ou na água no processo de
fabrico das argamassas;
viii. Excessiva radiação ultra-violeta do sol;
ix. Presença de fungos, bolores, líquenes ou raízes nas superfícies;
x. Presença de insectos ou vermes;
xi. Acontecimentos acidentais tais como o fogo, explosões, choque de
objectos, inundações ou deslizamento de terras.
33. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 33
Sintomas, Causas e Mecanismos
apresentação de imagens reveladoras de algumas
patologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria
Apresentam-se em seguida algumas imagens reveladoras da generalidades das
ocorrências patológicas em paredes de alvenaria de tijolo com revestimento de
argamassa de cimento.
a) Corte total no pano de
alvenaria para passagem de
condutas técnicas.
b) Abertura de roços para
implantação de tubagens.
a) b)
34. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 34
Sintomas, Causas e Mecanismos
apresentação de imagens reveladoras de algumas
patologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria
c) Execução de juntas de ligação
vertical com dimensões
excessivas.
d) Fissura junto do apoio por
rotação ou flexão da laje.
e) Execução das alvenarias em
simultâneo com a estrutura irá
c) d)
provocar tensões na alvenaria
com a retracção do betão.
f) Fissura junto dos vãos por
acção de forças forças externas
(vento, sismo), assentamento de
fundações.
e) f)
35. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 35
Sintomas, Causas e Mecanismos
apresentação de imagens reveladoras de algumas
patologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria
g) Fissuração horizontal na base
por movimentação higroscópica
diferenciada.
h) Fissuração causada por
actuação excessiva de carga.
i) Rotura localizada por carga
pontual excessiva.
g) h)
j) Fissura junto dos vãos por
acção excessiva de cargas.
i) j)
36. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 36
Sintomas, Causas e Mecanismos
apresentação de imagens reveladoras de algumas
patologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria
k) Fissuração por flexão do apoio.
l) Fissuração por flexão do apoio.
m) Fissuração por flecha da
consola.
n) Fissura por corte devido a
assentamento de fundações.
k) l)
m) n)
37. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 37
Sintomas, Causas e Mecanismos
apresentação de imagens reveladoras de algumas
patologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria
o) Fissura por rotação do apoio.
p) Fissura por assentamento de
aterros.
q) Assentamento diferencial no
edifício menor por interferência
de pressões no terreno geradas
o) p) pelo edifício maior.
r) Fissura provocada por
assentamento provocada por
retracção do solo face ao
consumo de água pela
vegetação.
q) r)
38. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 38
Sintomas, Causas e Mecanismos
apresentação de imagens reveladoras de algumas
patologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria
s) Fissura por corte devido á
retracção da laje.
t) Fissura efeito de arco devido a
carregamento excessivo.
u) Fissura por fragilização da
secção na parede devida à
s) t) introdução de tubo de queda.
v) Fissuração generalizada gerada
pela acção de ventos fortes.
u) v)
39. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 39
Sintomas, Causas e Mecanismos
apresentação de imagens reveladoras de algumas
patologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria
w) Perda de apoio do pano exterior
da parede.
x) Fissura por flexão da consola.
y) Rotura do cunhal da parede.
z) Fissuração provocada por flecha
devida à remoção de pilares em
fachada..
w) x)
y) z)
40. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 40
Sintomas, Causas e Mecanismos
apresentação de imagens reveladoras de algumas
patologias de ordem não estrutural em paredes de
alvenaria
a) Fissuração no reboco por
retracção das argamassas..
b) Descamação do reboco por falta
de aderência (notam-se 2
camadas de reboco).
a) b) c) Reparação de reboco com
material diferente.
d) Descasque da argamassa em
ponto singular por oxidação do
perfil metálico ali aplicado.
c) d)
41. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 41
Sintomas, Causas e Mecanismos
apresentação de imagens reveladoras de algumas
patologias de ordem não estrutural em paredes de
alvenaria
e) Junta alvenaria-betão, não
tratada..
f) Junta após aplicação de rede de
reforço na argamassa de
revestimento.
e) f) g) Humidade em parede.
h) 1) eflorescência,
2) criptoflurescência.
g) h)
42. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 42
Sintomas, Causas e Mecanismos
apresentação de imagens reveladoras de algumas
patologias de ordem não estrutural em paredes de
alvenaria
i) Descasque da camada de
reboco.
j) Eflorescência.
k) Criptoflurescência provocada
por capilaridade ascensional
i) j) exterior.
l) Eflurescência provocada por
capilaridade de água existente
no solo de fundação.
k) l)
43. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 43
Sintomas, Causas e Mecanismos
apresentação de imagens reveladoras de algumas
patologias de ordem não estrutural em paredes de
alvenaria
m) Fissuração no reboco por
retracção das argamassas ou
variações térmicas excessivas.
