O documento apresenta fotografias tiradas por Luciano Carneiro durante sua cobertura da Guerra da Coréia entre 1948 e 1959. As imagens mostram cenas de destruição e sofrimento humano, como refugiados coreanos e soldados feridos, assim como registros de batalhas e operações militares dos exércitos americano e colombiano na região.
2. Biografia
Luciano Carneiro
Nasceu em Fortaleza em 1926.
Trabalhou na revista O Cruzeiro entre 1948 e 1959, atuando primeiro como repórter,
depois redator e fotógrafo. Como correspondente internacional cobriu a Guerra da
Coréia, a vida no Japão e Rússia, o Egito, a Iugoslávia, Cuba.
Ao final dos anos 1940, a revista direcionou seu fotojornalismo a um conteúdo mais
humanista e engajado, na mesma época em que começou a trabalhar nela.
Nas fotos da Coréia ele mostra o drama humano, registrando a população civil e a
destruição causada pela guerra.
Ele morreu em 1959, em um acidente de avião, vindo de Brasília após fotografar o
primeiro baile de debutantes da nova capital.
Essa exposição é formada pela coleção de originais cedidas pela família.
3. Do arquivo de um correspondente
estrangeiro
Cartaz vertical da exposição. 70% do cartaz é uma
foto em preto e branco. Uma mulher coreana, em
plano americano, de frente para a câmera e olhar
baixo, leva nos braços uma criança também coreana
que aparenta 1 ano de idade. A mulher tem o cabelo
preso repartido do lado esquerdo e algumas mechas
soltas e descabeladas. Ela está vestindo um casaco
curto com estampa xadrez minúsculos. O bebê, de
perfil e corpo inteiro, tem cabelos curtos. Não é
possível definir o sexo. Ele veste um casaco
estampado em xadrez, com as pontas das mangas
em cor lisa e clara, e um babador manchado. As
bochechas estão sujas e ela segura nas mãozinhas
um pedaço de papel. A mulher a carrega apoiando as
mãos embaixo do bumbum. Ao fundo da foto alguns
troncos de árvores.
Abaixo da foto, letreiro DO ARQUIVO DE UM
CORRESPONDENTE ESTRANGEIRO – FOTOGRAFIAS
DE LUCIANO CARNEIRO. 20 de fevereiro a 19 de
junho de 2016. Instituto Moreira Salles.
5. Refugiados Coreanos - 1951
Em um campo, com elevação de solo ao fundo, um grupo de
refugiados coreanos caminha por estrada de terra batida.
Eles estão de perfil indo para a esquerda. São dois homens,
duas mulher e duas crianças, um garoto e uma garota. O
homem ao fundo, que segue à frente do grupo, veste calça e
camisa manga longa brancas e largas. Ele olha para a câmera e
tem bigode e cavanhaque. A mulher que segue atrás dele tb
está de calça e camisa brancos, e veste uma espécie de saia
comprida amarrada na cintura, sobre a calça. Ela olha para a
frente e leva equilibrado na cabeça um amarrado de tecido
muito grande cheio do que aparenta ser roupas. O último do
grupo é um homem careca e sorridente, com as roupas largas
e brancas como os demais porém muito sujas.
No centro da foto está a mulher e as duas crianças. A mulher
tem cabelos curtos, lisos e despenteados pelo vento. A boca
está semi aberta e os dentes aparecem. Olhar firme. Veste
blusa branca de mangas longas e suja. A saia é escura e tipo
envelope, com um tecido se sobrepondo a outro. Leva o
menino preso às costas por uma cordinha, como cavalinho, e
o segura com as duas mãos para trás. O menino tem uns 3
anos, cabelos escuros , olha para a câmera , veste roupas
sujas e está descalço. Ao lado da mãe segue uma garotinha de
cabelo cuia que apoia a mão direita na mãe. Veste roupas
branças, a saia sobre a calça e mais um avental escuro. Ela
olha para a câmera também.
7. Vista aérea da cidade de Seul
destruída – 1951 – Coréia do Sul
É um quarteirão. Quase todos os prédios
estão destruídos, sobrando apenas as
paredes em pé. O terreno já foi limpo.
Não há árvores e parece uma área seca e
árida. Na parte superior há uma faixa de
pessoas aglomeradas. Elas estão
próximas do que parecem ser barracas
brancas. Não há como ver se é uma feira
oi se são barracas de habitação
temporária. É uma imagem de
devastação total.
