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Instinto de conservação
Instinto (Substantivo masculino): 
1. Fator inato de comportamento dos animais, 
variável segundo a espécie, e caracterizado, 
em dadas condições, por atividades elemen-tares 
e automáticas; 
2. Impulso espontâneo e alheio à razão; intui-ção. 
Inteligência (Substantivo feminino): 
1. Faculdade ou capacidade de aprender, apre-ender, 
compreender ou adaptar-se 
facilmente; intelecto, intelectualidade; 
2. Destreza mental; agudeza, perspicácia; 
3. Pessoa inteligente. 
(Aurélio).
“Estudando-se todas as paixões e, mesmo, 
todos os vícios, vê-se que as raízes de umas 
e outros se acham no instinto de conserva-ção, 
instinto que se encontra em toda a pu-jança 
nos animais e nos seres primitivos 
mais próximos da animalidade, nos quais ele 
exclusivamente domina, sem o contrapeso 
do senso moral, por não ter ainda o ser nas-cido 
para a vida intelectual. O instinto se en-fraquece, 
à medida que a inteligência se de-senvolve, 
porque esta domina a matéria”. 
(Kardec, A Gênese, cap. III, item 10).
“Qual a diferença entre o instinto e a inteli-gência? 
Onde acaba um e o outro começa? 
[…]. 
O instinto é a força oculta que solicita os se-res 
orgânicos a atos espontâneos e involun-tários, 
tendo em vista a conservação deles. 
Nos atos instintivos não há reflexão, nem 
combinação, nem premeditação. É assim que 
a planta procura o ar, se volta para a luz, di-rige 
suas raízes para a água e para a terra 
nutriente; que a flor se abre e fecha alterna-damente, 
conforme se lhe faz necessário; 
que as plantas trepadeiras se enroscam em 
torno daquilo que lhes serve de apoio, ou se 
lhe agarram com as gavinhas. ==>
Gavinha
É pelo instinto que os animais são avisados 
do que lhes é útil ou nocivo; que buscam, 
conforme a estação, os climas propícios; que 
constroem, sem ensino prévio, com mais ou 
menos arte, segundo as espécies, leitos ma-cios 
e abrigos para as suas progênies, arma-dilhas 
para apanhar a presa de que se nu-trem; 
que manejam destramente as armas 
ofensivas e defensivas de que são providos; 
que os sexos se aproximam; que a mãe cho 
ca os filhos e que estes procuram o seio ma-terno. 
==> 
Progênie: geração, prole. (Aurélio).
No homem, no começo da vida o instinto do-mina 
com exclusividade; é por instinto que a 
criança faz os primeiros movimentos, que to-ma 
o alimento, que grita para exprimir as 
suas necessidades, que imita o som da voz, 
que tenta falar e andar. No próprio adulto, 
certos atos são instintivos, tais como os mo-vimentos 
espontâneos para evitar um risco, 
para fugir a um perigo, para manter o equi-líbrio 
do corpo; tais ainda o piscar das pálpe-bras 
para moderar o brilho da luz, a respira-ção 
etc.” (KARDEC, A Gênese, cap. III, item 11).
A inteligência se revela por atos voluntários, 
refletidos, premeditados, combinados, de 
acordo com a oportunidade das circunstân-cias. 
É incontestavelmente um atributo ex-clusivo 
da alma. 
Todo ato maquinal é instintivo; o ato que de-nota 
reflexão, combinação, deliberação é in-teligente. 
Um é livre, o outro não o é. 
O instinto é guia seguro, que nunca se enga-na; 
a inteligência, pelo simples fato de ser li-vre, 
está, por vezes, sujeita a errar. 
Ao ato instintivo falta o caráter do ato inteli-gente; 
revela, entretanto, uma causa inteli-gente, 
essencialmente apta a prever. […]”. 
(KARDEC, A Gênese, cap. III, item 12).
“Aliás, muitas vezes o instinto e a inteligên-cia 
se revelam simultaneamente no mesmo 
ato. No caminhar, por exemplo, o movimento 
das pernas é instintivo; o homem põe ma-quinalmente 
um pé à frente do outro, sem 
nisso pensar; quando, porém, ele quer acele-rar 
ou demorar o passo, levantar o pé ou 
desviar-se de um tropeço, há cálculo, combi-nação; 
ele age com deliberado propósito. A 
impulsão involuntária do movimento é o ato 
instintivo; a calculada direção do movimento 
é o ato inteligente. 
==>
O animal carnívoro é impelido pelo instinto a 
se alimentar de carne, mas as precauções 
que toma e que variam conforme as circuns-tâncias, 
para segurar a presa, a sua previ-dência 
das eventu-alidades são atos da inte-ligência. 
(KARDEC, a Gênese, cap. III, item 13).
“Sendo o instinto o guia e as paixões as mo-las 
da alma no período inicial do seu desen-volvimento, 
por vezes aquele e estas se 
confundem nos efeitos. Há, contudo, entre 
esses dois princípios, diferenças que muito 
importa-se considerem. 
O instinto é guia seguro, sempre bom. Pode, 
ao cabo de certo tempo, tornar-se inútil, po-rém 
nunca prejudicial. Enfraquece-se pela 
predominância da inteligência. 
As paixões, nas primeiras idades da alma, 
têm de comum com o instinto o serem as 
criaturas solicitadas por uma força igualmen-te 
inconsciente. 
==>
As paixões nascem principalmente das ne-cessidades 
do corpo e dependem, mais do 
que o instinto, do organismo. O que, acima 
de tudo, as distingue do instinto é que são 
individuais e não produzem, como este últi-mo, 
efeitos gerais e uniformes; variam, ao 
contrário, de intensidade e de natureza, con 
forme os indivíduos. São úteis, como estimu-lante, 
até à eclosão do senso moral, que faz 
nasça de um ser passivo, um ser racional. 
Nesse momento, tornam-se não só inúteis, 
como nocivas ao progresso do Espírito, cuja 
desmaterialização retardam. Abrandam-se 
com o desenvolvimento da razão”. (KARDEC, a 
Gênese, cap. III, item 18).
702. É Lei da Natureza o instinto de conser-vação? 
“Sem dúvida. Todos os seres vivos o possu-em, 
qualquer que seja o grau de sua inteli-gência. 
Nuns, é puramente maquinal, racio-cinado 
em outros.”
703. Com que fim outorgou Deus a todos os 
seres vivos o instinto de conservação? 
