O documento discute o papel e as responsabilidades da capelania hospitalar. A capelania deve fornecer apoio espiritual e emocional aos pacientes de forma séria, solidária e profissional. O capelão faz parte da equipe multidisciplinar e deve trabalhar em harmonia com médicos e enfermeiros para o bem-estar dos pacientes.
1. Capelania Hospitalar
1º módulo
“A Visitação hospitalar com
seriedade, solidariedade e
profissionalismo”
Pr. Linaldo Oliveira
Capelania
2. Solidariedade no hospital
Nos hospitais, mais que em outros
lugares, temos a oportunidade de
ministrar o Evangelho do Consolo às
pessoas com dificuldades de saúde.
São mais as pessoas passam pelos hospitais
do que pelas igrejas
Capelania
3. Seriedade hospitalar
1. Todo hospital ou casa de saúde deve se
preocupar, não somente com a saúde física
do doente, mas também com a saúde
emocional e espiritual.
2. É o homem no seu todo e não apenas no seu
físico que necessita dos cuidados
hospitalares.
Capelania
4. Seriedade hospitalar
3. Ao ser deslocado de sua família para o
hospital ele vê frágil, e necessitado de
depender de um Deus que às vezes só
conhece de “ouvir falar”.
4. O doente sente-se profundamente só, perdido,
desamparado, inválido e sem saber onde
encontrar ajuda, buscando desesperadamente
o caminho de volta à sua inteira
normalidade.
Capelania
5. Profissionalismo hospitalar
5. No hospital todo seu interesse é ele mesmo e o
que sucederá a ele. É compreensível sua
atitude, podemos dizer que ele tem razão.
Afinal para que existe hospital? médicos?
Toda infraestrutura técnica e tecnológica?
6. Se o homem consegue grandezas na ciência e
tecnologia, por que não consegue sarar sua
enfermidade?
Capelania
6. Seriedade hospitalar
7. É aí que o capelão como Ministro da Palavra
de Deus, faz parte da equipe multidisciplinar,
tornando-se responsável pelo atendimento
espiritual, fraterno, amigo, solidário ao
paciente.
8. É aí que o capelão com habilidade deve
transmitir o Evangelho da Paz, da esperança,
da fé. Deve complementar o atendimento
dispensado ao indivíduo por parte dos
médicos e da enfermagem.
Capelania
7. Seriedade hospitalar
9. O capelão é, quando solicitado, encarregado
de ministrar os cuidados religiosos e ajudar
a pessoa enferma a reencontrar o equilíbrio
perdido ou alterado.
10. De igual modo é de sua responsabilidade
ajudar o doente a aceitar a realidade da
doença que o acometeu bem como as suas
consequências.
Capelania
8. Solidariedade hospitalar
11. O doente através da capelania vai
descobrir que a doença também revela
fatores positivos e significativos.
12. O capelão deve incutir no paciente o senso
de tranquilidade e confiança, preparando-o
de forma amável, para o tratamento que se
seguirá.
Capelania
9. O hospital, uma empresa diferente
1. De sua equipe de requer habilidade profissional
atualizada, e elevado senso de servir com esmero.
2. O objetivo principal do hospital, com relação ao
cliente, é o de curá-lo. O paciente tem direito de ser
tratado como pessoa humana.
3. Tudo deve ser feito em seu favor, para o seu bem e
sua garantia. A medicina deve visar o bem máximo
do paciente. A medicina surgiu em função dos
doentes. Foi gerada pela dor, pelas lágrimas, pela
angústia e não pelo interesse dos médicos.
Capelania
10. Seriedade hospitalar
1. O capelão será peça importante do
pessoal, pois passará a lidar com o
doente, e muitas vezes até se
envolvendo com muitos dos seus
problemas.
2. O capelão deve considerar não apenas
um dever, mas também um grande
privilégio ajudar alguém que está
sofrendo.
