O documento discute como utilizar a literatura infantil para ensinar matemática de forma lúdica na sala de aula. Apresenta exemplos de livros que podem ser usados e como desenvolver atividades que exploram conceitos matemáticos de forma divertida e significativa para as crianças. Também descreve os direitos de aprendizagem em matemática estabelecidos pelo PNAIC.
1. UNIDADE 4 – LUDICIDADE NA SALA DE AULA
A literatura infantil como elemento integrante da brincadeira no
processo de ensino aprendizagem dos diferentes componentes
curriculares: Matemática
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA DO ESPÍRITO SANTO
PACTO NACIONAL PARA A ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
FORMAÇÃO DE ORIENTADORES DE ESTUDO
maio de 2013
Formadoras - 1º ano:
Elis Beatriz de Lima Falcão
Fabricia Pereira de Oliveira Dias
Maristela Gatti Piffer
4 de maio de 2013 - matutino
29. Vimos como a Prof.ª Joice Mara desenvolveu a
sequência didática com o livro Quer brincar de
pique esconde na sua sala de aula, articulando
as dimensões da alfabetização por meio da
literatura infantil, do jogo, da brincadeira num
trabalho que envolveu a sistematização de
conhecimentos sem perder de vista a
ludicidade nas relações de aprendizagem.
Retomada do encontro anterior
30. A palavra LÚDICO (latim ludus) está
associada à brincadeira, ao jogo, ao
divertimento. Mas, esse significado
foi ampliado e passou a ser
reconhecido como elemento
essencial do desenvolvimento
humano (BRAINER, Unidade IV, Ano
1, PNAIC, et al, 2012, p. 14).
Estudos desenvolvidos por Leontiev
(1988), por exemplo, apontam que a
principal atividade da criança na
infância é a brincadeira. Com base
nela, a criança aprende a interagir e
compreende o mundo.
Cruz, I. Brincando de Roda. Escultura
31. Isso torna ainda mais
importante o papel da
mediação pedagógica, uma vez
que somos responsáveis pela
organização do espaço, dos
materiais, dos brinquedos e
jogos, pela oferta da literatura
infantil, pelo planejamento de
atividades que potencializam a
entrada do lúdico na sala de
aula.
Cruz, I. Avião de papel. Pintura em tela
32. • Vamos ouvir um relato que irá expor um
modo de trabalho explorando a ludicidade
através da literatura...
• Tarefa de análise... (Anexo 1)
• Questões 1 a 3 (coletivo) 4 e 5 (individual)
E você trabalha o lúdico através da
literatura em sua rotina de trabalho?
De que forma?
33. O ensino da Matemática, assim como o dos
demais componentes curriculares, é previsto na
Lei 9.394/96, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional. No artigo 32, por
exemplo, é proposto que é necessário garantir
“o desenvolvimento da capacidade de
aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo”
(PNAIC, Unidade IV, Ano 1, p. 24).
Direitos de Aprendizagem:
Matemática
34. Com relação ao ensino da Matemática, o
Documento Elementos conceituais e
metodológicos para definição dos
direitos de aprendizagem e
desenvolvimento do Ciclo de
Alfabetização do Ensino Fundamental
(BRASIL, MEC, 2012, p. 60), aponta que
os direitos de aprendizagem que
envolvem esse componente curricular
estão atrelados à compreensão dos
fenômenos da realidade. http://www.google.com.br
35. Esta compreensão oferece ao sujeito as
ferramentas necessárias para que ele possa
agir conscientemente sobre a sociedade na
qual está inserido e a escola tem o papel de
criar as condições necessárias para que o
sujeito possa servir-se dessas ferramentas em
suas práticas sociais.
De acordo com o Documento Elementos
conceituais e metodológico para definição dos
direitos de aprendizagem, quais são essas
ferramentas?
36. 1. Utilizar caminhos próprios na construção do
conhecimento matemático, como ciência e
cultura construídas pelo homem, através dos
tempos, em resposta a necessidades concretas
e a desafios próprios dessa construção.
1. Utilizar caminhos próprios na construção do
conhecimento matemático, como ciência e
cultura construídas pelo homem, através dos
tempos, em resposta a necessidades concretas
e a desafios próprios dessa construção.
37. Para ajudar as crianças a utilizarem essa
ferramenta na construção dos conhecimentos
matemáticos podemos explorar a História da
Matemática para que elas se sintam parte
dessa construção humana, nos diversos
contextos socioculturais.
38. Elas podem, por exemplo, experimentar
situações em que são solicitadas a comparar, a
medir, a quantificar e a prever, que são formas
de pensar, características dos seres humanos.
39. 2. Reconhecer regularidades em diversas
situações, de diversas naturezas, compará-
las e estabelecer relações entre elas e as
regularidades já conhecidas.
2. Reconhecer regularidades em diversas
situações, de diversas naturezas, compará-
las e estabelecer relações entre elas e as
regularidades já conhecidas.
No Ciclo de Alfabetização, as
crianças devem partir da
observação ativa: manipular
objetos; construir e
desconstruir sequências;
desenhar, medir, comparar,
classificar e modificar
sequências estabelecidas por
padrões.
