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Avaliação Fisioterapêutica do Tornozelo e Pé
               Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

                                   Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João




1. Anatomia Aplicada
Retropé:
   Articulação Tibiofibular inferior (distal): é uma articulação do tipo fibroso ou sindesmose. A
   posição de repouso é a flexão plantar e a posição de aproximação máxima é a dorsiflexão
   máxima;
   Articulação Talocrural (tornozelo): é uma articulação sinovial uniaxial de dobradiça. A posição de
   repouso é 10° de flexão plantar entre inversão e eversão e a posição de aproximação máxima é
   a dorsiflexão máxima.
   Articulação Subtalar (Talocalcânea): é uma articulação sinovial com 3 graus de liberdade. A
   posição de repouso é entre os extremos da amplitude de movimento e a posição de aproximação
   máxima ocorre na supinação.


Mediopé (Articulações Mediotarsais):
Posição de repouso: a meio caminho entre os extremos da amplitude de movimento.
Posição de aproximação máxima: supinação.
  Articulação Talocalcaneonavicular;
  Articulação Cuneonavicular;
  Articulação Cuboideonavicular;
  Articulação Intercuneiformes;
  Articulação Cuneocubóidea;
  Ariculação Calcaneocubóidea.


Antepé:
   Articulações Tarsometatarsais: são articulações sinoviais planas. Posição de repouso: a meio
   caminho entre os extremos da amplitude de movimento. Posição de aproximação máxima:
   supinação;
   Articulações Intermetatarsais: são articulações sinoviais planas.
   Articulações Metatarsofalângicas: são articulações sinoviais condilóides com 2 graus de liberdade.
   Posição de repouso: a meio caminho entre os extremos da amplitude de movimento.
   Articulações Interfalângicas: são articulações em dobradiça sinoviais com um grau de liberdade.
   Posição de repouso: ligeira flexão. Posição de aproximação máxima: extensão completa.
Figura 1 - Ossos do Pé




2. História Clínica
 Histórico do Paciente (Identificação, Anamnese, HPMA, atividades funcionais, exames
 complementares);
 Mecanismo da lesão com deformidade transitória ou fixa do pé ou tornozelo?
 O paciente foi capaz de continuar a atividade após a lesão?
 Houve aumento do volume ou equimose?
 Os sintomas estão melhorando, piorando ou permanecendo sem alteração?
 Quais são os locais e os limites da dor?
 Qual é a atividade usual ou lazer do paciente?
 Alguma atividade faz diferença?
 Onde é a dor?
 Que tipos de sapatos o paciente usa? Que tipo de salto os sapatos têm?



3. Observação e Triagem
 Exame das outras articulações adjacentes, acrescentando uma avaliação postural global;
 Observação Geral: evidência de dano tecidual, edema, temperatura, hipersensibilidade, estalido
 ou crepitação;
 O tornozelo e o pé devem ser avaliados nas posições com e sem sustentação de peso.



4. Inspeção
 Inspeção deve incluir a investigação minuciosa de vesículas, descolorações, escaras, trofismo de
 pele, edemas, traumas, problemas cardíacos, linfáticos, etc.
 Compara-se cada área bilateralmente, observando-se o trofismo muscular e o contorno da
 anatomia local;
 Inspecione a aparência externa do sapato e do pé. Avaliar o contorno e a forma geral do pé;
Verificar alteração vasomotora, incluindo perda de pêlos no pé, alterações nas unhas do pé.




               Figura 2 – Deformação no sapato causada por pés muito pronados




4. Inspeção
 Vista Anterior, Em Pé




                                   Figura 3 - Vista Anterior

 Vista Lateral, Em Pé




                                    Figura 4 - Vista Lateral
Vista Posterior, Em Pé




                                     Figura 5 - Vista Posterior

  Vista Anterior, Posterior e Lateral, Sentado




                                 Figura 6 - Pé normal / plano / cavo




5. Palpação
O fisioterapeuta deve observar:
  Diferença de tensão e textura dos tecidos;
  Diferença na espessura dos tecidos, edemas intracapsular ou extracapsular;
  Observar textura da pele e das unhas;
  Anormalidades ou deformidades;
  Dor à palpação;
  Variações de temperatura;
  Pulsos, tremores, fasciculações;
  Ressecamento ou umidade excessiva;
  Sensibilidade anormal.