Capelania
11. Atribuições da capelania.
1. Manter presença junto aos pacientes,
procurando oferecer toda solidariedade,
conforto humano e espiritual, respeitando a
individualidade e as convicções religiosas de
cada um.
2. Ajudar os pacientes para que a passagem
pelo hospital sirva para uma revisão e/ou
descoberta e aprofundamento do sentido da
vida.
3. Desenvolver uma inter-relação espiritual, junto
aos profissionais de saúde,
independentemente de seu credo religioso,
objetivando o reconhecimento dos valores
espirituais do paciente.
Capelania
12. Atribuições da capelania.
1. Criar um clima de amizade, fraternidade,
compreensão e colaboração entre os
profissionais dos diversos setores.
2. Celebrar, quando necessário e possível, atos
religiosos junto ao paciente, familiares e
profissionais de saúde, bem como marcar
presença nos eventos festivos e celebrativos
promovidos pelo hospital.
3. Fortalecer a fé espiritual àqueles que
desejarem receber a ajuda espiritual,
independentemente do seu credo de fé e de
suas raízes religiosas através de cultos
sistemáticos efetuados nas dependências do
hospital.
Capelania
13. Atribuições da capelania.
1. Buscar a comunhão, sendo um agente
canalizador da paz ao lado dos que formam a
unidade hospitalar.
2. Colocar-se à disposição independentemente
do dia e hora todas as vezes que a
necessidade o exigir para prestar o apoio e a
ajuda necessária.
3. Difundir e ser um agente influenciador da paz
e da harmonia no dia a dia dentro do hospital
esforçando-se para ser o modelo que o
sacerdócio pastoral exige dentro dos padrões
de normalidade.
Capelania
14. Atribuições da capelania.
Para desenvolver sua ação junto aos
pacientes, o capelão, deve procurar
garantir sua presença, com a anuência
do Serviço de Enfermagem, por meio de
visitas diárias aos pacientes quando da
sua internação, preparação para
cirurgias e no momento de altas.
Capelania
15. O relacionamento do capelão
com o
pessoal do hospital.
1. Deve ser profissional, respeitando
as normas internas pré-
estabelecidas.
2. Hierarquia, regulamentos, normas
de trabalho, horários, etc., do
hospital, deverão ser respeitados
rigorosamente.
Capelania
16. O capelão e o médico
1. No hospital, o médico é para o paciente a
pessoa mais importante. A sua visita é
grandemente esperada. É no médico que o
paciente deposita sua esperança para a
recuperação de sua saúde.
2. O capelão deve trabalhar em perfeita
harmonia com o ele. Às vezes se faz
necessário entrar em contato com o médico
ou enfermagem a fim de pedir informações
sobre o doente e a sua doença.
Capelania
17. O capelão e o médico
• O capelão deve guardar sigilosa,
profissional todo segredo profissional.
Não revelar nada ao paciente a não ser
com a solicitação ou autorização do
médico.
• Qualquer variação no comportamento do
paciente, constatada pelo capelão, este
deverá comunicar ao corpo de
enfermagem imediatamente.
Capelania
18. O capelão e o médico
• O capelão deve retirar-se
discretamente quando o médico ou
enfermeira chegar ao apartamento do
paciente para procedimentos. Muitas
vezes o paciente tem alguma coisa a
revelar particularmente ao seu médico.
O capelão não deve quebrar a
intimidade que deve existir entre o
paciente e o seu médico
Capelania
19. O capelão e o médico
• O capelão é um mensageiro e
agente da autoridade divina nos
assuntos espirituais. Ele não é o
médico, razão pela qual não deve
usar a terminologia médica, nem
dar parecer sobre o tratamento.
Capelania
20. O capelão e a enfermagem.
1. A enfermeira está em contato com o
paciente 24 horas por dia. O paciente é
muito dependente dela. Por este motivo o
capelão deve trabalhar em harmonia com
a enfermeira.
