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CLIPPING – 04/08/2014
Acesse: www.cncafe.com.br
Repasses do Funcafé chegam a R$ 2,796 bilhões na safra 2014
P1 / Ascom CNC
04/08/2014
Paulo A. C. Kawasaki
Nesta segunda-feira, 4 de agosto, o Governo Federal
autorizou o repasse de mais R$ 404 milhões do Fundo de
Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para os bancos ITAU
Unibanco e Banestes, elevando o montante total liberado para
a R$ 2,796 bilhões aos agentes que manifestaram interesse e
firmaram contratos para operar com os recursos na safra 2014.
Do volume integral transferido, R$ 1,049 bilhão foram para a linha de Estocagem, R$ 718 milhões
para Custeio, R$ 578 milhões para Aquisição de Café (FAC), R$ 220 milhões à linha de Capital de
Giro para Cooperativas de Produção, R$ 123 milhões para Indústrias Torrefação e R$ 108 milhões
para as de Solúvel. O Funcafé conta com um orçamento total de R$ 3,825 bilhões neste ano. Veja
tabela detalhada abaixo.
Irrigação é alternativa a vulnerabilidade climática
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04/08/2014
Thais Fernandes
A seca do início do ano, que afetou a produção cafeeira na safra 2014/2015, gerou,
segundo a última estimativa da Conab, quebra de redução de 9,33% na produção deste
ano, e, agora, o temor de que a safra 2015/2016 também esteja comprometida.
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Em visita a Fazenda Santa Mônica, em Machado (MG), o
proprietário Arthur Moscofian Junior explica que o
fenômeno deste ano é raro, mas não imprevisível. “Já
aconteceu antes? Difícil, mas aconteceu lá em 2005. Nós
estamos falando de 10 anos”. Depois desse primeiro
episódio da falta de chuvas, Arthur decidiu implantar o
sistema de irrigação em sua fazenda (foto: Alexia Santi /
Agência Ophelia / Café Editora). “Meus vizinhos não
entendiam, perguntavam por que eu estava investindo
nisso, se por aqui quase sempre temos água”, conta.
Neste ano, produções vizinhas chegaram a abandonar suas árvores, conforme comenta Moscofian, já
que as plantas que sofreram com a estiagem rejeitaram seus galhos secos, comprometendo todo o
desenvolvimento da lavoura.
Na Fazenda Santa Mônica, apesar de alguns frutos com desuniformidade de maturação nos pés,
Moscofian afirma que a colheita não precisou ser adiantada. “Estamos colhendo normalmente, de
junho a agosto estaremos nos trabalhos”, pontua o fazendeiro que cultiva as variedades mundo novo
e catuaí amarelo e vermelho.
O fazendeiro é adepto, também, da colheita mecanizada, que reduziu o número de funcionários para
13 pessoas, e do sistema Safra Zero, que consiste na poda cíclica do cafeeiro, realizando-a com
esqueletamento seguido de decote no ano de produção. “Começamos ano passado e, agora, onde
tínhamos um ramo só, eu vou ter cinco. Um ano fico sem café, mas em compensação, no ano
seguinte eu vou colher o dobro”. A ideia do fazendeiro é, no ano que vem, dividir a lavoura em
setores e começar a fazer rodízio no sistema. “Com irrigação já produzimos 40 sacas por hectare.
Vamos passar para 80 sacas com a Safra Zero”, afirma.
Apesar dos bons números das demais tecnologias, este ano Arthur explica que a irrigação foi seu
trunfo. “Basta olhar nas lavouras em volta. O que faltou não foi adubo, foi água. Sem água, as outras
coisas não funcionam”. Para introduzir a fertirrigação foi preciso fazer algumas mudanças na lavoura.
Moscofian explica que teve de alterar as medidas da lavoura para conseguir reduzir espaçamento
entre plantas e ruas, necessário para introdução da tecnologia.
Para fazer a irrigação dos 89 hectares, o fazendeiro utiliza a água do lago construído na propriedade,
com 50 metros de desnível do lago até o tanque. O tanque, montado para escoar a água do lago à
tubulação, é feito com materiais como bambu, que o proprietário também pesquisou para a
construção.
Investimento – Para construir o equipamento que libera água para a irrigação de toda lavoura, Arthur
Moscofian teve que gastar R$ 15 mil, apenas para resolver o problema de entupimento da tubulação
com a terra roxa local. Ainda assim, ele enfatiza que procurou ter o mínimo possível de gastos. “Uma
pessoa queria me cobrar R$ 350 mil em uma máquina, que ainda ia gastar energia. Aí eu fiz a
cachoeira e agora a água bate em torno dela mesma e volatiliza o ferro 2 e o ferro 3, presentes na
terra, impedindo que entupa”, explica.
O equipamento ainda inclui duas tubulações – uma que puxa água, por gravidade, até as bombas e
outra para o lavador de equipamentos –, a casa de máquinas, com as bombas, o tanque e, claro, o
lago.
Uso regularizado da água – O caminho seguido pela Fazenda e, que vai de encontro aos
investimentos em tecnologia da cafeicultura, tem, ainda, que ser trilhado junto a algumas exigências
públicas. Arthur explica que teve que seguir diversas orientações e mostra as licenças e certificações
que a Fazenda possui, entre elas o Certifica Minas Café, específica do Estado mineiro e que estimula
uma gestão moderna da propriedade e incentiva a preservação ambiental.
Segundo o Ministério da Integração Nacional, responsável pela Secretaria Nacional de Irrigação
(Senir), para introduzir a irrigação em uma propriedade não há necessidade de certificação, mas sim
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de outorga de direito do uso da água. Se o rio for de domínio da União, a outorga deve ser obtida
junto à Agência Nacional de Águas (Ana); e se as águas forem subterrâneas ou de rios de domínio
estadual, cada Estado tem seu procedimento próprio. Outra exigência é a licença ambiental, que
também varia de Estado para Estado e, às vezes, de acordo com as leis do próprio município. O
órgão ambiental local deve ser consultado sobre a legislação e os procedimentos.