9. Paraquedistas norte-americanos em ação durante a
operação Tomahawk, 1951 – Munsan, Coréia do Sul
Interna de um avião de guerra, com a
estrutura aparente e sem conforto. O
fotógrafo estava em pé no momento da foto.
Doze paraquedistas uniformizados estão
sentados à esquerda da foto. A maioria deles
está sem capacete e abraça uma mochila
presa à frente do corpo. O terceiro deles, com
capacete, usa óculos e encara a câmera. O
seguinte também encara a câmera, segura o
capacete na mão direita e um cigarro na
direita. Ao fundo, outros dormem e
conversam.
12. Paraquedistas norte-americanos em ação durante a
operação Tomahawk, 1951 – Munsan, Coréia do Sul
Foto vertical. 90% desta foto é céu. Não
há nuvens. Na parte superior, três grupos
de três aviões seguem para a direita. Na
parte de baixo, montanhas ao fundo e
um soldado de costas no centro da foto,.
Ele carrega uma arma em seu ombro
direito. Leva um rádio preso às costas,
com uma antena longa e fina, curvada
para a direita. Deve ter uns 2 metros de
comprimento. No meio da antena, uma
bandeira americana está presa a ela.
Uma faca pendurada e presa a uma
mochila está posicionada na altura da
coxa direita. À direita, bem longe na
paisagem, há um grupo de soldados
andando.
16. Soldados e civis recebem atendimento
médico, 1951 – Coréia do Sul
17. Soldado chinês ou norte-coreano ferido durante
a operação Tomahawk, 1951 – Coréia do Sul
Terreno seco e arenoso. Ao fundo, desfocado,
montanhas. À esquerda, uma estrada em diagonal e
postes de eletricidade ao longo dela. Em primeiro
plano, um grupo de soldados uniformizados e com
faixa da cruz vermelha nos braços cercam um
soldado deitado de barriga para baixo em uma
padiola no chão. Ele encara a câmera e veste um
casaco curto e acolchoado que parece colcha de
cama. Tem na cabeça um gorro de pele com abas
compridas que caem ao lados das orelhas. Seu corpo
está virado para o lado esquerdo da foto. À
esquerda, perto dele, há um soldado agachado e
prestando atenção ao socorro prestado e, atrás
desse, um outro sentado no chão e com a mão
direita apoiando o rosto, com o mesmo tipo de gorro
com orelhas. Os enfermeiros ou médicos estão à
direita, um de costas e agachado e outro abaixado
com o corpo arqueado sobre o ferido. Em pé e de
frente para a cãmera, um enfermeiro de bigode fino,
uniforme acinturado, botões brilhantes e boina
observa o trabalhos dos outros dois. Ao fundo, dois
enfermeiros compõem o quadro. Bem à frente de
todos, jogado no chão, há um coldre vazio.
18. Batalhão colombiano incorporado à 1ª divisão de Infantaria norte-americana,
provavelmente após o ataque à colina 682, ao noroeste de Kumhwa, durante
a operação Doughbut, Coréia do Sul, Início de julho de 1951
19. Batalhão colombiano incorporado à 1ª divisão de Infantaria norte-americana,
provavelmente após o ataque à colina 682, ao noroeste de Kumhwa, durante
a operação Doughbut, Coréia do Sul, Início de julho de 1951
20. Batalhão colombiano incorporado à 1ª divisão de Infantaria norte-americana,
provavelmente após o ataque à colina 682, ao noroeste de Kumhwa, durante
a operação Doughbut, Coréia do Sul, Início de julho de 1951
21. Batalhão colombiano incorporado à 1ª divisão de Infantaria norte-americana,
provavelmente após o ataque à colina 682, ao noroeste de Kumhwa, durante
a operação Doughbut, Coréia do Sul, Início de julho de 1951
22. Batalhão colombiano incorporado à 1ª divisão de Infantaria norte-americana,
provavelmente após o ataque à colina 682, ao noroeste de Kumhwa, durante
a operação Doughbut, Coréia do Sul, Início de julho de 1951
23. Batalhão colombiano incorporado à 1ª divisão de Infantaria norte-americana,
provavelmente após o ataque à colina 682, ao noroeste de Kumhwa, durante
a operação Doughbut, Coréia do Sul, Início de julho de 1951
24. Vista do morro 682, ao noroeste de
Kumhwa, 1951 – Coréia do Sul
25. Corpos de soldados chineses durante ataque ao morro
682, noroeste de Kumhwa, 1951 – Coréia do Sul
26. Terreno montanhoso, seco e em declive. Árvores
secas e galhos quebrados por toda a paisagem. À
esquerda e acima, um corpo de soldado está de
barriga pra cima e o braço direito aberto pendendo
para baixo. O quadril está virado para a direita e a
perna esquerda está apoiada e além da perna
direita, pendendo no vazio de uma trincheira
escavada. Há uma pá logo abaixo do corpo, na terra.
