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Ciência em Portugal após o 25 de Abril
Introdução:
Na sequência daquilo que nos foi pedido na disciplina de Temas do Mundo Contemporâneo, pelo professor
Francisco Cid, vamos analisar a evolução da ciência em Portugal após a revolução de 25 de Abril de 1974 e,
para isso, vamos recuar alguns anos atrás para analisar de forma mais assertiva a evolução da ciência,
analisando, também, áreas de investigação em universidades distintas.
Antes da Revolução de 25 de abril de 1974:
Portugal foi, desde sempre, um país pouco inovador e com pouca tradição na investigação. Muitas foram as
tentativas de mudar este rumo, mas sem sucesso: começou a partir de 1755 com Sebastião de Carvalho e
Melo, Marquês Pombal, que contratou o físico italiano Geovanni D’Alla Bella para liderar o projeto português
na área da física. Em 1845, as disciplinas de física e química passaram a ser obrigatórias na escola politécnica
de Lisboa. Apesar destas tentativas era ainda defendido que o país deveria apenas utilizar as ciências
descobertas noutros países.
Na transição do século XIX para o século XX, surgiram novas tentativas de investigadores para dar um novo
impulso à ciência em Portugal, novamente sem sucesso.
Em 1910 com a implantação da república, foram criadas faculdades de ciências em Lisboa e no Porto, mas as
dificuldades financeiras não davam margem de manobra para a investigação. Foram, também, atribuídas
bolsas de estudo para investigadores desenvolverem no estrangeiro as suas investigações, contudo quando
regressaram ao país, faltavam projetos, equipamentos e salários.
Nos anos 30 do século XX, diversos projetos de origem científica começaram a ser desenvolvidos: Cyrillo
Soares criou o laboratório de física da Faculdade de Ciências de Lisboa, onde procurou condições para que os
investigadores estrangeiros pudessem continuar as suas investigações em Portugal, trabalho este que não foi
continuado.
Durante o século XX, os principais avanços a nível público foram: a fundação da Junta da Educação Nacional
(JEN), em 1929, que tinha como funções melhorar ou subsidiar instituições destinadas a trabalhos de
investigação e propaganda científica. A esta sucedeu-se a Junta Nacional de Educação (JNE), principalmente
a 7ª secção que tratava da investigação científica e relações culturais, sendo parte constituinte do Instituto para
a Alta Cultura (IAC). Fundou-se depois a Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT)
em 1967 com o objetivo de planear, fomentar e coordenar a investigação científica e tecnológica em Portugal.
Já a nível privado, o Instituto Gulbenkian de Ciência, fundado em 1964 foi o marco importante.
Até 1974, a situação financeira continuou pouco propícia ao desenvolvimento de projetos científicos em
Portugal, principalmente devido a Salazar que privilegiava a agricultura acima de qualquer outra área.
Logo após a revolução, os laboratórios que foram encerrados devido à ditadura reabriram sob nova direção.
Após a Revolução de 25 de abril de 1974:
Após o 25 de abril, a ciência cresceu em Portugal devido a muitos fatores. Para o grupo, o fim da ditadura do
Estado Novo foi uma marca histórico-temporal que desencadeou uma série de acontecimentos que
contribuíram para o desenvolvimento científico em Portugal. Como analisado no início do trabalho, o Estado
Novo era bastante conservador e não investia nem apoiava nenhuma outra área a não ser a agricultura,
deixando a ciência para trás, importando as inovações científicas de outros países. Com a alteração de regime,
a educação, os recursos humanos e o emprego científico, os investimentos e a nova cultura científica
contribuíram bastante para este desenvolvimento, sendo o Homem a figura principal do mesmo.