Café: Brasil embarca 2,769 milhões de sacas em julho, aponta MDIC
Agência Estado
04/08/2014
Tomas Okuda
A exportação brasileira de café em grão no mês de julho (23 dias úteis) alcançou 2,769 milhões de
sacas de 60 kg, o que corresponde uma elevação de 44% em relação ao mesmo mês do ano
passado (1,923 milhão de sacas). Em termos de receita cambial, houve crescimento de 77% no
período, para US$ 521,6 milhões em comparação com os US$ 294,5 milhões registrados em julho de
2013. Os dados foram divulgados há pouco pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Quando comparada com o mês anterior, a exportação de café em julho apresenta elevação de 5,6%
em termos de volume - em junho os embarques somaram 2,622 milhões de sacas. A receita cambial
foi 4,5% maior, considerando faturamento de US$ 498,9 milhões em junho passado.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, houve elevação de 18,7% na receita, que saiu de
US$ 2,720 bilhões em 2013 para US$ 3,145 bilhões no mesmo período deste ano. O volume
embarcado avançou 21,9% no período, de 15,307 milhões de sacas para 18,653 milhões de sacas
nos primeiros sete meses deste ano.
Agronegócio contribui com 44,4% da balança comercial, diz CNA
Valor Econômico
04/08/2014
Fernanda Pressinott
A exportação do agronegócio brasileiro somou US$ 49,6 bilhões no primeiro semestre deste ano,
uma queda de 0,92% em relação ao mesmo período de 2013. A importação foi de US$ 8,8 bilhões
(aumento de 0,2%), resultando em superávit de US$ 40,8 bilhões no período. Os dados fazem parte
do boletim do Agronegócio Internacional, elaborado pela Superintendência de Relações
Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a partir de dados do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), e divulgado hoje.
De acordo com o boletim, o agronegócio contribuiu com 44,4% da resultado da balança comercial do
país no primeiro semestre.
O desempenho do setor, diz a CNA, contrasta com o resultado negativo da balança comercial do
país, que teve déficit de US$ 3 bilhões no acumulado de 2014. As exportações totais somaram US$
110,5 bilhões e as importações, US$ 113 bilhões.
A soja em grão, carro-chefe do agronegócio brasileiro, respondeu por 14,8% do total das exportações
brasileiras no acumulado do ano. As vendas renderam US$ 16,1 bilhões. O principal destino dos
embarques de soja foi a China, que importou US$ 12,2 bilhões do Brasil, um aumento de 9,4% em
valor e de 14,5% em volume.
Também foram destaque na exportação a carne bovina (US$ 2,7 bilhões) café em grão (US$ 2,6
bilhões) e celulose (US$ 2,6 bilhões).
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De acordo com os dados comerciais de 2014, a Rússia passou a ser o quarto destino das
exportações brasileiras do agronegócio. Até o ano passado, o país ocupava o sexto lugar. Nos seis
primeiros meses do ano, os principais produtos exportados para Moscou foram: complexos carnes
(US$ 989,7 milhões), sucroalcooleiro (US$ 244,4 milhões) e soja (US$ 196 milhões).
Ufla estuda vírus da mancha-anular do cafeeiro
CaféPoint
04/08/2014
Informações da Ufla, por Cibele Aguiar
A biotecnologia tem sido uma ferramenta importante para desvendar a diversidade
genética do vírus da mancha-anular do cafeeiro (Coffee ringspot vírus – CoRSV),
responsável por prejuízos nas principais regiões produtoras de café, causando intensa
desfolha e redução dos atributos de qualidade nos frutos. O sequenciamento completo
do genoma desse vírus está depositado no National Center For Biotechology Information
(NCBI), fruto da cooperação internacional entre pesquisadores da Universidade Federal
de Lavras (Ufla) e da Universidade de Kentucky, Estados Unidos.
Do ponto de vista acadêmico, o resultado deste estudo representa uma grande contribuição, já que o
sequenciamento completo do genoma do vírus mostrou que ele possui genoma bipartido, estando
classificado de forma equivocada na classe Mononegavirales. O vírus da mancha-anular passa a ser
um candidato a pertencer ao gênero Dichorhavirus, ainda em proposição no órgão competente. O
artigo completo será brevemente publicado no Virology Journal, periódico com alto fator de impacto e
um dos mais relevantes da área.
De acordo com a professora do Departamento de Fitopatologia da Ufla e coordenadora do projeto no
Brasil, Antônia Reis Figueira, não existem estudos que envolvem a composição molecular desse
vírus, sendo todas as medidas de controle direcionadas ao ácaro vetor (Brevipalpus phoenicis). Ela
explica que o sequenciamento permite um maior conhecimento da diversidade genética do vírus,
possibilitando a recomendação de medidas mais eficazes de controle. Além disso, favorece o estudo
direcionado ao uso de ferramentas moleculares para o desenvolvimento de plantas transgênicas
resistentes ao vírus.
Do ponto de vista econômico, a descoberta também beneficia o cafeicultor, já que a virose traz
prejuízos econômicos em todas as regiões produtoras do País. A incidência do vírus tem aumentado
nos últimos anos, afetando os cafeeiros em qualquer fase de desenvolvimento, causando manchas
cloróticas ou necróticas nas folhas, geralmente em forma de anéis concêntricos, e na forma de anéis
ou manchas irregulares nos frutos. O vírus causa desfolha severa de folhas, queda de frutos e
depreciação da qualidade da bebida.
Parceria Internacional – Em visita a Ufla, o professor Michael Maurice Goodin, do Departamento de
Fitopatologia da Universidade de Kentucky, comemora os resultados da parceria. Ele ressalta a
importância da pesquisa e a oportunidade de ampliar os estudos no campo, com visitas às principais
regiões produtoras de café no Brasil. “Está sendo uma experiência única. A Ufla é realmente um
centro de excelência na área do café, com uma organização multidisciplinar, nos ensina a conciliar
fitopatologia com outras áreas do conhecimento”, considera.
