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SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA
Os centros urbanos apresentam numerosas estruturas verticais, concebidas para as mais
diversas finalidades, de dimensões variadas. No meio rural não é diferente, onde as empresas
apresentam instalações cada vez maiores, destinadas à produção e ao armazenamento, como é o
caso dos silos, por exemplo, projetados para armazenarem cereais.
São locais elevados, onde eventualmente há a necessidade se realizar alguma atividade,
como por exemplo, pintura de fachadas, instalações e manutenção elétricas diversas, substituição
de elementos da estrutura, inspeção, entre outras. Para esses fins, o local e o acesso são sempre
difíceis. Um exemplo claro de risco permanente é a construção civil (prédios e montagem
industrial, por exemplo). A todo o momento o trabalhador esta sujeito a um acidente.
Esse fato é agravado pelas condições de trabalho brasileiras, em que as leis e normas de
trabalho são facilmente ignoradas. Onde regras básicas de saúde e segurança do trabalho são
encaradas, por exemplo, como “atraso na produção”, “despesa extra” e/ou mera “formalidade
legal” por parte dos empregadores e “perda de tempo”, “frescura”, “desconforto” e/ou “perda do
tato” por parte dos empregados, resultando em negligencia generalizada.
É bem verdade que pra toda regra há exceção. Existem empregadores (empresas) e
empregados (funcionários) que cumprem de forma exemplar a lei. O interessante é que nesse
caso, o fazem por convicção.
Todavia, há que se considerar a necessidade de se atender uma ou mais vitimas em
situação de perigo iminente, necessitando ou não de atenção clinica ou traumática, em áreas
elevadas de difícil acesso urbanas (edificações residenciais, comerciais, industriais, etc.) e rurais
(íngremes, montanhosas, edificações agroindustriais, pontes, etc).
O Salvamento e o Resgate Técnico
Salvamento consiste em livrar de risco ou perigo iminente, pessoa ou animal, ileso, que
se encontre nesta condição por força das circunstancias e/ou das adversidades do ambiente,
colocando-a em segurança.
Resgate Técnico consiste em recuperar de local de difícil acesso, por meio de técnicas e
procedimentos especiais, pessoa que necessite de atendimento pré-hospitalar, clinico ou
traumático, estabilizando-a adequadamente para o transporte (remoção) do local, removendo-a
para local seguro ou hospital.
Histórico
Quanto às origens das técnicas de resgate vertical, temos o alpinismo como base. Após a
conquista do Mont Blanc, em 1786, houve um aumento das atividades em montanha e com isto
um aumento do número de vítimas.
As primeiras unidades de salvamento foram criadas no início do século XIX, na região de
Chamonix, na França, e nos Alpes suíços.
Com o desenvolvimento vertical no meio urbano, ocorrido a partir de 1930 e os acidentes
em edifícios a partir de então, a 2a
Guerra Mundial e, principalmente, o aumento de acidentes em
atividades esportivas, surgiu à necessidade de pessoas habilitadas e capacitadas tecnicamente
para a realização de resgate e atendimento de primeiros socorros em locais de difícil acesso.
A necessidade de um atendimento rápido no próprio local, fez com que os próprios
participantes atuassem como socorristas, surgindo daí as primeiras equipes de resgate.
O rapel
Para alguns, um esporte, para outros, uma ferramenta de trabalho, para outros tantos,
ambas as coisas, desperta na maioria das pessoas um sentimento de medo, talvez por pensarem
em algo extremamente perigoso, arriscado onde pessoas se penduram à beira de abismos, pontes
ou prédios. É certo que o rapel é uma atividade de risco, mas poderá lhe proporcionará sensações
e imagens indescritíveis. Essas sensações serão ainda maiores se empregado como ferramenta de
trabalho, onde você poderá salvar uma vida ou colocar uma pessoa em segurança.
Comportamento
Para uma boa prática do rapel é necessário respeito aos seus limites, ética, sentimento (e
comportamento) ecológico e principalmente espírito de grupo, pois nas alturas não há espaço
para brincadeiras e individualismo.
É preciso estar sempre atento para si e para seus companheiros, pois se trata de uma
atividade, quer seja esportiva ou de trabalho, onde o coletivo (Equipe) e o solidário (cooperação)
são fatores fundamentais e decisivos onde um sempre dependerá do outro para o êxito da mesma.
Finalidade
Os adeptos dos esportes radicais empregam o rapel como forma de lazer e de aventura na
busca por descargas adrenérgicas e de novas paisagens. Mais recentemente tem sido utilizado, e
cada vez mais, para colocar um determinado profissional em local estratégico para a realização
de tarefas especificas nas mais diversas situações, dentro de empresas, na construção civil, na
área de comunicação visual, entre outras.
Porém, para nós Bombeiros, o rapel, entre outras técnicas verticais, têm um objetivo mais
especifico – e importante – que é permitir que nossas equipes de socorro pré-hospitalar acessem
locais elevados, encostas, espaços confinados, etc., e realizem o resgate e transporte de uma
vítima, sem agravar suas lesões, fornecendo Suporte Básico de Vida (SBV) em todas as fazes da
operação.
Planejamento
O sucesso de uma atividade, seja esportiva, de trabalho ou de resgate, está diretamente
relacionado ao planejamento preliminar. Este planejamento consiste em:
- Avaliar tecnicamente a atividade a ser realizada;
- Determinar os recursos humanos (Equipe), em quantidade e capacidade suficientes,
reconhecendo suas limitações;
- Reunir e conferir o material a ser utilizado, sem esquecer o indispensável (avalie bem
e não se sobrecarregue com o desnecessário);
É preciso estar preparado para eventualidades como chuva, frio ou calor, que podem
acarretar atrasos ou impor dificuldades extras à atividade.
Ao se sair para atividades de rapel esportivo, de trabalho ou resgate, deve-se comunicar
para onde vai, a duração prevista, o número de pessoas envolvidas e telefone para contato. Não
é, necessariamente, o nosso caso já que a SOp devera estar ciente e ter o controle da
movimentação da guarnição de socorro.
Segurança
Para trabalhos em altura, é obrigatória a utilização de EPI (Equipamento de Proteção
Individual), bem como, de EPC (equipamento de proteção coletiva), necessários à segurança do
pessoal.
Cada integrante é elo fundamental para o sucesso da operação, além do que, estamos
falando de vida(s)... Um membro da equipe lesionado significa perda daquela mão de obra
especializada e mais uma vitima a ser atendida. É complicação em dobro.
É necessário o aprimoramento das técnicas de segurança e a conscientização de todos no
cuidado e acondicionamento de EPIs, de maneira que estejam sempre em condições de serem
utilizados.
Os equipamentos de resgate e salvamento devem estar sempre em condições de pronto
emprego.
O trabalhador (bombeiro) e/ou esportista deverá ter condições físicas, técnicas e
emocionais para executar atividades de resgate.
É de fundamental importância a realização de exames médicos periódicos com objetivo
de se evitar acidentes, pois os portadores de cardiopatias, labirintites e acrofobia (medo mórbido
de altura). Por exemplo, a princípio, não devem executar serviços em planos elevados.
Lembre-se:
- Resgate técnico é uma atividade de alto risco!
- Não menospreze as mínimas informações. Tudo tem uma finalidade, uma razão e um
por que;
- Revise sempre seu equipamento e os de sua equipe;
- A responsabilidade pela utilização das técnicas e dos equipamentos é sua;
- Nunca fique perto de abismos, sem segurança;
- Mantenha a equipe informada sobre seu grupo sangüíneo, alergias, uso de
medicamentos, cirurgias já realizadas e outras informações que julgar necessárias;
- Nunca fique em dúvida. Repense (reconsidere) seu procedimento. Pergunte
sempre!
Material e/ou Equipamento
“Até mesmo os macacos mais experientes podem cair das árvores.”
(provérbio chinês).
Antes de adquirir qualquer material, devemos estar certos de que é de boa qualidade, que
possua CA do MTE (ministério do trabalho e emprego) e que realmente poderá ser bem
utilizado, sendo de uso simples, mas eficiente.
É dispensável adquirir um determinado material, mais sofisticado, que na realidade não
servirá para nada além de valorizar seu equipamento e de representar um peso a mais na mochila.
SUA VIDA DEPENDE DO SEU MATERIAL, por isso cuide bem dele. Certifique-se de que o
mesmo esteja sempre em boas condições e pronto para uso.
Quando digo “seu” material estou me referindo também, e principalmente, ao material
que é carga da viatura ou instituição, pois quando outro colega de trabalho for usá-lo, em uma
nova emergência ou treinamento, não terá como saber que tipo de agressão o mesmo sofreu.
É importante lembrar que nossa vida profissional é cíclica. Hoje usei de forma
inadequada, nociva, determinado equipamento e o guardei sem manutenção. Amanhã outra
pessoa poderá usá-lo e estar exposta a um risco desnecessário e traiçoeiro. Passado algum tempo,
você poderá ter que utilizá-lo novamente. Como você irá se sentir? Tranqüilo. Se tiver juízo,
duvido!
Bom, existem normas que regulam a utilização, capacidade e finalidade desses materiais,
as quais eu citarei neste material.
A seguir apresentarei o material de uso mais freqüente.
Embora ocorram modificações freqüentes devido ao aprimoramento das técnicas e,
consequentemente, da tecnologia empregada na confecção dos mesmos, fica aqui o referencial.
Vestuário
As roupas não devem ser muito justas, pois podem limitar os movimentos, da mesma
forma que roupas largas demais podem atrapalhar e oferecer riscos.
Tenha cuidado para que as mesmas não interfiram com a função dos equipamentos, como
por exemplo, entrando com a corda no freio “oito” ocasionando um bloqueio indesejado ou
perigoso.
Iluminação
Em se tratando de atendimento de ocorrência pelo Corpo de Bombeiros, a iluminação
deveria ser considerada um sistema, composto pelos meios existentes na própria viatura, por um
gerador de corrente elétrica, extensões, torres ou suportes para faroletes fixos e faroletes móveis.
É importante que se disponha de lanterna(s) de uso coletivo, com boa capacidade de
iluminação. São preferíveis as de duas pilhas (médias ou grandes).
Da mesma forma, é importante que cada membro da equipe disponha de uma lanterna
para cabeça, de uso individual. Nesse caso, as lanternas dotadas de LEDs são as mais indicadas.
Dependendo da duração do evento leve pilhas reservas.
Intempérie
As equipes devem estar dotadas de capa de chuva especial, adequada a atividade, com
tratamento impermeabilizante. Para o frio, abrigo apropriado ao trabalho, que seja quente e não
volumoso.
Kit de Primeiros Socorros
Toda equipe de resgate, via de regra, deve ser dotada de uma bolsa de primeiro
atendimento. Essa bolsa ou mochila (preferível), que precisa ser resistente, prática e
impermeável.
Deve conter:
 EPI (luvas de procedimento, óculos de proteção e mascara cirúrgica);
 Reanimador manual (ambú);
 Conjunto de cânula de guedel;
 Tesoura;
 Pinça;
 Talas de papelão;
 Ataduras e gazes;
 500 ml de soro fisiológico 0,9%;
 Fita adesiva e esparadrapo; e
 Duas bandagens triangulares.