“Porque todos têm que concorrer para cum-primento 
dos desígnios da Providência. Por 
isso foi que Deus lhes deu a necessidade de 
viver. Acresce que a vida é necessária ao 
aperfeiçoamento dos seres. Eles o sentem 
instintivamente, sem disso se aperceberem.”
Meios de conservação
704. Tendo dado ao homem a necessidade 
de viver, Deus lhe facultou, em todos os 
tempos, os meios de o conseguir? 
“Certo, e se ele os não encontra, é que não 
os compreende. Não fora possível que Deus 
criasse para o homem a necessidade de vi-ver, 
sem lhe dar os meios de consegui-lo. 
Es-sa a razão por que faz que a Terra 
produza de modo a proporcionar o 
necessário aos que a habitam, visto que só o 
necessário e útil. O supérfluo nunca o é.”
705. Por que nem sempre a Terra produz bas 
tante para fornecer ao homem o necessário? 
“É que, ingrato, o homem a despreza! Ela, 
no entanto, é excelente mãe. Muitas vezes, 
também, ele acusa a Natureza do que só é 
resultado da sua imperícia ou da sua impre-vidência. 
A Terra produziria sempre o neces-sário, 
se com o necessário soubesse o ho-mem 
contentar-se. Se o que ela produz não 
lhe basta a todas as necessidades, é que ele 
emprega no supérfluo o que poderia ser apli-cado 
no necessário. Olha o árabe no deserto. 
==>
Acha sempre de que viver, porque não cria 
para si necessidades factícias. Desde que ha-ja 
desperdiçado a metade dos produtos em 
satisfazer a fantasias, que motivos tem o 
homem para se espantar de nada encontrar 
no dia seguinte e para se queixar de estar 
desprovido de tudo, quando chegam os dias 
de penúria? Em verdade vos digo, imprevi-dente 
não é a Natureza, é o homem, que não 
sabe regrar o seu viver.”
706. Por bens da Terra unicamente se devem 
entender os produtos do solo? 
“O solo é a fonte primacial donde dimanam 
todos os outros recursos, pois que, em defi-nitivo, 
estes recursos são simples transfor-mações 
dos produtos do solo. Por bens da 
Terra se deve, pois, entender tudo de que o 
homem pode gozar neste mundo.”
707. É frequente a certos indivíduos faltarem 
os meios de subsistência, ainda quando os 
cerca a abundância. A que se deve atribuir 
isso? 
“Ao egoismo dos homens, que nem sempre 
fazem o que lhes cumpre. Depois e as mais 
das vezes, devem-no a si mesmos. Buscai e 
achareis; estas palavras não querem dizer 
que, para achar o que deseje, basta que o ho-mem 
olhe para a terra, mas que lhe é preciso 
procurá-lo, não com indolência, e sim com 
ardor e perseverança, sem desanimar ante os 
obstáculos, que muito amiúde são simples 
meios de que se utiliza a Providência, para lhe 
experimentar a constância, a paciência e a 
firmeza.”
Se é certo que a civilização multiplica as neces-sidades, 
também o é que multiplica as fontes de 
trabalho e os meios de viver. Forçoso, porém, é 
convir em que, a tal respeito, muito ainda lhe 
resta por fazer. Quando ela houver concluído a 
sua obra, ninguém deverá haver que possa 
queixar-se de lhe faltar o necessário, a não ser 
por sua própria culpa. A desgraça, para muitos, 
provem de enveredarem por uma senda diversa 
da que a Natureza lhes traçou. É então que lhes 
falece a inteligência para o bom êxito. Para 
todos há lugar ao Sol, mas com a condição de 
que cada um ocupe o seu e não o dos outros. A 
Natureza não pode ser responsável pelos defei-tos 
da organização social, nem pelas conse-quências 
da ambição e do amor-próprio.
Fora preciso, entretanto, ser-se cego, para se 
não reconhecer o progresso que, por esse lado, 
tem feito os povos mais adiantados. Graças aos 
louváveis esforços que, juntas, a Filantropia e a 
Ciência não cessam de despender para melhorar 
a condição material dos homens e malgrado o 
crescimento incessante das populações, a insu-ficiência 
da produção se acha atenuada, pelo 
menos em grande parte, e os anos mais calami-tosos 
do presente não se podem de modo al-gum 
comparar aos de outrora. A higiene públi-ca, 
elemento tão essencial da força e da saúde, 
que nossos pais não conheceram, é objeto de 
esclarecida solicitude. O infortúnio e o sofrimen-to 
encontram onde se refugiem. 
==>
Por toda parte a Ciência contribui para acrescer 
o bem-estar. Poder-se-á dizer que já se haja 
chegado à perfeição? Oh! não, certamente; mas 
o que já se fez deixa prever o que, com perse-verança, 
se logrará conseguir, se o homem se 
mostrar bastante avisado para procurar a sua 
felicidade nas coisas positivas e sérias e não em 
utopias que o levam a recuar em vez de fazê-lo 
avançar.
708. Não há situações nas quais os meios de 
subsistência de maneira alguma dependem da 
vontade do homem, sendo-lhe a privação do 
de que mais imperiosamente necessita uma 
consequência da força mesma das coisas? 
“É isso uma prova, muitas vezes cruel, que lhe 
compete sofrer e à qual sabia ele de antemão 
que viria a estar exposto. Seu mérito então 
consiste em submeter-se a vontade de Deus, 
desde que a sua inteligência nenhum meio lhe 
faculta de sair da dificuldade. Se a morte vier 
colhê-lo, cumpre-lhe recebê-la sem murmurar, 
ponderando que a hora da verdadeira liberta-ção 
soou e que o desespero no derradeiro mo-mento 
pode ocasionar-lhe a perda do fruto de 
toda a sua resignação.”
709. Terão cometido crime os que, em certas 
situações críticas, se viram na contingência 
de sacrificar seus semelhantes, para matar a 
fome? Se houve crime, não teve este a ate-nuá- 
lo a necessidade de viver, que resulta do 
instinto de conservação? 
“Já respondi, quando disse que há mais me-recimento 
em sofrer todas as provações da 
vida com coragem e abnegação. Em tal caso, 
há homicídio e crime de lesa-natureza, falta 
que é duplamente punida.”
637. O selvagem que cede ao seu instinto, 
comendo carne humana, é culpado? 
– Eu disse que o mal depende da vontade. 