2. Chegando ao setor onde o capelão irá
visitar, é necessário em primeiro lugar
entrar em contato com a enfermagem
responsável para que esta saiba que o
capelão pretende realizar suas visitas.
Capelania
21. O capelão e a enfermagem.
1. É importante no encontro do capelão com a
enfermeira saber se há algum paciente que
esteja mais necessitado de atendimento, ou
ele poderá passar pelo corredor, visualizar
para saber se o paciente está acordado ou
não,
2. evitar bater à porta e entrar no apartamento,
preferencialmente daquele paciente que esteja
sozinho ou tenha chamado sua atenção. Em
algumas ocasiões talvez seja interessante
começar pelo final do corredor, onde o
paciente tem mais possibilidades de ser
esquecido.
Capelania
22. O capelão e a enfermagem.
A enfermeira tem condições de sentir
e transmitir ao capelão as várias
reações do doente. Muitas vezes o
paciente relata fatos ou faz
confidências à enfermeira que jamais
faria a uma outra pessoa.
Capelania
23. O capelão e a enfermagem.
• O capelão deve guardar
confidências daquilo que a
enfermeira lhe relatou sobre o
paciente e lembrar que o tempo da
enfermeira é sagrado, devendo por
isso evitar perguntar fora da área de
visitação
Capelania
24. O Capelão e o Paciente
O capelão ao entrar no quarto do
paciente deve cumprimentá-lo de acordo
com o horário sem, contudo apertar-lhe
as mãos, a não ser que este lhe estenda
a sua, é sempre importante apresentar-
se dizendo seu nome e o que faz,
procurando num primeiro momento falar
daquilo que o paciente queira falar.
Capelania
25. O Capelão e o Paciente
1. O capelão deve colocar-se numa posição de
modo que o paciente possa vê-lo sem esforço.
2. Jamais sentar na cama do paciente, evitando
assim contaminar ou ser contaminado por ele.
3. Deve evitar visitas na hora das refeições,
medicações e repouso. As visitas não devem
ser muito longas. Muitas vezes as melhores
visitas são as mais curtas. Por outro lado o
capelão não deve demonstrar que está
apressado.
Capelania
26. O Capelão e o Paciente
1. O capelão deve evitar fazer perguntas na
primeira visita. Outras informações poderão ser
colhidas na próxima visita. O paciente se cansa
com muita facilidade.
2. Evitar interjeições, polêmicas, notícias tristes e
alarmantes. Evitar semblante de compaixão.
Não se mostrar insultado ou irritado com o
doente, como também não falar de si mesmo,
nem de seus problemas. Não levar jornal para
o quarto do paciente, pois poderá ser um
veículo de contaminação.
Capelania
27. O Capelão e o Paciente
JAMAIS dar água nem alimentos ao
paciente, qualquer necessidade que
surja no momento da sua visita deve ele
imediatamente se comunicar com a
enfermagem.
Capelania
28. O Capelão e o Paciente
1. Não entrar no quarto do doente quando
a porta estiver fechada, um pequeno
toque na porta é suficiente.
2. Guardar segredo das confidências feitas
pelo paciente, com exceção daquelas
que sejam de inteira necessidade do
conhecimento do seu médico
relacionadas à saúde do paciente.
Capelania
29. O Capelão e o Paciente
O capelão deve lembrar que o paciente
é muito sensível a perfume, luz e cores
vivas, como também a sons, não deve
levar revistas, jornais, flores para o
apartamento do paciente, pois poderá
ser veículo de contaminação.
Capelania
30. O Capelão e o Paciente
O capelão deve através de sua visita
pastoral ser capaz de levantar a auto-
estima do paciente com palavras de
ânimo e fé, tratando o paciente como
sujeito de uma situação e alvo dos
cuidados divino e humano.
Capelania
31. Requisitos exigidos do
Capelão
1. Maturidade emocional e espiritual.
2. Amizade. A amizade aproxima o
capelão do paciente.
3. Boa apresentação e impressão
(higiene).
