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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO Curso de Complementação   Pedagogia Disciplina:  História da Educação Elaborado por: Patrícia Cássia Duarte Eco - Pedagoga / Ano 2007 E-mail:  [email_address]
PENSAMENTO PEDAGÓGICO GREGO Na educação grega era exigido que o ensino estimulasse as competições, as virtudes guerreiras para estimular a superioridade frente os povos conquistados.  Os gregos deram enorme valor à arte, à literatura, às ciências e à filosofia. A educação do homem consistia na formação do corpo pela ginástica e na da mente pela filosofia e as ciências, e na moral pela música e pelas artes. Poucos aprendiam a governar, pois apenas os livres, os que tinham propriedade, pois os bem educados tinham de saber mandar e obedecer.  Apenas os gregos livres tinham acesso a educação e ao diálogo, já que a educação naquela época, se dava através do diálogo.
A paidéia, educação integral, consistia na integração entre a cultura da época e a criação de outra cultura recíproca.  Apesar da riqueza de conhecimento na educação, existia na Grécia muitas diferenças entre os seus habitantes. Os espartanos davam mais valor a ginástica e a educação moral, voltada aos interesses do Estado.  Enquanto os atenienses existia um interesse maior pela retórica e para o exercício da política. Os gregos eram educados através dos textos de Homero, que ensinava a virtude, o cavalheirismo, o amor à glória. O ideal homérico era de ser sempre melhor e conservar-se superior aos outros. Sócrates, Platão e Aristóteles, exerceram grande influência no mundo grego, não esquecendo dos sofistas que eram responsáveis por ensinar a retórica. O estudo era dividido em escolas que ensinavam desde a leitura do alfabeto até a retórica e a filosofia, passando pela filosofia e a educação física.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ROMANO Roma e na Grécia, são sociedades escravistas, onde o trabalho manual não é valorizado, e o trabalho intelectual é considerado trabalho da aristocracia, que consiste numa pequena parcela da sociedade, os cidadãos livres. Seus estudos eram na maioria das vezes humanistas, o que caracteriza o homem em todos os tempos e lugares.  Este estudo era dado na escola do "gramático", que seguia algumas fases; ditado de fragmento do texto, memorização deste, tradução da prosa em verso, expressão da mesma idéia em diversas construções, análise das palavras e frases e composição literária.  Assim se instruía a elite romana.
Para os escravos não era permitido o direito de estudar, eram tratados como objetos, aprendiam a fazer arte nas casas onde serviam. A sociedade romana era composta de grandes proprietários: patrícios, grandes proprietários e plebeus, pequenos proprietários, que eram excluídos do poder, do direito ao voto. Na época áurea do Império, a educação estava dividido em três graus: Escolas do ludi-magister, ministravam a educação elementar; Escolas do gramático: correspondia ao que hoje se conhece por ensino secundário. Estabelecimentos de ensino superior: era uma espécie de universidade, onde se ensinava a retórica, o Direito e a Filosofia. Os romanos impuseram o latim a numerosas províncias, conquistaram a Grécia, que transmitiu a filosofia da educação aos romanos.
A filosofia era pouco difundida entre os romanos, e a pedagogia quando existe é voltada para questões práticas. Um nobre romano deveria aprender coisas sobre a agricultura, a guerra e a política. Aos poucos a classe aristocrática cede lugar a pequenos comerciantes, artesãos e para uma pequena classe de burocratas.  O Império sentiu a necessidade de escolas que preparasse administradores, já que para a guerra não havia necessidade de escola, os quartéis ou a própria guerra resolviam o problema.  O Estado se ocupa diretamente da educação, treinando supervisores-professores cujo regimento se parecia com os militares. A educação romana era utilitária e moralista, organizada pela disciplina e justiça. Dessa forma os romanos conquistaram um grande Império, fazendo escravos os povos por eles vencidos .
