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Ascite 
Propedêutica 
2014
Ascite 
•Acúmulo de líquido na 
cavidade peritoneal 
•Várias etiologias 
•Comum na hipertensão portal 
•Paracentese - diagnóstica
Ascite
Ascite 
• Outras condições: 
– Cisto ovariano 
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Hidronefrose 
Cisto renal
Ascite 
• Diferenciação com outras condições: 
– Contornos bem delimitados 
– Forma arredondada 
– Crescimento no sentido anteroposterior 
– Flancos livres 
– Ausência de macicez móvel e timpanismo 
nos flancos com paciente em decúbito dorsal
Ascite - Etiologias 
• Gastroenterologica: Hipertensão portal: 
Cirrose hepática, hepatite fulminante, doença 
veno-oclusiva (trombose de veia porta, supra-hepáticas), 
Pancreática: Pancreatite, 
pseudocisto, Biliar 
• Cardíaca: Insuficiência cardíaca, pericardite 
constritiva, cor pulmonale 
• Renal: Síndrome nefrótica, Insuficiência renal 
crônica dialítica
Ascite - Etiologias 
• Infecciosa: Tuberculose, esquistossomose, fúngica, 
bacteriana Neoplasia 
• Neoplásica: Metástase peritoneal, mesotelioma, linfoma, 
pseudomixoma, peritoneal 
• Quilosa: Obstrução linfática mesentéricas 
• Ginecológica: Síndrome de Meigss, endometriose, síndrome 
de hiperestimulação ovariana. 
• Outras: Lúpus eritematoso sistêmico, angioedema 
hereditário, artrite reumatóide, Doença de Whipple, 
mixedema, gastroenterite eosinofilica, febre familiar do 
mediterrâneo, , hipoalbuminemia.
Ascite 
Os fatores que participam na 
formação da ascite variam de 
acordo com a patologia
Ascite 
Cardiogênica 
• Ascite cardiogênica faz parte da retenção 
hídrica caracterizada pelo edema de 
membros inferiores, região sacral, face e 
derrames cavitários
Ascite 
Cardiogênica 
• Aumento na pressão hidrostática 
– Secundária a hipertensão venosa e 
determinada pela insuficiencia ventricular 
direita 
• Retenção de sodio e agua 
– Secundária a insuficiencia ventricular 
esquerda que leva a diminuição na filtração 
glomerular
Ascite cardiogênica
Ascite cardiogênica 
•Edema de membros 
•Dispneia aos esforços 
•Dispneia paroxística 
noturna 
•Taquicardia/ bradicardia 
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• Diminuição da pressão oncótica do 
plasma 
• Hipoproteinemia 
• Retenção de sódio e água 
• Edema de face 
• Edema sacral, membros inferiores, 
escrotal 
• Derrames cavitários
Ascite na síndrome nefrótica
Ascite da cirrose 
• Hipertensão portal 
• Hipoproteinemia 
• Retenção de sódio e água 
• Aumento da pressão hidrostática no leito 
portal
Ascite da cirrose
Ascite da cirrose
Ascite de causa peritoneal 
• Inflamatória 
• Neoplásica 
• Processo restrito ao peritônio 
• Não apresenta edema de membros ou 
outros fatores sistêmicos
Ascite – carcinomatose peritoneal
Ascite - anamnese 
• Assintomáticos 
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• Saciedade 
• Dificuldades respiratórias 
• Distensão abdominal 
• Edemas 
• Enrijecimento que muda de local.
Ascite - diagnóstico 
• Palpação e percussão 
• Ecografia Abdominal 
– presença de líquido e estruturas abdominais 
• Exames Laboratoriais ( líquido e sangue) 
– Albumina soro gradiente; 
– Concentração de amilase e triglicerídeos; 
– Contagem de glóbulos vermelhos; 
– Cultura para infecções bacterianas, 
– Citologia oncótica 
– pH.
Ascite – diagnóstico 
• Depende da magnitude da ascite 
Grande 
volume 
Médio 
volume 
Pequeno 
volume 
Inspeção Globoso/ 
Batráquio 
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Globoso Plano 
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Ascite - diagnóstico 
• A paracentese – introdução de um cateter ou 
agulha na cavidade peritoneal com retirada de 
líquido para análise 
• Alívio 
• Diagnóstica 
• Contra – indicações: 
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devidas a cirurgias prévias; 
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Ascite – diagnóstico - paracentese 
• Exame físico cuidadoso do abdômen 
• Presença ou ausência de cicatrizes cirúrgicas, caput 
medusae, ondas de fluido e visceromegalia. 
• Coagulação 
• A bexiga deve ser esvaziada voluntariamente ou por 
cateterização. 
• Ultra-som pode ser bastante útil na localização de 
coleções de fluido e é de especial utilidade quando 
há formação de aderências em locais de cicatrizes 
ou incisões cirúrgicas prévias.
Paracentese 
Material 
1. Luvas estéreis. 
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3. Seringas com agulhas. 