Palpação Anterior e ântero-medial:
  Artelhos e ossos metatarsais, cuneiformes e navicular;
Maléolo medial, ossos mediais do tarso, porção anterior da tíbia, colo do tálus.

Palpação Anterior e ântero-lateral:
  Maléolo lateral, calcâneo, artic. tibiofibular inferior, tíbia e músculos da perna.


Palpação Posterior:
  Calcâneo, tendão de Aquiles e músculos do compartimento posterior da perna.


Palpação da Superfície Plantar:
  Ossos sesamóides, cabeças dos metatarsos, tubérculo medial.

  O exame manual palpatório e de mobilização tissular permite apreciar a consistência, a
  mobilidade e a passividade músculo-tendínea. A palpação associada à mobilização fornece
  dados que complementam a palpação exclusiva.
      a) Ligamento Deltóide;
      b) Tendão do Tibial Posterior;
      c) Artéria Tibial Posterior;
      d) Tendão do Tibial Anterior;
      e)Ligamento Talofibular Anterior/ Ligamento Calcaneofibular / Ligamento Talofibular
      Posterior.



6. Mobilidade dos Segmentos
Triagem para amplitude de movimento:
  Consiste em determinar onde e se é necessária uma avaliação goniométrica específica;
  Se forem identificadas limitações na amplitude de movimento articular, deverá ser realizado um
  teste goniométrico específico para se obter um quadro das restrições, estabilização e registro das
  limitações.



6.1 Mobilização
  Movimentos Ativos: Quantidade de movimento articular realizada por um indivíduo sem qualquer
  auxílio. Objetivo: o examinador tem a informação exata sobre a capacidade, coordenação e força
  muscular da amplitude de movimento do indivíduo.
  Movimentos Passivos: Quantidade de movimento realizada pelo examinador sem o auxílio do
  indivíduo. A ADM passiva fornece ao fisioterapeuta a informação exata sobre a integridade das
  superfícies articulares e a extensibilidade da cápsula articular, ligamentos e músculos (Levangie
  & Norkin, 1997).
6.2 Movimento Ativo
O fisioterapeuta deve observar:
  Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor;
  Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor;
  A quantidade de restrição observável;
  O padrão de movimento;
  O ritmo e a qualidade do movimento;
  O movimento das articulações associadas;
  Qualquer limitação e sua natureza.




                                            Figura 7




                   Figura 8 – Movimentos Ativos: Flexão Planter/ Dorsiflexão /
                    Inversão / Eversão / Extensão do dedos / Flexão do dedos
Figura 9 – Movimentos Ativos: Flexão Plantar / Dorsiflexão / Supinação / Pronação / Extensão dos
                dedos / Flexão dos dedos / Abdução dos dedos / Adução dos dedos




6.3 Movimento Passivo
O fisioterapeuta deve observar:
  Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor;
  Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor;
  O padrão de limitação do movimento;
  A sensação final do movimento;
  O movimento das articulações associadas;
  A amplitude de movimento disponível.



7. Goniometria
  Método para medir os ângulos articulares do corpo;
  É utilizado pelos fisioterapeutas para quantificar a limitação dos ângulos articulares, decidir a
  intervenção fisioterapêutica mais adequada e, ainda documentar a eficácia da intervenção.
7.1 Informações dos dados goniométricos
  Determinar a presença ou não de disfunção;
  Estabelecer um diagnóstico;
  Estabelecer os objetivos do tratamento;
  Direcionar a fabricação de órteses;
  Avaliar a melhora ou recuperação funcional;
  Modificar o tratamento;
  Realizar pesquisas que envolvam a recuperação de limitações articulares



7.2 Amplitude Articular- Goniometria
7.2.1 Dorsiflexão da Articulação do Tornozelo
  Ocorre no plano sagital entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula e a superfície articular
  do tálus;
  Amplitude articular: 0°-20° (Marques, 2003; Magee, 2002 e Palmer & Epler, 2000).