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO MEDIEVAL A igreja cristã dá o ponto de partida para esse pensamento pedagógico. Cristo foi um grande educador, popular e bem sucedido. A educação do homem medieval ocorreu de acordo com grandes acontecimentos da época entre eles a pregação apostólica no século I, depois de Cristo.  A partir de Constantino, o império adotou o cristianismo como religião oficial, e fez pela primeira vez a escola tornar-se o aparelho ideológico do estado.  Surge um novo tipo histórico de educação, uma nova visão do mundo e da vida, as culturas precedentes foram substituídas pelo poder de Cristo.
Foi criada uma educação par ao povo que consistia numa educação catequética e dogmática e outra educação para o clérigo humanista e filosófica teológica. Os estudos medievais compreendiam, o Trivium (Gramática, dialética e teórica) e o Quadrivium (Aritmética, geometria, astronomia e música). Maomé  (entre 570 e 532), funda uma nova religião, o islamismo. A doutrina de Maomé está contida no Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos. O Alcorão é a obra prima da literatura árabe. Da briga entre cristãos e árabes inicia um novo tipo de vida intelectual chamada escolástica, que procura conciliar a razão histórica com a fé cristã.  O maior idealizador desta escola foi  São Tomás de Aquino , que afirmava que a educação habita o educando a desabrochar todas as suas potencialidades, operando assim a síntese entre a educação cristã e a educação greco-romana.
Ao lado do clero a nobreza realizava sua própria educação, seu ideal era o perfeito cavaleiro com a formação musical e guerreiro, experiente nas sete artes liberais. As classes trabalhadoras tinham a educação oral, transmitida de pai para filho. A igreja não se preocupava com a educação física, considerava o corpo pecaminoso.  Os jogos ficavam por conta da educação do cavaleiro. Na Idade Média foram criadas as universidades de Paris, Bolonha, Saleno, Oxford, Hedelberg e Viena.  Para muitos historiadores a Idade média não foi a idade das trevas, da ignorância, como os ideólogos do renascimento pregaram, ao contrário foi fecunda em lutas pela autonomia, com greves e debates livres.  Discutia-se a gratuidade do ensino e pagamento das professoras. O que se constatou é que o saber universitário aos poucos foi se elitizando, guardado em academias submetido à censura da igreja.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO RENASCENTISTA O pensamento pedagógico Renascentista influenciou diretamente a educação através da teoria heliocêntrica, defendida por Copérnico (1473 - 1543). Como fatos que favoreceram esse pensamento pedagógico, são citados: as grandes navegações do séc. XIV, que deram origem ao capitalismo comercial; a invenção da imprensa realizada por Gutemberg ; e a invenção da bússola que possibilitou as grandes navegações. A educação Renascentista visava a formação do homem burguês.
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O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ILUMINISTA O pensamento iluminista surgiu no século XVII, que se fortaleceu com a Revolução Francesa, na época em que se buscava as liberdades individuais, contra a escuridão da igreja e a prepotência dos governantes. Na época do auge do Iluminismo, Jean Jacques Rousseau, inaugurou uma nova fase na educação.  Pela primeira vez, a educação se tornou obrigatória, assim se fazendo escola pública, filha da revolução burguesa, gratuita e para todos, mas ainda elitista, pois poucos podiam cursar uma universidade.
A educação da época não deveria apenas instruir mas também permitir que a natureza desabrochasse na criança de forma livre, sem repressões, restringindo-se a experiências. O iluminismo educacional representou o fundamento da pedagogia burguesa.  A classe trabalhadora tinha o mínimo de educação, pois a burguesia ascendia sobre os ideais de liberdade.  A liberdade para os burgueses consistia em estar livre para a acumulação de riquezas, os intelectuais da época , cultivavam a noção de liberdade na essência do homem.  A liberdade e a igualdade eram nocivas para os burgueses, pois provocaria padronização das classes. A educação popular deveria fazer com que o povo aceitasse sua pobreza.