 Quanto à educação, as disciplinas científicas já faziam parte do plano de estudos do ensino básico e
secundário. Eram bastante teóricas, tornando-se, após a Revolução, um pouco mais práticas. Antes
disso, a partir de 1974, o número de portugueses detentores de um curso superior começou a subir a
pique sendo que o número era maior no sexo feminino atingindo em 2011 um número a rondar os 800
mil. Também em relação aos doutoramentos o número aumentou após a revolução
 Com isto, o emprego relacionado com a ciência aumentou. Embora em números reduzidos em
relação à escala internacional, o papel dos Laboratórios de Estado foi bastante importante. Com a
expansão do Ensino Superior em Portugal, o crescimento do emprego científico concentrou-se nesse
mesmo ensino. Existe um aumento dos centros de investigação integrados em universidades fazendo
com que exista um desenvolvimento e uma consolidação das instituições de investigação, mas que
dependerá dos quadros de professores e de investigadores das universidades com o objetivo de
reforçar e rejuvenescer a capacidade científica e do reforço da autonomia e dos recursos financeiros
ligados à capacidade de criar emprego.
 No que toca ao investimento, os investimentos portugueses foram sempre menos relativamente à
media da UE. Contudo, o valor gasto do seu PIB em Investigação e Desenvolvimento cresceu entre os
últimos anos do século XX e o início do século XXI. Apesar dos recursos das instituições científicas
portugueses serem menores relativamente às instituições do resto da europa, Portugal conseguiu
sempre ter os seus centros de investigação bem classificados, recebendo vários prémios importantes a
nível internacional.
Como referido, nos anos finais do século passado, Portugal conseguiu ter fluxos de desenvolvimento
elevados, fruto de uma maior aposta, ou seja, investimento, pública, uma contribuição de fundos
europeus e Portugal colaborou ainda com organizações científicas internacionais de grande
importância.
No gráfico abaixo, é possível concluir que as despesas em atividades de investigação e
desenvolvimento começaram a subir na década de 80 do século XX, sendo que as empresas
investigaram bastante a partir do início do século XXI, tal como o ensino superior recebeu maior
investimento.
 Para terminar, o último fator relativo ao crescimento cientifico português foi a cultura científica. Para
além de todos os fatores referidos anteriormente, após a revolução houve um aumento da cultura
científica nos portugueses. A cultura científica consiste na “construção e organização de
oportunidades de socialização para a ciência” (José Mariano Gago, 2004). O uso do conhecimento, o
debate e a participação em projetos científicos fazem parte dessa cultura que deve ser aliada aos
centros e museus de ciência, escolas, laboratórios e aos próprios cientistas que devem partilhar o seu
conhecimento.
Este crescimento científico em Portugal fez com que vários portugueses fossem premiados nos vários
ramos científicos. São vários os prémios ganhos por cientistas portugueses como: em 2004, José Mendes
venceu o prémio de física do Instituto Gulbenkian, Paulo Freire venceu, no Conselho Europeu de
Pesquisa, o prémio de astronomia, Gonçalo Abecasis ganhou o prémio Overton da Biologia e Nuno
Maulide foi premiado com o prémio excelência da Bayer em Química.
Após o 25 de Abril, logo em 1976 foi criado o Instituto de Cultura Portuguesa (ICP) e o Instituto Nacional de
Investigação Cientifica (INIC) que surgiu após o fim do Instituto de Alta Cultura e que manteve as mesmas
funções que o anterior. No fim do séc. XX, foi criada a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) que
avalia e financia atividades de investigação, o Instituto de Cooperação Científica e Tecnologia Internacional
(ICCTI)que coordenava as ações científicas de cooperação internacional e o Observatório das Ciências e
Tecnologias (OCT) que estuda a capacidade científica e tecnológica de Portugal. Todas estas fundações são
publicas, ou seja, pertencem ao governo.
Por outro lado, a nível privado em 2004 foi entrou em atividade a Fundação Champalimaud que presta auxílio
e apoio e desenvolve programas de investigação biomédica, sendo um centro de grande sucesso mundial.
Atualmente, e como já analisado, são vários os centros de investigação e laboratórios existentes em todo o
país que pertencem a universidades, e que analisámos escolhendo-os aleatoriamente de uma lista que nos foi
providenciada.
Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço
Criado em 2015 com a união das unidades de investigação do Centro de Astronomia e Astrofísica da
Universidade de Lisboa e o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto.