                        Figura 10 – Goniometria - Dorsiflexão do Tornozelo


Precauções
  Evitar a movimentação das artic. do quadril e do joelho;
  Evitar a inversão e a eversão;
  Manter o joelho semifletido para diminuir o ação do compartimento posterior da coxa.
7.2.2 Flexão plantar da Articulação do Tornozelo
  Ocorre no plano sagital entre a tíbia e fíbula distal e a superfície superior do tálus;
  Amplitude articular: 0°-45° (Marques,2003; Palmer & Epler,2000) e 0°-50° (Magee, 2002).




                             Figura 11 - Goniometria - Flexão Plantar


Precauções
  Evitar a movimentação das artic. do quadril e do joelho;
  Evitar a flexão do antepé;
  Evitar a inversão e a eversão.


7.2.3 Supinação Mediotársica-Subtalar (Inversão)
  Ocorre entre o tálus e o calcâneo, o tálus e o navicular e o calcâneo e o cubóide. O movimento
  ocorre nos planos transversal, sagital e frontal.
  Amplitude articular: 0°-40° (Marques, 2003), 0°-45/60° (Magee, 2002) e 0°-30°(Palmer & Epler,
  2000).




                                Figura 12 – Goniometria – Inversão
Precauções
  Evitar a rotação medial do quadril e a extensão do joelho;
  Evitar a rotação lateral e a abdução do quadril;


7.2.4 Pronação Mediotársica-Subtalar (Eversão)
  Ocorre entre o tálus e o calcâneo, o tálus e o navicular e o calcâneo e o cubóide. O movimento
  ocorre nos planos transversal, sagital e frontal.
  Amplitude articular: 0°-20° (Marques, 2003), 0°-15/30° (Magee, 2002) e 0°-25° (Palmer & Epler,
  2000).




                                 Figura 13 - Goniometria – Eversão


Precauções
  Evitar a rotação medial e a abdução do quadril.



8. Movimentos do Jogo Articular
  O teste para folga articular determina a integridade da cápsula;
  A folga articular deve ser sempre avaliada na posição destravada (decoaptação aberta) na qual a
  frouxidão da cápsula e dos ligamentos é maior e o contato ósseo é menor.

  Articulação Talocrural: decoaptação, deslizamento posterior e anterior;
  Articulação Subtalar: decoaptação e deslizamento distal;
  Articulação Mediotársica: artic. Talonavicular: deslizamentos dorsal e plantar;
  Articulação Calcaneocubóide: deslizamentos dorsal e plantar.
9. Princípios dos Testes de comprimento muscular
  A finalidade da avaliação do comprimento muscular (flexibilidade) consiste em determinar se a
  ADM que ocorre em uma articulação é limitada ou excessiva em virtude das estruturas articulares
  intrínsecas ou dos músculos que cruzam as articulações;
  O comprimento do músculo é determinado pela distância entre as extremidades proximal e distal
  do músculo, sendo medido por seu efeito sobre a ADM da articulação.



9.1 Testes de Comprimento Muscular
  Tornozelo
  Músculo solear;
  Músculos gastrocnêmio e plantar.



10. Testes Musculares Manuais
  Parte integrante do exame físico, fornecendo informações úteis no diagnóstico diferencial,
  prognóstico e tratamento de patologias musculoesqueléticas e neuromusculares;
  A avaliação da força muscular manual deve ocorrer quando forem descartadas outras limitações
  articulares ou musculares (encurtamentos) impedindo ou dificultando o movimento.

Tornozelo
  Músculos Gastrocnêmio e Plantar;
  Músculo Solear;
  Músculo Tibial Anterior;
  Músculo Tibial Posterior;
  Músculos Fibular Longo,Curto e Terceiro.