PENSAMENTO PEDAGÓGICO MODERNO Nos séculos XVI e XVII, a sociedade passou por mudanças significativas, houve a queda do modo de produção feudal. Na educação houve muitas mudanças, pois o que era ensinado foi considerado obsoleto, alguns filósofos fizeram grandes descobertas na área da educação, deram um novo ordenamento às ciências.
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No Brasil, o positivismo influenciou o primeiro projeto de formação do educador, no final do século passado. O valor dado à ciência no processo pedagógico justificaria   maior atenção ao pensamento positivista. Durkhein , ao contrário de  Rosseau  declarava que o homem nasce egoísta e só a sociedade, através da educação, pode torna-lo solidário. Para  Durkhein , a educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ORIENTAL A pedagogia surgiu como uma ciência que tem como objetivo estudar, analisar, e sistematizar o conhecimento educacional. Os valores da tradição, da não violência e da meditação ligados a religião, foi onde firmou-se a transmissão de conhecimento segundo o Oriente. A educação primitiva fundamentava-se nos rituais de iniciação, possuíam uma visão animista, que acreditava que tudo na natureza possuía uma alma semelhante ao homem.  A educação ocorria de maneira espontânea e natural, não existia ninguém destinado a ensinar porém todos de uma certa maneira contribuíram para os ensinamentos, pois a educação provinha das imitações e da oralidade.
A doutrina pedagógica mais antiga é o Taoísmo, uma espécie de panteísmo no qual os princípios recomendam uma vida pacata e tranqüila.  Confúcio criou um sistema moral que cultuava os mortos e que mais tarde tornou-se religião. Ele idealizava famílias patriarcas onde o pai comparado a um governante centralizava todo o conhecimento desconsiderando todo o saber e inteligência dos filhos. A educação Hinduísta tendia para a reprodução e contemplação da casta, dividem a mesma profissão bem como a mesma religião, os casamentos são realizados entre si. Exaltavam o espírito repudiando o corpo.
Aqueles que eram excluídos da sociedade, bem como as mulheres, não tinham acesso a educação. Os egípcios foram os primeiros a tomar consciência da importância da arte de ensinar. Criaram casas de instrução onde ensinavam a leitura, a história dos cultos, a astronomia, a música e a medicina. Poucas informações deste período foram preservadas. O povo que mais conservou informações sobre sua história, foram os hebreus, deixando como herança para o mundo um conjunto de doutrinas, tradições, cerimônias religiosas e preceitos que ainda hoje são seguidos. De maneira geral os ensinamentos primitivos ocorreram de maneira semelhante entre muitos povos, marcados pela tradição e pelo culto aos velhos .
O tradicionalismo pedagógico é determinado por tendências religiosas diferentes.  Na comunidade primitiva a educação provinha da própria comunidade, essa se dava através da vida e para a vida.  A criança aprendia no seu próprio dia a dia. Em fim a escola era a própria aldeia. A escola de hoje nasceu com a hierarquização e a desigualdade social gerada por aqueles que se apoderam do excedente produzido pela comunidade primitiva.  Têm-se hoje na História da Educação a marca da desigualdade econômica, onde encontra-se uma linha educacional destinada aos exploradores e outra destinada aos explorados.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO AFRICANO A cultura africana não se desenvolve de forma unitária em todo seu território. As diferenças de níveis de cultura, explicam os diferentes comportamentos frente aos movimentos de libertação. Na África pré-colonial, não existiam escolas, mesmo assim as crianças eram educadas, elas aprendiam fazendo e vindo em contato com os mais velhos. Ouvindo as histórias dos mais velhos, aprendiam histórias tribais e o relacionamento de suas tribos com outras. A educação era portanto informal. O sistema educacional na Tanzânia era cooperativo e não individual, o conceito de qualidade e responsabilidade condizia com qualquer habilidade, seja ela agropecuária ou ligada a atividade econômica.