40. 3. Perceber a importância da utilização de
uma linguagem simbólica universal na
representação e modelagem de situações
matemáticas como forma de comunicação.
3. Perceber a importância da utilização de
uma linguagem simbólica universal na
representação e modelagem de situações
matemáticas como forma de comunicação.
41. A linguagem Matemática,
assim como a linguagem
escrita, abarca um conjunto
de símbolos que atribuem
significação às operações do
pensamento humano e, nesse
sentido, as crianças precisam
ser levadas à transitar entre
essas formas de
representação por meio de
registros orais, pictóricos e
escritos.
42. Contudo, a linguagem matemática
deve acompanhar a formação do
conceito. Representar um número
por meio de palavra ou de um
desenho é ação desprovida de
significado se a criança não
formar, progressivamente, o
conceito de número, a partir de
situações do seu cotidiano.
43. 4. Desenvolver o espírito investigativo, crítico e
criativo, no contexto de situações-problema,
produzindo registros próprios e buscando
diferentes estratégias de solução.
4. Desenvolver o espírito investigativo, crítico e
criativo, no contexto de situações-problema,
produzindo registros próprios e buscando
diferentes estratégias de solução.
44. Compreende o desenvolvimento de ações reflexivas
para a criança comparar, discutir, questionar, criar e
ampliar ideias, e também perceber que a tentativa e o
erro fazem parte do seu processo de construção do
conhecimento. Ações que geram o desejo de responder
a uma pergunta instigante, ou de ajustar-se às regras
de um jogo, ou de seguir as estratégias socializadas por
um colega, ou seja, resolver problemas que ajudem na
apropriação do conhecimento matemático.
45. 5. Fazer uso do cálculo mental, exato,
aproximado e de estimativas. Utilizar as
Tecnologias da Informação e Comunicação
potencializando sua aplicação em diferentes
situações.
5. Fazer uso do cálculo mental, exato,
aproximado e de estimativas. Utilizar as
Tecnologias da Informação e Comunicação
potencializando sua aplicação em diferentes
situações.
No Ciclo de Alfabetização
sugere-se que a calculadora
seja usada em situações de
investigação, de análises,
inferências e previsões e de
estimativas e aproximações.
46. Como estão distribuídos os Direitos de
Aprendizagem de Matemática nos quadros do
PNAIC? E no Documento Curricular do
Município?
• Texto: Qualquer maneira de jogar e brincar vale a
pena? O que fazer para ajudar as crianças a aprender?
• Plano Trimestral Matemática – 2º trimestre
(atividade realizada em grupo e por escola) com
análise do livro didático.
47. Eixos Estruturantes e Objetivos de
Aprendizagem por eixo
O ensino da Matemática está organizado em quatro
eixos estruturantes: números e operações; espaço e
forma (geometria, pensamento geométrico);
grandezas e medidas e; tratamento da informação
(estatística).
54. Os conhecimentos relativos a estes campos não
devem ser trabalhados na escola de modo
fragmentado, deve haver articulação entre eles.
Também não serão esgotados em um único
momento da escolaridade, mas pensados numa
perspectiva em espiral, ou seja, os temas são
retomados e ampliados ao longo dos anos de
escolarização. Assim, a maioria destes direitos de
aprendizagem deverá ser abordada nos anos 1, 2 e
3, sem ainda ser consolidados, pois continuarão a
ser retomados e ampliados e todo ensino
fundamental (PNAIC, Unidade IV, Ano 1, p. 25)
55. Exemplo de articulação dos eixos estruturantes no L.D
Matemática: Imenes, Lellis e Milani, 1º ano, Moderna, 2011.
57. Sugestão de literatura infantil
Os personagens fazem medições para
decidir quem vai ficar com o pêssego.
Utiliza critérios de comparação de altura,
de peso e outros parâmetros inusitados.
Números de 1 a 10 contados com
ilustrações, rimas e brincadeiras.
58. O personagem quer guardar suas coisas
na mochila, mas vai ter que fazer
escolhas. Trabalha comparação de
comprimentos, volumes e pesos.
Um conjunto de ovos que a mamãe
galinha deixa no ninho leva à
apresentação das operações de adição
e de subtração.
59. Dez poemas que falam da emoção
de fazer um gol, os detalhes de
uma partida, um time só de
animais e vinte e seis gols.
O ponto, a linha, a forma, a cor e o
movimento são apresentados de
forma lúdica e poética.
60. Inventário de jogos...
Relato de experiência com
a utilização deste.
Selecionar um dos livros de literatura e
elaborar um plano de aula que contemple
a área de conhecimento de Matemática
entre outros (tarefa em grupo para
apresentação).
61. Referências
BRASIL, PACTO NACIONAL PARA ALFABETIZAÇÃO NA
IDADE CERTA, UNIDADE 4, ANO 1, 2012.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Básica, Elementos conceituais e metodológicos para
definição dos direitos de aprendizagem e
desenvolvimento do ciclo de alfabetização (1º, 2º e 3º
anos do Ensino Fundamental). Brasília, 2012. Disponível
em: portal.mec.gov.br
IMENES, Luiz Márcio. Matemática: Imenes, Lellis e Milani.
1 ed. São Paulo: Moderna, 2011.