Pois bem: o homem é tanto mais culpado, 
quanto melhor sabe o que faz.
Comenta Kardec: 
“As circunstâncias dão ao bem e ao mal uma 
gravidade relativa. O homem comete, fre-quentemente, 
faltas que, embora sendo de-correntes 
da posição em que a sociedade o 
colocou, não são menos repreensíveis; mas a 
responsabilidade está na razão dos meios 
que ele tiver para compreender o bem e o 
mal. É assim que o homem esclarecido que 
comete uma simples injustiça é mais culpá-vel, 
aos olhos de Deus, que o selvagem que 
se entrega aos instintos”.
Voltando ao ponto: dentro do conceito que 
se está trabalhando (q. 637), se, por 
exemplo, um homem civilizado comer carne 
humana, qual seria a sua responsabilidade?
Voltando ao ponto: dentro do conceito que 
se está trabalhando (q. 637), se, por 
exemplo, um homem civilizado comer carne 
humana, qual seria a sua responsabilidade? 
Dependerá das circunstâncias...
O Voo Força Aérea Uruguaia 571 foi um voo 
fretado que transportava 45 pessoas, que caiu 
na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 
1972. Mais de um quarto dos passageiros mor-reram 
no acidente, os 16 sobreviventes foram 
resgatados em 23 de Dezembro de 1972, por-tanto, 
mais de dois meses após o acidente. 
Os sobreviventes, em condições extremas a 
mais de 3.600 metros de altitude, tinham pouca 
comida e nenhuma fonte de calor. Diante da 
fome e notícias reportadas via rádio de que a 
busca por eles tinha sido abandonada, alimen-taram- 
se dos passageiros mortos que haviam 
sido preservados na neve. (WIKIPÉDIA).
710. Nos mundos de mais apurada organiza-ção, 
têm os seres vivos necessidade de ali-mentar- 
se? 
“Têm, mas seus alimentos estão em relação 
com a sua natureza. Tais alimentos não seri-am 
bastante substanciosos para os vossos 
estômagos grosseiros; assim como os deles 
não poderiam digerir os vossos alimentos.”
Gozo dos bens terrenos
711. O uso dos bens da Terra é um direito de 
todos os homens? 
“Esse direito é consequente da necessidade 
de viver. Deus não imporia um dever sem 
dar ao homem o meio de cumpri-lo.”
712. Com que fim pôs Deus atrativos no go-zo 
dos bens materiais? 
“Para instigar o homem ao cumprimento da 
sua missão e para experimentá-lo por meio 
da tentação.” 
a) Qual o objetivo dessa tentação? 
“Desenvolver-lhe a razão, que deve preser-vá- 
lo dos excessos.”
Se o homem só fosse instigado a usar dos 
bens terrenos pela utilidade que têm, sua 
indiferença houvera talvez comprometido a 
harmonia do Universo. Deus imprimiu a esse 
uso o atrativo do prazer, porque assim é o 
homem impelido ao cumprimento dos desíg-nios 
providenciais. Além disso, porém, dando 
aquele uso esse atrativo, quis Deus também 
experimentar o homem por meio da tenta-ção, 
que o arrasta para o abuso, de que deve 
a razão defendê-lo.
713. Traçou a Natureza limites aos gozos? 
“Traçou, para vos indicar o limite do 
necessá-rio; mas, pelos vossos excessos, 
chegais a saciedade e vos punis a vós 
mesmos.”
714. Que se deve pensar do homem que pro-cura 
nos excessos de todo gênero o requinte 
dos gozos? 
“Pobre criatura! mais digna é de lástima que 
de inveja, pois bem perto está da morte!” 
a) Perto da morte física, ou da morte moral? 
“De ambas.”
O homem, que procura nos excessos de todo 
gênero o requinte do gozo, coloca-se abaixo 
do bruto, pois que este sabe deter-se, quan-do 
satisfeita a sua necessidade. Abdica da 
razão que Deus lhe deu por guia e quanto 
maiores forem seus excessos, tanto maior 
preponderância confere ele à sua natureza 
animal sobre a sua natureza espiritual. As 
doenças, as enfermidades e, ainda, a morte, 
que resultam do abuso, são, ao mesmo tem-po, 
o castigo à transgressão da Lei de Deus.
Necessário e supérfluo
715. Como pode o homem conhecer o limite 
do necessário? 
“Aquele que é ponderado o conhece por in-tuição. 
Muitos só chegam a conhecê-lo por 
experiência e à sua própria custa.”
716. Mediante a organização que nos deu, 
não traçou a Natureza o limite das nossas 
necessidades? 
“Sem dúvida, mas o homem é insaciável. Por 
meio da organização que lhe deu, a Natureza 
lhe traçou o limite das necessidades; porém 
os vícios lhe alteraram a constituição e lhe 
criaram necessidades que não são reais.”
717. Que se há de pensar dos que açambar-cam 
os bens da Terra para se proporciona-rem 
o supérfluo, com prejuízo daqueles a 
quem falta o necessário? 
“Olvidam a Lei de Deus e terão que respon-der 
pelas privações que houverem causado 
aos outros.”
Nada tem de absoluto o limite entre o neces-sário 
e o supérfluo. A civilização criou neces-sidades 
que o selvagem desconhece e os Es-píritos 
que ditaram os preceitos acima não 
pretendem que o homem civilizado deva vi-ver 
como o selvagem. Tudo é relativo, ca-bendo 
à razão regrar as coisas. A civilização 
desenvolve o senso moral e, ao mesmo tem-po, 
o sentimento de caridade, que leva os 
homens a se prestarem mútuo apoio. Os que 
vivem a custa das privações dos outros ex-ploram, 
em seu proveito, os benefícios da 
civilização. Desta têm apenas o verniz, como 
muitos há que da religião só têm a máscara.
Privações voluntárias. Mortificações
718. A lei de conservação obriga o homem a 
prover às necessidades do corpo? 
“Sim, porque, sem força e saúde, impossível 
é o trabalho.”
719. Merece censura o homem, por procurar 
o bem-estar? 
“É natural o desejo do bem-estar. Deus só 
proíbe o abuso, por ser contrário a conser-vação. 
Ele não condena a procura do bem-estar, 
desde que não seja conseguido à custa 
de outrem e não venha a diminuir-vos nem 
as forças físicas, nem as forças morais.”
720. São meritórias aos olhos de Deus as 
privações voluntárias, com o objetivo de uma 
expiação igualmente voluntária? 