Não se trata apenas de organização escolar ou de currículo, os valores sociais são formados pela família, escola e sociedade, ou seja, pelo ambiente global que envolve a criança.  Um povo iletrado não é necessariamente um povo ignorante, o conhecimento pode ser passado de forma oral, de geração a geração, mesmo sem a existência de escolas .
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DO TERCEIRO MUNDO O pensamento pedagógico do Terceiro Mundo é originário de experiências educacionais dos países colonizados, como os da América Latina e os da África. Na luta pela sua emancipação, estes países constituíram uma teoria original. A Europa colonizou os dois continentes, dividindo territórios e tornando estes países cada vez mais dependentes e subdesenvolvidos. Os colonizadores combateram a educação e a cultura nativa impondo seus hábitos e costumes e escravizando os nativos de cada região.
Na África, os colonizadores impuseram uma única língua estrangeira a fim de catequizá-los e uni-las numa religião universal, sendo que este programa não deu certo porque a tradição européia era calcada no valor da palavra escrita, ao passo que a tradição africana é dominada pela oralidade. Nos anos 70, com a libertação dos países africanos, foram feitas enormes campanhas de alfabetização, consideradas um fracasso pelos europeus. Mesmo desacreditados, os africanos obtiveram grandes resultados. Estas campanhas visavam a incorporação dessas massas num projeto nacional e o fortalecimento do povo como animador coletivo da educação.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO LATINO AMERICANO As metodologias em uso nas escolas têm um enfoque verbalista, o professor expõe idéias retiradas de livros, de onde o aluno retira todas as suas percepções formais do saber. A escolha assemelha-se a uma fábrica, onde o professor fala e o aluno absorve as informações por aquele passadas.  Todas as instituições vinham com respostas prontas. Ao aluno basta memorizar as informações. Nos dias de hoje com a diversidade de informações, a comunicação se tornou mais diferenciada entre as comunidades e também em relação a natureza. As percepções visuais e sonoras são fundamentais ao ato de conhecer.
A compreensão não vem depois da audição ou da visão, a linguagem total introduz o homem num universo de percepções, a percepção opera integrando os diversos sentidos. A pedagogia da linguagem total leva ao prazer novo e motivador da aprendizagem, o aluno está sempre querendo estimular suas sensações e percepções. Tanto alunos como professores para realizar a autêntica educação, têm que se colocar em estado de comunicação intenso, indo um em encontro ao outro.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO BRASILEIRO Graças ao pensamento iluminista trazido da Europa por intelectuais e estudantes que não tinham mais tantos laços com a Igreja, deram os primeiros passos, embora tímidos, para as mudanças do pensamento pedagógico brasileiro. O pensamento pedagógico teve grande ajuda dos jesuítas, que difundiram nas classes populares a religião subserviência, da dependência ao paternalismo, características marcantes da cultura brasileira até os dias de hoje. O primórdio da educação brasileira foi Rui Barbosa, que pregava a liberdade de ensino, a instrução obrigatória, este se inspirou no sistema educacional da Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos.
No início deste século a educação teve grande interesse nos movimentos anárquicos, tinham no seu pensamento que se não ocorressem mudanças profundas na mentalidade das pessoas, a revolução social desejada jamais alcançaria o seu objetivo. Anos depois a educadora Maria Lacerda de Moura, que combatia o analfabetismo , defendia a educação dos sentidos e o estudo do crescimento físico.  Dizia que era necessário declarar guerra ao analfabetismo, ao orgulho tolo, à ambição, ao egoísmo, à prepotência, assegurada pela autoridade do diploma e do bacharelado incompetente. Em 1944, o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, inicia a publicação da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, um precioso testemunho da história da educação no Brasil, fonte de informação para os educadores brasileiros até hoje.