À direita, outro corpo, este de barriga para cima. Há
terra, galhos e tocos de madeira sobre o rosto e peito
do soldado. As pernas de sua calça estão
ensanguentadas e o pé direito não existe mais.
Corpos de soldados chineses durante ataque ao morro
682, noroeste de Kumhwa, 1951 – Coréia do Sul
31. Dois soldados dividem a cena, em plano médio. O da
direita é magro, rosto comprido, alto e cabelo curto.
O da esquerda é mais baixo, rosto redondo e bigode
crescendo. Há um vinco ou ruga de preocupação
entre as sobrancelhas. Os uniforme estão limpos e
abotoados até os pescoços. Ambos encaram a
câmera e apoiam suas mãos no arame farpado à
frente.
Prisioneiros chineses, 1951 –
Coréia do Sul
33. Soldado sorri ao ganhar barras de chocolate,
1951 – Coréia do Sul
34. Soldados norte-americanos em um
tanque Sherman, 1951 – Coréia do Sul
Dia ensolarado. Ao fundo dos dois lados, árvores
secas com algumas folhas ainda presas aos galhos.
Ocupando metade do quadro, um grupo de soldados
está sobre um tanque. Eles acenam e sorriem para a
câmera. Do lado direito do tanque, sete soldados
estão sobre o tanque. O primeiro e o último seguram
uma arma; os outros acenam. Outros soldados de
costas aparecem ao fundo. À frente vê-se a cabeça
do piloto, com capacete e óculos protetores. Acima
dele está um atirador e a metralhadora, e dois
soldados sentados. Um outro aparece saindo pela
escotilha. Entre eles, o cano do canhão do tanque.
35. Posto médico de campanha norte-
americano, 1951 – Coréia do Sul
37. Revista encadernada, 1951
“Um repórter brasileiro na
Coréia – Operação
Tmahawk”.
Texto e fotos de Luciano
Carneiro.
O Cruzeiro, ano XXII,
n. 28, 28/04/1951
40. Bombas de napalm na base aérea de
Daegu, 1951 – Coréia do Sul
É um aeroporto. O céu está nublado. Ao
fundo, montanhas e à esquerda, a base da
torre de transmissão. Na mesma linha das
montanhas, em fila, três aviões preparam-se
para decolar. As hélices estão girando e dá
para ver as bombas embaixo das asas
esquerdas.
Na metade de baixo da imagem, no centro e à
esquerda, há duas fileiras com cerca de quinze
bombas em formato de pepinos em cada uma.
À direita há umas oito. Acima delas, as
separando dos aviões que decolam, há outras
vinte bombas, circulares.
41. O instante de um disparo de canhão,
1951 – Coréia do Sul
43. Filas de civis sul-coreanos para receber
suprimentos básicos, 1951 – Coréia do Sul
Uma casa, com porta aberta à direita, e uma mesa
que está em frente a essa porta, usada como balcão.
Há um homem atrás do balcão. Ele veste camisa
clara, gravata escura e um casaco. Está de perfil e
olha para a direita. Uma mulher em plano inteiro
está pegando em embrulho em papel branco, sobre a
mesa. Ela veste calças claras largas,uma blusa escura
e tem os cabelos presos em um coque. Usa os
chinelos típicos de sola de madeira com os saltos na
frente e atrás, com meias pretas. Carrega uma
criança presa às costas e presa com uma cordinha na
altura do bumbum, A criança observa o balcão por
cima do ombro da mulher. A próxima mulher olha
para a câmera. Tem os cabelos presos e veste uma
túnica listrada na vertical. Está acompanhada de uma
menininha com cabelo cuia, olhar perdido e séria,
que veste uma grosso casaco abotoado somente no
pescoço
47. Mulher sul-coreana com diversos ferimentos ao
lado de um cadáver, 1951 – Coréia do Sul
Fundo com árvores secas e verdes. Dia ensolarado. À
esquerda um tronco. O chão é seco e remexido. À
frente dele, no centro, uma mulher com o braço
esquerdo na tipóia feita de tecido xadrez. Está
sentada sobre as pernas e tem à sua frente um corpo
coberto por um tecido escuro, deitado em uma
padiola.