Foi eleito classificada recentemente como “Excelente” e referido como a “instituição de investigação mais
importante na área da Astronomia e Ciências do Espaço em Portugal”.
O instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) é uma estrutura de investigação com uma dimensão
nacional pois concretiza uma visão ousada e útil para o desenvolvimento da Astronomia, Astrofísica e
Ciências Espaciais em Portugal aproveitando diversas experiências a nível europeu.
Este é um centro que pertence à Universidade de Lisboa cujas atividades se realizam no Observatório
Astronómico de Lisboa e no Planetário do Porto.
Atualmente, o IA engloba mais de dois terços de todos os investigadores ativos em ciências Espaciais em
Portugal e é responsável por uma quantidade ainda maior da produtividade nacional em revistas internacionais
na área de Ciências Espaciais.
Esta é a área científica com maior fator de impacto relativo (1,65 vezes acima da média internacional) e o
campo com o maior número médio de citações por artigo para Portugal.
Os projetos do IA são financiados a nível nacional e internacional através de algumas instituições/fundações
tais como: Fundação para Ciência e Tecnologia; European Commission; Bilateral Cooperation
Agreements(entre outras associações), etc.
Atualmente, a IA centra os seus estudos em 3 grupos de investigação:
 Origem e Evolução de Estrelas e Planetas
 Galáxias, Cosmologia e evolução do Universo
 Instrumentação e Sistemas
E em 5 linhas temáticas:
 A detenção e caracterização de outras Terras
 Rumo a um estudo abrangente de estrelas
 A história da formação de galáxias resolvida no espaço e no tempo
 Revelando a dinâmica do Universo
 Sistemas e Tecnologia
Instituto de Materiais de Aveiro
O Laboratório Associado CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro, denominado anteriormente CICECO -
Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos, criado em março de 2002 na Universidade de
Aveiro, tem como missão de desenvolver a base de conhecimento científico e tecnológico necessária para a
produção e transformação inovadora de materiais cerâmicos, híbridos orgânicos-inorgânicos e materiais para
um desenvolvimento sustentável.
O CICECO é hoje o maior instituto português em matéria de Engenharia e Ciência dos Materiais. O grupo é
formado por 44 Professores, 27 Investigadores e, à data de dezembro de 2015, 83 Pós-Doutorados, 116
estudantes de doutoramento e cerca 67 outros estudantes.
Baseia-se em 4 linhas de investigação:
 Tecnologias da Comunicação e Informação
 Energia e Aplicações Industriais
 Sustentabilidade e Saúde
 Computação e Modelação
O CICECO é verdadeiramente um grupo de investigação internacional: 33% dos investigadores e 29% dos
Pós-Doutorados são estrangeiros; faz parte da principal rede de investigação europeia em matérias; faz parte
de várias redes de excelência que contribuem para a internacionalização da investigação e formação de
recursos humanos; encontra-se acredito pelo Centro Europeu de Pós-Graduação em materiais cerâmicos
avançados.
Centro Matemático da Universidade de Coimbra
É uma unidade de pesquisa com interessa em matemática pura e aplicada, ativamente envolvida nas pesquisas
tal como na educação de pós-graduação. As instalações da CMUC estão localizadas no Departamento de
Matemática da Universidade de Coimbra.
O CMUC hospeda mais de 60 pesquisadores, organizados em 6 grupos:
 Álgebra e combinações
 Álgebra, lógica e topologia
 Análise
 Geometria
 Análise numérica e otimização
 Probabilidades e estatísticas
Para além destes grupos de pesquisa, o CMUC tem 3 Linhas Temáticas transversais de atividades, em
Matemática Computacional, Divulgação e Popularização da Matemática e História da Matemática. O tamanho
e diversidade do centro encoraja a colaboração entre pessoas que trabalham em diferentes campos, tendo em
mente a fundamental unidade da Matemática.