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  • 1. FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO Curso de Complementação Pedagogia Disciplina: História da Educação Elaborado por: Patrícia Cássia Duarte Eco - Pedagoga / Ano 2007 E-mail: [email_address]
  • 2. PENSAMENTO PEDAGÓGICO GREGO Na educação grega era exigido que o ensino estimulasse as competições, as virtudes guerreiras para estimular a superioridade frente os povos conquistados. Os gregos deram enorme valor à arte, à literatura, às ciências e à filosofia. A educação do homem consistia na formação do corpo pela ginástica e na da mente pela filosofia e as ciências, e na moral pela música e pelas artes. Poucos aprendiam a governar, pois apenas os livres, os que tinham propriedade, pois os bem educados tinham de saber mandar e obedecer. Apenas os gregos livres tinham acesso a educação e ao diálogo, já que a educação naquela época, se dava através do diálogo.
  • 3. A paidéia, educação integral, consistia na integração entre a cultura da época e a criação de outra cultura recíproca. Apesar da riqueza de conhecimento na educação, existia na Grécia muitas diferenças entre os seus habitantes. Os espartanos davam mais valor a ginástica e a educação moral, voltada aos interesses do Estado. Enquanto os atenienses existia um interesse maior pela retórica e para o exercício da política. Os gregos eram educados através dos textos de Homero, que ensinava a virtude, o cavalheirismo, o amor à glória. O ideal homérico era de ser sempre melhor e conservar-se superior aos outros. Sócrates, Platão e Aristóteles, exerceram grande influência no mundo grego, não esquecendo dos sofistas que eram responsáveis por ensinar a retórica. O estudo era dividido em escolas que ensinavam desde a leitura do alfabeto até a retórica e a filosofia, passando pela filosofia e a educação física.
  • 4. O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ROMANO Roma e na Grécia, são sociedades escravistas, onde o trabalho manual não é valorizado, e o trabalho intelectual é considerado trabalho da aristocracia, que consiste numa pequena parcela da sociedade, os cidadãos livres. Seus estudos eram na maioria das vezes humanistas, o que caracteriza o homem em todos os tempos e lugares. Este estudo era dado na escola do "gramático", que seguia algumas fases; ditado de fragmento do texto, memorização deste, tradução da prosa em verso, expressão da mesma idéia em diversas construções, análise das palavras e frases e composição literária. Assim se instruía a elite romana.
  • 5. Para os escravos não era permitido o direito de estudar, eram tratados como objetos, aprendiam a fazer arte nas casas onde serviam. A sociedade romana era composta de grandes proprietários: patrícios, grandes proprietários e plebeus, pequenos proprietários, que eram excluídos do poder, do direito ao voto. Na época áurea do Império, a educação estava dividido em três graus: Escolas do ludi-magister, ministravam a educação elementar; Escolas do gramático: correspondia ao que hoje se conhece por ensino secundário. Estabelecimentos de ensino superior: era uma espécie de universidade, onde se ensinava a retórica, o Direito e a Filosofia. Os romanos impuseram o latim a numerosas províncias, conquistaram a Grécia, que transmitiu a filosofia da educação aos romanos.
  • 6. A filosofia era pouco difundida entre os romanos, e a pedagogia quando existe é voltada para questões práticas. Um nobre romano deveria aprender coisas sobre a agricultura, a guerra e a política. Aos poucos a classe aristocrática cede lugar a pequenos comerciantes, artesãos e para uma pequena classe de burocratas. O Império sentiu a necessidade de escolas que preparasse administradores, já que para a guerra não havia necessidade de escola, os quartéis ou a própria guerra resolviam o problema. O Estado se ocupa diretamente da educação, treinando supervisores-professores cujo regimento se parecia com os militares. A educação romana era utilitária e moralista, organizada pela disciplina e justiça. Dessa forma os romanos conquistaram um grande Império, fazendo escravos os povos por eles vencidos .