n) Fungos e bolores.
o) Descasque da tinta por falta de
m) n) manutenção (tinta de má
qualidade).
p) Humidade excessiva
(aparecimento de líquenes).
o) p)
44. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 44
Sintomas, Causas e Mecanismos
apresentação de imagens reveladoras de algumas
patologias de ordem não estrutural em paredes de
alvenaria apresentadas por realização termográfica.
q) Viga não corrigida
termicamente.
r) Humidade num cunhal de
parede.
s) Humidade em parede
proveniente do exterior devida a
uma má ligação parede-laje.
q) r) t) Revelação de má execução do
isolamento térmico na ligação
superior de um pano de parede
com alaje confinante.
s) t)
45. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 45
Sintomas, Causas e Mecanismos
conclusões
a) Distribuição, por percentagem,
dos materiais mais utilizados na
construção de paredes em
Portugal..
b) Distribuição dos materiais de
revestimento das paredes.
a)
Com estes gráficos pretende-se
valorizar o estudo apresentado,
mostrando que, em Portugal, a
grande maioria das paredes dos
edifícios actuais, são construídas
com tijolo cerâmico e revestidas a
b) reboco tradicional. (fonte INE)
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Sintomas, Causas e Mecanismos
conclusões
c) Distribuição, por percentagem,
dos elementos verticais da
construção onde se verificam
mais patologias em Portugal.
d) Identificação, em percentagem,
dessas mesmas patologias.
c)
Com estes gráficos identificam-se 2
grandes grupos de patologias mais
correntes em paredes de edifícios
em Portugal. A fissuração e a
humidade. (fonte INE)
d)
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Sintomas, Causas e Mecanismos
referências bibliográficas
1. Silva, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais, Patologias e Estratégias de Reabilitação” -
Seminário sobre Paredes de Alvenaria, P.B. Lourenço & H. Sousa (Eds.), Porto,2002 (20
páginas).
2. Santos, Pedro Henriques Coelho, Filho, António Freitas Silva – “Eflorescências: Causas e
Consequências”, Brasil (16 páginas).
3. Silva, J. Mendes; Carvalhal, Mário J.; Vicente, Romeu S. – “Reforço Mecânico de Fachadas de
Alvenaria de Tijolo: Reabilitação de Cunhais e Grampeamento Metálico Pós-Construção”. 3º
Encontro de Conservação e Reabilitação de Edifícios (3º ENCORE), LNEC; Lisboa, Maio 2003
(10 páginas).
4. APFCA, Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Conservação –
“Monografias APFAC sobre Argamassas de Construção”, Lisboa (45 páginas).
5. NANDO – Europe Commission – Enterprise – Regulatory Polici.
6. Gonçalves, Adelaide; Brito, Jorge; Branco, Fernando – “Causas de Anomalias em Paredes de
Alvenaria de Edifícios Recentes” – Direcção de Infra-Estruturas da Força Aérea Portuguesa,
Instituto Superior Técnico – Lisboa 2008 (18 páginas).
7. Silva, J. Mendes; Abrantes, Vitor. – “Patologias em Paredes de Alvenaria: Causas e Soluções” -
Seminário sobre Paredes de Alvenaria, P.B. Lourenço & H. Sousa (Eds.), Porto,2002 (20
páginas).
8. Sousa, Vitor; Pereira, Dias Fernando; Brito, Jorge. – “Rebocos Tradicionais: Principais Causas
de Degradação” Lisboa 2005 (18 páginas)
48. Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Filomeno Pequicho | 48
Sintomas, Causas e Mecanismos
referências bibliográficas
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10. Paiva, José Vasconcelos; Aguiar, José; Pinho, Ana – “Guia Técnico de Reabilitação
Habitacional” – Volumes I e II – INH & LNEC, 1ª edição, 2006.
11. Freitas, Vasco Peixoto de Freitas; Torres, Maria Isabel; Guimarães, Ana Sofia. – “Humidade
Ascencional” – FEUP edições, 1ª edição 2008.
12. Henriques, Fernando M. A. – “Humidade em Paredes”, LNEC, 4ª edição 2007.
13. Aguiar, José; Veiga, Maria do Rosário; Silva, António Santos Silva; Carvalho, Fernanda –
“Conservação e Renovação de Revestimentos de Paredes de Edifícios Antigos” – LNEC,
edição 2004.
14. Appleton, João Guilherme. – “Reabilitação de Edifícios “Gaioleiros” , 1ª edição, Maio 2005
15. Pereira, Manuel Fernando Paulo – “Anomalias em paredes de alvenaria sem função estrutural”
– Dissertação de Mestrado em Engenharia Civil – Universidade do Minho – Guimarães 2005
(489 páginas)