4. Anestésico local (lidocaína a 1%). 
5. Tubos coletores para amostras. 
6. Meio de cultura adequado. 
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direta
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Citologia e Citometria 
• A contagem de polimorfonucleares é 
importante no diagnóstico da peritonite 
bacteriana espontânea (PBE) no paciente 
cirrótico, independentemente da cultura: 
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Gradiente albumina sérica e albumina do liquido ascítico 
(GASA) 
• A dosagem do GASA é crucial no diagnóstico da etiologia da ascite, 
principalmente relacionada à hipertensão portal. 
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ascite, por isso, deve ser colhido simultaneamente 
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Hipertensão portal 
HP Sinusoidal (cirrose hepática) : Proteína < 3,0 
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Carcinomatose 
Tuberculose 
Cirrose Síndrome Nefrótica 
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Citologia oncótica 
• Frasco com metade álcool, metade líquido 
ascitíco e encaminhar para anatomia 
patológica. A citologia oncótica contribui 
para o diagnóstico diferencial da 
neoplasias malignas peritoneais, 
principalmente metastáticas 
(carcinomatose peritoneal)
Cultura 
• No frasco de hemocultura -10ml de líquido 
ascitíco à beira do leito. Cultura para 
bactérias, em casos especiais para 
tuberculose e fungos.
Bioquímica 
• Glicose 
• pH 
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• DHL 
• na primeira análise: 
– amilase 
– ADA 
– Colesterol/ triglicerides
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• A reposição de albumina deverá ser realizada 
após paracentese de grande volume (> 5 litros), 
sendo de 8 g/litro drenado;
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Resumo 
• Ascite = paracentese 
• Coleta: sérica e do líquido 
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Obrigada
Referencias 
• Exame clínico – Porto & Porto 
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• Tratado de gastroenterologia – da 
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– Jaime Natan Eisig

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Diagnóstico e etiologias da ascite

  • 2. Ascite •Acúmulo de líquido na cavidade peritoneal •Várias etiologias •Comum na hipertensão portal •Paracentese - diagnóstica
  • 4. Ascite • Outras condições: – Cisto ovariano – Hidronefrose e cisto renal
  • 5.
  • 7. Ascite • Diferenciação com outras condições: – Contornos bem delimitados – Forma arredondada – Crescimento no sentido anteroposterior – Flancos livres – Ausência de macicez móvel e timpanismo nos flancos com paciente em decúbito dorsal
  • 8. Ascite - Etiologias • Gastroenterologica: Hipertensão portal: Cirrose hepática, hepatite fulminante, doença veno-oclusiva (trombose de veia porta, supra-hepáticas), Pancreática: Pancreatite, pseudocisto, Biliar • Cardíaca: Insuficiência cardíaca, pericardite constritiva, cor pulmonale • Renal: Síndrome nefrótica, Insuficiência renal crônica dialítica
  • 9. Ascite - Etiologias • Infecciosa: Tuberculose, esquistossomose, fúngica, bacteriana Neoplasia • Neoplásica: Metástase peritoneal, mesotelioma, linfoma, pseudomixoma, peritoneal • Quilosa: Obstrução linfática mesentéricas • Ginecológica: Síndrome de Meigss, endometriose, síndrome de hiperestimulação ovariana. • Outras: Lúpus eritematoso sistêmico, angioedema hereditário, artrite reumatóide, Doença de Whipple, mixedema, gastroenterite eosinofilica, febre familiar do mediterrâneo, , hipoalbuminemia.
  • 10. Ascite Os fatores que participam na formação da ascite variam de acordo com a patologia
  • 11. Ascite Cardiogênica • Ascite cardiogênica faz parte da retenção hídrica caracterizada pelo edema de membros inferiores, região sacral, face e derrames cavitários
  • 12. Ascite Cardiogênica • Aumento na pressão hidrostática – Secundária a hipertensão venosa e determinada pela insuficiencia ventricular direita • Retenção de sodio e agua – Secundária a insuficiencia ventricular esquerda que leva a diminuição na filtração glomerular
  • 14. Ascite cardiogênica •Edema de membros •Dispneia aos esforços •Dispneia paroxística noturna •Taquicardia/ bradicardia •Mal estar geral
  • 15. Ascite na síndrome nefrótica • Diminuição da pressão oncótica do plasma • Hipoproteinemia • Retenção de sódio e água • Edema de face • Edema sacral, membros inferiores, escrotal • Derrames cavitários
  • 16. Ascite na síndrome nefrótica
  • 17. Ascite da cirrose • Hipertensão portal • Hipoproteinemia • Retenção de sódio e água • Aumento da pressão hidrostática no leito portal
  • 20. Ascite de causa peritoneal • Inflamatória • Neoplásica • Processo restrito ao peritônio • Não apresenta edema de membros ou outros fatores sistêmicos
  • 22. Ascite - anamnese • Assintomáticos • Aperto abdominal • Saciedade • Dificuldades respiratórias • Distensão abdominal • Edemas • Enrijecimento que muda de local.