O Laboratório para Matemática Computacional da CMUC promove a pesquisa na matemática computacional
e informática científica, como técnicas para a solução de problemas quantitativos desafiantes que surgem na
ciência, engenharia, finanças e gestão. A atividade do LMC inclui pesquisa interdisciplinar, informática de
alto rendimento e desenvolvimento de software numérico, colaboração com a indústria e apoio para os alunos
de licenciatura. A atividade do LMC é transversala todos os grupos e a sua tendência é a aplicação natural dos
projetos – que normalmente envolve pessoas de outras disciplinas -, e a perspetiva colaboração com parceiros
fora da academia, nomeadamente a indústria.
CMUC é associada com o UC Unida | UP Doutoramento de Programa em Matemáticas. Este programa é
juntamente organizado pelo departamento de matemáticas das Universidades de Coimbra e Porto, e é baseado
nas equipas de pesquisa do CMUC e do Centro de Matemática da Universidade do Porto. As duas equipas têm
um nível alto de experiência na supervisão dos alunos de doutoramento a nível individual. Eles têm áreas de
interesse comum e perícia, mas também muitas áreas de complementaridade, ampliando assim efetivamente o
âmbito do programa conjunto das universidades. O CMUC tem várias colaborações com outros departamentos
permitindo aos estudantes aprender sobre a aplicação das suas pesquisas, contribuindo para a sua orientação
profissional depois do doutoramento, possivelmente fora da academia.
O CMUC é um centro de pesquisa fundado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Tem sido premiado
com a classificação mais alta pelos 3 últimos painéis de avaliação internacionais (“Excelente” em 2002 e 2008
e “Excecional” em 2013).
O CMUC organiza regularmente seminários dentro das atividades dos grupos de pesquisa e um colóquio.
Unidade de Química e Física Molecular
A Unidade de Investigação e Desenvolvimento “Química-Física Molecular” da Universidade de Coimbra
(QFM-UC) é um grupo multidisciplinar e interdepartamental (com sede no Departamento de Química da
FCTUC).
A QFM-UC é responsável pelo Laboratório de Espectroscopia Vibracional em Sistemas Biológicos da Univ.
de Coimbra (VIBIMA), infraestrutura de excelência na área da espectroscopia vibracional ótica.
Adicionalmente, as técnicas vibracionais não-óticas (difusão de neutrões) estão também asseguradas através
de uma longa e estreita colaboração com o Rutherford Appleton Laboratory (UK). A equipa possui uma vasta
e reconhecida experiência no estudo de sistemas biológicos e farmacologicamente relevantes, nomeadamente
na sua caracterização estrutural e conformacional. A interligação entre os métodos físico-químicos e de
biologia molecular permite correlacionar a estrutura química com a atividade biológica, assegurando ainda o
acesso a amostras biológicas e o seu correto manuseamento. A atividade científica da QFM-UC desenvolve-se
em dois grandes domínios: “Estrutura Molecular versus Atividade Biológica” e “Estrutura Molecular versus
Educação, História & Filosofia/Ciências”.
Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas
O LIP é uma associação científica e técnica de utilidade pública que tem por objetivos a investigação no
campo da Física Experimental de Altas Energias e da Instrumentação Associada.
Os domínios de investigação do LIP têm crescido por forma a englobar a Física Experimental de Altas
Energias e Astro partículas, Instrumentação de Deteção de Radiação, Aquisição de Dados e Processamento de
Dados, Computação Avançada e aplicações em outros campos, em particular a Física Médica.
As atividades de pesquisa principais do laboratório são desenvolvidas no âmbito de grandes colaborações no
CERN e em outras organizações internacionais e grandes infraestruturas dentro e fora da Europa, como o
ESA, o SNOLAB, o GSI, a NASA e AUGER.
O LIP é "um laboratório associado" avaliado como "Excelente" em três avaliações sucessivas pelos painéis
internacionais.
Nos seus três laboratórios em Coimbra, Lisboa e no Minho, o LIP tem aproximadamente 170 colaboradores,
dos quais mais de 70 doutorados, sendo muitos professores nas universidades locais.
O centro de Coimbra tem uma longa experiência em R&D de sistemas de deteção de radiação e suas
aplicações em experiências. A sua atividade é apoiada por uma oficina mecânica bem equipada e com pessoal
especializado.