                         Figura 14 - Teste de Função do Tibial Anterior
Dedos
 Músculos Flexores Curto e Longo do Hálux;
 Músculos Flexores Curto e Longo dos Dedos;
 Músculos Extensores Curto e Longo do Hálux;
 Músculos Extensores Curto e Longo dos Dedos;
 Músculos intrínsecos do Pé (Abdutor e Adutor do Hálux, Lumbricais e Interósseos plantares e
 Dorsais e Abdutor do Dedo Mínimo).



11. Avaliação Funcional
 Testes funcionais podem ser aplicados para avaliar a dor e outros sintomas;
 Estas atividades devem ser adaptadas para cada paciente individualmente;
 “Clinical Assessment Procedures in Physical Therapy”. M. L. Palmer & M. Epler, 1990
 “A performance test protocol and scoring scale for the evaluation of ankle injuries”. A. Kaikkonen,
 P. Kannus, M. Jarvinen. Am. J. Sports Med. 22:465, 1994.



12. Avaliação Dinâmica (Marcha)
 É avaliado o padrão da marcha (fase de apoio e fase de balanço);
 Parâmetros da Marcha: largura da base, comprimento do passo, da passada, cadência, etc.
 Movimento articular durante a marcha.



13. Testes Clínicos Especiais
 Teste de Gaveta;




                                   Figura 15 - Teste de Gaveta

 Teste de estresse em Varo;
 Teste de estresse em Valgo;
Figura 16 - Teste de Estresse em Valgo

Linha de FEISS;
Determinação da torção tibial.




                             Figura 17 - Ângulo de Torção Tibial
Referências Bibliográficas
1. Marques AP. Ângulos articulares dos membros inferiores. In: Manual de Goniometria. 2 ed. São
Paulo: Manole; 2003. p.41-47.

2. Magee DJ. Perna, Tornozelo e Pé In: Magee, DJ, editor. Disfunção Musculoesquelética. 3 ed.
São Paulo: Manole; 2002. p.621-695.

3. . Palmer, LM.; Epler, ME. Tornozelo e Pé: In: Palmer, LM.; Epler, ME. Fundamentos das Técnicas
de Avaliação Musculoesquelética. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. p.302-336.

4. Gardner E, Gray DJ, O’Rahilly R. Anatomia. Estudo Regional do Corpo Humano. 4 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

5. Hoppenfeld, S. Exame do Pé e Tornozelo. Propedêutica Ortopédica. Coluna e Extremidades. Rio
de Janeiro: Atheneu, 1987 pp. 207-247.

6. Sobotta, J. Atlas de Anatomia. 20ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.

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Pneumonia
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Avaliação fisioterapêutica do tornozelo e pé