“Fazei o bem aos vossos semelhantes e mais 
mérito tereis.” 
a) Haverá privações voluntárias que sejam me 
ritórias? 
“Há: a privação dos gozos inúteis, porque 
desprende da matéria o homem e lhe eleva a 
alma. Meritório é resistir à tentação que ar-rasta 
ao excesso ou ao gozo das coisas inú-teis; 
é o homem tirar do que lhe é necessário 
para dar aos que carecem do bastante. Se a 
privação não passar de simulacro, será uma 
irrisão.” [zombaria, motejo, escárnio]
721. É meritória, de qualquer ponto de vista, 
a vida de mortificações ascéticas que desde a 
mais remota antiguidade teve praticantes no 
seio de diversos povos? 
“Procurai saber a quem ela aproveita e tereis 
a resposta. Se somente serve para quem a 
pratica e o impede de fazer o bem, é egoís-mo, 
seja qual for o pretexto com que enten-dam 
de colori-la. Privar-se a si mesmo e tra-balhar 
para os outros, tal a verdadeira morti-ficação, 
segundo a caridade crista.” 
Ascética: que ou aquele que se volta para a vida espiritual, 
mística; místico, contemplativo. (Houaiss).
722. Será racional a abstenção de certos ali-mentos, 
prescrita a diversos povos? 
“Permitido é ao homem alimentar-se de tudo 
o que lhe não prejudique a saúde. Alguns le-gisladores, 
porém, com um fim útil, entende-ram 
de interdizer o uso de certos alimentos 
e, para maior autoridade imprimirem às suas 
leis, apresentaram-nas como emanadas de 
Deus.”
723. A alimentação animal é, com relação ao 
homem, contrária à Lei da Natureza? 
“Dada a vossa constituição física, a carne ali-menta 
a carne, do contrário o homem se de-bilita. 
A lei de conservação lhe prescreve, co-mo 
um dever, que mantenha suas forças e 
sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. 
Ele, pois, tem que se alimentar conforme o 
reclame a sua organização.”
724. Será meritório abster-se o homem da 
alimentação animal, ou de outra qualquer, 
por expiação? 
“Sim, se praticar essa privação em benefício 
dos outros. Aos olhos de Deus, porém, só há 
mortificação, havendo privação séria e útil. 
Por isso é que qualificamos de hipócritas os 
que apenas aparentemente se privam de 
alguma coisa.”
725. Que se deve pensar das mutilações ope 
radas no corpo do homem ou dos animais? 
“A que propósito, semelhante questão? Ainda 
uma vez: inquiri sempre vós mesmos se é 
útil aquilo de que porventura se trate. A 
Deus não pode agradar o que seja inútil e o 
que for nocivo lhe será sempre desagradável. 
Porque, ficai sabendo, Deus só é sensível aos 
sentimentos que elevam para Ele a alma. 
Obedecendo-lhe a Lei e não a violando é que 
podereis forrar-vos ao jugo da vossa matéria 
terrestre.”
726. Visto que os sofrimentos deste mundo 
nos elevam, se os suportarmos devidamente, 
dar-se-á que também nos elevam os que nós 
mesmos nos criamos? 
“Os sofrimentos naturais são os únicos que 
elevam, porque vêm de Deus. Os sofrimentos 
voluntários de nada servem, quando não 
concorrem para o bem de outrem. Supões 
que se adiantam no caminho do progresso os 
que abreviam a vida, mediante rigores sobre-humanos, 
como o fazem os bonzos, os faqui-res 
e alguns fanáticos de muitas seitas? Por 
que de preferência não trabalham pelo bem 
de seus semelhantes? 
==>
Vistam o indigente; consolem o que chora; 
trabalhem pelo que está enfermo; sofram 
privações para alívio dos infelizes e então 
suas vidas serão úteis e, portanto, agradá-veis 
a Deus. Sofrer alguém voluntariamente, 
apenas por seu próprio bem, é egoísmo; so-frer 
pelos outros é caridade: tais os preceitos 
do Cristo.”
727. Uma vez que não devemos criar sofri-mentos 
voluntários, que nenhuma utilidade 
tenham para outrem, deveremos cuidar de 
preservar-nos dos que prevejamos ou nos 
ameacem? 
“Contra os perigos e os sofrimentos e que o 
instinto de conservação foi dado a todos os 
seres. Fustigai o vosso espírito e não o vosso 
corpo, mortificai o vosso orgulho, sufocai o 
vosso egoismo, que se assemelha a uma ser-pente 
a vos roer o coração, e fareis muito 
mais pelo vosso adiantamento do que infli-gindo- 
vos rigores que já não são deste sécu-lo.”
Indo um pouco além...
“As imagens dos satélites que acompanham a 
movimentação das nuvens de chuva compro-vam 
que a grande seca que assola as regiões 
Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, em parte, 
está relacionada aos desmatamentos. No es-tado 
de São Paulo, por exemplo, a devasta-ção 
da Mata Atlântica permite a formação de 
uma massa de ar quente na atmosfera. Tão 
densa que chega a bloquear os “rios voado-res”, 
já enfraquecidos por conta do desmata-mento 
na Amazônia. Represados no céu, eles 
acabam desaguando no Acre e em Rondônia, 
onde, este ano, foram registradas as maiores 
enchentes da história”. (Fantástico, 31/08/2014).
“Precisamos olhar para a Natureza como uma 
verdadeira mãe que nos fornece os meios de 
sobrevivência, e aprender a nos despreocu-par 
com a acumulação de bens materiais, 
pois esta preocupação tem suas raízes pro-fundas 
no sentimento de egoísmo”. (Rodrigo 
Cavalcanti de Azambuja. Animais e Espiritismo).
Referência bibliográfica: 
AZAMBUJA, R. C. Animais e Espiritismo. Capivari, SP: EME, 
2014. 
KARDEC, A. A Gênese. Rio de Janeiro: FEB, 2007. 
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 2007. 
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 http://t3.gstatic.com/images? 