Obs.: esta é uma configuração mínima (básica) e não necessariamente definitiva.
Quando em operação, se necessário, a equipe usara em beneficio próprio os matérias
desta mesma bolsa.
Se você for praticar o rapel de forma desportiva, a laser ou a trabalho, é recomendável
que providencie um pequeno kit de primeiros socorros.
Hidratação
Deve possuir um recipiente para armazenar água com capacidade suficiente para atender
as necessidades da equipe.
Recomenda-se no mínimo 01 litro d’água. Um cantil é uma boa escolha.
Calçado
Deve ajustar-se ao pé confortavelmente e o solado deve ser aderente (antiderrapante), de
maneira que não permita escorregões.
Existem calçados especialmente desenhados para este fim.
Cinto de salvamento
É um tipo de “cadeirinha”, projetada para sustentar o bombeiro, proporcionando
segurança e conforto, durante as operações de salvamento e resgate.
O modelo varia de acordo com o fabricante. Atualmente esta se tornando comum a
utilização do “baudrier” ou “cadeirinha”.
Baudrier ou Cadeirinha
É um tipo de cinto de segurança, utilizada inicialmente por alpinistas, projetado para
distribuir o impacto de quedas e proporcionar conforto ao escalador durante a ascensão.
Existem basicamente dois tipos: Integral e Cadeirinha.
Há também a possibilidade de se montar um conjunto a partir de acessórios.
Cadeirinha simples Cadeirinha Integral Simples c/ peitoral e
talabartes
As cadeirinhas também podem ser confeccionadas com cabos solteiros de 10 a 12 mm,
embora não sejam tão confortáveis. Existem dois tipos básicos:
 Japonesa: é segura por apresentar bom arremate e ajuste ao corpo, sendo indicada
para o Resgatista (Bombeiro), é um nó simples e rápido de atar quando se precisa subir ou descer
uma pessoa de uma árvore, barranco ou outro ponto;
 Belga (ou rápida): de menor segurança, mas maior facilidade e rapidez de
aplicação sendo indicada para a vítima.
MVI_0329.AVI
Mosquetão
Anel de duralumínio ou aço, com mola que se fecha automaticamente, usado para
segurança individual, costuras, etc.
Existem diversos tipos de mosquetões, com cargas de ruptura diferentes, onde cada um
deles apresenta vantagens e desvantagens, de acordo com a finalidade para a qual foi concebido.
Para segurança individual e outras situações que exijam um alto nível de segurança
(descida, segurança com oito, etc.) utilizamos mosquetões com rosca (impede a abertura do
mesmo), podendo ser de base larga ou não. Alguns modelos possuem trava automática.
Cabo Solteiro
Corda de segurança individual com ± 5 m de comprimento e ± 10 mm de espessura.
Quando fixada no cinto ou baudrier, se destina a prender ou “costurar” o bombeiro a um ponto
de segurança. Pode cumprir outras finalidades como servir de cadeirinha, por exemplo. foto
Oito
Aparelho com formato de um oito que se destina a descida e segurança.
A parte da corda que envolve o aparelho na parte central pode deslizar e formar um nó
boca de lobo, o que é uma falha neste equipamento. Caso isso aconteça a descida se torna
impossível e pode ter graves conseqüências: caso ocorra em um lugar perigoso, como uma
cachoeira. Existem equipamentos de descensão que não oferecem esse risco e possuem outros
recursos.
DESCENSORES: I'D DESCENSORES: STOP DESCENSORES: ATC
Cordelete ou Cordin
Corda de  8 mm de diâmetro e cerca de 1,5m de comprimento usada para vários fins,
como confecção de nós autoblocantes (prussik, marchand, Bakmam etc), usados em ascensão e
segurança.
É recomendável ter pelo menos um par preso ao baudrier para uso imediato.
Mochilas
Mochila de Ataque:
Utilizada em operações onde a quantidade de material é reduzida.
Mochila Cargueira:
Outros descensores
Ao contrário das mochilas de ataque, é usada quando se transporta grande quantidade de
material e alimentação (se for o caso).
Retinida
Corda de aproximadamente 5 mm de diâmetro, de boa resistência, e de comprimento
variável, conforme a necessidade. Usada para rebocar material ou passar um cabo principal
(corda de trabalho).
Costuras
Usado para unir temporariamente dois pontos, por exemplo, em segurança.
Costura Normal: MOSQUETÃO + FITA
Costura Expressa: MOSQUETÃO + FITA + MOSQUETÃO
Escadinha (estribo)
Artefato de corda e duralumínio usado em escaladas artificiais.
CAPACETE
Utilizado para proteção, durante as atividades em altura, em caso de quedas do bombeiro
ou de materiais (pedras, ferramentas, pedaços de madeira, etc.) diversos. Deve ser leve, de
material bastante resistente e preso à cabeça por jugular. É recomendável constar o nome do
bombeiro e o tipo sangüíneo.
Luvas de Couro (Vaqueta)
Devem ser resistentes e apropriadas para a atividade. Podem ser com ou sem reforço e
deve se ajustar confortavelmente a mão do bombeiro para permitir maior sensibilidade (tato) e
manejo.
Óculos
Destinado a proteger os olhos contra partículas e objetos, preservando a integridade e
autonomia do resgatista.
Apito
Dependendo do local, servira para alertar um companheiro ou para comunicação
mediante convenção prévia.
Canivete
Serve para situações de emergência, onde o bombeiro poderá ter que cortar uma corda
para se safar ou liberar uma vitima, entre outras coisas.
Polias e roldanas
Peças utilizadas com a finalidade de redução de carga, facilitando assim o içamento.
Trata-se de equipamentos extremamente úteis para reduzir o atrito em diversas manobras. Deve-
se ter muita atenção para a carga usada e no mosquetão adequado para que não haja torção da
roldana fazendo com que à mesma desmonte. Há uma variedade desses equipamentos e
sua aplicação é variável segundo a necessidade de cada atividade, como vemos abaixo.
Cordas
As cordas podem ser classificadas basicamente em dois tipos: dinâmicas e estáticas.
Cordas dinâmicas: normalmente usadas em escaladas, pois são dotadas de uma
elasticidade bastante elevada. Esta elasticidade serve para absorver o impacto de uma queda. No
montanhismo as cordas possuem em média 50 m com diâmetro aproximado de 10,5 mm.
Cordas estáticas: as cordas estáticas são dotadas de uma elasticidade muito inferior às
cordas dinâmicas e não são concebidas para assegurar quedas. Em caso de queda muito grande
os esforços na corda podem ser fatais. Em contrapartida, elas permitem ações muito precisas nas
fazes de manobra e rapel, sendo muito usadas em operações de salvamento e resgate.
Cuidados com a corda
 As cordas devem ser periodicamente lavadas (com sabão neutro);
 Devem secar a sombra;
 Deve-se mantê-las afastadas de produtos químicos, corrosivos, etc.;
 Cada corda deve ter uma ficha com seu histórico, onde depois de cada operação deve
ser anotada a data e o tipo de atividade;
 Nunca devem ser guardadas molhadas;
 Cada corda deve ser sempre vistoriada, antes e após o uso. Em caso de dano, a corda
deve ser cortada no local (dano isolado) para reaproveitamento das partes restantes e assim evitar
acidentes (rupturas);
 Devem estar sempre bem acondicionadas;
 Deve-se fazer falcaça nas pontas (chicotes) para evitar que desfiem; e
 NUNCA! NUNCA devem ser usadas para outro fim que não o de salvamento e
resgate, como por exemplo, sustentar e/ou tracionar cargas diversas do tipo (tronco de árvores,
motores, rebocar veículos, etc.).
Formas de preparo das cordas para acondicionamento e transporte:
Embobinamento simples
Para cordas com até 30 m.
Embobinamento para transporte às costas
Para cordas com mais de 50 m Para cordas com até 50 m.
Termos usuais referentes às cordas
Para se aprender, ensinar e trabalhar adequadamente com uma corda é importante que se
denomine e conheça cada parte de sua extensão e conforme sua apresentação em dado momento.
Por exemplo:
- Chicote: é extremidade da corda e com o qual, geralmente, se executa o nó;
- Falcaça: é o arremate nas extremidades de uma corda com o objetivo de impedir
que ela se desfaça (desfie);
- Seio: meio da corda;
- Cocas: são voltas que surgem eventualmente em uma corda (por falta de um
destorcedor, por exemplo);
- Permear: dobrar a corda ao meio (dividindo), juntando os chicotes.
Distorcedores
Equipamentos destinados a evitar torção na corda, prevenindo acidentes e eventuais
danos a mesma.
Ancoragens
Ancoragem é o ponto ou conjunto de pontos onde a corda é fixada, seja em grampos,
chapeletas, imóvel, árvores, estrutura metálica, prédios, etc.
Aspectos importantes a serem observados nas ancoragens:
 Observar que muitos pontos tendem a danificar a corda ou fitas da ancoragem, por
isso deve-se cobrir tais pontos com lonas, mangueiras, etc.;
 Avaliar a direção para onde a corda está sendo tracionada;
 Só usar pontos de ancoragens de procedência e histórico conhecido;
 Observar a distribuição da corda nos pontos (equalização). Isto evita que a carga se
concentre apenas em um ponto;
 O ângulo não deve ser superior a 90o
entre os pontos;
 Respeitar uma distancia mínima de 20 cm entre os pontos e rachaduras, etc.
 O ideal é ter 3 pontos e no mínimo 2 pontos de ancoragens.
Tipos de ancoragens
Naturais
São as encontradas na própria natureza, como árvores, pedras, etc.
Artificiais
São aquelas introduzidas pelo homem, como grampos, chumbadores, estrutura de
concreto ou madeira, chassi de veículo, etc.
Atenção
O ponto de partida para qualquer ancoragem complexa não é criar um ângulo muito
grande entre as pernas do sistema de ancoragem. Idealmente, este ângulo não pode ultrapassar os
90o
, e nunca deve exceder 120o
. A partir deste ângulo, as forças em cada perna da ancoragem
serão maiores que a carga que está sendo sustentada. Esta regra serve também para
TIROLESAS.
Relação entre Ângulos e Cargas
Ângulos (lados do triangulo) Carga em cada ponto
30º 52%
60º 58%
90º 71%
120º 100%
150º 193%
160º 290%
180º Infinito...
Repartição ou divisão de esforços sobre as amarrações em função do ângulo.
Equalização entre duas ancoragens.
O nó reduz o choque em caso de ruptura de um dos pontos.
Equalização entre três pontos de ancoragem.
Existem diversos equipamentos destinados à ancoragem, sendo as fitas e talabartes de
ancoragem, os mais empregados.
Dois pontos com equalização Três pontos com equalização
Segundo ponto como segurança Equalização perfeita, nunca maior que 60º
Três pontos equalizados
Triangulo_de_fuerzas_semi_bloqueado.wmv
MOSQUETÕES: CORRETO carga no sentido bidirecional MOSQUETÕES:
INCORRETO carga em multiplos sentidos
Alem desses equipamentos, temos as placas multiplicadoras de ancoragem, que tem por
finalidade ligar e sustentar mais de uma carga independente, a partir de um ponto de ancoragem
principal.