51. Fila de civis sul-coreanos para receber
suprimentos básicos, 1951 – Coréia do Sul
52. Crianças vestindo acessórios militares,
1951 – Coréia do Sul
Ao fundo à esquerda há a traseira de um jipe. À
frente no centro em plano americano há um garoto
coreano de boné militar e jaqueta aviador com ziper
fechado. Lenço branco enrolado no pescoço. Ele está
de boca aberta, dizendo algo. Ele tem odo dentres de
cima separados. Atrás dele, outros três garotos
vestindo roupas militares. O da direita está de boné,
grande para sua cabeça, óculos escuros, lenço no
pescoço e jaqueta militar.
57. Civis sul-coreanos retornam a Seul,
1951 – Coréia do Sul
Do centro para a esquerda tem um trem
descarrilhado. Na esquerda, o vagão está
caído de lado e com a parte de baixo visível. O
outro vagão também está de lado, o teto está
levantado de um lado e amassado para dentro
do outro.
À frente e no canto direito, há uma mulher
posando.
Ela tem tranças e chapéu de pele e aba na
frente. Usa calças e uma saia por cima. Um
casaco é preso ao corpo por cordinhas
enroladas na cintura e quadril. Na mão direita
segura um prato fundo.
60. Ruínas de Seul, 1951 – Coréia do Sul
No fundo tem algumas construções
destruídas e outras parcialmente.
Duas chaminés ´se mantêm em pé,
uma alta e mais fina, e outra mais
baixa e grossa. Um muro alto
também não foi atingido.`À frente
dessas construções, tem muito lixo e
escombros, como telhados, canos e
ferros retorcidos.
61. Vista do centro de Seul parcialmente
destruído, 1951 – Coréia do Sul
64. Enfermeira de frente, toda de branco,
chapéu fixado nos cabelos presos, segura
um pote de metal na mão esquerda. De
costas para a câmera, dois bebês em
seus berços, de pé, são alimentadas pela
enfermeira. O da esquerda está
recebendo a colherada na boca,
enquanto o da direita observa e espera
sua vez. As crianças vestem roupas claras
e limpas e um cobertor está sobre a
grade entre os dois berços.
Enfermeira e crianças, 1951 – Coréia
do Sul
70. Beliche de hospital, com um homem à
esquerda, de perfil, louro, vestindo uma
camisa branca e lençol nas pernas, sentado na
cama tocando violão. De frente, no centro,
sentado em outra cama, um rapaz de cabelos
escuros e pele clara, de camisa, observa as
cordas e os dedos da mão esquerda do
violeiro. Em pé, à direita, rapaz ferido no braço
esquerdo, que está enfaixado e segurando um
cigarro na mão direita, apoia o corpo na
bandeja de medicamentos e assiste ao show
do violeiro.
Hospital, 1951 – Coréia do Sul
75. Correspondentes estrangeiros, 1951 –
Coréia do Sul
Jipes alinhados na diagonal da foto e fotógrafo em pé
no capô olha para a esquerda, segurando a câmera
nas mãos. Ao lado dele, homem olha pelo visor na
filmadora e segura o bonè por causa do vento. No
chão dois homens à esquerda conversam; um deles
usa óculos e tem bigodes, veste uma jaqueta com
gola de pele, segura a câmera fotográfica e leva nos
ombros uma bolsa carteiro. O outro segura um bloco
de notas na mão esuqerda e segura o boné com a
direita. Mais próximos estão dois jornalistas com
blocos nas mãos.
