SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
Período Regencial

Diogo Antônio Feijó
Biografia
• Filho de “pais incógnitos”

• Foi criado como filho do padre
Félix Antônio Feijó, em Cotia SP

• Professor de História, Geografia
e Francês

• Vai morar em Itu com os “Padres
do Patrocínio”
• Ordena-se sacerdote em 1805

•Inicia sua carreira política

•Como Deputado luta contra o
absolutismo, a escravidão e o celibato
clerical
Ato Adicional de 1834
• Transforma a Regência de Trina
para Una
Eleição de Feijó
• Tem um total de 2.826 de votos


• João Loureiro
 “Este Império dá cuidado pelo estado convulso
do Norte e Sul, e pelas desarmonias pessoais e
intrigas do centro; mas tudo segue com
esperanças no novo Regente, que não é
pamonha e é homem de mãos limpas e de
constância.”
• 1º obstáculo: a escolha do
Ministério

• Padre paulista “ homem da roça
e do mato”
1º Manifesto- boas intenções
• Assinado    em 24 de outubro de 1835

“Respeitar religiosamente a Constituição e as leis,
escolher os empregados públicos segundo a sua
probidade e aptidão, imprimir à administração um
caráter de estabilidade, sustentar a religião do país,
respeitando a liberdade de consciência, evitar a
impunidade pelo cumprimento inflexível da lei,
reorganizar o exército e a marinha, arrecadar com
escrúpulos as rendas publicas, manter as melhores
condições com todos os povos, ressalvada sempre a
dignidade da nação, estimular a agricultura e, com a
introdução de colonos, tornar desnecessário o trabalho
servil, fazer “a monarquia constitucional cada vez mais
digna de amor e veneração”.
• Missões ao Marquês de Barbacena

 “Negociações em torno da repressão do trafico de africanos;
modificações no tratado de comércio de 17 de agosto de 1827 de
maneira a permitir por parte do Brasil a elevação dos direitos de
importação em determinados artigos (fazendas finas, mercadorias de
luxo, vinhos, etc.); a procura de uma intervenção poderosa junto à
Santa Sé para que esta concluísse conciliatoriamente o negócio da
nomeação e confirmação dos bispos do Império; a remessa de colonos
para as diferentes províncias; ajustes no tocante ao estabelecimento
de um banco destinado ao resgate do papel-moeda em circulação;
contratos de dois engenheiros peritos em fontes artesianas e de outro
na construção de pontes e calçadas, de um “maquinista diretor de
barcos a vapor”, e de “dois casais de suíços hábeis para o ensino e
prática no Brasil de todos os métodos agrícolas empregados nas
fazendas normais de Fellemberg” e de “duas famílias de irmãos
morávios” destinados à civilização e cultura de nossos indígenas.”
“Brasileiros. Por vós subi à primeira magistratura do Império, por
  vós desço hoje desse eminente posto. Há muito conheço os
  homens e as coisas. Eu estava convencido da impossibilidade
  de obterem-se medidas legislativas adequadas às nossas
  circunstâncias, mas forçoso era pagar tributo à gratidão, e
  fazer-vos conhecer pela experiência que não estava em meu
  poder acudir às necessidades públicas, nem remediar os males
  que tanto nos afligem. Não devo por mais tempo conservar-me
  na Regência: cumpre que lanceis mão de outro cidadão, que
  mais hábil ou mais feliz, mereça as simpatias dos outros
  poderes políticos. Eu poderia narrar-vos as invencíveis
  dificuldades que previ: mas pra que? Tenho justificado o ato da
  minha espontânea demissão, declarando ingenuamente que eu
  não posso satisfazer ao que de mim esperáveis. Entregando-
  vos o poder, que generosamente me confiastes, não querendo
  por mais tempo conservar-vos na expectação dos bens de que
  tendes necessidade, mas que não posso satisfazer-vos,
  confessando o meu reconhecimento e gratidão à confiança que
  mereci: tenho feito tudo quanto está de minha parte. Qualquer,
  porém, que for a sorte que a Providência me depare como
  cidadão brasileiro, prestarei o que devo à Pátria. Rio, 19 de
  setembro de 1837. Diogo Antônio Feijó.”
• Regência una de Feijó
  (1835-1837)
Referências

• SOUZA, O. T. História dos Fundadores do
  Império do Brasil: Diogo Feijó. Editora José
  Olympio. Rio de Janeiro. 1960

• BASILE, M. O. N. C. O Império brasileiro:
  panorama político.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Regente feijó apresentação

Semelhante a Regente feijó apresentação (20)

início da colonização
início da colonizaçãoinício da colonização
início da colonização
 
independencia do brasil
independencia do brasilindependencia do brasil
independencia do brasil
 
Independencia
IndependenciaIndependencia
Independencia
 
O processo de independência (1808 1822)
O processo de independência (1808 1822)O processo de independência (1808 1822)
O processo de independência (1808 1822)
 
Trabalho independência do brasil certo
Trabalho independência do brasil certoTrabalho independência do brasil certo
Trabalho independência do brasil certo
 
Ocaso do Império Brasileiro
Ocaso do Império BrasileiroOcaso do Império Brasileiro
Ocaso do Império Brasileiro
 
QUESTÃO DE TERRAS NO BRASIL.
QUESTÃO DE TERRAS NO BRASIL.QUESTÃO DE TERRAS NO BRASIL.
QUESTÃO DE TERRAS NO BRASIL.
 