Centro de Física Teórica de Partículas
O CFTP é um grupo internacional de Física que trabalha com partículas físicas teorias, astro partículas,
cosmologia e física de Hedron. O CFTP também colabora com um grupo que trabalha na Física de partículas
experimentais no CERN.
A descoberta de que os neutrinos conseguem converter de um tipo de partícula para o outro e por isso mesmo
têm massa diferente de zero, foi uma grande descoberta para a física de partículas elementares. Esta
descoberta permitiu fundamentar todas as pesquisas que foram feitas desde que esta partícula (neutrino) foi
descoberta, em 1956, mas foi só por volta do virar do milénio que duas descobertas convincentes foram feitas
para fundamentar o trabalho já desenvolvido (em 1998 na convenção Neutrino 98 e em 2001/2002 no
laboratório de neutrinos em Sudbury). O assunto “neutrino” é ainda hoje em dia uma das coisas mais
importantes para o desenvolvimento da ciência à volta do mundo.
Ganhou o prémio nobel da física em 2015. Isto deu reconhecimento a Takaaki Kajita e Arthur B. McDonald,
pela sua contribuição chave nas experiências que demonstraram que neutrinos mudam de identidade. Esta
metamorfose requer que os NA coco-eutrinos tenham massa. A descoberta que mudou o nosso conhecimento
sobre as mais complexas matérias e que pode vir a mostrar-se crucial para a nossa visão futura sobre o
universo.
Pesquisa sobre neutrinos no CFTP:
O prémio Nobel de 2015 foi recebido com grande entusiasmo no CFTP. A Física dos Neutrinos é um tópico e
xtraordinário de pesquisa no CFTP, e realmente, muitos membros do CFTP trabalham na linha da frente desta
pesquisa.
Aumento do número de instituições de I&D em Portugal
Para além destas 6 instituições apresentadas pelo grupo, existem muitos mais centros de investigação
distribuídos por todo o país.
Este gráfico mostra as 319 instituições de investimento e desenvolvimento que existem em Portugal. É
possível concluir que é na zona de Lisboa que existem a maior concentração de deste tipo de centros,
contrariando as ilhas e o Algarve que são os locais com menor número de instituições. Conclui-se ainda que
dos 319 centros de investigação e desenvolvimento, 131 estudam ciências sociais e humanísticas, seguindo em
segundo lugar os centros que estudam ciências exatas e da engenharia, ciências da vida e saúde com 39
centros e por último 37 centros de ciências naturais e do ambiente.
Conclusão:
Em Portugal, a ciência cresceu bastante após o 25 de Abril como consequência da alteração de regime e a
consequente alteração de ideais dos chefes do governo, de uma alteração dos níveis educacionais em Portugal,
de um maior investimento público e privado na ciência, da participação de Portugal em projetos internacionais
em grandes organizações científicas, de ajuda externa, do crescimento do emprego científico e da nova forma
de olhar para a ciência. Apesar do crescimento, existem sempre problemas que vão surgindo e o principal
problema, identificado pelo grupo é a o facto das organizações científicas portuguesas terem sido fundadas tão
tarde, quando o nível científico nomeadamente europeu, já era avançado.
Este desenvolvimento científico pode ser comprovado com: o número de publicações científicas escritas por
autores portugueses entre 1991 e 2010 que chegaram quase às 17 mil; o número de instituições de
investigação e desenvolvimento que após o 25 de Abril aumentaram como o grupo apresentou anteriormente
e, por último, o número de pessoas envolvidas em atividades de investigação e desenvolvimento que, em 1982
rondava as 2 pessoas por 1000 ativos, sendo que investigadores era ainda em número mais reduzido e que em
2010 passaram a sensivelmente 10 pessoas por mil ativos sendo que 9 são investigadores, o que revela um
bom crescimento.
É possível afirmar então que, em Portugal existem centros de investigação e investigadores que são dados
como os melhores do mundo nas suas investigações e, por isso, têm recebido vários prémios a nível mundial.