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 http://images.slideplayer.com.br/6/1691556/slides/slide_3.jpg 
 http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/08/falta-dagua-em-cidades- 
tem-ver-com-devastacao-desenfreada-da-amazonia.html 
 http://3.bp.blogspot.com/_956JWJD9wvQ/Sx9Go9gKrBI/AAAAAAAAA6 
c/GaCx3uuVuPI/s1600/planeta.jpg 
 http://4.bp.blogspot.com/- 
PUUUEATxhww/T8exspC8qnI/AAAAAAAABf4/3EdfjRjA5ao/s1600/Salve 
-seu-planeta.jpg
 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/eb/France- 
Wales_24022007_-_10.jpg/1200px-France-Wales_24022007_-_10.jpg 
 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8a/Two_Number_1 
0s_Stephen_Jones_versus_Charlie_Hodgson.jpg 
 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fe/Jonny_Wilkinson 
_2009_08_england_training_1.jpg 
 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c9/Tackle.JP 
G/903px-Tackle.JPG 
 http://kdfrases.com/frase/138749
Site: 
www.paulosnetos.net 
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Instinto de conservação e meios de subsistência

  • 1.
  • 2.
  • 4. Instinto (Substantivo masculino): 1. Fator inato de comportamento dos animais, variável segundo a espécie, e caracterizado, em dadas condições, por atividades elemen-tares e automáticas; 2. Impulso espontâneo e alheio à razão; intui-ção. Inteligência (Substantivo feminino): 1. Faculdade ou capacidade de aprender, apre-ender, compreender ou adaptar-se facilmente; intelecto, intelectualidade; 2. Destreza mental; agudeza, perspicácia; 3. Pessoa inteligente. (Aurélio).
  • 5. “Estudando-se todas as paixões e, mesmo, todos os vícios, vê-se que as raízes de umas e outros se acham no instinto de conserva-ção, instinto que se encontra em toda a pu-jança nos animais e nos seres primitivos mais próximos da animalidade, nos quais ele exclusivamente domina, sem o contrapeso do senso moral, por não ter ainda o ser nas-cido para a vida intelectual. O instinto se en-fraquece, à medida que a inteligência se de-senvolve, porque esta domina a matéria”. (Kardec, A Gênese, cap. III, item 10).
  • 6. “Qual a diferença entre o instinto e a inteli-gência? Onde acaba um e o outro começa? […]. O instinto é a força oculta que solicita os se-res orgânicos a atos espontâneos e involun-tários, tendo em vista a conservação deles. Nos atos instintivos não há reflexão, nem combinação, nem premeditação. É assim que a planta procura o ar, se volta para a luz, di-rige suas raízes para a água e para a terra nutriente; que a flor se abre e fecha alterna-damente, conforme se lhe faz necessário; que as plantas trepadeiras se enroscam em torno daquilo que lhes serve de apoio, ou se lhe agarram com as gavinhas. ==>
  • 8. É pelo instinto que os animais são avisados do que lhes é útil ou nocivo; que buscam, conforme a estação, os climas propícios; que constroem, sem ensino prévio, com mais ou menos arte, segundo as espécies, leitos ma-cios e abrigos para as suas progênies, arma-dilhas para apanhar a presa de que se nu-trem; que manejam destramente as armas ofensivas e defensivas de que são providos; que os sexos se aproximam; que a mãe cho ca os filhos e que estes procuram o seio ma-terno. ==> Progênie: geração, prole. (Aurélio).
  • 9. No homem, no começo da vida o instinto do-mina com exclusividade; é por instinto que a criança faz os primeiros movimentos, que to-ma o alimento, que grita para exprimir as suas necessidades, que imita o som da voz, que tenta falar e andar. No próprio adulto, certos atos são instintivos, tais como os mo-vimentos espontâneos para evitar um risco, para fugir a um perigo, para manter o equi-líbrio do corpo; tais ainda o piscar das pálpe-bras para moderar o brilho da luz, a respira-ção etc.” (KARDEC, A Gênese, cap. III, item 11).
  • 10. A inteligência se revela por atos voluntários, refletidos, premeditados, combinados, de acordo com a oportunidade das circunstân-cias. É incontestavelmente um atributo ex-clusivo da alma. Todo ato maquinal é instintivo; o ato que de-nota reflexão, combinação, deliberação é in-teligente. Um é livre, o outro não o é. O instinto é guia seguro, que nunca se enga-na; a inteligência, pelo simples fato de ser li-vre, está, por vezes, sujeita a errar. Ao ato instintivo falta o caráter do ato inteli-gente; revela, entretanto, uma causa inteli-gente, essencialmente apta a prever. […]”. (KARDEC, A Gênese, cap. III, item 12).
  • 11. “Aliás, muitas vezes o instinto e a inteligên-cia se revelam simultaneamente no mesmo ato. No caminhar, por exemplo, o movimento das pernas é instintivo; o homem põe ma-quinalmente um pé à frente do outro, sem nisso pensar; quando, porém, ele quer acele-rar ou demorar o passo, levantar o pé ou desviar-se de um tropeço, há cálculo, combi-nação; ele age com deliberado propósito. A impulsão involuntária do movimento é o ato instintivo; a calculada direção do movimento é o ato inteligente. ==>
  • 12. O animal carnívoro é impelido pelo instinto a se alimentar de carne, mas as precauções que toma e que variam conforme as circuns-tâncias, para segurar a presa, a sua previ-dência das eventu-alidades são atos da inte-ligência. (KARDEC, a Gênese, cap. III, item 13).
  • 13. “Sendo o instinto o guia e as paixões as mo-las da alma no período inicial do seu desen-volvimento, por vezes aquele e estas se confundem nos efeitos. Há, contudo, entre esses dois princípios, diferenças que muito importa-se considerem. O instinto é guia seguro, sempre bom. Pode, ao cabo de certo tempo, tornar-se inútil, po-rém nunca prejudicial. Enfraquece-se pela predominância da inteligência. As paixões, nas primeiras idades da alma, têm de comum com o instinto o serem as criaturas solicitadas por uma força igualmen-te inconsciente. ==>
  • 14. As paixões nascem principalmente das ne-cessidades do corpo e dependem, mais do que o instinto, do organismo. O que, acima de tudo, as distingue do instinto é que são individuais e não produzem, como este últi-mo, efeitos gerais e uniformes; variam, ao contrário, de intensidade e de natureza, con forme os indivíduos. São úteis, como estimu-lante, até à eclosão do senso moral, que faz nasça de um ser passivo, um ser racional. Nesse momento, tornam-se não só inúteis, como nocivas ao progresso do Espírito, cuja desmaterialização retardam. Abrandam-se com o desenvolvimento da razão”. (KARDEC, a Gênese, cap. III, item 18).