4. Estabelecer relações
Capelania
32. Conhecimentos elementares
quando
da visita ao paciente.
1. O paciente luta muito para sair da
situação em que está. Por isso, não é
bom ficar lembrando da doença com
perguntas desnecessárias.
2. É necessário ter muita simplicidade e
muita delicadeza. Não esquecer que a
dor torna a pessoa mais sensível.
3. Por isso, não deve fazer tantas
perguntas, mas saber escutar.
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33. O Capelão e o Paciente
1. Pode ser que a dor una a Deus mais que a
alegria. Limite-se a sugerir; não pelas
palavras, pelas comparações ou pelo
sentimentalismo, mas pelo exemplo.
2. É muito bonito dizer que Deus os ama muito,
e é verdade, mas não é o amor de Deus que
deve provar nesse momento, é o amor
humano, e isso também se faz com palavras
meigas, sábias e confortadoras.
Capelania
34. O Capelão e o Paciente
1. Encher-se do amor de Deus, mas em
seguida visitar os pacientes como se
só eles existissem.
2. Ser sempre otimista e alegre, sem
alimentar falsas esperanças, tais
como: você vai ficar bom, isso não é
nada, amanhã você irá para casa, etc.
Capelania
35. O Capelão e o Paciente
1. Nada de visitas protocolares, formais,
rígidas. É melhor não ir visitar os pacientes
se não se é capaz de estender a mão, de
sorrir largamente, de abrir de par em par as
portas do coração.
2. Alguém pode interrogar: “Que posso dizer a
ele?” Procurar o bom senso. Há momentos
que o mais recomendável é saber sorrir. É
tão fácil: sorria, por favor. Pode existir uma
ponte mais segura que o sorrir?
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36. O Capelão e o Paciente
• Há momentos que você se torna
impotente para tirar o fardo de seus
ombros, mas esteja certo de que
aliviou consideravelmente o
coração dos doentes.
Capelania
37. As ferramentas de trabalho para
capelania
1. Para realização eficaz de uma ação digna
e positiva da capelania hospitalar, deve a
instituição reservar uma verba pré-
estabelecida para aplicação das
atividades da capelania.
2. Segue abaixo algumas ferramentas de
trabalho, as quais exigem certas
despesas para sua concretização.
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38. As ferramentas de trabalho
3. Elaborar ou adquirir modelos de folder que
contenham mensagens de fé, os quais
deverão permanecer nos apartamentos.
4. Dispor sempre, de porções bíblicas com
mensagens de conforto e fé, as mais variadas
para que diariamente possa oferecer ao
paciente para sua reflexão diária.
5. Manter aberto o canal junto aos Gideões
Internacionais para distribuição gratuita e
periódica de Novos Testamentos no Hospital.
Capelania
39. As ferramentas de trabalh
6. Adquirir literatura própria para
distribuição com o paciente, e seus
familiares quando presentes na
Instituição Hospitalar.
7. Elaborar a Agenda da Capelania,
preparando quando possível um
Boletim Interno com as datas especiais
do hospital e de todos os funcionários:
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40. As ferramentas de trabalho
1. Dia dos médicos, dos enfermeiros,
etc.
2. Semana da saúde
3. Feriados religiosos
4. Aniversário do hospital.
5. Aniversários dos funcionários
6. Outras datas.
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41. As ferramentas de trabalho
1. Elaborar, previamente, um modelo de
Boletim para uso quando nos óbitos,
bem como um para o paciente quando
hospitalizado
2. Imprimir sempre que possível um
Boletim para uso nos Encontros de
Paz, realizados internamente, bem
como para distribuição interna.
Capelania
42. As ferramentas de trabalho
1. Utilizar todos os meios viáveis
objetivando tornar o hospital um lugar
de silêncio e de conforto para os
pacientes
2. O capelão deve estar sempre
disponível para momentos de
emergenciais. Deve ser uma pessoa
fácil de ser localizada e que resida não
tão distante da sua unidade hospitalar
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