  • 1. Avaliação Fisioterapêutica do Tornozelo e Pé Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Retropé: Articulação Tibiofibular inferior (distal): é uma articulação do tipo fibroso ou sindesmose. A posição de repouso é a flexão plantar e a posição de aproximação máxima é a dorsiflexão máxima; Articulação Talocrural (tornozelo): é uma articulação sinovial uniaxial de dobradiça. A posição de repouso é 10° de flexão plantar entre inversão e eversão e a posição de aproximação máxima é a dorsiflexão máxima. Articulação Subtalar (Talocalcânea): é uma articulação sinovial com 3 graus de liberdade. A posição de repouso é entre os extremos da amplitude de movimento e a posição de aproximação máxima ocorre na supinação. Mediopé (Articulações Mediotarsais): Posição de repouso: a meio caminho entre os extremos da amplitude de movimento. Posição de aproximação máxima: supinação. Articulação Talocalcaneonavicular; Articulação Cuneonavicular; Articulação Cuboideonavicular; Articulação Intercuneiformes; Articulação Cuneocubóidea; Ariculação Calcaneocubóidea. Antepé: Articulações Tarsometatarsais: são articulações sinoviais planas. Posição de repouso: a meio caminho entre os extremos da amplitude de movimento. Posição de aproximação máxima: supinação; Articulações Intermetatarsais: são articulações sinoviais planas. Articulações Metatarsofalângicas: são articulações sinoviais condilóides com 2 graus de liberdade. Posição de repouso: a meio caminho entre os extremos da amplitude de movimento. Articulações Interfalângicas: são articulações em dobradiça sinoviais com um grau de liberdade. Posição de repouso: ligeira flexão. Posição de aproximação máxima: extensão completa.
  • 2. Figura 1 - Ossos do Pé 2. História Clínica Histórico do Paciente (Identificação, Anamnese, HPMA, atividades funcionais, exames complementares); Mecanismo da lesão com deformidade transitória ou fixa do pé ou tornozelo? O paciente foi capaz de continuar a atividade após a lesão? Houve aumento do volume ou equimose? Os sintomas estão melhorando, piorando ou permanecendo sem alteração? Quais são os locais e os limites da dor? Qual é a atividade usual ou lazer do paciente? Alguma atividade faz diferença? Onde é a dor? Que tipos de sapatos o paciente usa? Que tipo de salto os sapatos têm? 3. Observação e Triagem Exame das outras articulações adjacentes, acrescentando uma avaliação postural global; Observação Geral: evidência de dano tecidual, edema, temperatura, hipersensibilidade, estalido ou crepitação; O tornozelo e o pé devem ser avaliados nas posições com e sem sustentação de peso. 4. Inspeção Inspeção deve incluir a investigação minuciosa de vesículas, descolorações, escaras, trofismo de pele, edemas, traumas, problemas cardíacos, linfáticos, etc. Compara-se cada área bilateralmente, observando-se o trofismo muscular e o contorno da anatomia local; Inspecione a aparência externa do sapato e do pé. Avaliar o contorno e a forma geral do pé;
  • 3. Verificar alteração vasomotora, incluindo perda de pêlos no pé, alterações nas unhas do pé. Figura 2 – Deformação no sapato causada por pés muito pronados 4. Inspeção Vista Anterior, Em Pé Figura 3 - Vista Anterior Vista Lateral, Em Pé Figura 4 - Vista Lateral
  • 4. Vista Posterior, Em Pé Figura 5 - Vista Posterior Vista Anterior, Posterior e Lateral, Sentado Figura 6 - Pé normal / plano / cavo 5. Palpação O fisioterapeuta deve observar: Diferença de tensão e textura dos tecidos; Diferença na espessura dos tecidos, edemas intracapsular ou extracapsular; Observar textura da pele e das unhas; Anormalidades ou deformidades; Dor à palpação; Variações de temperatura; Pulsos, tremores, fasciculações; Ressecamento ou umidade excessiva; Sensibilidade anormal. Palpação Anterior e ântero-medial: Artelhos e ossos metatarsais, cuneiformes e navicular;