O estudo segue agora para uma segunda fase, para caracterização, variabilidade genômica,
interação patógeno-hospedeira e elaboração do mapa de localização das proteínas do vírus da
mancha anular. Para esta etapa, a professora Antônia Figueira aprovou um projeto no programa
Ciência sem Fronteiras, que oficializa a vinda de Michael Goodin como professor visitante na Ufla.
Assim, o parceiro da pesquisa poderá visitar a Universidade duas vezes ao ano, até 2016.
“Foi uma grande sorte participar desta parceria. Tem sido uma experiência fantástica”, enaltece o
pesquisador, destacando a cooperação entre pesquisadores e produtores rurais, com singular apoio
para a realização das pesquisas de campo. Os professores Antônia Figueira e Michael Goodin
visitaram lavouras cafeeiras em Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Paraná e Espírito Santo.
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Além dos resultados científicos, o professor Goodin reforça o intercâmbio cultural como outro
benefício da parceria. “Esta é uma ótima oportunidade para nossos estudantes, já que apenas 2%
dos estudantes da UK têm a chance de conhecer de perto outra cultura”, afirma.
Credibilidade e interação - A equipe da professora Antônia deu início aos estudos da virologia
molecular especificamente com o café em 2001, com os primeiros projetos financiados pelo
Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café. Os resultados preliminares deram
subsídio para que fosse iniciado, em 2011, o sequenciamento do genoma do vírus da mancha-anular,
com a ida do primeiro estudante da Ufla para cursar doutorado sanduíche na Universidade de
Kentucky. Em 2012, mais um estudante da Ufla foi para os Estados Unidos e, em 2014, o
sequenciamento foi finalizado.
Empresas japonesas buscam oportunidades em logística e infraestrutura
Valor Econômico
04/08/2014
Cristiano Zaia
Oito empresas e uma associação de produtores de café do Japão participaram na sexta-feira (1º/08)
de uma reunião com o ministro da Agricultura, Neri Geller, em Brasília, na qual manifestaram
interesse em investir em ferrovias, rodovias, hidrovias e portos.
Segundo Geller, não foi assinado nenhum acordo de cooperação com o governo japonês. Entretanto,
empresas do setor financeiro, como seguradoras, e, principalmente, da área de infraestrutura e
logística, sondaram quais as reais demandas que o Brasil apresenta atualmente para investimento.
Os representantes das empresas quiseram saber qual a expectativa de investimentos em logística
necessários hoje para potencializar o escoamento das produções brasileiras de soja, café e de
carnes de frango, suína e bovina, segundo o ministro.
“Aqui foi discutida a questão dos investimentos privados, para sentir do governo brasileiro se há
espaço e segurança para as empresas japonesas fazerem investimentos no Brasil”, contou Geller.
Segundo o ministro da Agricultura, os investidores japoneses têm grande potencial de atuar no Brasil
para “nos ajudar a resolver gargalos de infraestrutura”. “Apenas uma das empresas que estiveram
aqui já investiu US$ 500 milhões no Porto de Itaqui (MA) e outra disse ter US$ 140 bilhões em oferta
de seguros para auxiliar empresas de infraestrutura”, afirmou.
“Colocamos para eles que temos capacidade de ampliar produção agrícola, mas temos gargalos em
infraestrutura e essas empresas atuam em logística e querem investir no Brasil”, disse Geller
Acompanhados do vice-ministro da Agricultura do Japão, Issao Harihara, estiveram no encontro
representantes das companhias japonesas Mitsui, Mitsubishi e Sojitz, entre outras.
Brasil recolhe 94% das embalagens de defensivos agrícolas, diz instituto
Agência Brasil
04/08/2014
Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil / Edição: Fábio Massalli
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010,
determinou, além das várias obrigações aos gestores públicos, que
a própria indústria tome conta dos resíduos que produz. Também
regulado por leis anteriores, o setor produtivo de defensivos
agrícolas é referência e hoje recolhe 94% das embalagens que
produz.
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Segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), que gerencia esse
sistema, desde sua criação, em 2002, até junho de 2014 foram encaminhadas mais de 300 mil
toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos para o destino ambientalmente correto.
Apenas no primeiro semestre deste ano, o Sistema Campo Limpo destinou mais de 22 mil toneladas
de material. A quantidade é 7% maior se comparada ao mesmo período de 2013. As maiores cargas
saíram do Mato Grosso, do Paraná, do Rio Grande do Sul, da Bahia e de Minas Gerais; juntos
correspondem a 70% do total de embalagens de defensivos retirados do campo no Brasil.
Para o diretor-presidente do inpEV, João César Rando, isso só foi possível porque se colocou todos
os elos da cadeia trabalhando juntos, do fabricante ao produtor rural e às associações, cada um com
sua cota-parte de responsabilidade.
“As embalagens ficavam no campo e era um problema grave para o produtor e não havia solução
ambientalmente adequada. Na época, não se falava em logística reversa. Então, verificamos se as
embalagens pós-consumo não poderiam fazer o caminho inverso e, a partir dessa experiência, o
sistema começou a se desenvolver”, disse Rando.
O inpEV adota o conceito de aproveitamento do frete de retorno para o transporte das embalagens
vazias. Isso significa que o mesmo caminhão que leva as embalagens cheias para os distribuidores e
cooperativas não retorna vazio após a entrega. Ele transporta também as embalagens vazias até as
unidades de recebimento. O conceito é aplicado em mais de 98% das cargas das centrais para o
destino final.
A Política de Resíduos Sólidos aprovou a construção prioritária de seis cadeias de logística reversa:
óleos lubrificantes, agrotóxicos, lâmpadas, eletroeletrônicos, pneus e pilhas, e ainda trata de
embalagens em geral.
O Comitê Orientador para Implementação de Sistemas de Logística Reversa, formado por cinco
ministérios, optou por tratar com os setores industriais de óleos lubrificantes, eletroeletrônicos,
lâmpadas, embalagens em geral e medicamentos.
