1. Liderança Escolar – linhas de
força na mudança da escola
Ana Paula Silva
ESE Almeida Garrett & CeiEF
2. O Estado da Arte
sobre Liderança Escolar na Europa
• Vasta revisão da literatura, cobrindo um
período 1995-2012, de obras variadas
maioritariamente sobre os sistemas europeus,
mas também sobre o australiano e o
canadiano, realizada por um conjunto de
especialistas:
– Philip A. Woods
– Andrej Koren & Lejf Moos
– Peter Earley
– Olof Johansson & Jacky Lumby
– Mac Ruairc & Michael Schratz
Ana Paula Silva
3. Mudança
• “Existem (…) variações complexas de governança
da educação em toda a Europa, envolvendo
diferentes graus de descentralização e de
delegação nas escolas e governos locais (Horner
et al 2007). (…) a trajetória de governança
escolar em alguns países, (…) pode incluir uma
ou mais direções através de modelos de
governança competitivos, complementares e/ou
contraditórios.” (p. 2)
Ana Paula Silva
4. Do governo à meta-governança
meta-governança meta-governança
providência do mercado orgânica
regime burocrático- burocrático- democrático-
organizacional profissional empresa holístico
conformidade / empregado- consciência
quadro mental autonomia empreendedor democrática
profissional
distância negócio / auto-organização,
dinâmica administrativa empreendorismo cooperativa,
/profissionalidade social empreendorismo
democrático
Reproduzido de Woods (2011: Figura 5.2, p.66)
Ana Paula Silva
5. Modelos de governança
• Um modelo de governança é uma conceção ideal de
estratégia de governança, constituída por:
– leis específicas na educação,
– modos de financiamento das escolas,
– direitos
– medidas institucionais para a participação no funcionamento das
escolas,
– processos para avaliar e fiscalizar as escolas,
– regulamentação sobre quem pode criar novas escolas, etc.
• Inscreve-se no modo de governo (seja providência ou
meta-governança)
• Formam combinações não necessariamente
harmoniosas que podem até caracterizar-se por tensões
e contradições.
Ana Paula Silva
6. Modelos de governança
• Segundo Glatter & Woods:
1. Controlo de qualidade
2. Competição de mercado
3. Fortalecimento local
4. Fortalecimento da escola
5. Controlo múltiplo da educação
Ana Paula Silva
7. Variações na Europa
• Revelam-se em muitos países, sob
influencia das culturas nacionais, locais e a
história dos países.
Ana Paula Silva
8. Variações na Europa
• “…as tendências de governança são de controlo
e autonomia: nomeadamente, o grau em que a
direção central da educação é leve, ou
(paradoxalmente) intensificada, enquanto outras
organizações e atores no sistema escolar (tais
como as escolas e os diretores) têm
aparentemente mais poder. Estas tendências
variam de acordo com os contextos e as histórias
nacionais.” (p.5)
Ana Paula Silva
9. Liderança Escolar
• “Quando qualquer uma dessas coisas ocorre,
existe a necessidade de, por um lado, criar um
cargo que presta contas pelas ações da escola e,
por outro lado, é responsável por trazer as
expectativas externas para dentro da escola; por
implementar exigências e expectativas numa
organização e cultura profissionais. Assim, a
necessidade de liderança nas escolas tem
crescido nos últimos 20 – 30 anos.” (p.7)
Ana Paula Silva
10. Definir a direção:
Traduzir expectativas
• “Isto coloca o líder escolar numa posição em que
ele/ela necessita interpretar, traduzir e mediar as
exigências externas de modo a facilitar a
construção de sentido e a criação de uma
direção partilhada dentro da escola.” (p.7)
Ana Paula Silva
11. Construir sentido
• “Por todo lado parece existir uma crescente
consciência da importância de liderar através da
construção de sentido pessoal, ‘montando o
cenário’ e a agenda (produzindo as premissas) e
fazendo ligações com a tomada de decisão, nas
permanentes interações com os professores e
desenvolvendo tecnologias sociais inovadoras e
adequadas, como equipas, planos de curto e
médio prazo, etc. Portanto, mais atenção às
estruturas sociais, tecnologias e culturas das
escolas.” (p.8)
Ana Paula Silva
12. Compreender e fortalecer os
professores e o outro pessoal
• “A liderança do desenvolvimento das pessoas
revelou-se como sendo um elemento essencial
da melhoria institucional (Bubb and Earley,
2010; Robinson, et al 2009; Robinson, 2011) e
reconhece a importância de assegurar uma força
de trabalho escolar altamente proficiente numa
altura em que há um nível elevado de mudança
educacional e reforma do sistema.” (p.10)
Ana Paula Silva
13. O “coração” da Melhoria
• “As melhorias sustentadas na qualidade da
aprendizagem dependem da ação dos
professores e estudos recentes mostram que a
qualidade do ensino está no coração da
melhoria dos resultados dos alunos (Hanushek
and Rivkin, 2006; Matthews, 2009; Wiliam,
2009).” (p.11)
Ana Paula Silva
14. Liderar
o desenvolvimento profissional
1. ‘Hard’ 2. ‘Soft’
• Nova Gestão • Capacitação e
Pública: motivação do
• Eficácia dos custos e pessoal
valorização do • Libertar o potencial
dinheiro
do pessoal para ser
• Estruturas, políticas e criativo e
procedimentos empreendedor
orientados para a (pessoas)
tarefa
• Humanismo
• Utilitarismo desenvolvimental
instrumental
Ana Paula Silva
15. Gerir o desempenho e a avalição
1. ‘Hard’ 2. ‘Soft’
• Prestação de contas • Identificação de um
• Imposição de conjunto de
padrões internos e estratégias de
externos de ‘bom’ motivação
desempenho • O melhor
desempenho
possível do pessoal
Ana Paula Silva
16. Objetivos
da gestão de desempenho
• São quatro:
– revisão do desempenho,
– revisão das recompensas,
– revisão do potencial e
– revisão do desenvolvimento.