  • 7. O PENSAMENTO PEDAGÓGICO MEDIEVAL A igreja cristã dá o ponto de partida para esse pensamento pedagógico. Cristo foi um grande educador, popular e bem sucedido. A educação do homem medieval ocorreu de acordo com grandes acontecimentos da época entre eles a pregação apostólica no século I, depois de Cristo. A partir de Constantino, o império adotou o cristianismo como religião oficial, e fez pela primeira vez a escola tornar-se o aparelho ideológico do estado. Surge um novo tipo histórico de educação, uma nova visão do mundo e da vida, as culturas precedentes foram substituídas pelo poder de Cristo.
  • 8. Foi criada uma educação par ao povo que consistia numa educação catequética e dogmática e outra educação para o clérigo humanista e filosófica teológica. Os estudos medievais compreendiam, o Trivium (Gramática, dialética e teórica) e o Quadrivium (Aritmética, geometria, astronomia e música). Maomé (entre 570 e 532), funda uma nova religião, o islamismo. A doutrina de Maomé está contida no Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos. O Alcorão é a obra prima da literatura árabe. Da briga entre cristãos e árabes inicia um novo tipo de vida intelectual chamada escolástica, que procura conciliar a razão histórica com a fé cristã. O maior idealizador desta escola foi São Tomás de Aquino , que afirmava que a educação habita o educando a desabrochar todas as suas potencialidades, operando assim a síntese entre a educação cristã e a educação greco-romana.
  • 9. Ao lado do clero a nobreza realizava sua própria educação, seu ideal era o perfeito cavaleiro com a formação musical e guerreiro, experiente nas sete artes liberais. As classes trabalhadoras tinham a educação oral, transmitida de pai para filho. A igreja não se preocupava com a educação física, considerava o corpo pecaminoso. Os jogos ficavam por conta da educação do cavaleiro. Na Idade Média foram criadas as universidades de Paris, Bolonha, Saleno, Oxford, Hedelberg e Viena. Para muitos historiadores a Idade média não foi a idade das trevas, da ignorância, como os ideólogos do renascimento pregaram, ao contrário foi fecunda em lutas pela autonomia, com greves e debates livres. Discutia-se a gratuidade do ensino e pagamento das professoras. O que se constatou é que o saber universitário aos poucos foi se elitizando, guardado em academias submetido à censura da igreja.
  • 10. O PENSAMENTO PEDAGÓGICO RENASCENTISTA O pensamento pedagógico Renascentista influenciou diretamente a educação através da teoria heliocêntrica, defendida por Copérnico (1473 - 1543). Como fatos que favoreceram esse pensamento pedagógico, são citados: as grandes navegações do séc. XIV, que deram origem ao capitalismo comercial; a invenção da imprensa realizada por Gutemberg ; e a invenção da bússola que possibilitou as grandes navegações. A educação Renascentista visava a formação do homem burguês.
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  • 12. O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ILUMINISTA O pensamento iluminista surgiu no século XVII, que se fortaleceu com a Revolução Francesa, na época em que se buscava as liberdades individuais, contra a escuridão da igreja e a prepotência dos governantes. Na época do auge do Iluminismo, Jean Jacques Rousseau, inaugurou uma nova fase na educação. Pela primeira vez, a educação se tornou obrigatória, assim se fazendo escola pública, filha da revolução burguesa, gratuita e para todos, mas ainda elitista, pois poucos podiam cursar uma universidade.
  • 13. A educação da época não deveria apenas instruir mas também permitir que a natureza desabrochasse na criança de forma livre, sem repressões, restringindo-se a experiências. O iluminismo educacional representou o fundamento da pedagogia burguesa. A classe trabalhadora tinha o mínimo de educação, pois a burguesia ascendia sobre os ideais de liberdade. A liberdade para os burgueses consistia em estar livre para a acumulação de riquezas, os intelectuais da época , cultivavam a noção de liberdade na essência do homem. A liberdade e a igualdade eram nocivas para os burgueses, pois provocaria padronização das classes. A educação popular deveria fazer com que o povo aceitasse sua pobreza.
