O documento discute os vários sentidos e origens da razão, assim como os principais princípios racionais. Também aborda as diferentes visões sobre se a razão é inata ou adquirida através da experiência, e as soluções filosóficas propostas a esse debate, como as de Leibniz, Kant e Hegel. Por fim, examina perspectivas contemporâneas sobre a razão histórica, sua relação com a sociedade e sua descontinuidade no tempo.
1. FILOSOFIA DA RAZÃO
CONVITE À FILOSOFIA – Marilena Chaui – Unidade 2
CAPÍTULO 1 – A razão
Os vários sentidos da razão.
Origem da palavra razão
- Latim: ratio (contar, reunir, medir, juntar,
separar, calcular)
- Grego: Logos (contar, reunir, juntar, calcular)
- Razão X conhecimento ilusório; emoções-
sentimentos-paixões; crença religiosa; êxtase
místico.
Princípios racionais
- Princípio da identidade;
- Princípio da não-contradição;
- Princípio do terceiro-excluído;
- Princípio da razão suficiente;
Ampliando a ideia de razão
- confronto com os princípios.
CAPÍTULO 2 – A atividade racional
Atividade racional e suas modalidades
- Intuição (visão direta e imediata do objeto do
conhecimento).
Intuição
- Intuição sensível ou empírica.
- Intuição racional ou intelectual.
- Intuição emotiva ou valorativa.
A razão discursiva: dedução, indução e
abdução.
- Raciocínio é o conhecimento que exige
provas e demonstrações.
- Dedução: procedimento pelo qual um fato
ou objeto particulares são conhecidos por
inclusão numa mesma teoria geral.
- Indução: partimos de casos particulares
iguais ou semelhantes e procuramos a lei
geral.
- Abdução:busca de uma conclusão pela
interpretação racional de sinais, de indícios
de signos.
Realismo e Idealismo
Realismo: posição filosófica que afirma a
existência objetiva ou em si da realidade
racional em si e por si mesma (razão
objetiva).
Idealismo: Não podemos saber nem dizer se
a realidade exterior é racional em si pois só
podemos saber e dizer que ela é racional
para nós (razão subjetiva).
CAPÍTILO 3 – A razão: inata ou adquirida?
Inatismo ou empirismo?
Somos dotados desde que nascemos de
princípios racionais e algumas ideias
verdadeiras, ou seja inatas (Platão,
Descartes).
Nossa razão e seus princípios, ideias e
procedimentos são oriundos da experiência
(Johon Locke, Francis Bacon, Berkeley,
Hume, Roger Bacon, Guilherme de
Ockham).
Problemas do inatismo: Se os princípios e as
ideias da razão são inatos e, por isso,
universais e necessários, como explicar que
possam mudar?
Problemas do empirismo: é o da
impossibilidade do conhecimento objetivo
da realidade.
CAPÍTULO 4 – Os problemas do inatismo e do
empirismo: soluções filosóficas
A solução de Leibniz no séc. XVII
- verdades de razão;
- verdades de fato;
Solução Kantiana
- tira-se do centro da discussão a realidade
objetiva ou os objetos do conhecimento e
coloca-se no centro a razão (estrutura vazia,
sem conteúdo que é universal e a priori).
A resposta de Hegel
- Criticou a intemporalidade atribuída à verdade
e à razão em toda a filosofia anterior.
- A razão não está na história; ela é a história.
- “Esses conflitos filosóficos são a história da
razão buscando conhecer-se a si mesma e que
graças a tais conflitos, graças às contradições
entre as filosofias, a Filosofia pode chegar à
descoberta da razão como síntese, unidade ou
harmonia das teses opostas ou contraditórias.
CAPÍTULO 5 - A razão na Filosofia contemporânea
A razão histórica
- Edmund Husserl (fenomenologia) defende o
inatismo aperfeiçoando-o com as contribuições
de Kant e nega a solução hegeliana pois não
admite que as formas e conteúdos da razão
mudem com o tempo, mas sim se enriqueçam e
ampliem.
2. - O mundo ou a realidade é um conjunto de
significações ou de sentidos que são produzidos
pela consciência ou pela razão. Estas
significações são universais e necessárias e são
a essência de toda a realidade.
Razão e sociedade
- Escola de Frankfurt ou Teoria Científica
Duas modalidades de razão:
- razão instrumental;
- razão crítica;
A razão não determina nem condiciona a
sociedade (como julgara Hegel), mas é
determinada e condicionada pela sociedade
e suas mudanças.
Razão e descontinuidade temporal
- Estruturalismo: o importante é a estrutura ou
forma que a realidade tem no presente. (Michel
Foucault, Jacques Derrida, etc.)
A razão é histórica, mas não é cumulativa,
evolutiva, progressiva e contínua. Pelo
contrário, PE descontínua, se realiza por saltos e
cada estrutura nova da razão possui um sentido
próprio válido apenas para ela.
Por que falamos de razão?
- Critérios de avaliação da capacidade racional.
Coerência interna de um pensamento ou de
uma teoria;
Instrumento crítico para compreendermos
as circunstâncias em que vivemos, para
mudá-las ou melhorá-las.
- A razão tem um potencial ativo ou
transformador e por isso continuamos a falar
nela e a desejá-la.
Razão e realidade
- Percepção de razões que viram mito e deixam
de ser razões.
Ex: Concepção da existência de “raças”.
Uma” razão” racista não é razão, mas
ignorância, preconceito, violência e irrazão..
Integrantes:
Cecília Albuquerque
Fabricio Freitas
Jamylle Soares
Jeannie Sousa
Leonardo Sidney
Klaus Eritom
Paulo Willame
"Há sempre um pouco de loucura
no amor. Mas há sempre um pouco
de razão na loucura"
("Assim Falava Zaratustra – Friedrich Nietzsche)