Tripé
Usado para salvamento e resgate em poço, é muito útil e versátil, sendo de emprego
limitado a uma superfície plana e estável para seu perfeito apoio e sustentação.
Serve para descer e içar o resgatista ou trabalhador em poço e o seu material como
também para içar uma vitima por meio de cadeirinha ou imobilizada em maca.
Macas
São, em sua maioria, equipamentos rígidos destinados à imobilização e ao transporte
adequado de uma vitima. Podem ser confeccionados em diversos materiais, tais como: madeira
(compensado naval), PVC, metal (alumínio, aço, etc.), resinas diversas, etc. Para cada caso um
equipamento diferente, mas com o mesmo objetivo: imobilizar adequadamente a vitima,
garantindo transporte seguro, tanto no resgate quanto na remoção em ambulâncias ou no intra-
hospitalar.
Descida de Maca com Acompanhante
Quando as condições da vítima exigir uma assistência constante, ou o terreno do resgate
for acidentado ou irregular e que não permita uma descida livre e desimpedia da maca, torna-se
necessário o acompanhamento de um assistente médico ou um resgatista juntamente com a
maca. Nestas condições, a descida da maca é efetuada utilizando-se duas cordas, sendo uma
principal e uma de segurança, ambas controladas de cima, por integrantes da equipe. Portanto
torna-se necessário um treinamento adequado de toda a equipe e uma criteriosa seleção de
equipamentos.
Nós e voltas
Existe uma infinidade de nós e laços, muitos dos quais são de grande utilidade para fins
específicos, enquanto outros são apenas decorativos ou não passam de curiosidade.
Seria interessante e divertido conhecer todos, porém, na prática, vale mais conhecer a
fundo os poucos nós verdadeiramente úteis para o seu fim particular, conhecer sua aplicação
correta e saber fazê-lo sob quaisquer circunstâncias.
Isto é uma verdade, sobretudo no salvamento e resgate técnico, onde a sua vida,
literalmente, poderá depender de um simples nó realizado, por exemplo, sob chuva, a noite,
sem lanterna e a 15 metros do solo...
Características de um bom nó
- Fácil execução;
- Possuir baixa perda de resistência;
- Apresentar o máximo de segurança;
- Apertar sempre que exercer pressão sobre ele;
- Ser fácil de desatar.
Nó, Resistência relativa
Nenhum nó, corda ou fita tensionada diretamente mantém a resistência de 100%.
Resistência dos principais nós utilizados nas operações de resgate:
Azelha em Oito 70 - 75%
Lais da Guia 70 - 75%
Pescador Duplo 65 - 70%
Azelha Simples 60 - 65%
Volta de Fiel 60 - 65%
Nó de Emenda de Fita 60 - 70%
Tipos de nós
Simples(half hitch)
É um nó elementar, raramente utilizado individualmente. É aplicado principalmente em
combinação com outros nós ou como arremate. Popularmente conhecido como nó cego. É um nó
“cavalgante”, isto é, não tranca em contato com superfícies irregulares. Uma de suas versões é
muito utilizada para o fechamento dos anéis de fitas planas ou tubulares
Nó Direito Utiliza-se para unir duas cordas da mesma
espessura.
Nó Direito Alceado
Como o Nó Direito simples é utilizado para unir dois
cabos da mesma espessura, porém possuí uma alça que desata o
nó quando puxada. Geralmente é usado quando o nó direito não é
permanente e precisará ser desfeito mais tarde.
Pescador (simples ou duplo)
Perda de resistência = 25%
Provavelmente é o melhor nó para unir duas cordas, mesmo que sejam de diâmetros
diferentes. É utilizado para fechar o arremate da cadeirinha de Bombeiro.
Obs.: não é aconselhado para unir cabos para descida. Nesse caso recomenda-se o nó oito
enfiado.
Oito Enfiado
Perda de resistência = 20% a 30%.
Tem as mesmas aplicações que o nó de pescador, porém é mais volumoso. É muito
seguro, embora possa ser facilmente desatado, mesmo tendo sofrido forte tensão. É
confeccionado invertendo o sentido de entrada de uma das cordas, é um nó bastante eficiente
para unir cordas de mesmo diâmetro. Muito utilizado para fechar anéis de cordelete.
Nó oito duplo de emenda com uma alça
Volta do Fiel ou Marinheiro
Perda de resistência = 40%.
Um dos nós mais úteis que existe. É usado principalmente como nó de ancoragem,
podendo ser utilizado por intermédio de um mosquetão ou em volta de uma estrutura (metálica
ou de concreto, de uma árvore ou outros locais), por exemplo. Tem a vantagem de poder regular
o comprimento do ponto de ancoragem sem se soltar ou desfazer o nó. Como o boca de lobo
também é utilizado para fixar cordas ou fitas nos mosquetões conectados nos pontos de
ancoragem. Muito usado para confeccionar uma auto-segurança longa. Começa a falhar acima
dos 500 Kg de tensão ou impacto.
Como o boca de lobo também é utilizado para fixar cordas ou fitas nos mosquetões
conectados nos pontos de ancoragem. Muito usado para confeccionar uma auto-segurança longa.
Começa a falhar acima dos 500 Kg de tensão ou impacto. Reduz 50% a resistência das cordas
UIAA
Recomendado pela UIAA (Union Internationale d’Associations d’Alpinisme) para ser
aplicado no mosquetão no momento de dar segurança dinâmica. Devemos tomar muito cuidado
ao executá-lo, pois é muito fácil fazê-lo de maneira errada.
Em caso de emergência, pode ser usado como freio de descida por meio de um
mosquetão.
Tem o grande inconveniente de causar atrito de corda sobre corda, o que no, caso de
queda, poderá levar a um desgaste excessivo. UIAA- nó dinâmico - usado quando a nescessidade
de debriamento na descida. Pode ser utilizado também para tracionamentos (é um meio boca de
lobo).
UIAA confeccionado com a corda dentro do mosquetão.
Valdostain - Nó blocante usado em cordas tensas para emergências
Azelha ou Azelha Simples
Perda de resistência = 50%.
Para fazer uma azelha, a maneira mais fácil é dar um nó simples na corda dobrada. Ao
contrário do que às vezes se afirma, é um nó forte e confiável, tendo como único inconveniente o
fato de ser difícil de desatar depois de ter sido submetido à tensão (em uma corda molhada pode
até ser impossível).
É um nó de ancoragem.
Oito Dobrado ou Azelha Dupla
Perda de resistência = 20% a 30%.
Não tem os inconvenientes do nó de azelha, sendo preferível para as aplicações de
ancoragem e encordoamento.
Nó de Fita ou Nó Duplo
Perda de resistência = 36%.
Poucos nós se mantém satisfatoriamente em fitas, e curiosamente é o nó simples repetido.
Para executá-lo, faz-se numa ponta da fita um nó simples, não muito apertado, passa-se nele a
outra ponta de fita em sentido contrário, seguindo todas as voltas da primeira, e por fim aperta-se
bem. É um nó de grande confiança, porém com o tempo tende a correr um pouco. Recomenda-se
verificá-lo de quando em quando.
10 cm
Prussik
Perda de resistência = 50%.
É um nó autoblocante e bidirecional, muito conhecido e de grande utilidade para os
montanhistas. É simples de fazer até com uma só mão. Tem a particularidade de, sob tensão,
prender-se na corda principal e de correr facilmente uma vez aliviada a tensão. Para ter o seu
máximo efeito, a cordinha (cordelete) de prussik deve ter, mais ou menos, a metade do diâmetro
da corda principal. Quanto mais se aproximam os diâmetros, menos eficaz torna-se o nó. No
caso do nó deslizar, por exemplo, numa corda molhada, pode-se fazer mais voltas.
Marchand
Perda de resistência = 50%.
Também de extrema simplicidade, serve para os mesmos fins que o nó prussik, embora
apenas atuando numa direção (unidirecional), o que pode ter suas vantagens, por exemplo,
quando você estiver puxando uma carga pesada (ou um acidentado) para cima e tiver que evitar
que a mesma desça novamente cada vez que você parar para descansar. Existem outras variantes,
como o marchand bidirecional que aproveita 100% da resistência do cordelete, trabalhando p/
ambos os lados.
Machard entrelaçado
Utilizado para fazer auto-segurança ao rappel, no mínimo deve fazer 7 cruzamentos para
que seja eficaz
Nó Coelho
Perda de resistência = 18%
Este nó se realiza confeccionando um “oito” duplo, inserindo a corda dobrada (duas
alças) e englobando todo o nó com esta mesma alça. Obtém-se, assim, dois anéis de
comprimento regulável. É particularmente útil para suspender cargas elevadas.
Pode ser usado também para suspender duas pessoas num mesmo pedaço de corda.
Também é muito usado em ancoragens.
BOCA DE LOBO
É um dos nós mais utilizados para unir anéis de fita ou corda e fixá-los
diretamente nos pontos de ancoragem naturais. Reduz 50% a resistência das cordas.
Nó de Escota
Utiliza-se para unir duas cordas de diferente espessura.
Nó de Escota Alceado
Mesma utilidade do escota, só que mais fácil de desatar. é muito utilizado
para prender bandeiras na adriça.
Nó de Correr
Serve para fazer uma alça corrediça em uma corda.
Volta da Ribeira
Utilizado para prender uma corda a um bastão (tronco, galhos, etc.) depois
mante-la sob tensão.
Catau
Utiliza-se para reduzir o comprimento de uma corda sem cortá-la. Serve
também para isolar alguma parte danificada da corda, sem deixá-la sob
tensão.
Nó de Arnez
é utilizado para fazer uma alça fixa no meio de uma corda (sem utilizar as
pontas).
Balso pelo Seio
Serve para fazer duas alças fixas do mesmo tamanho em uma corda.
Fateixa
Serve para prender um cabo a uma argola.
Lais de Guia
Utilizado para fazer uma alça fixa (e bastante segura) tendo em mãos
apenas uma ponta da corda.
Volta Redonda com Cotes
Utilizado para prender uma corda a um bastão.
Volta do Salteado
Utilizado para prender uma corda a um bastão, com uma ponta fixa e outra
que quando puxada desata o nó.
Moringa
O Nó de Moringa é utilizado para amarrar um cabo em um gargalo de
garrafa ou jarro. é seguro e resistente.
Nó de Frade
Este Nó é usado para criar um tensor na corda. Pode servir para parar uma
roldana ou auxiliar na subida de uma corda como nó de apoio. Também
pode ser usado para a transmissão de código morse.
Enfardador
O Nó Enfardador permite ser sempre ajustado quando é necessário manter
uma corda ou cabo sempre esticado. Numa falsa baiana, por exemplo, ao
receber muito peso o cabo afrouxa, com este nó é possível estica-lo
novamente com firmeza ser desfazer completamente o nó.