Segundo a diretora de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso, a lei tem uma
série de lacunas. “Ela fala que os produtos descartados e reciclados vão ter que ser aproveitados em
outras cadeias, mas não fala de incentivos financeiros, só joga isso no colo das empresas. Assim
como fala de prazo de quatro anos para as metas dos municípios, não foi sinalética no que diz
respeito aos acordos setoriais, não dá prazo, a gente é que vem correndo com isso e essa
negociação demora”.
Veloso explica que alguns estados, por exemplo, entendem que ponto de recolhimento é um local de
armazenamento de resíduo perigoso, sujeito a licenciamento ambiental. “Então na hora que vou
descartar meu produto, a loja não quer receber, não tenho ponto de recolhimento. O setor entende
que vai ter dificuldade em fazer essa logística, mas é uma responsabilidade desencadeada”, disse a
diretora, contando também que alguns setores estão colocando condições para o governo, exigindo
incentivos fiscais, de redução de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
(ICMS). “Mas o governo federal não tem autonomia para isso, é coisa dos estados.”
O diretor-presidente do inpEV diz que para estruturar a logística reversa, como foi feito com as
embalagens de agrotóxicos, dá trabalho e custa bastante. “Assim como cada elo tem seu papel, o
consumidor final de cada cadeia tem que ser educado e conscientizado e isso requer muito
investimento. Depois que se estrutura e se investe, tenho certeza e convicção que é possível dar um
tratamento adequado para produtos de todo e qualquer segmento, considerando suas
particularidades”.
Desde 2002, o aporte da indústria foi de mais de R$ 700 milhões para a viabilização do Sistema
Campo Limpo. “O produtor tem o custo de trazer de volta essa embalagem, em torno de 3% a 4% do
total. As cooperativas precisam disponibilizar e gerir os locais de armazenamento, cerca de 15% do
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custo total do sistema. Os outros 80% são financiados pela indústria porque é quem tem toda a
responsabilidade”, disse Rando.
Entretanto, é possível agregar valor aos resíduos. No caso das embalagens de agrotóxicos, cerca de
40% do custo são revertidos pelo próprio sistema. “Procuramos agregar o máximo de valor possível,
entretanto, haverão setores com um ônus muito grande porque o produto reduzido não tem um alto
valor comercial e não há contrapartida”.
Rando explica que já exite uma reivindicação para que os governos desonerem a cadeia de logística
reversa. “Não faz sentido tributar na reciclagem, um produto que já foi tributado na sua origem”, disse
ele, explicando que podem se desonerados tributos federais, como Imposto Sobre Produtos
Industrializados (IPI) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), estaduais,
como o ICMS, e até municipais, como o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
“São mecanismos para ajudar os setores a implantar os seus sistemas. Uma vez funcionando, a
economia que o governo e a sociedade vão ter é certa, com um meio ambiente mais limpo e
saudável”, completou Rando.
Colômbia e Japão dão novo impulso à relação bilateral
CaféPoint
04/08/2014
Informações da FNC / Tradução: Juliana Santin
A Colômbia e o Japão deram, na última terça-feira, novo impulso à relação bilateral em
matéria comercial e de investimentos no marco da IX Reunião do Comitê Econômico
Conjunto Japão-Colômbia, que foi realizado na sede da Federação Nacional de
Cafeicultores (FNC). O encontro contou com a presença do primeiro-ministro do Japão,
Shinzo Abe, no marco de sua visita à Colômbia, a primeira do premier japonês ao país.
Na sessão de abertura, o gerente geral da Federação, Luis Genaro Muñoz Ortega, na qualidade de
presidente do Comitê Econômico Japão-Colômbia, destacou que a grande e frutífera relação
comercial cafeeira entre os dois países evoluiu satisfatoriamente da exportação de café verde a
produtos de maior valor agregado, como no segmento de bebidas, diante de uma demanda cada vez
mais exigente.
Essa crescente e dinâmica penetração em segmentos de maior valor no Japão tem ocorrido por
empresas japonesas, disse Muñoz, que também se mostrou confiante na recente chegada da cadeia
de lojas Juan Valdez no Japão e fez votos pelo retorno do Japão à Organização Internacional de Café
(OIC), pois isso contribuirá para um maior entendimento entre países produtores e consumidores.
Por parte dos expositores colombianos que participaram nas diferentes sessões do encontro, foi dada
ênfase ao bom momento que a Colômbia atravessa em matéria econômica e de investimento, com
indicadores como uma crescente classe média, uma baixa inflação, maior crescimento regional do
PIB para o primeiro trimestre do ano (6,4%) e o segundo maior crescimento mundial no mesmo
período.
Os expositores japoneses, por sua parte, em sua maioria, representantes de importantes empresas
japonesas com investimento ou relações comerciais com a Colômbia, contaram sobre suas atividades
empresariais e sobre os nichos de oportunidade para estreitar a relação bilateral, o que inclui
infraestrutura, alimentos e energia, incluídas as renováveis, com tecnologias de ponta.
Um ponto recorrente ao longo do encontro foi a necessidade de acelerar as negociações do Acordo
de Associação Econômica e de pronta entrada em vigor do Acordo para a Promoção e Proteção
Recíproca de Investimentos, que espera seu processo de rigor por parte da Corte Constitucional da
Colômbia, pois esses dois mecanismos de integração contribuirão decididamente para dinamizar a
relação bilateral em matéria econômica e comercial.
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Outro ponto recorrente foram as enormes possibilidades que abre a Aliança do Pacífico, formada por
Colômbia, México, Peru e Chile, para países como Japão, pela possibilidade de aproveitar a
integração profunda que estão promovendo esses quatro países, não somente de forma intra-
regional, mas também, como porta importante ao Pacífico.
Na sessão de fechamento do encontro, o ministro da Fazenda, Mauricio Cárdenas Santamaría,
enfatizou a importância das duas principais iniciativas do Governo colombiano para apostar por um
maior crescimento futuro: a aposta pela paz, com o atual processo em marcha, que se espera que
reflita em ao menos um ponto adicional de crescimento do PIB e um ambicioso programa de
investimentos em infraestrutura, que também esperam que se traduza em um ponto adicional de
crescimento do PIB.