582699.pptx
582699.pptx582699.pptx
582699.pptx
 
Período regencial
Período regencialPeríodo regencial
Período regencial
 
Primeiro reinado
Primeiro reinadoPrimeiro reinado
Primeiro reinado
 
Colonização portuguesa na américa
Colonização portuguesa na américaColonização portuguesa na américa
Colonização portuguesa na américa
 
O Primeiro Reinado brasileiro.
O Primeiro Reinado brasileiro. O Primeiro Reinado brasileiro.
O Primeiro Reinado brasileiro.
 
O 1º reinado
O 1º reinadoO 1º reinado
O 1º reinado
 
O 1º reinado
O 1º reinadoO 1º reinado
O 1º reinado
 
Primeiro Reinado e Regência
Primeiro Reinado e RegênciaPrimeiro Reinado e Regência
Primeiro Reinado e Regência
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
História da Administração Pública
História da Administração PúblicaHistória da Administração Pública
História da Administração Pública
 
O reinado de dom pedro II
O reinado de dom pedro IIO reinado de dom pedro II
O reinado de dom pedro II
 
A Democracia Ateniense no séc. V a. C.
A Democracia Ateniense no séc. V a. C.A Democracia Ateniense no séc. V a. C.
A Democracia Ateniense no séc. V a. C.
 
Um olhar sobre a republica iii
Um olhar sobre a republica iiiUm olhar sobre a republica iii
Um olhar sobre a republica iii
 

Regente feijó apresentação

  • 2. Biografia • Filho de “pais incógnitos” • Foi criado como filho do padre Félix Antônio Feijó, em Cotia SP • Professor de História, Geografia e Francês • Vai morar em Itu com os “Padres do Patrocínio”
  • 3. • Ordena-se sacerdote em 1805 •Inicia sua carreira política •Como Deputado luta contra o absolutismo, a escravidão e o celibato clerical
  • 4. Ato Adicional de 1834 • Transforma a Regência de Trina para Una
  • 5. Eleição de Feijó • Tem um total de 2.826 de votos • João Loureiro “Este Império dá cuidado pelo estado convulso do Norte e Sul, e pelas desarmonias pessoais e intrigas do centro; mas tudo segue com esperanças no novo Regente, que não é pamonha e é homem de mãos limpas e de constância.”
  • 6. • 1º obstáculo: a escolha do Ministério • Padre paulista “ homem da roça e do mato”
  • 7. 1º Manifesto- boas intenções • Assinado em 24 de outubro de 1835 “Respeitar religiosamente a Constituição e as leis, escolher os empregados públicos segundo a sua probidade e aptidão, imprimir à administração um caráter de estabilidade, sustentar a religião do país, respeitando a liberdade de consciência, evitar a impunidade pelo cumprimento inflexível da lei, reorganizar o exército e a marinha, arrecadar com escrúpulos as rendas publicas, manter as melhores condições com todos os povos, ressalvada sempre a dignidade da nação, estimular a agricultura e, com a introdução de colonos, tornar desnecessário o trabalho servil, fazer “a monarquia constitucional cada vez mais digna de amor e veneração”.
  • 8. • Missões ao Marquês de Barbacena “Negociações em torno da repressão do trafico de africanos; modificações no tratado de comércio de 17 de agosto de 1827 de maneira a permitir por parte do Brasil a elevação dos direitos de importação em determinados artigos (fazendas finas, mercadorias de luxo, vinhos, etc.); a procura de uma intervenção poderosa junto à Santa Sé para que esta concluísse conciliatoriamente o negócio da nomeação e confirmação dos bispos do Império; a remessa de colonos para as diferentes províncias; ajustes no tocante ao estabelecimento de um banco destinado ao resgate do papel-moeda em circulação; contratos de dois engenheiros peritos em fontes artesianas e de outro na construção de pontes e calçadas, de um “maquinista diretor de barcos a vapor”, e de “dois casais de suíços hábeis para o ensino e prática no Brasil de todos os métodos agrícolas empregados nas fazendas normais de Fellemberg” e de “duas famílias de irmãos morávios” destinados à civilização e cultura de nossos indígenas.”
  • 9. “Brasileiros. Por vós subi à primeira magistratura do Império, por vós desço hoje desse eminente posto. Há muito conheço os homens e as coisas. Eu estava convencido da impossibilidade de obterem-se medidas legislativas adequadas às nossas circunstâncias, mas forçoso era pagar tributo à gratidão, e fazer-vos conhecer pela experiência que não estava em meu poder acudir às necessidades públicas, nem remediar os males que tanto nos afligem. Não devo por mais tempo conservar-me na Regência: cumpre que lanceis mão de outro cidadão, que mais hábil ou mais feliz, mereça as simpatias dos outros poderes políticos. Eu poderia narrar-vos as invencíveis dificuldades que previ: mas pra que? Tenho justificado o ato da minha espontânea demissão, declarando ingenuamente que eu não posso satisfazer ao que de mim esperáveis. Entregando- vos o poder, que generosamente me confiastes, não querendo por mais tempo conservar-vos na expectação dos bens de que tendes necessidade, mas que não posso satisfazer-vos, confessando o meu reconhecimento e gratidão à confiança que mereci: tenho feito tudo quanto está de minha parte. Qualquer, porém, que for a sorte que a Providência me depare como cidadão brasileiro, prestarei o que devo à Pátria. Rio, 19 de setembro de 1837. Diogo Antônio Feijó.”
  • 10. • Regência una de Feijó (1835-1837)
  • 11. Referências • SOUZA, O. T. História dos Fundadores do Império do Brasil: Diogo Feijó. Editora José Olympio. Rio de Janeiro. 1960 • BASILE, M. O. N. C. O Império brasileiro: panorama político.