Nó de Cabrestante Duplo
É comumente utilizado para formar uma cadeira improvisada para descida ou subida de
vítimas e socorristas.
Encapeladura simples e dobrada
Usados para formar alças que corram, a simples também é conhecida como algema.
Dicas importantes
1. Todos os nós devem ser aprendidos, para termos ciência de suas características,
dificuldades e falhas.
2. Existem observações de como utilizar um blocante, em que distância e em que
situação é melhor mudar e utilizar outro blocante.
3. Quando utilizarmos cadeirinha, procurar utilizar, se possível, um baudrier, para não se
expor a quedas traumáticas.
4. Ter em mente situações de auto-socorro, quando todos falharem e tudo ficar na sua
dependência, e dos materiais que você escolheu para ter em sua cadeirinha.
5. Devemos estar todos atentos, nos policiando uns aos outros, observando cada nó.
6. Somente a prática faz com que tenhamos segurança em nós mesmos, nos materiais e
em nossa equipe. Pratique! Tire dúvidas! Conteste!
Técnica de segurança
É primordial que tomemos o máximo de cuidado com a nossa segurança e,
principalmente, com a do nosso companheiro, pois um depende do outro.
Dê segurança como se fosse para você mesmo, o menor descuido poderá provocar
conseqüências desagradáveis. Existem diversos tipos de segurança. Aqui citaremos apenas as
mais usadas.
DESCENSORES: ATENÇÃO instalação do freio oito de forma incorreta poderá gerar o boca de
lobo.
DESCENSORES: Nó Boca de Lobo formado no freio oito
DESCENSORES: Montagem em simples "Clássico"
DESCENSORES: Montagem em Simples tipo "VERTACO"
DESCENSORES: Montagem em simples + mosquetão de freio adcicional + segurança no
mosquetão
DESCENSORES: Montagem em simples "Rápido" somente utilizado por profissionais
capacitados
DESCENSORES: Montagem em corda dupla "Clássico" com mosquetão auxiliar de freio tipo
“vertaco”
Sistema para descidas com vítimas sem segurança em solo
DESCENSORES: Montagem em corda dupla "Rápido" com mosquetão de freio auxiliar
DESCENSORES: Freio oito mini resgate aço
DESCENSORES: ATC
DESCENSORES: STOP
DESCENSORES: STOP montagem
DESCENSORES: I'D
Sistema utilizado para descer vítimas sem sair do solo
Sistema com trava quedas utilizado para retirada de vítimas de locais confinados com maca cesto
UIAA
É um tipo de nó autoblocante usado num mosquetão, muito bom para dar segurança
quando bem utilizado (principalmente para participante). Serve para descer uma vitima quando
se tem mosquetões sobrando e carência de aparelho “8”.
DESCENSORES: Nó Dinámico UIAA
DESCENSORES: Para emergências - nó Dinâmico - UIAA
Oito
Aparelho de descida também muito utilizado para dar segurança. Sua utilização permite
que a corda seja liberada gradativamente e se for exigido em uma queda, permitira o bloqueio da
corda imediatamente.
Técnicas de salvamento em Locais Confinados
MVI_0325.AVI
MVI_0326.AVI
MVI_0327.AVI
MVI_0328.AVI
MVI_0329.AVI
Técnica de descida
Existem diversos tipos de descida segura mas, sem dúvida, devemos tomar muito cuidado
no momento que vamos prepará-las, devendo verificar se não há nenhum problema com tudo que
a envolve, para não comprometer a segurança. Desça com calma e suavemente, sem pulos ou
paradas bruscas.
Podemos citar aqui alguns tipos de descida mais usados:
Rapel em “S”
Esta técnica de descida é praticada quando não tivermos nenhum equipamento, mas com
a desvantagem de ser incomoda pela fricção da corda ao redor da perna e do ombro, além de não
oferecer muita segurança.
Para executá-la com segurança, basta seguir os seguintes passos:
- Fixe a corda ao ponto de ancoragem, colocando-se de frente para
o mesmo;
- Faça com que a corda passe entre suas pernas;
- Segure o lado solto da corda que está atrás de você;
- Leve a corda até o ombro direito cruzando-a frente ao tórax,
jogando a mesma para trás;
- Segure com a mão direita o lado da corda que está fixado ao ponto de ancoragem e
com a esquerda o lado que está solto, na altura do quadril. Inicie a descida fazendo com que
deslize suavemente.
Comicci
Nesta descida, não temos o problema de ser tão incômodo quanto o rapel em “S”, mas é
necessário o uso de um baudrier e de um mosquetão de rosca.
Para executá-la com segurança, basta seguir os seguintes passos:
- Fixe a corda ao ponto de ancoragem, colocando-se de frente para
o mesmo;
- Fixe um mosquetão de rosca no baudrier (já vestido), passando por ele a corda;
- Segure o lado solto da corda que está atrás de você;
- Leve a corda até o ombro direito cruzando-a frente ao tórax, jogando a mesma para
trás;
- Segure com a mão direita o lado da corda que está fixado ao ponto de ancoragem e
com a esquerda o lado que está solto, na altura dos quadris. Inicie a descida fazendo com que
deslize suavemente.
Descida com aparelho
São os mais utilizados no momento, sendo bem mais confortáveis e seguros, além de
oferecerem a possibilidade de serem controlados por outro escalador colocado no final da corda,
podendo o mesmo travar a descida e blocar o aparelho com a corda.
Pode-se virar de cabeça para baixo ou rapelar de frente (rapel aranha).
Ao utilizar um aparelho, é aconselhável fazer um nó na ponta da corda, para garantir a
segurança, principalmente do primeiro a descer.
Fator de queda
É a relação entre a distância de queda e o comprimento total da corda de ancoragem
usada para bloquear esta queda. Calcula-se o fator de queda para estimar a força de impacto
sobre a corda quando submetida ao bloqueio de um corpo em queda.
O fator de queda é calculado dividindo o comprimento de queda pelo comprimento da
corda entre o trabalhador e o ponto de fixação.
Durante a montagem pense nos atritos: faça fracionamentos.
Pense na possível ruptura da amarração: fator de queda.
Sistema de segurança
É o conjunto de todos os elementos utilizados para execução de um trabalho com
segurança. Inclui o treinamento, plano de trabalho, plano de resgate e os equipamentos.
Sistema de ancoragem
É todo o sistema de fixação dos elementos de segurança às estruturas fixas disponíveis,
que são denominadas PONTOS DE ANCORAGEM.
Ponto de ancoragem
É o local onde são realizadas amarrações e fixação de sistema de segurança. Existem
basicamente dois tipos de sistema de ancoragem:
Sistema de ancoragem em série – utiliza um único ponto de ancoragem para sustentação
do sistema de segurança. Sempre são montados um ou mais pontos adicionais.
Sistema de ancoragem em paralelo – utiliza dois ou mais pontos de ancoragem
simultaneamente como forma de distribuir a carga aplicada ao sistema de segurança.
Equipamentos
EPI – Equipamento de Proteção Individual. São equipamentos de uso individual
destinados à proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
Exemplos de EPI's:
Cinto de segurança tipo pára-quedista – utilizado para proteger contra quedas.
Talabarte – é um tirante limitador de movimentos, utilizado também para posicionamento
em alturas e segurança.
Mosquetão – é uma peça metálica utilizada com conector em sistemas de segurança.
Freios e descensores – equipamento de descida em cordas que possibilita o controle da
velocidade durante a descida.
Polias – peças metálicas utilizadas como roldanas para montagem de sistemas. Evitam o
atrito das cordas durante a realização de resgates ou movimentação de cargas.
Cadeirinha (cinto abdominal) – cinto tipo cadeira utilizado para posicionamento e para
descida em cordas.
Blocantes e ascensores – são equipamentos de bloqueio e permitem o movimento em
cordas somente numa direção.
Capacetes – são equipamentos de proteção individual. Seu uso é obrigatório. Deve ser
leve e resistente.
Luvas – EPI de uso obrigatório. Visam evitar queimaduras por atrito durante o manuseio
de cordas.
Importante
Os trabalhos realizados em planos elevados e alturas superiores a 2 metros, devido aos
riscos envolvidos, requerem um treinamento prático e intensivo para que os trabalhadores
estejam familiarizados com as técnicas de segurança e com equipamentos específicos para
ancoragem e movimentação em estruturas.
Algumas Definições
Ancoragem APB: ancoragem à prova de bomba. Trata- se de uma ancoragem robusta
visando que a mesma não sofra qualquer abalo, nem mesmo quando receber a maior carga
esperada pelo sistema.
Anjo da guarda: termo usado para designar o companheiro que fica no solo para
tensionar a corda, caso o trabalhador vir a descer com muita violência. Fundamental em fases de
aprendizado.
Back-up: pontos de ancoragem adicionais montados para aumentar a segurança do
sistema.
Cinto de segurança ou cinturão ou harnês: cinto de proteção contra quedas ou em
casos de parada nas quedas. Para execução de trabalhos deve-se utilizar o cinto tipo pára-
quedista, atendendo as normas impostas pelo Ministério do Trabalho.
EPC: Equipamento de Proteção Coletiva.
EPI: Equipamento de Proteção Individual.
Fator de queda: é a relação entre a distância de queda e o comprimento total da corda
usada para bloquear esta queda.
Linha de vida: cabo ou corda (horizontal ou vertical) no qual o indivíduo é fixado
através de um trava-quedas ou blocante, a fim de bloquear eventuais quedas.
MTE: Ministério do Trabalho.
NR: Normas Regulamentadoras.
Ponto de ancoragem: local da estrutura que oferece sustentação para os sistemas de
segurança contra quedas. É onde são aplicadas as forças no caso de uma queda, tração,
suspensão ou posicionamento.
Posicionamento: ação de posicionar-se no ponto de trabalho, fixando-se através de
talabarte ou corda, para execução de atividade.
Rappel: técnica de descida por cordas.
Sistemas de ancoragem: são formas de fixar os sistemas de segurança nas estruturas
através de montagens e uso de equipamentos de fixação.
Sistema de segurança: associação de técnicas profissionais de proteção contra quedas
com o uso de equipamentos adequados e treinamento específico. Tem como objetivo tornar ágil
e seguro o trabalho em locais de difícil acesso.
Talabarte: dispositivo de ancoragem que envolve a estrutura, utilizado para
posicionamentos.
Tirante: dispositivo de ancoragem que prende-se na estrutura, utilizado para
deslocamentos.
SVM: Sistema de Vantagem Mecânica. Utilizando-se dos princípios da Física, esse
sistema reduz o esforço físico em até 75 %. É montado com polias, blocantes e cordas em linha.
Muito aplicado para movimentação de cargas e içamento de pessoas, pois não envolve
maquinário e o seu controle é mais preciso.
Trabalho em Arvores - Posicionamento para Poda
Conclusão
Senhores, o maior risco, a que estamos expostos, resulta da ignorância, do
desconhecimento, acerca da atividade a ser desenvolvida. Já o maior perigo que corremos resulta
da falta desta consciência.
Não Importa...
Não importa qual seja o obstáculo,
O melhor da vida é tentar...