  • 14. PENSAMENTO PEDAGÓGICO MODERNO Nos séculos XVI e XVII, a sociedade passou por mudanças significativas, houve a queda do modo de produção feudal. Na educação houve muitas mudanças, pois o que era ensinado foi considerado obsoleto, alguns filósofos fizeram grandes descobertas na área da educação, deram um novo ordenamento às ciências.
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  • 18. No Brasil, o positivismo influenciou o primeiro projeto de formação do educador, no final do século passado. O valor dado à ciência no processo pedagógico justificaria maior atenção ao pensamento positivista. Durkhein , ao contrário de Rosseau declarava que o homem nasce egoísta e só a sociedade, através da educação, pode torna-lo solidário. Para Durkhein , a educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine.
  • 19. O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ORIENTAL A pedagogia surgiu como uma ciência que tem como objetivo estudar, analisar, e sistematizar o conhecimento educacional. Os valores da tradição, da não violência e da meditação ligados a religião, foi onde firmou-se a transmissão de conhecimento segundo o Oriente. A educação primitiva fundamentava-se nos rituais de iniciação, possuíam uma visão animista, que acreditava que tudo na natureza possuía uma alma semelhante ao homem. A educação ocorria de maneira espontânea e natural, não existia ninguém destinado a ensinar porém todos de uma certa maneira contribuíram para os ensinamentos, pois a educação provinha das imitações e da oralidade.
  • 20. A doutrina pedagógica mais antiga é o Taoísmo, uma espécie de panteísmo no qual os princípios recomendam uma vida pacata e tranqüila. Confúcio criou um sistema moral que cultuava os mortos e que mais tarde tornou-se religião. Ele idealizava famílias patriarcas onde o pai comparado a um governante centralizava todo o conhecimento desconsiderando todo o saber e inteligência dos filhos. A educação Hinduísta tendia para a reprodução e contemplação da casta, dividem a mesma profissão bem como a mesma religião, os casamentos são realizados entre si. Exaltavam o espírito repudiando o corpo.
  • 21. Aqueles que eram excluídos da sociedade, bem como as mulheres, não tinham acesso a educação. Os egípcios foram os primeiros a tomar consciência da importância da arte de ensinar. Criaram casas de instrução onde ensinavam a leitura, a história dos cultos, a astronomia, a música e a medicina. Poucas informações deste período foram preservadas. O povo que mais conservou informações sobre sua história, foram os hebreus, deixando como herança para o mundo um conjunto de doutrinas, tradições, cerimônias religiosas e preceitos que ainda hoje são seguidos. De maneira geral os ensinamentos primitivos ocorreram de maneira semelhante entre muitos povos, marcados pela tradição e pelo culto aos velhos .
  • 22. O tradicionalismo pedagógico é determinado por tendências religiosas diferentes. Na comunidade primitiva a educação provinha da própria comunidade, essa se dava através da vida e para a vida. A criança aprendia no seu próprio dia a dia. Em fim a escola era a própria aldeia. A escola de hoje nasceu com a hierarquização e a desigualdade social gerada por aqueles que se apoderam do excedente produzido pela comunidade primitiva. Têm-se hoje na História da Educação a marca da desigualdade econômica, onde encontra-se uma linha educacional destinada aos exploradores e outra destinada aos explorados.
  • 23. O PENSAMENTO PEDAGÓGICO AFRICANO A cultura africana não se desenvolve de forma unitária em todo seu território. As diferenças de níveis de cultura, explicam os diferentes comportamentos frente aos movimentos de libertação. Na África pré-colonial, não existiam escolas, mesmo assim as crianças eram educadas, elas aprendiam fazendo e vindo em contato com os mais velhos. Ouvindo as histórias dos mais velhos, aprendiam histórias tribais e o relacionamento de suas tribos com outras. A educação era portanto informal. O sistema educacional na Tanzânia era cooperativo e não individual, o conceito de qualidade e responsabilidade condizia com qualquer habilidade, seja ela agropecuária ou ligada a atividade econômica.