Na mesma sessão de fechamento, o gerente geral da FNC se mostrou satisfeito pelo impulso que
essa reunião do Comitê Conjunto, no marco da visita do premier Abe à Colômbia, deu à relação
bilateral em matéria econômica e comercial e que, além disso, converteu a casa dos cafeicultores
colombianos na casa dos empresários japonesas.
“Os cafeicultores colombianos estão convencidos de que o mercado traz enormes oportunidades”,
disse Muñoz Ortega.

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  • 1. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck CLIPPING – 04/08/2014 Acesse: www.cncafe.com.br Repasses do Funcafé chegam a R$ 2,796 bilhões na safra 2014 P1 / Ascom CNC 04/08/2014 Paulo A. C. Kawasaki Nesta segunda-feira, 4 de agosto, o Governo Federal autorizou o repasse de mais R$ 404 milhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para os bancos ITAU Unibanco e Banestes, elevando o montante total liberado para a R$ 2,796 bilhões aos agentes que manifestaram interesse e firmaram contratos para operar com os recursos na safra 2014. Do volume integral transferido, R$ 1,049 bilhão foram para a linha de Estocagem, R$ 718 milhões para Custeio, R$ 578 milhões para Aquisição de Café (FAC), R$ 220 milhões à linha de Capital de Giro para Cooperativas de Produção, R$ 123 milhões para Indústrias Torrefação e R$ 108 milhões para as de Solúvel. O Funcafé conta com um orçamento total de R$ 3,825 bilhões neste ano. Veja tabela detalhada abaixo. Irrigação é alternativa a vulnerabilidade climática CaféPoint 04/08/2014 Thais Fernandes A seca do início do ano, que afetou a produção cafeeira na safra 2014/2015, gerou, segundo a última estimativa da Conab, quebra de redução de 9,33% na produção deste ano, e, agora, o temor de que a safra 2015/2016 também esteja comprometida.
  • 2. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Em visita a Fazenda Santa Mônica, em Machado (MG), o proprietário Arthur Moscofian Junior explica que o fenômeno deste ano é raro, mas não imprevisível. “Já aconteceu antes? Difícil, mas aconteceu lá em 2005. Nós estamos falando de 10 anos”. Depois desse primeiro episódio da falta de chuvas, Arthur decidiu implantar o sistema de irrigação em sua fazenda (foto: Alexia Santi / Agência Ophelia / Café Editora). “Meus vizinhos não entendiam, perguntavam por que eu estava investindo nisso, se por aqui quase sempre temos água”, conta. Neste ano, produções vizinhas chegaram a abandonar suas árvores, conforme comenta Moscofian, já que as plantas que sofreram com a estiagem rejeitaram seus galhos secos, comprometendo todo o desenvolvimento da lavoura. Na Fazenda Santa Mônica, apesar de alguns frutos com desuniformidade de maturação nos pés, Moscofian afirma que a colheita não precisou ser adiantada. “Estamos colhendo normalmente, de junho a agosto estaremos nos trabalhos”, pontua o fazendeiro que cultiva as variedades mundo novo e catuaí amarelo e vermelho. O fazendeiro é adepto, também, da colheita mecanizada, que reduziu o número de funcionários para 13 pessoas, e do sistema Safra Zero, que consiste na poda cíclica do cafeeiro, realizando-a com esqueletamento seguido de decote no ano de produção. “Começamos ano passado e, agora, onde tínhamos um ramo só, eu vou ter cinco. Um ano fico sem café, mas em compensação, no ano seguinte eu vou colher o dobro”. A ideia do fazendeiro é, no ano que vem, dividir a lavoura em setores e começar a fazer rodízio no sistema. “Com irrigação já produzimos 40 sacas por hectare. Vamos passar para 80 sacas com a Safra Zero”, afirma. Apesar dos bons números das demais tecnologias, este ano Arthur explica que a irrigação foi seu trunfo. “Basta olhar nas lavouras em volta. O que faltou não foi adubo, foi água. Sem água, as outras coisas não funcionam”. Para introduzir a fertirrigação foi preciso fazer algumas mudanças na lavoura. Moscofian explica que teve de alterar as medidas da lavoura para conseguir reduzir espaçamento entre plantas e ruas, necessário para introdução da tecnologia. Para fazer a irrigação dos 89 hectares, o fazendeiro utiliza a água do lago construído na propriedade, com 50 metros de desnível do lago até o tanque. O tanque, montado para escoar a água do lago à tubulação, é feito com materiais como bambu, que o proprietário também pesquisou para a construção. Investimento – Para construir o equipamento que libera água para a irrigação de toda lavoura, Arthur Moscofian teve que gastar R$ 15 mil, apenas para resolver o problema de entupimento da tubulação com a terra roxa local. Ainda assim, ele enfatiza que procurou ter o mínimo possível de gastos. “Uma pessoa queria me cobrar R$ 350 mil em uma máquina, que ainda ia gastar energia. Aí eu fiz a cachoeira e agora a água bate em torno dela mesma e volatiliza o ferro 2 e o ferro 3, presentes na terra, impedindo que entupa”, explica. O equipamento ainda inclui duas tubulações – uma que puxa água, por gravidade, até as bombas e outra para o lavador de equipamentos –, a casa de máquinas, com as bombas, o tanque e, claro, o lago. Uso regularizado da água – O caminho seguido pela Fazenda e, que vai de encontro aos investimentos em tecnologia da cafeicultura, tem, ainda, que ser trilhado junto a algumas exigências públicas. Arthur explica que teve que seguir diversas orientações e mostra as licenças e certificações que a Fazenda possui, entre elas o Certifica Minas Café, específica do Estado mineiro e que estimula uma gestão moderna da propriedade e incentiva a preservação ambiental. Segundo o Ministério da Integração Nacional, responsável pela Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), para introduzir a irrigação em uma propriedade não há necessidade de certificação, mas sim