Não importa qual seja a distancia,
O melhor da vida é sempre caminhar...
Não importa qual seja o futuro,
O melhor da vida é sonhar...
Não importa qual seja a tristeza,
O melhor da vida é sorrir...
Não importa qual seja o medo,
O melhor da vida é sempre enfrentar...
Não importa qual seja o preço,
O melhor da vida é sempre pagar...
Não importa qual seja o prêmio,
O melhor da vida é sempre ganhar...
Não importa qual e quantos sejam os problemas,
O melhor da vida é sempre viver!!!

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Barreiras de proteção dos trabalhadores da construção
 

Salvamento e resgate vertical

  • 1. SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA Os centros urbanos apresentam numerosas estruturas verticais, concebidas para as mais diversas finalidades, de dimensões variadas. No meio rural não é diferente, onde as empresas apresentam instalações cada vez maiores, destinadas à produção e ao armazenamento, como é o caso dos silos, por exemplo, projetados para armazenarem cereais. São locais elevados, onde eventualmente há a necessidade se realizar alguma atividade, como por exemplo, pintura de fachadas, instalações e manutenção elétricas diversas, substituição de elementos da estrutura, inspeção, entre outras. Para esses fins, o local e o acesso são sempre difíceis. Um exemplo claro de risco permanente é a construção civil (prédios e montagem industrial, por exemplo). A todo o momento o trabalhador esta sujeito a um acidente. Esse fato é agravado pelas condições de trabalho brasileiras, em que as leis e normas de trabalho são facilmente ignoradas. Onde regras básicas de saúde e segurança do trabalho são encaradas, por exemplo, como “atraso na produção”, “despesa extra” e/ou mera “formalidade legal” por parte dos empregadores e “perda de tempo”, “frescura”, “desconforto” e/ou “perda do tato” por parte dos empregados, resultando em negligencia generalizada. É bem verdade que pra toda regra há exceção. Existem empregadores (empresas) e empregados (funcionários) que cumprem de forma exemplar a lei. O interessante é que nesse caso, o fazem por convicção. Todavia, há que se considerar a necessidade de se atender uma ou mais vitimas em situação de perigo iminente, necessitando ou não de atenção clinica ou traumática, em áreas elevadas de difícil acesso urbanas (edificações residenciais, comerciais, industriais, etc.) e rurais (íngremes, montanhosas, edificações agroindustriais, pontes, etc). O Salvamento e o Resgate Técnico Salvamento consiste em livrar de risco ou perigo iminente, pessoa ou animal, ileso, que se encontre nesta condição por força das circunstancias e/ou das adversidades do ambiente, colocando-a em segurança. Resgate Técnico consiste em recuperar de local de difícil acesso, por meio de técnicas e procedimentos especiais, pessoa que necessite de atendimento pré-hospitalar, clinico ou traumático, estabilizando-a adequadamente para o transporte (remoção) do local, removendo-a para local seguro ou hospital.
  • 2. Histórico Quanto às origens das técnicas de resgate vertical, temos o alpinismo como base. Após a conquista do Mont Blanc, em 1786, houve um aumento das atividades em montanha e com isto um aumento do número de vítimas. As primeiras unidades de salvamento foram criadas no início do século XIX, na região de Chamonix, na França, e nos Alpes suíços. Com o desenvolvimento vertical no meio urbano, ocorrido a partir de 1930 e os acidentes em edifícios a partir de então, a 2a Guerra Mundial e, principalmente, o aumento de acidentes em atividades esportivas, surgiu à necessidade de pessoas habilitadas e capacitadas tecnicamente para a realização de resgate e atendimento de primeiros socorros em locais de difícil acesso. A necessidade de um atendimento rápido no próprio local, fez com que os próprios participantes atuassem como socorristas, surgindo daí as primeiras equipes de resgate. O rapel Para alguns, um esporte, para outros, uma ferramenta de trabalho, para outros tantos, ambas as coisas, desperta na maioria das pessoas um sentimento de medo, talvez por pensarem em algo extremamente perigoso, arriscado onde pessoas se penduram à beira de abismos, pontes ou prédios. É certo que o rapel é uma atividade de risco, mas poderá lhe proporcionará sensações e imagens indescritíveis. Essas sensações serão ainda maiores se empregado como ferramenta de trabalho, onde você poderá salvar uma vida ou colocar uma pessoa em segurança. Comportamento Para uma boa prática do rapel é necessário respeito aos seus limites, ética, sentimento (e comportamento) ecológico e principalmente espírito de grupo, pois nas alturas não há espaço para brincadeiras e individualismo. É preciso estar sempre atento para si e para seus companheiros, pois se trata de uma atividade, quer seja esportiva ou de trabalho, onde o coletivo (Equipe) e o solidário (cooperação) são fatores fundamentais e decisivos onde um sempre dependerá do outro para o êxito da mesma. Finalidade
  • 3. Os adeptos dos esportes radicais empregam o rapel como forma de lazer e de aventura na busca por descargas adrenérgicas e de novas paisagens. Mais recentemente tem sido utilizado, e cada vez mais, para colocar um determinado profissional em local estratégico para a realização de tarefas especificas nas mais diversas situações, dentro de empresas, na construção civil, na área de comunicação visual, entre outras. Porém, para nós Bombeiros, o rapel, entre outras técnicas verticais, têm um objetivo mais especifico – e importante – que é permitir que nossas equipes de socorro pré-hospitalar acessem locais elevados, encostas, espaços confinados, etc., e realizem o resgate e transporte de uma vítima, sem agravar suas lesões, fornecendo Suporte Básico de Vida (SBV) em todas as fazes da operação. Planejamento O sucesso de uma atividade, seja esportiva, de trabalho ou de resgate, está diretamente relacionado ao planejamento preliminar. Este planejamento consiste em: - Avaliar tecnicamente a atividade a ser realizada; - Determinar os recursos humanos (Equipe), em quantidade e capacidade suficientes, reconhecendo suas limitações; - Reunir e conferir o material a ser utilizado, sem esquecer o indispensável (avalie bem e não se sobrecarregue com o desnecessário); É preciso estar preparado para eventualidades como chuva, frio ou calor, que podem acarretar atrasos ou impor dificuldades extras à atividade. Ao se sair para atividades de rapel esportivo, de trabalho ou resgate, deve-se comunicar para onde vai, a duração prevista, o número de pessoas envolvidas e telefone para contato. Não é, necessariamente, o nosso caso já que a SOp devera estar ciente e ter o controle da movimentação da guarnição de socorro. Segurança Para trabalhos em altura, é obrigatória a utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual), bem como, de EPC (equipamento de proteção coletiva), necessários à segurança do pessoal.
  • 4. Cada integrante é elo fundamental para o sucesso da operação, além do que, estamos falando de vida(s)... Um membro da equipe lesionado significa perda daquela mão de obra especializada e mais uma vitima a ser atendida. É complicação em dobro. É necessário o aprimoramento das técnicas de segurança e a conscientização de todos no cuidado e acondicionamento de EPIs, de maneira que estejam sempre em condições de serem utilizados. Os equipamentos de resgate e salvamento devem estar sempre em condições de pronto emprego. O trabalhador (bombeiro) e/ou esportista deverá ter condições físicas, técnicas e emocionais para executar atividades de resgate. É de fundamental importância a realização de exames médicos periódicos com objetivo de se evitar acidentes, pois os portadores de cardiopatias, labirintites e acrofobia (medo mórbido de altura). Por exemplo, a princípio, não devem executar serviços em planos elevados. Lembre-se: - Resgate técnico é uma atividade de alto risco! - Não menospreze as mínimas informações. Tudo tem uma finalidade, uma razão e um por que; - Revise sempre seu equipamento e os de sua equipe; - A responsabilidade pela utilização das técnicas e dos equipamentos é sua; - Nunca fique perto de abismos, sem segurança; - Mantenha a equipe informada sobre seu grupo sangüíneo, alergias, uso de medicamentos, cirurgias já realizadas e outras informações que julgar necessárias; - Nunca fique em dúvida. Repense (reconsidere) seu procedimento. Pergunte sempre! Material e/ou Equipamento “Até mesmo os macacos mais experientes podem cair das árvores.” (provérbio chinês).
  • 5. Antes de adquirir qualquer material, devemos estar certos de que é de boa qualidade, que possua CA do MTE (ministério do trabalho e emprego) e que realmente poderá ser bem utilizado, sendo de uso simples, mas eficiente. É dispensável adquirir um determinado material, mais sofisticado, que na realidade não servirá para nada além de valorizar seu equipamento e de representar um peso a mais na mochila. SUA VIDA DEPENDE DO SEU MATERIAL, por isso cuide bem dele. Certifique-se de que o mesmo esteja sempre em boas condições e pronto para uso. Quando digo “seu” material estou me referindo também, e principalmente, ao material que é carga da viatura ou instituição, pois quando outro colega de trabalho for usá-lo, em uma nova emergência ou treinamento, não terá como saber que tipo de agressão o mesmo sofreu. É importante lembrar que nossa vida profissional é cíclica. Hoje usei de forma inadequada, nociva, determinado equipamento e o guardei sem manutenção. Amanhã outra pessoa poderá usá-lo e estar exposta a um risco desnecessário e traiçoeiro. Passado algum tempo, você poderá ter que utilizá-lo novamente. Como você irá se sentir? Tranqüilo. Se tiver juízo, duvido! Bom, existem normas que regulam a utilização, capacidade e finalidade desses materiais, as quais eu citarei neste material. A seguir apresentarei o material de uso mais freqüente. Embora ocorram modificações freqüentes devido ao aprimoramento das técnicas e, consequentemente, da tecnologia empregada na confecção dos mesmos, fica aqui o referencial. Vestuário As roupas não devem ser muito justas, pois podem limitar os movimentos, da mesma forma que roupas largas demais podem atrapalhar e oferecer riscos. Tenha cuidado para que as mesmas não interfiram com a função dos equipamentos, como por exemplo, entrando com a corda no freio “oito” ocasionando um bloqueio indesejado ou perigoso. Iluminação Em se tratando de atendimento de ocorrência pelo Corpo de Bombeiros, a iluminação deveria ser considerada um sistema, composto pelos meios existentes na própria viatura, por um gerador de corrente elétrica, extensões, torres ou suportes para faroletes fixos e faroletes móveis.
  • 6. É importante que se disponha de lanterna(s) de uso coletivo, com boa capacidade de iluminação. São preferíveis as de duas pilhas (médias ou grandes). Da mesma forma, é importante que cada membro da equipe disponha de uma lanterna para cabeça, de uso individual. Nesse caso, as lanternas dotadas de LEDs são as mais indicadas. Dependendo da duração do evento leve pilhas reservas. Intempérie As equipes devem estar dotadas de capa de chuva especial, adequada a atividade, com tratamento impermeabilizante. Para o frio, abrigo apropriado ao trabalho, que seja quente e não volumoso. Kit de Primeiros Socorros Toda equipe de resgate, via de regra, deve ser dotada de uma bolsa de primeiro atendimento. Essa bolsa ou mochila (preferível), que precisa ser resistente, prática e impermeável. Deve conter:  EPI (luvas de procedimento, óculos de proteção e mascara cirúrgica);  Reanimador manual (ambú);  Conjunto de cânula de guedel;  Tesoura;  Pinça;  Talas de papelão;  Ataduras e gazes;  500 ml de soro fisiológico 0,9%;  Fita adesiva e esparadrapo; e  Duas bandagens triangulares. Obs.: esta é uma configuração mínima (básica) e não necessariamente definitiva. Quando em operação, se necessário, a equipe usara em beneficio próprio os matérias desta mesma bolsa.