  • 5. Maléolo medial, ossos mediais do tarso, porção anterior da tíbia, colo do tálus. Palpação Anterior e ântero-lateral: Maléolo lateral, calcâneo, artic. tibiofibular inferior, tíbia e músculos da perna. Palpação Posterior: Calcâneo, tendão de Aquiles e músculos do compartimento posterior da perna. Palpação da Superfície Plantar: Ossos sesamóides, cabeças dos metatarsos, tubérculo medial. O exame manual palpatório e de mobilização tissular permite apreciar a consistência, a mobilidade e a passividade músculo-tendínea. A palpação associada à mobilização fornece dados que complementam a palpação exclusiva. a) Ligamento Deltóide; b) Tendão do Tibial Posterior; c) Artéria Tibial Posterior; d) Tendão do Tibial Anterior; e)Ligamento Talofibular Anterior/ Ligamento Calcaneofibular / Ligamento Talofibular Posterior. 6. Mobilidade dos Segmentos Triagem para amplitude de movimento: Consiste em determinar onde e se é necessária uma avaliação goniométrica específica; Se forem identificadas limitações na amplitude de movimento articular, deverá ser realizado um teste goniométrico específico para se obter um quadro das restrições, estabilização e registro das limitações. 6.1 Mobilização Movimentos Ativos: Quantidade de movimento articular realizada por um indivíduo sem qualquer auxílio. Objetivo: o examinador tem a informação exata sobre a capacidade, coordenação e força muscular da amplitude de movimento do indivíduo. Movimentos Passivos: Quantidade de movimento realizada pelo examinador sem o auxílio do indivíduo. A ADM passiva fornece ao fisioterapeuta a informação exata sobre a integridade das superfícies articulares e a extensibilidade da cápsula articular, ligamentos e músculos (Levangie & Norkin, 1997).
  • 6. 6.2 Movimento Ativo O fisioterapeuta deve observar: Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; A quantidade de restrição observável; O padrão de movimento; O ritmo e a qualidade do movimento; O movimento das articulações associadas; Qualquer limitação e sua natureza. Figura 7 Figura 8 – Movimentos Ativos: Flexão Planter/ Dorsiflexão / Inversão / Eversão / Extensão do dedos / Flexão do dedos
  • 7. Figura 9 – Movimentos Ativos: Flexão Plantar / Dorsiflexão / Supinação / Pronação / Extensão dos dedos / Flexão dos dedos / Abdução dos dedos / Adução dos dedos 6.3 Movimento Passivo O fisioterapeuta deve observar: Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; O padrão de limitação do movimento; A sensação final do movimento; O movimento das articulações associadas; A amplitude de movimento disponível. 7. Goniometria Método para medir os ângulos articulares do corpo; É utilizado pelos fisioterapeutas para quantificar a limitação dos ângulos articulares, decidir a intervenção fisioterapêutica mais adequada e, ainda documentar a eficácia da intervenção.
  • 8. 7.1 Informações dos dados goniométricos Determinar a presença ou não de disfunção; Estabelecer um diagnóstico; Estabelecer os objetivos do tratamento; Direcionar a fabricação de órteses; Avaliar a melhora ou recuperação funcional; Modificar o tratamento; Realizar pesquisas que envolvam a recuperação de limitações articulares 7.2 Amplitude Articular- Goniometria 7.2.1 Dorsiflexão da Articulação do Tornozelo Ocorre no plano sagital entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula e a superfície articular do tálus; Amplitude articular: 0°-20° (Marques, 2003; Magee, 2002 e Palmer & Epler, 2000). Figura 10 – Goniometria - Dorsiflexão do Tornozelo Precauções Evitar a movimentação das artic. do quadril e do joelho; Evitar a inversão e a eversão; Manter o joelho semifletido para diminuir o ação do compartimento posterior da coxa.
  • 9. 7.2.2 Flexão plantar da Articulação do Tornozelo Ocorre no plano sagital entre a tíbia e fíbula distal e a superfície superior do tálus; Amplitude articular: 0°-45° (Marques,2003; Palmer & Epler,2000) e 0°-50° (Magee, 2002). Figura 11 - Goniometria - Flexão Plantar Precauções Evitar a movimentação das artic. do quadril e do joelho; Evitar a flexão do antepé; Evitar a inversão e a eversão. 7.2.3 Supinação Mediotársica-Subtalar (Inversão) Ocorre entre o tálus e o calcâneo, o tálus e o navicular e o calcâneo e o cubóide. O movimento ocorre nos planos transversal, sagital e frontal. Amplitude articular: 0°-40° (Marques, 2003), 0°-45/60° (Magee, 2002) e 0°-30°(Palmer & Epler, 2000). Figura 12 – Goniometria – Inversão