  • 15. 702. É Lei da Natureza o instinto de conser-vação? “Sem dúvida. Todos os seres vivos o possu-em, qualquer que seja o grau de sua inteli-gência. Nuns, é puramente maquinal, racio-cinado em outros.”
  • 16. 703. Com que fim outorgou Deus a todos os seres vivos o instinto de conservação? “Porque todos têm que concorrer para cum-primento dos desígnios da Providência. Por isso foi que Deus lhes deu a necessidade de viver. Acresce que a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres. Eles o sentem instintivamente, sem disso se aperceberem.”
  • 18. 704. Tendo dado ao homem a necessidade de viver, Deus lhe facultou, em todos os tempos, os meios de o conseguir? “Certo, e se ele os não encontra, é que não os compreende. Não fora possível que Deus criasse para o homem a necessidade de vi-ver, sem lhe dar os meios de consegui-lo. Es-sa a razão por que faz que a Terra produza de modo a proporcionar o necessário aos que a habitam, visto que só o necessário e útil. O supérfluo nunca o é.”
  • 19. 705. Por que nem sempre a Terra produz bas tante para fornecer ao homem o necessário? “É que, ingrato, o homem a despreza! Ela, no entanto, é excelente mãe. Muitas vezes, também, ele acusa a Natureza do que só é resultado da sua imperícia ou da sua impre-vidência. A Terra produziria sempre o neces-sário, se com o necessário soubesse o ho-mem contentar-se. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é que ele emprega no supérfluo o que poderia ser apli-cado no necessário. Olha o árabe no deserto. ==>
  • 20. Acha sempre de que viver, porque não cria para si necessidades factícias. Desde que ha-ja desperdiçado a metade dos produtos em satisfazer a fantasias, que motivos tem o homem para se espantar de nada encontrar no dia seguinte e para se queixar de estar desprovido de tudo, quando chegam os dias de penúria? Em verdade vos digo, imprevi-dente não é a Natureza, é o homem, que não sabe regrar o seu viver.”
  • 21. 706. Por bens da Terra unicamente se devem entender os produtos do solo? “O solo é a fonte primacial donde dimanam todos os outros recursos, pois que, em defi-nitivo, estes recursos são simples transfor-mações dos produtos do solo. Por bens da Terra se deve, pois, entender tudo de que o homem pode gozar neste mundo.”
  • 22. 707. É frequente a certos indivíduos faltarem os meios de subsistência, ainda quando os cerca a abundância. A que se deve atribuir isso? “Ao egoismo dos homens, que nem sempre fazem o que lhes cumpre. Depois e as mais das vezes, devem-no a si mesmos. Buscai e achareis; estas palavras não querem dizer que, para achar o que deseje, basta que o ho-mem olhe para a terra, mas que lhe é preciso procurá-lo, não com indolência, e sim com ardor e perseverança, sem desanimar ante os obstáculos, que muito amiúde são simples meios de que se utiliza a Providência, para lhe experimentar a constância, a paciência e a firmeza.”
  • 23. Se é certo que a civilização multiplica as neces-sidades, também o é que multiplica as fontes de trabalho e os meios de viver. Forçoso, porém, é convir em que, a tal respeito, muito ainda lhe resta por fazer. Quando ela houver concluído a sua obra, ninguém deverá haver que possa queixar-se de lhe faltar o necessário, a não ser por sua própria culpa. A desgraça, para muitos, provem de enveredarem por uma senda diversa da que a Natureza lhes traçou. É então que lhes falece a inteligência para o bom êxito. Para todos há lugar ao Sol, mas com a condição de que cada um ocupe o seu e não o dos outros. A Natureza não pode ser responsável pelos defei-tos da organização social, nem pelas conse-quências da ambição e do amor-próprio.
  • 24. Fora preciso, entretanto, ser-se cego, para se não reconhecer o progresso que, por esse lado, tem feito os povos mais adiantados. Graças aos louváveis esforços que, juntas, a Filantropia e a Ciência não cessam de despender para melhorar a condição material dos homens e malgrado o crescimento incessante das populações, a insu-ficiência da produção se acha atenuada, pelo menos em grande parte, e os anos mais calami-tosos do presente não se podem de modo al-gum comparar aos de outrora. A higiene públi-ca, elemento tão essencial da força e da saúde, que nossos pais não conheceram, é objeto de esclarecida solicitude. O infortúnio e o sofrimen-to encontram onde se refugiem. ==>
  • 25. Por toda parte a Ciência contribui para acrescer o bem-estar. Poder-se-á dizer que já se haja chegado à perfeição? Oh! não, certamente; mas o que já se fez deixa prever o que, com perse-verança, se logrará conseguir, se o homem se mostrar bastante avisado para procurar a sua felicidade nas coisas positivas e sérias e não em utopias que o levam a recuar em vez de fazê-lo avançar.
  • 26. 708. Não há situações nas quais os meios de subsistência de maneira alguma dependem da vontade do homem, sendo-lhe a privação do de que mais imperiosamente necessita uma consequência da força mesma das coisas? “É isso uma prova, muitas vezes cruel, que lhe compete sofrer e à qual sabia ele de antemão que viria a estar exposto. Seu mérito então consiste em submeter-se a vontade de Deus, desde que a sua inteligência nenhum meio lhe faculta de sair da dificuldade. Se a morte vier colhê-lo, cumpre-lhe recebê-la sem murmurar, ponderando que a hora da verdadeira liberta-ção soou e que o desespero no derradeiro mo-mento pode ocasionar-lhe a perda do fruto de toda a sua resignação.”
  • 27. 709. Terão cometido crime os que, em certas situações críticas, se viram na contingência de sacrificar seus semelhantes, para matar a fome? Se houve crime, não teve este a ate-nuá- lo a necessidade de viver, que resulta do instinto de conservação? “Já respondi, quando disse que há mais me-recimento em sofrer todas as provações da vida com coragem e abnegação. Em tal caso, há homicídio e crime de lesa-natureza, falta que é duplamente punida.”
  • 28. 637. O selvagem que cede ao seu instinto, comendo carne humana, é culpado? – Eu disse que o mal depende da vontade. Pois bem: o homem é tanto mais culpado, quanto melhor sabe o que faz.