  • 7. Se você for praticar o rapel de forma desportiva, a laser ou a trabalho, é recomendável que providencie um pequeno kit de primeiros socorros. Hidratação Deve possuir um recipiente para armazenar água com capacidade suficiente para atender as necessidades da equipe. Recomenda-se no mínimo 01 litro d’água. Um cantil é uma boa escolha. Calçado Deve ajustar-se ao pé confortavelmente e o solado deve ser aderente (antiderrapante), de maneira que não permita escorregões. Existem calçados especialmente desenhados para este fim. Cinto de salvamento É um tipo de “cadeirinha”, projetada para sustentar o bombeiro, proporcionando segurança e conforto, durante as operações de salvamento e resgate. O modelo varia de acordo com o fabricante. Atualmente esta se tornando comum a utilização do “baudrier” ou “cadeirinha”. Baudrier ou Cadeirinha É um tipo de cinto de segurança, utilizada inicialmente por alpinistas, projetado para distribuir o impacto de quedas e proporcionar conforto ao escalador durante a ascensão. Existem basicamente dois tipos: Integral e Cadeirinha. Há também a possibilidade de se montar um conjunto a partir de acessórios.
  • 8. Cadeirinha simples Cadeirinha Integral Simples c/ peitoral e talabartes As cadeirinhas também podem ser confeccionadas com cabos solteiros de 10 a 12 mm, embora não sejam tão confortáveis. Existem dois tipos básicos:  Japonesa: é segura por apresentar bom arremate e ajuste ao corpo, sendo indicada para o Resgatista (Bombeiro), é um nó simples e rápido de atar quando se precisa subir ou descer uma pessoa de uma árvore, barranco ou outro ponto;  Belga (ou rápida): de menor segurança, mas maior facilidade e rapidez de aplicação sendo indicada para a vítima. MVI_0329.AVI Mosquetão Anel de duralumínio ou aço, com mola que se fecha automaticamente, usado para segurança individual, costuras, etc.
  • 9. Existem diversos tipos de mosquetões, com cargas de ruptura diferentes, onde cada um deles apresenta vantagens e desvantagens, de acordo com a finalidade para a qual foi concebido. Para segurança individual e outras situações que exijam um alto nível de segurança (descida, segurança com oito, etc.) utilizamos mosquetões com rosca (impede a abertura do mesmo), podendo ser de base larga ou não. Alguns modelos possuem trava automática. Cabo Solteiro Corda de segurança individual com ± 5 m de comprimento e ± 10 mm de espessura. Quando fixada no cinto ou baudrier, se destina a prender ou “costurar” o bombeiro a um ponto de segurança. Pode cumprir outras finalidades como servir de cadeirinha, por exemplo. foto Oito Aparelho com formato de um oito que se destina a descida e segurança. A parte da corda que envolve o aparelho na parte central pode deslizar e formar um nó boca de lobo, o que é uma falha neste equipamento. Caso isso aconteça a descida se torna impossível e pode ter graves conseqüências: caso ocorra em um lugar perigoso, como uma cachoeira. Existem equipamentos de descensão que não oferecem esse risco e possuem outros recursos.
  • 10. DESCENSORES: I'D DESCENSORES: STOP DESCENSORES: ATC Cordelete ou Cordin Corda de  8 mm de diâmetro e cerca de 1,5m de comprimento usada para vários fins, como confecção de nós autoblocantes (prussik, marchand, Bakmam etc), usados em ascensão e segurança. É recomendável ter pelo menos um par preso ao baudrier para uso imediato. Mochilas Mochila de Ataque: Utilizada em operações onde a quantidade de material é reduzida. Mochila Cargueira: Outros descensores
  • 11. Ao contrário das mochilas de ataque, é usada quando se transporta grande quantidade de material e alimentação (se for o caso). Retinida Corda de aproximadamente 5 mm de diâmetro, de boa resistência, e de comprimento variável, conforme a necessidade. Usada para rebocar material ou passar um cabo principal (corda de trabalho). Costuras Usado para unir temporariamente dois pontos, por exemplo, em segurança. Costura Normal: MOSQUETÃO + FITA Costura Expressa: MOSQUETÃO + FITA + MOSQUETÃO Escadinha (estribo) Artefato de corda e duralumínio usado em escaladas artificiais. CAPACETE Utilizado para proteção, durante as atividades em altura, em caso de quedas do bombeiro ou de materiais (pedras, ferramentas, pedaços de madeira, etc.) diversos. Deve ser leve, de
  • 12. material bastante resistente e preso à cabeça por jugular. É recomendável constar o nome do bombeiro e o tipo sangüíneo. Luvas de Couro (Vaqueta) Devem ser resistentes e apropriadas para a atividade. Podem ser com ou sem reforço e deve se ajustar confortavelmente a mão do bombeiro para permitir maior sensibilidade (tato) e manejo. Óculos Destinado a proteger os olhos contra partículas e objetos, preservando a integridade e autonomia do resgatista. Apito Dependendo do local, servira para alertar um companheiro ou para comunicação mediante convenção prévia. Canivete Serve para situações de emergência, onde o bombeiro poderá ter que cortar uma corda para se safar ou liberar uma vitima, entre outras coisas. Polias e roldanas Peças utilizadas com a finalidade de redução de carga, facilitando assim o içamento. Trata-se de equipamentos extremamente úteis para reduzir o atrito em diversas manobras. Deve- se ter muita atenção para a carga usada e no mosquetão adequado para que não haja torção da
  • 13. roldana fazendo com que à mesma desmonte. Há uma variedade desses equipamentos e sua aplicação é variável segundo a necessidade de cada atividade, como vemos abaixo. Cordas As cordas podem ser classificadas basicamente em dois tipos: dinâmicas e estáticas. Cordas dinâmicas: normalmente usadas em escaladas, pois são dotadas de uma elasticidade bastante elevada. Esta elasticidade serve para absorver o impacto de uma queda. No montanhismo as cordas possuem em média 50 m com diâmetro aproximado de 10,5 mm. Cordas estáticas: as cordas estáticas são dotadas de uma elasticidade muito inferior às cordas dinâmicas e não são concebidas para assegurar quedas. Em caso de queda muito grande
  • 14. os esforços na corda podem ser fatais. Em contrapartida, elas permitem ações muito precisas nas fazes de manobra e rapel, sendo muito usadas em operações de salvamento e resgate. Cuidados com a corda  As cordas devem ser periodicamente lavadas (com sabão neutro);  Devem secar a sombra;  Deve-se mantê-las afastadas de produtos químicos, corrosivos, etc.;  Cada corda deve ter uma ficha com seu histórico, onde depois de cada operação deve ser anotada a data e o tipo de atividade;  Nunca devem ser guardadas molhadas;  Cada corda deve ser sempre vistoriada, antes e após o uso. Em caso de dano, a corda deve ser cortada no local (dano isolado) para reaproveitamento das partes restantes e assim evitar acidentes (rupturas);  Devem estar sempre bem acondicionadas;  Deve-se fazer falcaça nas pontas (chicotes) para evitar que desfiem; e  NUNCA! NUNCA devem ser usadas para outro fim que não o de salvamento e resgate, como por exemplo, sustentar e/ou tracionar cargas diversas do tipo (tronco de árvores, motores, rebocar veículos, etc.). Formas de preparo das cordas para acondicionamento e transporte: Embobinamento simples
  • 15. Para cordas com até 30 m. Embobinamento para transporte às costas Para cordas com mais de 50 m Para cordas com até 50 m. Termos usuais referentes às cordas Para se aprender, ensinar e trabalhar adequadamente com uma corda é importante que se denomine e conheça cada parte de sua extensão e conforme sua apresentação em dado momento. Por exemplo: - Chicote: é extremidade da corda e com o qual, geralmente, se executa o nó;
  • 16. - Falcaça: é o arremate nas extremidades de uma corda com o objetivo de impedir que ela se desfaça (desfie); - Seio: meio da corda; - Cocas: são voltas que surgem eventualmente em uma corda (por falta de um destorcedor, por exemplo); - Permear: dobrar a corda ao meio (dividindo), juntando os chicotes. Distorcedores Equipamentos destinados a evitar torção na corda, prevenindo acidentes e eventuais danos a mesma. Ancoragens Ancoragem é o ponto ou conjunto de pontos onde a corda é fixada, seja em grampos, chapeletas, imóvel, árvores, estrutura metálica, prédios, etc. Aspectos importantes a serem observados nas ancoragens:  Observar que muitos pontos tendem a danificar a corda ou fitas da ancoragem, por isso deve-se cobrir tais pontos com lonas, mangueiras, etc.;  Avaliar a direção para onde a corda está sendo tracionada;
  • 17.  Só usar pontos de ancoragens de procedência e histórico conhecido;  Observar a distribuição da corda nos pontos (equalização). Isto evita que a carga se concentre apenas em um ponto;  O ângulo não deve ser superior a 90o entre os pontos;  Respeitar uma distancia mínima de 20 cm entre os pontos e rachaduras, etc.  O ideal é ter 3 pontos e no mínimo 2 pontos de ancoragens. Tipos de ancoragens Naturais São as encontradas na própria natureza, como árvores, pedras, etc. Artificiais São aquelas introduzidas pelo homem, como grampos, chumbadores, estrutura de concreto ou madeira, chassi de veículo, etc. Atenção O ponto de partida para qualquer ancoragem complexa não é criar um ângulo muito grande entre as pernas do sistema de ancoragem. Idealmente, este ângulo não pode ultrapassar os 90o , e nunca deve exceder 120o . A partir deste ângulo, as forças em cada perna da ancoragem serão maiores que a carga que está sendo sustentada. Esta regra serve também para TIROLESAS. Relação entre Ângulos e Cargas Ângulos (lados do triangulo) Carga em cada ponto 30º 52% 60º 58% 90º 71% 120º 100% 150º 193%
  • 18. 160º 290% 180º Infinito... Repartição ou divisão de esforços sobre as amarrações em função do ângulo. Equalização entre duas ancoragens. O nó reduz o choque em caso de ruptura de um dos pontos. Equalização entre três pontos de ancoragem. Existem diversos equipamentos destinados à ancoragem, sendo as fitas e talabartes de ancoragem, os mais empregados.