Ana Paula Silva
17. Objetivos
da gestão de desempenho
• “O uso de ‘revisão das recompensas’ ou
pagamento relacionado com o desempenho
(PRD) é problemático quando aplicado à
educação e existe uma vasta literatura sobre esta
questão. Os governos veem muitas vezes o PRD
como um mecanismo para aumentar a
motivação dos professores e melhorar o
desempenho mas existem poucos exemplos em
que isso tenha tido sucesso (Bangs, 2009;
Sclafani, 2009).”(p.12)
Ana Paula Silva
18. Liderar
a estrutura e a cultura da escola
• Estrutura da escola • Cultura da escola
– A gama de funções do – Identidade da corporação
pessoal • Intenções
– As responsabilidades de • Ideais (valores, princípios)
cada função • Objetivos
– A relação entre funções • Interações pessoais
– Os processos de tomada de
decisão
– O grau de autonomia geral
e a cada nó da estrutura
– Como a instrução está
organizada
Ana Paula Silva
19. Liderar
a estrutura e a cultura da escola
• A estrutura da escola tem um impacto
comprovado na instrução (Leithwood et al,
2010) – ‘a estrutura desenhada para dar um
maior tempo dispendido no ensino é
fundamental.’
• A relação entre a aprendizagem dos alunos e a
cultura da escola está menos comprovada.
• As culturas das escolas são mais difíceis de
mudar do que as estruturas escolares (Höög &
Johansson, 2011).
• Mas a cultura pode ser melhorada através de
mudanças estruturais. (p.15-16)
Ana Paula Silva
20. Liderança de sistemas
• As escolas não só dependem das expetativas do
mundo exterior, como também da colaboração
de instituições, agências e autoridades para
cumprir as suas tarefas educacionais.
• Existem vários níveis de dependência entre as
escolas e os diferentes aspetos do seu ambiente.
• Consequentemente é importante para os líderes
escolares gerir e conduzir relações com o mundo
exterior e compreender e interpretar os sinais e
as expetativas das múltiplas partes interessadas.
Ana Paula Silva
21. Liderança de sistemas
• ‘O crescimento da colaboração entre e através
das escolas tem crescido rapidamente nos
últimos anos com os líderes escolares a
reconhecerem que partilhar aprendizagem,
práticas excelentes e ideias inovadoras apoia o
desenvolvimento da escola ao mesmo tempo
que possibilita o desenvolvimento de outras
(Hopkins, 2009).’ (p.18)
Ana Paula Silva
22. Liderança de sistemas
• ‘Os debates sobre a autonomia da escola,
centralização e descentralização entre e nos
países tem aumentado o trabalho colaborativo.
A descentralização em particular abriu novos
paradigmas na educação, em especial para os
líderes desenvolverem redes fortes e
competências de colaboração (Pont et al, 2008;
Sugure e Solbrekke, 2011).’ (p.19)
Ana Paula Silva
23. O líder
e o seu desenvolvimento
• Os líderes escolares não nasceram líderes,
tornam-se líderes
• As expetativas em relação ao trabalho do líder
escolar estão a mudar rapidamente
• Conclusão, eles precisam ser capazes de
desenvolver continuamente a sua liderança e
as suas competências pessoais.
Ana Paula Silva
24. Conclusão
• Autoliderança
• Liderança distribuída/Responsabilidade
partilhada
– Trabalho colaborativo
– Desenvolvimento pessoal e profissional
– Estruturar a escola para o ensino/aprendizagem
– ‘Cultivar’ a aprendizagem
• Redes
• Liderança de sistemas
Ana Paula Silva