  • 29. Comenta Kardec: “As circunstâncias dão ao bem e ao mal uma gravidade relativa. O homem comete, fre-quentemente, faltas que, embora sendo de-correntes da posição em que a sociedade o colocou, não são menos repreensíveis; mas a responsabilidade está na razão dos meios que ele tiver para compreender o bem e o mal. É assim que o homem esclarecido que comete uma simples injustiça é mais culpá-vel, aos olhos de Deus, que o selvagem que se entrega aos instintos”.
  • 30. Voltando ao ponto: dentro do conceito que se está trabalhando (q. 637), se, por exemplo, um homem civilizado comer carne humana, qual seria a sua responsabilidade?
  • 31. Voltando ao ponto: dentro do conceito que se está trabalhando (q. 637), se, por exemplo, um homem civilizado comer carne humana, qual seria a sua responsabilidade? Dependerá das circunstâncias...
  • 32.
  • 33.
  • 34. O Voo Força Aérea Uruguaia 571 foi um voo fretado que transportava 45 pessoas, que caiu na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972. Mais de um quarto dos passageiros mor-reram no acidente, os 16 sobreviventes foram resgatados em 23 de Dezembro de 1972, por-tanto, mais de dois meses após o acidente. Os sobreviventes, em condições extremas a mais de 3.600 metros de altitude, tinham pouca comida e nenhuma fonte de calor. Diante da fome e notícias reportadas via rádio de que a busca por eles tinha sido abandonada, alimen-taram- se dos passageiros mortos que haviam sido preservados na neve. (WIKIPÉDIA).
  • 35. 710. Nos mundos de mais apurada organiza-ção, têm os seres vivos necessidade de ali-mentar- se? “Têm, mas seus alimentos estão em relação com a sua natureza. Tais alimentos não seri-am bastante substanciosos para os vossos estômagos grosseiros; assim como os deles não poderiam digerir os vossos alimentos.”
  • 36. Gozo dos bens terrenos
  • 37. 711. O uso dos bens da Terra é um direito de todos os homens? “Esse direito é consequente da necessidade de viver. Deus não imporia um dever sem dar ao homem o meio de cumpri-lo.”
  • 38. 712. Com que fim pôs Deus atrativos no go-zo dos bens materiais? “Para instigar o homem ao cumprimento da sua missão e para experimentá-lo por meio da tentação.” a) Qual o objetivo dessa tentação? “Desenvolver-lhe a razão, que deve preser-vá- lo dos excessos.”
  • 39. Se o homem só fosse instigado a usar dos bens terrenos pela utilidade que têm, sua indiferença houvera talvez comprometido a harmonia do Universo. Deus imprimiu a esse uso o atrativo do prazer, porque assim é o homem impelido ao cumprimento dos desíg-nios providenciais. Além disso, porém, dando aquele uso esse atrativo, quis Deus também experimentar o homem por meio da tenta-ção, que o arrasta para o abuso, de que deve a razão defendê-lo.
  • 40. 713. Traçou a Natureza limites aos gozos? “Traçou, para vos indicar o limite do necessá-rio; mas, pelos vossos excessos, chegais a saciedade e vos punis a vós mesmos.”
  • 41. 714. Que se deve pensar do homem que pro-cura nos excessos de todo gênero o requinte dos gozos? “Pobre criatura! mais digna é de lástima que de inveja, pois bem perto está da morte!” a) Perto da morte física, ou da morte moral? “De ambas.”
  • 42. O homem, que procura nos excessos de todo gênero o requinte do gozo, coloca-se abaixo do bruto, pois que este sabe deter-se, quan-do satisfeita a sua necessidade. Abdica da razão que Deus lhe deu por guia e quanto maiores forem seus excessos, tanto maior preponderância confere ele à sua natureza animal sobre a sua natureza espiritual. As doenças, as enfermidades e, ainda, a morte, que resultam do abuso, são, ao mesmo tem-po, o castigo à transgressão da Lei de Deus.
  • 44. 715. Como pode o homem conhecer o limite do necessário? “Aquele que é ponderado o conhece por in-tuição. Muitos só chegam a conhecê-lo por experiência e à sua própria custa.”
  • 45. 716. Mediante a organização que nos deu, não traçou a Natureza o limite das nossas necessidades? “Sem dúvida, mas o homem é insaciável. Por meio da organização que lhe deu, a Natureza lhe traçou o limite das necessidades; porém os vícios lhe alteraram a constituição e lhe criaram necessidades que não são reais.”
  • 46. 717. Que se há de pensar dos que açambar-cam os bens da Terra para se proporciona-rem o supérfluo, com prejuízo daqueles a quem falta o necessário? “Olvidam a Lei de Deus e terão que respon-der pelas privações que houverem causado aos outros.”
  • 47. Nada tem de absoluto o limite entre o neces-sário e o supérfluo. A civilização criou neces-sidades que o selvagem desconhece e os Es-píritos que ditaram os preceitos acima não pretendem que o homem civilizado deva vi-ver como o selvagem. Tudo é relativo, ca-bendo à razão regrar as coisas. A civilização desenvolve o senso moral e, ao mesmo tem-po, o sentimento de caridade, que leva os homens a se prestarem mútuo apoio. Os que vivem a custa das privações dos outros ex-ploram, em seu proveito, os benefícios da civilização. Desta têm apenas o verniz, como muitos há que da religião só têm a máscara.
  • 49. 718. A lei de conservação obriga o homem a prover às necessidades do corpo? “Sim, porque, sem força e saúde, impossível é o trabalho.”
  • 50. 719. Merece censura o homem, por procurar o bem-estar? “É natural o desejo do bem-estar. Deus só proíbe o abuso, por ser contrário a conser-vação. Ele não condena a procura do bem-estar, desde que não seja conseguido à custa de outrem e não venha a diminuir-vos nem as forças físicas, nem as forças morais.”
  • 51. 720. São meritórias aos olhos de Deus as privações voluntárias, com o objetivo de uma expiação igualmente voluntária? “Fazei o bem aos vossos semelhantes e mais mérito tereis.” a) Haverá privações voluntárias que sejam me ritórias? “Há: a privação dos gozos inúteis, porque desprende da matéria o homem e lhe eleva a alma. Meritório é resistir à tentação que ar-rasta ao excesso ou ao gozo das coisas inú-teis; é o homem tirar do que lhe é necessário para dar aos que carecem do bastante. Se a privação não passar de simulacro, será uma irrisão.” [zombaria, motejo, escárnio]
  • 52. 721. É meritória, de qualquer ponto de vista, a vida de mortificações ascéticas que desde a mais remota antiguidade teve praticantes no seio de diversos povos? “Procurai saber a quem ela aproveita e tereis a resposta. Se somente serve para quem a pratica e o impede de fazer o bem, é egoís-mo, seja qual for o pretexto com que enten-dam de colori-la. Privar-se a si mesmo e tra-balhar para os outros, tal a verdadeira morti-ficação, segundo a caridade crista.” Ascética: que ou aquele que se volta para a vida espiritual, mística; místico, contemplativo. (Houaiss).