  • 19. Dois pontos com equalização Três pontos com equalização Segundo ponto como segurança Equalização perfeita, nunca maior que 60º Três pontos equalizados Triangulo_de_fuerzas_semi_bloqueado.wmv
  • 20. MOSQUETÕES: CORRETO carga no sentido bidirecional MOSQUETÕES: INCORRETO carga em multiplos sentidos Alem desses equipamentos, temos as placas multiplicadoras de ancoragem, que tem por finalidade ligar e sustentar mais de uma carga independente, a partir de um ponto de ancoragem principal. Tripé Usado para salvamento e resgate em poço, é muito útil e versátil, sendo de emprego limitado a uma superfície plana e estável para seu perfeito apoio e sustentação.
  • 21. Serve para descer e içar o resgatista ou trabalhador em poço e o seu material como também para içar uma vitima por meio de cadeirinha ou imobilizada em maca. Macas São, em sua maioria, equipamentos rígidos destinados à imobilização e ao transporte adequado de uma vitima. Podem ser confeccionados em diversos materiais, tais como: madeira (compensado naval), PVC, metal (alumínio, aço, etc.), resinas diversas, etc. Para cada caso um equipamento diferente, mas com o mesmo objetivo: imobilizar adequadamente a vitima, garantindo transporte seguro, tanto no resgate quanto na remoção em ambulâncias ou no intra- hospitalar.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Descida de Maca com Acompanhante Quando as condições da vítima exigir uma assistência constante, ou o terreno do resgate for acidentado ou irregular e que não permita uma descida livre e desimpedia da maca, torna-se necessário o acompanhamento de um assistente médico ou um resgatista juntamente com a maca. Nestas condições, a descida da maca é efetuada utilizando-se duas cordas, sendo uma principal e uma de segurança, ambas controladas de cima, por integrantes da equipe. Portanto torna-se necessário um treinamento adequado de toda a equipe e uma criteriosa seleção de equipamentos. Nós e voltas Existe uma infinidade de nós e laços, muitos dos quais são de grande utilidade para fins específicos, enquanto outros são apenas decorativos ou não passam de curiosidade. Seria interessante e divertido conhecer todos, porém, na prática, vale mais conhecer a fundo os poucos nós verdadeiramente úteis para o seu fim particular, conhecer sua aplicação correta e saber fazê-lo sob quaisquer circunstâncias.
  • 25. Isto é uma verdade, sobretudo no salvamento e resgate técnico, onde a sua vida, literalmente, poderá depender de um simples nó realizado, por exemplo, sob chuva, a noite, sem lanterna e a 15 metros do solo... Características de um bom nó - Fácil execução; - Possuir baixa perda de resistência; - Apresentar o máximo de segurança; - Apertar sempre que exercer pressão sobre ele; - Ser fácil de desatar. Nó, Resistência relativa Nenhum nó, corda ou fita tensionada diretamente mantém a resistência de 100%. Resistência dos principais nós utilizados nas operações de resgate: Azelha em Oito 70 - 75% Lais da Guia 70 - 75% Pescador Duplo 65 - 70% Azelha Simples 60 - 65% Volta de Fiel 60 - 65% Nó de Emenda de Fita 60 - 70% Tipos de nós Simples(half hitch) É um nó elementar, raramente utilizado individualmente. É aplicado principalmente em combinação com outros nós ou como arremate. Popularmente conhecido como nó cego. É um nó “cavalgante”, isto é, não tranca em contato com superfícies irregulares. Uma de suas versões é muito utilizada para o fechamento dos anéis de fitas planas ou tubulares
  • 26. Nó Direito Utiliza-se para unir duas cordas da mesma espessura. Nó Direito Alceado Como o Nó Direito simples é utilizado para unir dois cabos da mesma espessura, porém possuí uma alça que desata o nó quando puxada. Geralmente é usado quando o nó direito não é permanente e precisará ser desfeito mais tarde. Pescador (simples ou duplo) Perda de resistência = 25% Provavelmente é o melhor nó para unir duas cordas, mesmo que sejam de diâmetros diferentes. É utilizado para fechar o arremate da cadeirinha de Bombeiro. Obs.: não é aconselhado para unir cabos para descida. Nesse caso recomenda-se o nó oito enfiado.
  • 27. Oito Enfiado Perda de resistência = 20% a 30%. Tem as mesmas aplicações que o nó de pescador, porém é mais volumoso. É muito seguro, embora possa ser facilmente desatado, mesmo tendo sofrido forte tensão. É confeccionado invertendo o sentido de entrada de uma das cordas, é um nó bastante eficiente para unir cordas de mesmo diâmetro. Muito utilizado para fechar anéis de cordelete. Nó oito duplo de emenda com uma alça
  • 28. Volta do Fiel ou Marinheiro Perda de resistência = 40%. Um dos nós mais úteis que existe. É usado principalmente como nó de ancoragem, podendo ser utilizado por intermédio de um mosquetão ou em volta de uma estrutura (metálica ou de concreto, de uma árvore ou outros locais), por exemplo. Tem a vantagem de poder regular o comprimento do ponto de ancoragem sem se soltar ou desfazer o nó. Como o boca de lobo também é utilizado para fixar cordas ou fitas nos mosquetões conectados nos pontos de ancoragem. Muito usado para confeccionar uma auto-segurança longa. Começa a falhar acima dos 500 Kg de tensão ou impacto. Como o boca de lobo também é utilizado para fixar cordas ou fitas nos mosquetões conectados nos pontos de ancoragem. Muito usado para confeccionar uma auto-segurança longa. Começa a falhar acima dos 500 Kg de tensão ou impacto. Reduz 50% a resistência das cordas
  • 29. UIAA Recomendado pela UIAA (Union Internationale d’Associations d’Alpinisme) para ser aplicado no mosquetão no momento de dar segurança dinâmica. Devemos tomar muito cuidado ao executá-lo, pois é muito fácil fazê-lo de maneira errada. Em caso de emergência, pode ser usado como freio de descida por meio de um mosquetão. Tem o grande inconveniente de causar atrito de corda sobre corda, o que no, caso de queda, poderá levar a um desgaste excessivo. UIAA- nó dinâmico - usado quando a nescessidade de debriamento na descida. Pode ser utilizado também para tracionamentos (é um meio boca de lobo). UIAA confeccionado com a corda dentro do mosquetão.
  • 30. Valdostain - Nó blocante usado em cordas tensas para emergências Azelha ou Azelha Simples Perda de resistência = 50%. Para fazer uma azelha, a maneira mais fácil é dar um nó simples na corda dobrada. Ao contrário do que às vezes se afirma, é um nó forte e confiável, tendo como único inconveniente o fato de ser difícil de desatar depois de ter sido submetido à tensão (em uma corda molhada pode até ser impossível). É um nó de ancoragem. Oito Dobrado ou Azelha Dupla Perda de resistência = 20% a 30%. Não tem os inconvenientes do nó de azelha, sendo preferível para as aplicações de ancoragem e encordoamento.
  • 31. Nó de Fita ou Nó Duplo Perda de resistência = 36%. Poucos nós se mantém satisfatoriamente em fitas, e curiosamente é o nó simples repetido. Para executá-lo, faz-se numa ponta da fita um nó simples, não muito apertado, passa-se nele a outra ponta de fita em sentido contrário, seguindo todas as voltas da primeira, e por fim aperta-se bem. É um nó de grande confiança, porém com o tempo tende a correr um pouco. Recomenda-se verificá-lo de quando em quando. 10 cm
  • 32.
  • 33.
  • 34. Prussik Perda de resistência = 50%. É um nó autoblocante e bidirecional, muito conhecido e de grande utilidade para os montanhistas. É simples de fazer até com uma só mão. Tem a particularidade de, sob tensão, prender-se na corda principal e de correr facilmente uma vez aliviada a tensão. Para ter o seu máximo efeito, a cordinha (cordelete) de prussik deve ter, mais ou menos, a metade do diâmetro da corda principal. Quanto mais se aproximam os diâmetros, menos eficaz torna-se o nó. No caso do nó deslizar, por exemplo, numa corda molhada, pode-se fazer mais voltas.
  • 35. Marchand Perda de resistência = 50%. Também de extrema simplicidade, serve para os mesmos fins que o nó prussik, embora apenas atuando numa direção (unidirecional), o que pode ter suas vantagens, por exemplo, quando você estiver puxando uma carga pesada (ou um acidentado) para cima e tiver que evitar que a mesma desça novamente cada vez que você parar para descansar. Existem outras variantes, como o marchand bidirecional que aproveita 100% da resistência do cordelete, trabalhando p/ ambos os lados. Machard entrelaçado Utilizado para fazer auto-segurança ao rappel, no mínimo deve fazer 7 cruzamentos para que seja eficaz
  • 36. Nó Coelho Perda de resistência = 18% Este nó se realiza confeccionando um “oito” duplo, inserindo a corda dobrada (duas alças) e englobando todo o nó com esta mesma alça. Obtém-se, assim, dois anéis de comprimento regulável. É particularmente útil para suspender cargas elevadas. Pode ser usado também para suspender duas pessoas num mesmo pedaço de corda. Também é muito usado em ancoragens.
  • 37. BOCA DE LOBO É um dos nós mais utilizados para unir anéis de fita ou corda e fixá-los diretamente nos pontos de ancoragem naturais. Reduz 50% a resistência das cordas. Nó de Escota Utiliza-se para unir duas cordas de diferente espessura. Nó de Escota Alceado Mesma utilidade do escota, só que mais fácil de desatar. é muito utilizado para prender bandeiras na adriça. Nó de Correr Serve para fazer uma alça corrediça em uma corda. Volta da Ribeira Utilizado para prender uma corda a um bastão (tronco, galhos, etc.) depois mante-la sob tensão. Catau Utiliza-se para reduzir o comprimento de uma corda sem cortá-la. Serve também para isolar alguma parte danificada da corda, sem deixá-la sob tensão.
  • 38. Nó de Arnez é utilizado para fazer uma alça fixa no meio de uma corda (sem utilizar as pontas). Balso pelo Seio Serve para fazer duas alças fixas do mesmo tamanho em uma corda. Fateixa Serve para prender um cabo a uma argola. Lais de Guia Utilizado para fazer uma alça fixa (e bastante segura) tendo em mãos apenas uma ponta da corda. Volta Redonda com Cotes Utilizado para prender uma corda a um bastão. Volta do Salteado Utilizado para prender uma corda a um bastão, com uma ponta fixa e outra que quando puxada desata o nó. Moringa O Nó de Moringa é utilizado para amarrar um cabo em um gargalo de garrafa ou jarro. é seguro e resistente. Nó de Frade Este Nó é usado para criar um tensor na corda. Pode servir para parar uma roldana ou auxiliar na subida de uma corda como nó de apoio. Também pode ser usado para a transmissão de código morse. Enfardador O Nó Enfardador permite ser sempre ajustado quando é necessário manter uma corda ou cabo sempre esticado. Numa falsa baiana, por exemplo, ao receber muito peso o cabo afrouxa, com este nó é possível estica-lo novamente com firmeza ser desfazer completamente o nó. Nó de Cabrestante Duplo
  • 39. É comumente utilizado para formar uma cadeira improvisada para descida ou subida de vítimas e socorristas. Encapeladura simples e dobrada Usados para formar alças que corram, a simples também é conhecida como algema. Dicas importantes 1. Todos os nós devem ser aprendidos, para termos ciência de suas características, dificuldades e falhas. 2. Existem observações de como utilizar um blocante, em que distância e em que situação é melhor mudar e utilizar outro blocante. 3. Quando utilizarmos cadeirinha, procurar utilizar, se possível, um baudrier, para não se expor a quedas traumáticas. 4. Ter em mente situações de auto-socorro, quando todos falharem e tudo ficar na sua dependência, e dos materiais que você escolheu para ter em sua cadeirinha. 5. Devemos estar todos atentos, nos policiando uns aos outros, observando cada nó. 6. Somente a prática faz com que tenhamos segurança em nós mesmos, nos materiais e em nossa equipe. Pratique! Tire dúvidas! Conteste!