  • 24. Não se trata apenas de organização escolar ou de currículo, os valores sociais são formados pela família, escola e sociedade, ou seja, pelo ambiente global que envolve a criança. Um povo iletrado não é necessariamente um povo ignorante, o conhecimento pode ser passado de forma oral, de geração a geração, mesmo sem a existência de escolas .
  • 25. O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DO TERCEIRO MUNDO O pensamento pedagógico do Terceiro Mundo é originário de experiências educacionais dos países colonizados, como os da América Latina e os da África. Na luta pela sua emancipação, estes países constituíram uma teoria original. A Europa colonizou os dois continentes, dividindo territórios e tornando estes países cada vez mais dependentes e subdesenvolvidos. Os colonizadores combateram a educação e a cultura nativa impondo seus hábitos e costumes e escravizando os nativos de cada região.
  • 26. Na África, os colonizadores impuseram uma única língua estrangeira a fim de catequizá-los e uni-las numa religião universal, sendo que este programa não deu certo porque a tradição européia era calcada no valor da palavra escrita, ao passo que a tradição africana é dominada pela oralidade. Nos anos 70, com a libertação dos países africanos, foram feitas enormes campanhas de alfabetização, consideradas um fracasso pelos europeus. Mesmo desacreditados, os africanos obtiveram grandes resultados. Estas campanhas visavam a incorporação dessas massas num projeto nacional e o fortalecimento do povo como animador coletivo da educação.
  • 27. O PENSAMENTO PEDAGÓGICO LATINO AMERICANO As metodologias em uso nas escolas têm um enfoque verbalista, o professor expõe idéias retiradas de livros, de onde o aluno retira todas as suas percepções formais do saber. A escolha assemelha-se a uma fábrica, onde o professor fala e o aluno absorve as informações por aquele passadas. Todas as instituições vinham com respostas prontas. Ao aluno basta memorizar as informações. Nos dias de hoje com a diversidade de informações, a comunicação se tornou mais diferenciada entre as comunidades e também em relação a natureza. As percepções visuais e sonoras são fundamentais ao ato de conhecer.
  • 28. A compreensão não vem depois da audição ou da visão, a linguagem total introduz o homem num universo de percepções, a percepção opera integrando os diversos sentidos. A pedagogia da linguagem total leva ao prazer novo e motivador da aprendizagem, o aluno está sempre querendo estimular suas sensações e percepções. Tanto alunos como professores para realizar a autêntica educação, têm que se colocar em estado de comunicação intenso, indo um em encontro ao outro.
  • 29. O PENSAMENTO PEDAGÓGICO BRASILEIRO Graças ao pensamento iluminista trazido da Europa por intelectuais e estudantes que não tinham mais tantos laços com a Igreja, deram os primeiros passos, embora tímidos, para as mudanças do pensamento pedagógico brasileiro. O pensamento pedagógico teve grande ajuda dos jesuítas, que difundiram nas classes populares a religião subserviência, da dependência ao paternalismo, características marcantes da cultura brasileira até os dias de hoje. O primórdio da educação brasileira foi Rui Barbosa, que pregava a liberdade de ensino, a instrução obrigatória, este se inspirou no sistema educacional da Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos.
  • 30. No início deste século a educação teve grande interesse nos movimentos anárquicos, tinham no seu pensamento que se não ocorressem mudanças profundas na mentalidade das pessoas, a revolução social desejada jamais alcançaria o seu objetivo. Anos depois a educadora Maria Lacerda de Moura, que combatia o analfabetismo , defendia a educação dos sentidos e o estudo do crescimento físico. Dizia que era necessário declarar guerra ao analfabetismo, ao orgulho tolo, à ambição, ao egoísmo, à prepotência, assegurada pela autoridade do diploma e do bacharelado incompetente. Em 1944, o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, inicia a publicação da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, um precioso testemunho da história da educação no Brasil, fonte de informação para os educadores brasileiros até hoje.
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