  • 10. Precauções Evitar a rotação medial do quadril e a extensão do joelho; Evitar a rotação lateral e a abdução do quadril; 7.2.4 Pronação Mediotársica-Subtalar (Eversão) Ocorre entre o tálus e o calcâneo, o tálus e o navicular e o calcâneo e o cubóide. O movimento ocorre nos planos transversal, sagital e frontal. Amplitude articular: 0°-20° (Marques, 2003), 0°-15/30° (Magee, 2002) e 0°-25° (Palmer & Epler, 2000). Figura 13 - Goniometria – Eversão Precauções Evitar a rotação medial e a abdução do quadril. 8. Movimentos do Jogo Articular O teste para folga articular determina a integridade da cápsula; A folga articular deve ser sempre avaliada na posição destravada (decoaptação aberta) na qual a frouxidão da cápsula e dos ligamentos é maior e o contato ósseo é menor. Articulação Talocrural: decoaptação, deslizamento posterior e anterior; Articulação Subtalar: decoaptação e deslizamento distal; Articulação Mediotársica: artic. Talonavicular: deslizamentos dorsal e plantar; Articulação Calcaneocubóide: deslizamentos dorsal e plantar.
  • 11. 9. Princípios dos Testes de comprimento muscular A finalidade da avaliação do comprimento muscular (flexibilidade) consiste em determinar se a ADM que ocorre em uma articulação é limitada ou excessiva em virtude das estruturas articulares intrínsecas ou dos músculos que cruzam as articulações; O comprimento do músculo é determinado pela distância entre as extremidades proximal e distal do músculo, sendo medido por seu efeito sobre a ADM da articulação. 9.1 Testes de Comprimento Muscular Tornozelo Músculo solear; Músculos gastrocnêmio e plantar. 10. Testes Musculares Manuais Parte integrante do exame físico, fornecendo informações úteis no diagnóstico diferencial, prognóstico e tratamento de patologias musculoesqueléticas e neuromusculares; A avaliação da força muscular manual deve ocorrer quando forem descartadas outras limitações articulares ou musculares (encurtamentos) impedindo ou dificultando o movimento. Tornozelo Músculos Gastrocnêmio e Plantar; Músculo Solear; Músculo Tibial Anterior; Músculo Tibial Posterior; Músculos Fibular Longo,Curto e Terceiro. Figura 14 - Teste de Função do Tibial Anterior
  • 12. Dedos Músculos Flexores Curto e Longo do Hálux; Músculos Flexores Curto e Longo dos Dedos; Músculos Extensores Curto e Longo do Hálux; Músculos Extensores Curto e Longo dos Dedos; Músculos intrínsecos do Pé (Abdutor e Adutor do Hálux, Lumbricais e Interósseos plantares e Dorsais e Abdutor do Dedo Mínimo). 11. Avaliação Funcional Testes funcionais podem ser aplicados para avaliar a dor e outros sintomas; Estas atividades devem ser adaptadas para cada paciente individualmente; “Clinical Assessment Procedures in Physical Therapy”. M. L. Palmer & M. Epler, 1990 “A performance test protocol and scoring scale for the evaluation of ankle injuries”. A. Kaikkonen, P. Kannus, M. Jarvinen. Am. J. Sports Med. 22:465, 1994. 12. Avaliação Dinâmica (Marcha) É avaliado o padrão da marcha (fase de apoio e fase de balanço); Parâmetros da Marcha: largura da base, comprimento do passo, da passada, cadência, etc. Movimento articular durante a marcha. 13. Testes Clínicos Especiais Teste de Gaveta; Figura 15 - Teste de Gaveta Teste de estresse em Varo; Teste de estresse em Valgo;
  • 13. Figura 16 - Teste de Estresse em Valgo Linha de FEISS; Determinação da torção tibial. Figura 17 - Ângulo de Torção Tibial
  • 14. Referências Bibliográficas 1. Marques AP. Ângulos articulares dos membros inferiores. In: Manual de Goniometria. 2 ed. São Paulo: Manole; 2003. p.41-47. 2. Magee DJ. Perna, Tornozelo e Pé In: Magee, DJ, editor. Disfunção Musculoesquelética. 3 ed. São Paulo: Manole; 2002. p.621-695. 3. . Palmer, LM.; Epler, ME. Tornozelo e Pé: In: Palmer, LM.; Epler, ME. Fundamentos das Técnicas de Avaliação Musculoesquelética. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. p.302-336. 4. Gardner E, Gray DJ, O’Rahilly R. Anatomia. Estudo Regional do Corpo Humano. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. 5. Hoppenfeld, S. Exame do Pé e Tornozelo. Propedêutica Ortopédica. Coluna e Extremidades. Rio de Janeiro: Atheneu, 1987 pp. 207-247. 6. Sobotta, J. Atlas de Anatomia. 20ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.