  • 53. 722. Será racional a abstenção de certos ali-mentos, prescrita a diversos povos? “Permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde. Alguns le-gisladores, porém, com um fim útil, entende-ram de interdizer o uso de certos alimentos e, para maior autoridade imprimirem às suas leis, apresentaram-nas como emanadas de Deus.”
  • 54. 723. A alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à Lei da Natureza? “Dada a vossa constituição física, a carne ali-menta a carne, do contrário o homem se de-bilita. A lei de conservação lhe prescreve, co-mo um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização.”
  • 55. 724. Será meritório abster-se o homem da alimentação animal, ou de outra qualquer, por expiação? “Sim, se praticar essa privação em benefício dos outros. Aos olhos de Deus, porém, só há mortificação, havendo privação séria e útil. Por isso é que qualificamos de hipócritas os que apenas aparentemente se privam de alguma coisa.”
  • 56. 725. Que se deve pensar das mutilações ope radas no corpo do homem ou dos animais? “A que propósito, semelhante questão? Ainda uma vez: inquiri sempre vós mesmos se é útil aquilo de que porventura se trate. A Deus não pode agradar o que seja inútil e o que for nocivo lhe será sempre desagradável. Porque, ficai sabendo, Deus só é sensível aos sentimentos que elevam para Ele a alma. Obedecendo-lhe a Lei e não a violando é que podereis forrar-vos ao jugo da vossa matéria terrestre.”
  • 57. 726. Visto que os sofrimentos deste mundo nos elevam, se os suportarmos devidamente, dar-se-á que também nos elevam os que nós mesmos nos criamos? “Os sofrimentos naturais são os únicos que elevam, porque vêm de Deus. Os sofrimentos voluntários de nada servem, quando não concorrem para o bem de outrem. Supões que se adiantam no caminho do progresso os que abreviam a vida, mediante rigores sobre-humanos, como o fazem os bonzos, os faqui-res e alguns fanáticos de muitas seitas? Por que de preferência não trabalham pelo bem de seus semelhantes? ==>
  • 58. Vistam o indigente; consolem o que chora; trabalhem pelo que está enfermo; sofram privações para alívio dos infelizes e então suas vidas serão úteis e, portanto, agradá-veis a Deus. Sofrer alguém voluntariamente, apenas por seu próprio bem, é egoísmo; so-frer pelos outros é caridade: tais os preceitos do Cristo.”
  • 59. 727. Uma vez que não devemos criar sofri-mentos voluntários, que nenhuma utilidade tenham para outrem, deveremos cuidar de preservar-nos dos que prevejamos ou nos ameacem? “Contra os perigos e os sofrimentos e que o instinto de conservação foi dado a todos os seres. Fustigai o vosso espírito e não o vosso corpo, mortificai o vosso orgulho, sufocai o vosso egoismo, que se assemelha a uma ser-pente a vos roer o coração, e fareis muito mais pelo vosso adiantamento do que infli-gindo- vos rigores que já não são deste sécu-lo.”
  • 60. Indo um pouco além...
  • 61.
  • 62.
  • 63. “As imagens dos satélites que acompanham a movimentação das nuvens de chuva compro-vam que a grande seca que assola as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, em parte, está relacionada aos desmatamentos. No es-tado de São Paulo, por exemplo, a devasta-ção da Mata Atlântica permite a formação de uma massa de ar quente na atmosfera. Tão densa que chega a bloquear os “rios voado-res”, já enfraquecidos por conta do desmata-mento na Amazônia. Represados no céu, eles acabam desaguando no Acre e em Rondônia, onde, este ano, foram registradas as maiores enchentes da história”. (Fantástico, 31/08/2014).
  • 64.
  • 65.
  • 66. “Precisamos olhar para a Natureza como uma verdadeira mãe que nos fornece os meios de sobrevivência, e aprender a nos despreocu-par com a acumulação de bens materiais, pois esta preocupação tem suas raízes pro-fundas no sentimento de egoísmo”. (Rodrigo Cavalcanti de Azambuja. Animais e Espiritismo).
  • 67.
  • 68. Referência bibliográfica: AZAMBUJA, R. C. Animais e Espiritismo. Capivari, SP: EME, 2014. KARDEC, A. A Gênese. Rio de Janeiro: FEB, 2007. KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 2007.  http://1.bp.blogspot.com/_YccxpDYnGLM/TlyWTKUvO-I/ AAAAAAAAAUk/qaC_GXq9fHE/s1600/Gavinha+de+maracuj %C3%A1,+40x30,+2008,+gicl%C3%A8e.jpg e http://www.colegioweb.com.br/wp-content/uploads/2013/11/gavinha-chuchu- 8.jpg  http://t3.gstatic.com/images? q=tbn:ANd9GcR91J3XCwzh79BnFgAKSZ5XJmCjI-wqHJNUbnCx4ieu4pojrMAC  http://images.slideplayer.com.br/6/1691556/slides/slide_3.jpg  http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/08/falta-dagua-em-cidades- tem-ver-com-devastacao-desenfreada-da-amazonia.html  http://3.bp.blogspot.com/_956JWJD9wvQ/Sx9Go9gKrBI/AAAAAAAAA6 c/GaCx3uuVuPI/s1600/planeta.jpg  http://4.bp.blogspot.com/- PUUUEATxhww/T8exspC8qnI/AAAAAAAABf4/3EdfjRjA5ao/s1600/Salve -seu-planeta.jpg
  • 69.  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/eb/France- Wales_24022007_-_10.jpg/1200px-France-Wales_24022007_-_10.jpg  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8a/Two_Number_1 0s_Stephen_Jones_versus_Charlie_Hodgson.jpg  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fe/Jonny_Wilkinson _2009_08_england_training_1.jpg  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c9/Tackle.JP G/903px-Tackle.JPG  http://kdfrases.com/frase/138749
  • 70. Site: www.paulosnetos.net Email: paulosnetos@gmail.com