  • 3. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck de outorga de direito do uso da água. Se o rio for de domínio da União, a outorga deve ser obtida junto à Agência Nacional de Águas (Ana); e se as águas forem subterrâneas ou de rios de domínio estadual, cada Estado tem seu procedimento próprio. Outra exigência é a licença ambiental, que também varia de Estado para Estado e, às vezes, de acordo com as leis do próprio município. O órgão ambiental local deve ser consultado sobre a legislação e os procedimentos. Café: Brasil embarca 2,769 milhões de sacas em julho, aponta MDIC Agência Estado 04/08/2014 Tomas Okuda A exportação brasileira de café em grão no mês de julho (23 dias úteis) alcançou 2,769 milhões de sacas de 60 kg, o que corresponde uma elevação de 44% em relação ao mesmo mês do ano passado (1,923 milhão de sacas). Em termos de receita cambial, houve crescimento de 77% no período, para US$ 521,6 milhões em comparação com os US$ 294,5 milhões registrados em julho de 2013. Os dados foram divulgados há pouco pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Quando comparada com o mês anterior, a exportação de café em julho apresenta elevação de 5,6% em termos de volume - em junho os embarques somaram 2,622 milhões de sacas. A receita cambial foi 4,5% maior, considerando faturamento de US$ 498,9 milhões em junho passado. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, houve elevação de 18,7% na receita, que saiu de US$ 2,720 bilhões em 2013 para US$ 3,145 bilhões no mesmo período deste ano. O volume embarcado avançou 21,9% no período, de 15,307 milhões de sacas para 18,653 milhões de sacas nos primeiros sete meses deste ano. Agronegócio contribui com 44,4% da balança comercial, diz CNA Valor Econômico 04/08/2014 Fernanda Pressinott A exportação do agronegócio brasileiro somou US$ 49,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, uma queda de 0,92% em relação ao mesmo período de 2013. A importação foi de US$ 8,8 bilhões (aumento de 0,2%), resultando em superávit de US$ 40,8 bilhões no período. Os dados fazem parte do boletim do Agronegócio Internacional, elaborado pela Superintendência de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), e divulgado hoje. De acordo com o boletim, o agronegócio contribuiu com 44,4% da resultado da balança comercial do país no primeiro semestre. O desempenho do setor, diz a CNA, contrasta com o resultado negativo da balança comercial do país, que teve déficit de US$ 3 bilhões no acumulado de 2014. As exportações totais somaram US$ 110,5 bilhões e as importações, US$ 113 bilhões. A soja em grão, carro-chefe do agronegócio brasileiro, respondeu por 14,8% do total das exportações brasileiras no acumulado do ano. As vendas renderam US$ 16,1 bilhões. O principal destino dos embarques de soja foi a China, que importou US$ 12,2 bilhões do Brasil, um aumento de 9,4% em valor e de 14,5% em volume. Também foram destaque na exportação a carne bovina (US$ 2,7 bilhões) café em grão (US$ 2,6 bilhões) e celulose (US$ 2,6 bilhões).
  • 4. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck De acordo com os dados comerciais de 2014, a Rússia passou a ser o quarto destino das exportações brasileiras do agronegócio. Até o ano passado, o país ocupava o sexto lugar. Nos seis primeiros meses do ano, os principais produtos exportados para Moscou foram: complexos carnes (US$ 989,7 milhões), sucroalcooleiro (US$ 244,4 milhões) e soja (US$ 196 milhões). Ufla estuda vírus da mancha-anular do cafeeiro CaféPoint 04/08/2014 Informações da Ufla, por Cibele Aguiar A biotecnologia tem sido uma ferramenta importante para desvendar a diversidade genética do vírus da mancha-anular do cafeeiro (Coffee ringspot vírus – CoRSV), responsável por prejuízos nas principais regiões produtoras de café, causando intensa desfolha e redução dos atributos de qualidade nos frutos. O sequenciamento completo do genoma desse vírus está depositado no National Center For Biotechology Information (NCBI), fruto da cooperação internacional entre pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e da Universidade de Kentucky, Estados Unidos. Do ponto de vista acadêmico, o resultado deste estudo representa uma grande contribuição, já que o sequenciamento completo do genoma do vírus mostrou que ele possui genoma bipartido, estando classificado de forma equivocada na classe Mononegavirales. O vírus da mancha-anular passa a ser um candidato a pertencer ao gênero Dichorhavirus, ainda em proposição no órgão competente. O artigo completo será brevemente publicado no Virology Journal, periódico com alto fator de impacto e um dos mais relevantes da área. De acordo com a professora do Departamento de Fitopatologia da Ufla e coordenadora do projeto no Brasil, Antônia Reis Figueira, não existem estudos que envolvem a composição molecular desse vírus, sendo todas as medidas de controle direcionadas ao ácaro vetor (Brevipalpus phoenicis). Ela explica que o sequenciamento permite um maior conhecimento da diversidade genética do vírus, possibilitando a recomendação de medidas mais eficazes de controle. Além disso, favorece o estudo direcionado ao uso de ferramentas moleculares para o desenvolvimento de plantas transgênicas resistentes ao vírus. Do ponto de vista econômico, a descoberta também beneficia o cafeicultor, já que a virose traz prejuízos econômicos em todas as regiões produtoras do País. A incidência do vírus tem aumentado nos últimos anos, afetando os cafeeiros em qualquer fase de desenvolvimento, causando manchas cloróticas ou necróticas nas folhas, geralmente em forma de anéis concêntricos, e na forma de anéis ou manchas irregulares nos frutos. O vírus causa desfolha severa de folhas, queda de frutos e depreciação da qualidade da bebida. Parceria Internacional – Em visita a Ufla, o professor Michael Maurice Goodin, do Departamento de Fitopatologia da Universidade de Kentucky, comemora os resultados da parceria. Ele ressalta a importância da pesquisa e a oportunidade de ampliar os estudos no campo, com visitas às principais regiões produtoras de café no Brasil. “Está sendo uma experiência única. A Ufla é realmente um centro de excelência na área do café, com uma organização multidisciplinar, nos ensina a conciliar fitopatologia com outras áreas do conhecimento”, considera. O estudo segue agora para uma segunda fase, para caracterização, variabilidade genômica, interação patógeno-hospedeira e elaboração do mapa de localização das proteínas do vírus da mancha anular. Para esta etapa, a professora Antônia Figueira aprovou um projeto no programa Ciência sem Fronteiras, que oficializa a vinda de Michael Goodin como professor visitante na Ufla. Assim, o parceiro da pesquisa poderá visitar a Universidade duas vezes ao ano, até 2016. “Foi uma grande sorte participar desta parceria. Tem sido uma experiência fantástica”, enaltece o pesquisador, destacando a cooperação entre pesquisadores e produtores rurais, com singular apoio para a realização das pesquisas de campo. Os professores Antônia Figueira e Michael Goodin visitaram lavouras cafeeiras em Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Paraná e Espírito Santo.