Um dos jipes tem uma placa na frente com o nome
Sally
76. Soldados e correspondentes fazem refeição ao ar livre;
à direita, John Dominis, fotógrafo correspondente da
revista Life, 1951 – Coréia do Sul
78. Vista da cidade de Kaesong, onde ocorriam as
negociações de paz, 1951 – Coréia do Norte
79. Delegados chineses a caminho das negociações
de armistício, 1951 – Kaesong, Coréia do Norte
80. Muitas árvores, de diversos tamanhos, da metade da
foto para cima. Do meio delas, bem ao centro da
foto, um caminho de terra em formato de S vem se
alargando e chega até a parte de baixo da foto. Essa
estrada também tem árvores e mato baixo nas
laterais. Bem à frente, de corpo inteiro, estão três
homens andando lado a lado. Estão uniformizados
iguais: Botas escuras na altura da batata da perna,
calças largas nas coxas como gaúchos e os casacos
acinturados com cinco botões brilhantes. Do lado
esquerdo do peito eles levam uma flâmula pequena
de cor clara e insígnias nos ombros. Todos usam um
boné. O homem da direita, de cabeça levemente
baixa, usa óculos e sorri. O soldado do meio dirige o
olhar para a esquerda. O homem à esquerda
também dirige o olhar para a esquerda e carrega um
envelope branco e grosso. Ao fundo e à direita,
alguns soldados, de costas, conversam ao lado de
um jipe.
Um outro caminha pelo meio da estrada, também de
costas.
Delegados norte-coreanos a caminho das
negociações de armistício, 1951 –
Kaesong, Coréia do Norte
85. Delegados aliados posando para os fotógrafos após
negociações de armistício, 1951 –
Kaesong, Coréia do Norte
Da metade para cima é uma varanda de pedras bem
cortadas, com duas colunas e no meio delas há uma
escada. Há quatro soldados em pé, alinhados ao lado
das colunas, apertados entre si. Os três da direita
sorriem e olham para baixo. O quarto homem está
sério. O terceiro é coreano do sul. São jovens. Logo
abaixo deles há um grupo de quatro soldados
sentados no degrau. Todos sorriem e olham
levemente para a direita. Não são tão jovens. Abaixo
desse há outros cinco soldados também sentados no
degrau. O segundo é coreano. Aqui se mesclam
jovens e mais idosos.
À frente da escada, de costas e ajoelhados, cinco
fotógrafos batem fotos.
92. Passeio entre as cerejeiras, 1951 –
Tóquio, Japão
Rua de terra, com gramado em alguns pontos,
principalmente nas laterais. É uma rua longa e nas
margens há cerejeiras em flor. Muitas pessoas
passeando por essa rua, entre elas uma mulher
aparentemente vestindo um traje típico japonês. Dá
para ver somente o estilo da roupa, um kimono, e o
laço enorme da faixa em sua cintura. Abaixo à
direita, na sombra de uma cerejeira enorme, com
vários galhos se projetando do tronco, um grupo
formado por cinco adultos e duas crianças fazem um
picnic. Todos estão sentados em meio círculo. O
homem da direita veste terno e boina e o outro ao
seu lado esta de camisa e gravata. Ambos são
japoneses,estão de frente e olham para a câmera. A
mulher à frente do grupo está de perfil, veste saia e
blusa de mangas longas. Ela tem cabelos curtos,
cheios e ondulados. As duas crianças, de perfil,
vestem-se iguais, roupa escura, camisa branca e
boné. Bem à direita, no canto, há um poste de
iluminação. A cúpula tem o formato de V e é
sextavado.
94. Placa indicando o Templo Sairenji, conhecido como
Memorial da Paz, próximo ao epicentro da explosão da
bomba nuclear em Hiroshima, Japão, 1951
95. Japoneses observam maquete da cidade de Hiroshima
que reproduz destruição após bombardeio nuclear da
II Guerra Mundial, 1951 - Japão
Ao fundo, preso à parede, há um mapa com letreiros
em japonês. Na frente desse mapa há um grupo de
nove pessoas em plano americano. São todos
orientais. As duas senhoras à direita, mais vísiveis,
vestem quimonos. Um senhor veste kimono e
chapéu ocidental. Outro, mais à esquerda, veste
terno e chapéu. Todos olham para a maquete e tem
o olhar triste. Na altura do quadril desce uma
mureta, e no fundo está a maquete. Essa mureta foi
pintada como se fosse o restante da paisagem da
cidade. A maquete, em si, não existe. É um terreno
desolado, com terra e pedras pequenas. Há somente
dois edifícios em pé.
96. Um dos 180 cemitérios na cidade de
Hiroshima, 1951 - Japão
100. Escola japonesa, 1951 - Japão
Dia ensolarado e sem nuvens. Um prédio comprido e
na diagonal da foto, com vinte e sete janelas de vidro
no primeiro andar e outro tanto de vitrôs no térreo e
quatro portas envidraçadas à vista. Calçada perto do
prédio e terra batida no restante do terreno, bem à
frente na foto. Muitas crianças pelo terreno,
aglomeradas em maior número perto do prédio.