  • 23. Ascite - diagnóstico • Palpação e percussão • Ecografia Abdominal – presença de líquido e estruturas abdominais • Exames Laboratoriais ( líquido e sangue) – Albumina soro gradiente; – Concentração de amilase e triglicerídeos; – Contagem de glóbulos vermelhos; – Cultura para infecções bacterianas, – Citologia oncótica – pH.
  • 24. Ascite – diagnóstico • Depende da magnitude da ascite Grande volume Médio volume Pequeno volume Inspeção Globoso/ Batráquio Estrias Pele fina Globoso Plano Percussão Piparote Semicírculo de Skoda Macicez móvel Normal Macicez móvel Palpação Piparote _ _ Ausculta Normal? RHA aumentados Normal? RHA aumentados Normal? RHA aumentados
  • 26. Ascite - diagnóstico Macicez móvel Semi círculo de Skoda
  • 28. Ascite - diagnóstico • A paracentese – introdução de um cateter ou agulha na cavidade peritoneal com retirada de líquido para análise • Alívio • Diagnóstica • Contra – indicações: – aderências intra-abdominais extensas devidas a cirurgias prévias; – coagulopatia severa; – falta de relevância clínica
  • 29. Ascite – diagnóstico - paracentese • Exame físico cuidadoso do abdômen • Presença ou ausência de cicatrizes cirúrgicas, caput medusae, ondas de fluido e visceromegalia. • Coagulação • A bexiga deve ser esvaziada voluntariamente ou por cateterização. • Ultra-som pode ser bastante útil na localização de coleções de fluido e é de especial utilidade quando há formação de aderências em locais de cicatrizes ou incisões cirúrgicas prévias.
  • 30. Paracentese Material 1. Luvas estéreis. 2. Campos estéreis. 3. Seringas com agulhas. 4. Anestésico local (lidocaína a 1%). 5. Tubos coletores para amostras. 6. Meio de cultura adequado. 7. Cateter de paracentese ou abocath 14 9. Solução para assepsia 10. Seringas descartáveis comuns. 11. Material de curativo
  • 31. Paracentese Local da punção Terço médio da linha imaginária do umbigo com a crista ilíaca antero-posterior esquerda/ direta
  • 33. Análise do líquido ascítico Macroscopia • Amarelo citrino (claro) – Cirrose hepática sem complicações • Turvo Infecções – (peritonite bacteriana espontânea ou secundária) • Leitoso (quilosa) – (Neoplasia ou trauma do ducto pancreático) • Sanguinolento – Punção traumática – Neoplasia maligna – Ascite cirrótica sanguinolenta – Tuberculose (Raro) – Punção inadvertida do baço (Esplenomegalia volumosa) • Marronzado – Síndrome ictérica – Perfuração de vesícula biliar – Ulcera duodenal
  • 34. Citologia e Citometria • A contagem de polimorfonucleares é importante no diagnóstico da peritonite bacteriana espontânea (PBE) no paciente cirrótico, independentemente da cultura: Contagem >250 PMN = PBE
  • 35. Gradiente albumina sérica e albumina do liquido ascítico (GASA) • A dosagem do GASA é crucial no diagnóstico da etiologia da ascite, principalmente relacionada à hipertensão portal. • GASA é a diferença entre a albumina do soro e a albumina da ascite, por isso, deve ser colhido simultaneamente GASA ≥ 1,1 GASA ≤ 1,1 Hipertensão portal HP Sinusoidal (cirrose hepática) : Proteína < 3,0 HP Pós-sinusoidal (Insuficiência cardíaca): > 3,0 Doença Peritoneal Carcinomatose Tuberculose Cirrose Síndrome Nefrótica Hepatite alcoólica Trombose da veia porta Sindrome de Budd-Chiari Metástases hepáticas Ascite pancreática Ascite biliar Serosite
  • 36. Citologia oncótica • Frasco com metade álcool, metade líquido ascitíco e encaminhar para anatomia patológica. A citologia oncótica contribui para o diagnóstico diferencial da neoplasias malignas peritoneais, principalmente metastáticas (carcinomatose peritoneal)
  • 37. Cultura • No frasco de hemocultura -10ml de líquido ascitíco à beira do leito. Cultura para bactérias, em casos especiais para tuberculose e fungos.
  • 38. Bioquímica • Glicose • pH • Proteínas totais • DHL • na primeira análise: – amilase – ADA – Colesterol/ triglicerides
  • 39. Paracentese de alívio • Desconforto respiratório • A reposição de albumina deverá ser realizada após paracentese de grande volume (> 5 litros), sendo de 8 g/litro drenado;
  • 41. Resumo • Ascite = paracentese • Coleta: sérica e do líquido • Sempre colher cultura
  • 43. Referencias • Exame clínico – Porto & Porto – Sétima edição • Tratado de gastroenterologia – da graduação à pós graduação – Schlioma Zaterka – Jaime Natan Eisig