  • 5. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Além dos resultados científicos, o professor Goodin reforça o intercâmbio cultural como outro benefício da parceria. “Esta é uma ótima oportunidade para nossos estudantes, já que apenas 2% dos estudantes da UK têm a chance de conhecer de perto outra cultura”, afirma. Credibilidade e interação - A equipe da professora Antônia deu início aos estudos da virologia molecular especificamente com o café em 2001, com os primeiros projetos financiados pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café. Os resultados preliminares deram subsídio para que fosse iniciado, em 2011, o sequenciamento do genoma do vírus da mancha-anular, com a ida do primeiro estudante da Ufla para cursar doutorado sanduíche na Universidade de Kentucky. Em 2012, mais um estudante da Ufla foi para os Estados Unidos e, em 2014, o sequenciamento foi finalizado. Empresas japonesas buscam oportunidades em logística e infraestrutura Valor Econômico 04/08/2014 Cristiano Zaia Oito empresas e uma associação de produtores de café do Japão participaram na sexta-feira (1º/08) de uma reunião com o ministro da Agricultura, Neri Geller, em Brasília, na qual manifestaram interesse em investir em ferrovias, rodovias, hidrovias e portos. Segundo Geller, não foi assinado nenhum acordo de cooperação com o governo japonês. Entretanto, empresas do setor financeiro, como seguradoras, e, principalmente, da área de infraestrutura e logística, sondaram quais as reais demandas que o Brasil apresenta atualmente para investimento. Os representantes das empresas quiseram saber qual a expectativa de investimentos em logística necessários hoje para potencializar o escoamento das produções brasileiras de soja, café e de carnes de frango, suína e bovina, segundo o ministro. “Aqui foi discutida a questão dos investimentos privados, para sentir do governo brasileiro se há espaço e segurança para as empresas japonesas fazerem investimentos no Brasil”, contou Geller. Segundo o ministro da Agricultura, os investidores japoneses têm grande potencial de atuar no Brasil para “nos ajudar a resolver gargalos de infraestrutura”. “Apenas uma das empresas que estiveram aqui já investiu US$ 500 milhões no Porto de Itaqui (MA) e outra disse ter US$ 140 bilhões em oferta de seguros para auxiliar empresas de infraestrutura”, afirmou. “Colocamos para eles que temos capacidade de ampliar produção agrícola, mas temos gargalos em infraestrutura e essas empresas atuam em logística e querem investir no Brasil”, disse Geller Acompanhados do vice-ministro da Agricultura do Japão, Issao Harihara, estiveram no encontro representantes das companhias japonesas Mitsui, Mitsubishi e Sojitz, entre outras. Brasil recolhe 94% das embalagens de defensivos agrícolas, diz instituto Agência Brasil 04/08/2014 Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil / Edição: Fábio Massalli A Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010, determinou, além das várias obrigações aos gestores públicos, que a própria indústria tome conta dos resíduos que produz. Também regulado por leis anteriores, o setor produtivo de defensivos agrícolas é referência e hoje recolhe 94% das embalagens que produz.
  • 6. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), que gerencia esse sistema, desde sua criação, em 2002, até junho de 2014 foram encaminhadas mais de 300 mil toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos para o destino ambientalmente correto. Apenas no primeiro semestre deste ano, o Sistema Campo Limpo destinou mais de 22 mil toneladas de material. A quantidade é 7% maior se comparada ao mesmo período de 2013. As maiores cargas saíram do Mato Grosso, do Paraná, do Rio Grande do Sul, da Bahia e de Minas Gerais; juntos correspondem a 70% do total de embalagens de defensivos retirados do campo no Brasil. Para o diretor-presidente do inpEV, João César Rando, isso só foi possível porque se colocou todos os elos da cadeia trabalhando juntos, do fabricante ao produtor rural e às associações, cada um com sua cota-parte de responsabilidade. “As embalagens ficavam no campo e era um problema grave para o produtor e não havia solução ambientalmente adequada. Na época, não se falava em logística reversa. Então, verificamos se as embalagens pós-consumo não poderiam fazer o caminho inverso e, a partir dessa experiência, o sistema começou a se desenvolver”, disse Rando. O inpEV adota o conceito de aproveitamento do frete de retorno para o transporte das embalagens vazias. Isso significa que o mesmo caminhão que leva as embalagens cheias para os distribuidores e cooperativas não retorna vazio após a entrega. Ele transporta também as embalagens vazias até as unidades de recebimento. O conceito é aplicado em mais de 98% das cargas das centrais para o destino final. A Política de Resíduos Sólidos aprovou a construção prioritária de seis cadeias de logística reversa: óleos lubrificantes, agrotóxicos, lâmpadas, eletroeletrônicos, pneus e pilhas, e ainda trata de embalagens em geral. O Comitê Orientador para Implementação de Sistemas de Logística Reversa, formado por cinco ministérios, optou por tratar com os setores industriais de óleos lubrificantes, eletroeletrônicos, lâmpadas, embalagens em geral e medicamentos. Segundo a diretora de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso, a lei tem uma série de lacunas. “Ela fala que os produtos descartados e reciclados vão ter que ser aproveitados em outras cadeias, mas não fala de incentivos financeiros, só joga isso no colo das empresas. Assim como fala de prazo de quatro anos para as metas dos municípios, não foi sinalética no que diz respeito aos acordos setoriais, não dá prazo, a gente é que vem correndo com isso e essa negociação demora”. Veloso explica que alguns estados, por exemplo, entendem que ponto de recolhimento é um local de armazenamento de resíduo perigoso, sujeito a licenciamento ambiental. “Então na hora que vou descartar meu produto, a loja não quer receber, não tenho ponto de recolhimento. O setor entende que vai ter dificuldade em fazer