  • 40. Técnica de segurança É primordial que tomemos o máximo de cuidado com a nossa segurança e, principalmente, com a do nosso companheiro, pois um depende do outro. Dê segurança como se fosse para você mesmo, o menor descuido poderá provocar conseqüências desagradáveis. Existem diversos tipos de segurança. Aqui citaremos apenas as mais usadas. DESCENSORES: ATENÇÃO instalação do freio oito de forma incorreta poderá gerar o boca de lobo. DESCENSORES: Nó Boca de Lobo formado no freio oito
  • 41. DESCENSORES: Montagem em simples "Clássico" DESCENSORES: Montagem em Simples tipo "VERTACO" DESCENSORES: Montagem em simples + mosquetão de freio adcicional + segurança no mosquetão
  • 42. DESCENSORES: Montagem em simples "Rápido" somente utilizado por profissionais capacitados DESCENSORES: Montagem em corda dupla "Clássico" com mosquetão auxiliar de freio tipo “vertaco” Sistema para descidas com vítimas sem segurança em solo
  • 43. DESCENSORES: Montagem em corda dupla "Rápido" com mosquetão de freio auxiliar DESCENSORES: Freio oito mini resgate aço DESCENSORES: ATC
  • 44. DESCENSORES: STOP DESCENSORES: STOP montagem DESCENSORES: I'D
  • 45. Sistema utilizado para descer vítimas sem sair do solo Sistema com trava quedas utilizado para retirada de vítimas de locais confinados com maca cesto UIAA É um tipo de nó autoblocante usado num mosquetão, muito bom para dar segurança quando bem utilizado (principalmente para participante). Serve para descer uma vitima quando se tem mosquetões sobrando e carência de aparelho “8”.
  • 46. DESCENSORES: Nó Dinámico UIAA DESCENSORES: Para emergências - nó Dinâmico - UIAA
  • 47. Oito Aparelho de descida também muito utilizado para dar segurança. Sua utilização permite que a corda seja liberada gradativamente e se for exigido em uma queda, permitira o bloqueio da corda imediatamente. Técnicas de salvamento em Locais Confinados
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  • 77. Técnica de descida Existem diversos tipos de descida segura mas, sem dúvida, devemos tomar muito cuidado no momento que vamos prepará-las, devendo verificar se não há nenhum problema com tudo que a envolve, para não comprometer a segurança. Desça com calma e suavemente, sem pulos ou paradas bruscas. Podemos citar aqui alguns tipos de descida mais usados: Rapel em “S” Esta técnica de descida é praticada quando não tivermos nenhum equipamento, mas com a desvantagem de ser incomoda pela fricção da corda ao redor da perna e do ombro, além de não oferecer muita segurança. Para executá-la com segurança, basta seguir os seguintes passos: - Fixe a corda ao ponto de ancoragem, colocando-se de frente para o mesmo; - Faça com que a corda passe entre suas pernas; - Segure o lado solto da corda que está atrás de você; - Leve a corda até o ombro direito cruzando-a frente ao tórax, jogando a mesma para trás; - Segure com a mão direita o lado da corda que está fixado ao ponto de ancoragem e com a esquerda o lado que está solto, na altura do quadril. Inicie a descida fazendo com que deslize suavemente. Comicci Nesta descida, não temos o problema de ser tão incômodo quanto o rapel em “S”, mas é necessário o uso de um baudrier e de um mosquetão de rosca. Para executá-la com segurança, basta seguir os seguintes passos: - Fixe a corda ao ponto de ancoragem, colocando-se de frente para o mesmo;
  • 78. - Fixe um mosquetão de rosca no baudrier (já vestido), passando por ele a corda; - Segure o lado solto da corda que está atrás de você; - Leve a corda até o ombro direito cruzando-a frente ao tórax, jogando a mesma para trás; - Segure com a mão direita o lado da corda que está fixado ao ponto de ancoragem e com a esquerda o lado que está solto, na altura dos quadris. Inicie a descida fazendo com que deslize suavemente. Descida com aparelho São os mais utilizados no momento, sendo bem mais confortáveis e seguros, além de oferecerem a possibilidade de serem controlados por outro escalador colocado no final da corda, podendo o mesmo travar a descida e blocar o aparelho com a corda. Pode-se virar de cabeça para baixo ou rapelar de frente (rapel aranha). Ao utilizar um aparelho, é aconselhável fazer um nó na ponta da corda, para garantir a segurança, principalmente do primeiro a descer. Fator de queda É a relação entre a distância de queda e o comprimento total da corda de ancoragem usada para bloquear esta queda. Calcula-se o fator de queda para estimar a força de impacto sobre a corda quando submetida ao bloqueio de um corpo em queda. O fator de queda é calculado dividindo o comprimento de queda pelo comprimento da corda entre o trabalhador e o ponto de fixação.
  • 79. Durante a montagem pense nos atritos: faça fracionamentos. Pense na possível ruptura da amarração: fator de queda. Sistema de segurança É o conjunto de todos os elementos utilizados para execução de um trabalho com segurança. Inclui o treinamento, plano de trabalho, plano de resgate e os equipamentos.
  • 80. Sistema de ancoragem É todo o sistema de fixação dos elementos de segurança às estruturas fixas disponíveis, que são denominadas PONTOS DE ANCORAGEM. Ponto de ancoragem É o local onde são realizadas amarrações e fixação de sistema de segurança. Existem basicamente dois tipos de sistema de ancoragem: Sistema de ancoragem em série – utiliza um único ponto de ancoragem para sustentação do sistema de segurança. Sempre são montados um ou mais pontos adicionais. Sistema de ancoragem em paralelo – utiliza dois ou mais pontos de ancoragem simultaneamente como forma de distribuir a carga aplicada ao sistema de segurança. Equipamentos EPI – Equipamento de Proteção Individual. São equipamentos de uso individual destinados à proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Exemplos de EPI's: Cinto de segurança tipo pára-quedista – utilizado para proteger contra quedas. Talabarte – é um tirante limitador de movimentos, utilizado também para posicionamento em alturas e segurança. Mosquetão – é uma peça metálica utilizada com conector em sistemas de segurança. Freios e descensores – equipamento de descida em cordas que possibilita o controle da velocidade durante a descida. Polias – peças metálicas utilizadas como roldanas para montagem de sistemas. Evitam o atrito das cordas durante a realização de resgates ou movimentação de cargas. Cadeirinha (cinto abdominal) – cinto tipo cadeira utilizado para posicionamento e para descida em cordas. Blocantes e ascensores – são equipamentos de bloqueio e permitem o movimento em cordas somente numa direção.
  • 81. Capacetes – são equipamentos de proteção individual. Seu uso é obrigatório. Deve ser leve e resistente. Luvas – EPI de uso obrigatório. Visam evitar queimaduras por atrito durante o manuseio de cordas. Importante Os trabalhos realizados em planos elevados e alturas superiores a 2 metros, devido aos riscos envolvidos, requerem um treinamento prático e intensivo para que os trabalhadores estejam familiarizados com as técnicas de segurança e com equipamentos específicos para ancoragem e movimentação em estruturas. Algumas Definições Ancoragem APB: ancoragem à prova de bomba. Trata- se de uma ancoragem robusta visando que a mesma não sofra qualquer abalo, nem mesmo quando receber a maior carga esperada pelo sistema. Anjo da guarda: termo usado para designar o companheiro que fica no solo para tensionar a corda, caso o trabalhador vir a descer com muita violência. Fundamental em fases de aprendizado. Back-up: pontos de ancoragem adicionais montados para aumentar a segurança do sistema. Cinto de segurança ou cinturão ou harnês: cinto de proteção contra quedas ou em casos de parada nas quedas. Para execução de trabalhos deve-se utilizar o cinto tipo pára- quedista, atendendo as normas impostas pelo Ministério do Trabalho. EPC: Equipamento de Proteção Coletiva. EPI: Equipamento de Proteção Individual. Fator de queda: é a relação entre a distância de queda e o comprimento total da corda usada para bloquear esta queda. Linha de vida: cabo ou corda (horizontal ou vertical) no qual o indivíduo é fixado através de um trava-quedas ou blocante, a fim de bloquear eventuais quedas. MTE: Ministério do Trabalho.
  • 82. NR: Normas Regulamentadoras. Ponto de ancoragem: local da estrutura que oferece sustentação para os sistemas de segurança contra quedas. É onde são aplicadas as forças no caso de uma queda, tração, suspensão ou posicionamento. Posicionamento: ação de posicionar-se no ponto de trabalho, fixando-se através de talabarte ou corda, para execução de atividade. Rappel: técnica de descida por cordas. Sistemas de ancoragem: são formas de fixar os sistemas de segurança nas estruturas através de montagens e uso de equipamentos de fixação. Sistema de segurança: associação de técnicas profissionais de proteção contra quedas com o uso de equipamentos adequados e treinamento específico. Tem como objetivo tornar ágil e seguro o trabalho em locais de difícil acesso. Talabarte: dispositivo de ancoragem que envolve a estrutura, utilizado para posicionamentos. Tirante: dispositivo de ancoragem que prende-se na estrutura, utilizado para deslocamentos. SVM: Sistema de Vantagem Mecânica. Utilizando-se dos princípios da Física, esse sistema reduz o esforço físico em até 75 %. É montado com polias, blocantes e cordas em linha. Muito aplicado para movimentação de cargas e içamento de pessoas, pois não envolve maquinário e o seu controle é mais preciso.
  • 83. Trabalho em Arvores - Posicionamento para Poda Conclusão Senhores, o maior risco, a que estamos expostos, resulta da ignorância, do desconhecimento, acerca da atividade a ser desenvolvida. Já o maior perigo que corremos resulta da falta desta consciência.
  • 84. Não Importa... Não importa qual seja o obstáculo, O melhor da vida é tentar... Não importa qual seja a distancia, O melhor da vida é sempre caminhar... Não importa qual seja o futuro, O melhor da vida é sonhar... Não importa qual seja a tristeza, O melhor da vida é sorrir... Não importa qual seja o medo, O melhor da vida é sempre enfrentar... Não importa qual seja o preço, O melhor da vida é sempre pagar... Não importa qual seja o prêmio, O melhor da vida é sempre ganhar... Não importa qual e quantos sejam os problemas, O melhor da vida é sempre viver!!!