Parecem se deslocar para o interior do prédio.
Meninas de vestido curto e meninos de bermudas.
No meio desse mar infantil, há quatro adultos que se
sobressaem pela altura. Bem no centro da foto, de
corpo inteiro, um deles se destacai pela túnica
branca até os joelhos,e a saia longa preta. Duas
meninas estão ao seu lado e a da esquerda tem um
braço nas costas da professora. À direita ao fundo,
uma mulher está andando no contrafluxo. Ela é alta e
esguia, veste uma túnica abaixo dos joelhos, calça
preta, meias brancas e chinelo estilo havaiana,
105. Passeata, 1951 - Japão
Sol. Homens e mulheres jovens, em plano inteiro,
andam para a esquerda. Todos se vestem de maneira
ocidental. Carregam duas faixas com caracteres
japoneses. A primeira tem o número 22 escrito e a
segunda, em tamanho maior, 12 mil.
111. Rua de Tóquio durante inverno, 1951 -
Japão
Prédio de três andares à direita e no térreo um
comércio. Ao lado do prédio um poste de
eletricidade, com os fios cruzando até o outro lado
da rua. O poste, em suas áreas horizontais, está
coberto de neve.
Do lado esquerdo há duas construções e no centro
da foto há um obelisco com um Benvindo esculpido
na parte superior. Na ponta há um mastro com
tecido rasgado, que voa com o vento.
Abaixo do obelisco, parece ser uma praça, tem
alguns bonecos e uma grande e alta árvore sem
folhas estão cobertos pela neve. Há uma montanha
de neve o chão da praça. À direita, três pessoas em
fila seguem por um caminho traçado na neve. As
duas primeira se cobrem da neve com guarda-chuvas
e vestem longos casacos escuros.
115. O Imperador Hirohito ao lado de sua esposa, a
imperatriz Nagako, 1952 – Tóquio, Japão
116. Hirohito, imperador do Japão, lendo uma revista em
uma cena cotidiana de sua vida privada, 1952 –
Tóquio, Japão
É uma sala com duas poltronas, uma à direita e a
outra à esquerda e uma mesa de centro entre elas
com alguns papéis e revistas. Ao fundo à direita, logo
abaixo de um quadro um móvel alto que é vitrola na
parte superior e rádio em baixo. A tampa está
levantada e um homem de perfil escolhe um disco.
Ele está muito bem vestido e penteado. A ponta de
um lenço sai de um bolso no peito. Na poltrona
perto do homem está o imperador, que segura uma
revista mas está olhando para a esposa na outra
poltrona. Ele veste terno, tem sobrancelhas grossas e
bigode fino. Usa óculos de aros claros. Ela está de
vestido e cabelos presos em um pequeno coque,
com volume na frente. Está olhando para o homem
da vitrola e está rindo.
119. Pastores e rebanho de caprinos às
margens do rio Nilo, c. 1954 - Egito
O rio Nilo está na parte de baixo, há um barranco,
uma parte plana e as montanhas e dunas ao fundo.
Sol forte. O rebanho está bem no centro da foto, em
um grande plano geral. À frente dos animais, há uma
mulher que carrega algo na cabeça e veste uma
túnica longa. Um homem de turbante anda ao lado
dos primeiros animais. Na parte de trás do rebanho,
há duas mulas: uma segue ao lado das cabras e a
outra está carregando algo no corpo. Há um homem
ao lado dessa mula. Atrás de todos e um pouco
afastada, uma cabra olha para trás.
120. Grupo com maioria de mulheres e
crianças busca água, c. 1954 - Egito
122. Estátua do faraó Ramsés II e chafariz,
c. 1954 – Praça Ramsés, Cairo, Egito
Foto noturna iluminada por luzes. A estátua está um
pouco de lado, sobre um pedestal, lado esquerdo da
foto. De baixo desse pedestal, jorra o chafariz que
deságua em um espelho d´água.
Tem na cabeça uma touca com abas laterais, que
descem até o peito, chamada de nemes e uma dupla
coroa. Uma barba pontuda postiça que desce do
queixo até o peito. Está de peito nú e veste uma
tanga
Ela foi removida para perto das pirâmides por causa
da poluição e trepidação do trãnsito. Ela mede
11,5m e pesa 83 toneladas.