essa logística, mas é uma responsabilidade desencadeada”, disse a diretora, contando também que alguns setores estão colocando condições para o governo, exigindo incentivos fiscais, de redução de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). “Mas o governo federal não tem autonomia para isso, é coisa dos estados.” O diretor-presidente do inpEV diz que para estruturar a logística reversa, como foi feito com as embalagens de agrotóxicos, dá trabalho e custa bastante. “Assim como cada elo tem seu papel, o consumidor final de cada cadeia tem que ser educado e conscientizado e isso requer muito investimento. Depois que se estrutura e se investe, tenho certeza e convicção que é possível dar um tratamento adequado para produtos de todo e qualquer segmento, considerando suas particularidades”. Desde 2002, o aporte da indústria foi de mais de R$ 700 milhões para a viabilização do Sistema Campo Limpo. “O produtor tem o custo de trazer de volta essa embalagem, em torno de 3% a 4% do total. As cooperativas precisam disponibilizar e gerir os locais de armazenamento, cerca de 15% do
  • 7. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck custo total do sistema. Os outros 80% são financiados pela indústria porque é quem tem toda a responsabilidade”, disse Rando. Entretanto, é possível agregar valor aos resíduos. No caso das embalagens de agrotóxicos, cerca de 40% do custo são revertidos pelo próprio sistema. “Procuramos agregar o máximo de valor possível, entretanto, haverão setores com um ônus muito grande porque o produto reduzido não tem um alto valor comercial e não há contrapartida”. Rando explica que já exite uma reivindicação para que os governos desonerem a cadeia de logística reversa. “Não faz sentido tributar na reciclagem, um produto que já foi tributado na sua origem”, disse ele, explicando que podem se desonerados tributos federais, como Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), estaduais, como o ICMS, e até municipais, como o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). “São mecanismos para ajudar os setores a implantar os seus sistemas. Uma vez funcionando, a economia que o governo e a sociedade vão ter é certa, com um meio ambiente mais limpo e saudável”, completou Rando. Colômbia e Japão dão novo impulso à relação bilateral CaféPoint 04/08/2014 Informações da FNC / Tradução: Juliana Santin A Colômbia e o Japão deram, na última terça-feira, novo impulso à relação bilateral em matéria comercial e de investimentos no marco da IX Reunião do Comitê Econômico Conjunto Japão-Colômbia, que foi realizado na sede da Federação Nacional de Cafeicultores (FNC). O encontro contou com a presença do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, no marco de sua visita à Colômbia, a primeira do premier japonês ao país. Na sessão de abertura, o gerente geral da Federação, Luis Genaro Muñoz Ortega, na qualidade de presidente do Comitê Econômico Japão-Colômbia, destacou que a grande e frutífera relação comercial cafeeira entre os dois países evoluiu satisfatoriamente da exportação de café verde a produtos de maior valor agregado, como no segmento de bebidas, diante de uma demanda cada vez mais exigente. Essa crescente e dinâmica penetração em segmentos de maior valor no Japão tem ocorrido por empresas japonesas, disse Muñoz, que também se mostrou confiante na recente chegada da cadeia de lojas Juan Valdez no Japão e fez votos pelo retorno do Japão à Organização Internacional de Café (OIC), pois isso contribuirá para um maior entendimento entre países produtores e consumidores. Por parte dos expositores colombianos que participaram nas diferentes sessões do encontro, foi dada ênfase ao bom momento que a Colômbia atravessa em matéria econômica e de investimento, com indicadores como uma crescente classe média, uma baixa inflação, maior crescimento regional do PIB para o primeiro trimestre do ano (6,4%) e o segundo maior crescimento mundial no mesmo período. Os expositores japoneses, por sua parte, em sua maioria, representantes de importantes empresas japonesas com investimento ou relações comerciais com a Colômbia, contaram sobre suas atividades empresariais e sobre os nichos de oportunidade para estreitar a relação bilateral, o que inclui infraestrutura, alimentos e energia, incluídas as renováveis, com tecnologias de ponta. Um ponto recorrente ao longo do encontro foi a necessidade de acelerar as negociações do Acordo de Associação Econômica e de pronta entrada em vigor do Acordo para a Promoção e Proteção Recíproca de Investimentos, que espera seu processo de rigor por parte da Corte Constitucional da Colômbia, pois esses dois mecanismos de integração contribuirão decididamente para dinamizar a relação bilateral em matéria econômica e comercial.
  • 8. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Outro ponto recorrente foram as enormes possibilidades que abre a Aliança do Pacífico, formada por Colômbia, México, Peru e Chile, para países como Japão, pela possibilidade de aproveitar a integração profunda que estão promovendo esses quatro países, não somente de forma intra- regional, mas também, como porta importante ao Pacífico. Na sessão de fechamento do encontro, o ministro da Fazenda, Mauricio Cárdenas Santamaría, enfatizou a importância das duas principais iniciativas do Governo colombiano para apostar por um maior crescimento futuro: a aposta pela paz, com o atual processo em marcha, que se espera que reflita em ao menos um ponto adicional de crescimento do PIB e um ambicioso programa de investimentos em infraestrutura, que também esperam que se traduza em um ponto adicional de crescimento do PIB. Na mesma sessão de fechamento, o gerente geral da FNC se mostrou satisfeito pelo impulso que essa reunião do Comitê Conjunto, no marco da visita do premier Abe à Colômbia, deu à relação bilateral em matéria econômica e comercial e que, além disso, converteu a casa dos cafeicultores colombianos na casa dos empresários japonesas. “Os cafeicultores colombianos estão convencidos de que o mercado traz enormes oportunidades”, disse Muñoz Ortega.