133. O primeiro ministro da Austrália, Robert Menzies, à
esquerda, e o presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser,
à direita, 196 - Egito
134. O presidente do Egito, Nasser, em seu
gabinete, 1956 – Cairo, Egito
135. Guia turístico local nas ruínas de
Karnak, 1954 – Luxor, Egito
Ao fundo no centro há um portal semidestruído e
palmeiras atrás dele, tanto à esquerda como à
direita. Duas estátuas de cada lado do pórtico
também semidestruídas, sem cabeças e um dos
braços. À frente, de corpo inteiro, um senhor de
túnica branca e longa, de mangas compridas e
sapatos escuros. A manga cobre a mão direita, que
segura uma bengala. Está de perfil e posa para a
câmera. Tem uma barriga bem proeminente, o que
deixa a túnica abaulada. Na cabeça tem uma espécie
de gorro branco acima das orelhas
136. Pequena embarcação no rio Nilo, c.
1954 - Egito
Montanha àrida, sem vestígios de mato ao fundo.
Um homem montado em uma mula passa por uma
estradinha de terra na base da montanha. Ele está
sentado sobre uma base e apóia os pés no pescoço
da mula. Abaixo dele há uma ribanceira na beira do
Nilo. Nesta parte o rio é estreito. No centro do rio há
um barco com fundo chato, leme grande e manual e
traseira quadrada. Um homem manobra o barco
segurando um tronco de madeira preso ao leme.
Esse homem observa o outro na mula.
142. Retrato de Luciano Carneiro em frente à catedral
de São Basílio, 1958 – Moscou, Rússia
Ao fundo está a catedral com sete cúpulas visíveis.
Tem o formato das chamas subindo de uma fogueira.
A cúpula central é a mais alta e tem formato de cone
invertido. Há três cúpulas grandes em formato de
coxinhas com o bico pra cima. A da esquerda tem
gomos em espiral em duas cores. A do meio parece
uma mexerica em duas cores e a da direita parece
casca de abacaxi. As três menores também tem
forma de coxinha e parecem a casca do abacaxi. Há
pessoas ao fundo, desfocadas e perto da igreja.
O Luciano está em plano médio, vestindo cachecol,
casaco grosso e escuro, e gorro de pele de abas,
presas no alto da cabeça. Ele é moreno, sobrancelhas
grossas e escuras, como os olhos. Lábios cheios e
sombra de bigode e barba no rosto. Na mão
esquerda segura uma caixa de lentes fotográficas.
149. Aula de primeiros socorros na escola,
1958 – Moscou, Rússia
Ao fundo duas janelas envidraçadas e um ábaco
grande apoiado na janela da direita. À esquerda uma
menina loira de tranças e uniforme divide a carteira
dupla com um garotinho loiro de cabelos curtos.
Estão de perfil. Ela escreve em um caderno e ele
presta atenção na colega que está em frente a eles,
em pé, falando. Essa menina castanha clara está de
vestido escuro de mangas longas e blusa branca por
baixo. Está com uma bolsinha branca transpassada
pelo ombro e uma faixa da cruz vermelha no braço
esquerdo.
164. Jangadeiros, 1956 – Fortaleza, Brasil
Ao fundo um barco grande. Dia ensolarado. A
metade da vela da jangada aparece à esquerda. Os
pescadores estão puxando a jangada para a areia.
Um homem perto da jangada coloca uma tora à
frente do barco para ajudar a subir na areia. À direita
três homens de chapéu puxam uma corda amarrada
à jangada. Um homem bem à direita, de calças
arregaçadas e camiseta sem mangas, segurando uma
sacola apenas observa. Abaixo na foto, a sombra dos
homens se estica sobre a areia
168. Presidente Juscelino Kubitschek e a esposa Sara
recebendo homenagens em Campina Grande, 1958 –
Paraíba, Brasil
Mesa com muitas flores. À esquerda, o Juscelino está
em pé, mãos sobre a mesa e papel com discurso
perto de uma taça, observando a esposa receber
algo das mãos do homem que está de costas. Ele
está de terno. Ela está com braço direito esticado e
quase pegando uma caixinha do homem. Veste um
vestido florido de alças e cintura marcada, colar de
pérolas e brinco pequeno. Cabelo curto e penteado.
Atrás deles tem repórteres com microfones e alguns
outros homens.