Bibliografia/webgrafia
 Powerpointdostor
 http://www.cla.org.pt/docs/prici1-gago.pdf
 http://www.iastro.pt/
 http://www.ciceco.ua.pt/index.php?language=pt

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Evolução Ciência Portugal Pós-25 Abril

  • 1. Ciência em Portugal após o 25 de Abril Introdução: Na sequência daquilo que nos foi pedido na disciplina de Temas do Mundo Contemporâneo, pelo professor Francisco Cid, vamos analisar a evolução da ciência em Portugal após a revolução de 25 de Abril de 1974 e, para isso, vamos recuar alguns anos atrás para analisar de forma mais assertiva a evolução da ciência, analisando, também, áreas de investigação em universidades distintas. Antes da Revolução de 25 de abril de 1974: Portugal foi, desde sempre, um país pouco inovador e com pouca tradição na investigação. Muitas foram as tentativas de mudar este rumo, mas sem sucesso: começou a partir de 1755 com Sebastião de Carvalho e Melo, Marquês Pombal, que contratou o físico italiano Geovanni D’Alla Bella para liderar o projeto português na área da física. Em 1845, as disciplinas de física e química passaram a ser obrigatórias na escola politécnica de Lisboa. Apesar destas tentativas era ainda defendido que o país deveria apenas utilizar as ciências descobertas noutros países. Na transição do século XIX para o século XX, surgiram novas tentativas de investigadores para dar um novo impulso à ciência em Portugal, novamente sem sucesso. Em 1910 com a implantação da república, foram criadas faculdades de ciências em Lisboa e no Porto, mas as dificuldades financeiras não davam margem de manobra para a investigação. Foram, também, atribuídas bolsas de estudo para investigadores desenvolverem no estrangeiro as suas investigações, contudo quando regressaram ao país, faltavam projetos, equipamentos e salários. Nos anos 30 do século XX, diversos projetos de origem científica começaram a ser desenvolvidos: Cyrillo Soares criou o laboratório de física da Faculdade de Ciências de Lisboa, onde procurou condições para que os investigadores estrangeiros pudessem continuar as suas investigações em Portugal, trabalho este que não foi continuado. Durante o século XX, os principais avanços a nível público foram: a fundação da Junta da Educação Nacional (JEN), em 1929, que tinha como funções melhorar ou subsidiar instituições destinadas a trabalhos de investigação e propaganda científica. A esta sucedeu-se a Junta Nacional de Educação (JNE), principalmente a 7ª secção que tratava da investigação científica e relações culturais, sendo parte constituinte do Instituto para a Alta Cultura (IAC). Fundou-se depois a Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT) em 1967 com o objetivo de planear, fomentar e coordenar a investigação científica e tecnológica em Portugal. Já a nível privado, o Instituto Gulbenkian de Ciência, fundado em 1964 foi o marco importante.
  • 2. Até 1974, a situação financeira continuou pouco propícia ao desenvolvimento de projetos científicos em Portugal, principalmente devido a Salazar que privilegiava a agricultura acima de qualquer outra área. Logo após a revolução, os laboratórios que foram encerrados devido à ditadura reabriram sob nova direção. Após a Revolução de 25 de abril de 1974: Após o 25 de abril, a ciência cresceu em Portugal devido a muitos fatores. Para o grupo, o fim da ditadura do Estado Novo foi uma marca histórico-temporal que desencadeou uma série de acontecimentos que contribuíram para o desenvolvimento científico em Portugal. Como analisado no início do trabalho, o Estado Novo era bastante conservador e não investia nem apoiava nenhuma outra área a não ser a agricultura, deixando a ciência para trás, importando as inovações científicas de outros países. Com a alteração de regime, a educação, os recursos humanos e o emprego científico, os investimentos e a nova cultura científica contribuíram bastante para este desenvolvimento, sendo o Homem a figura principal do mesmo.  Quanto à educação, as disciplinas científicas já faziam parte do plano de estudos do ensino básico e secundário. Eram bastante teóricas, tornando-se, após a Revolução, um pouco mais práticas. Antes disso, a partir de 1974, o número de portugueses detentores de um curso superior começou a subir a pique sendo que o número era maior no sexo feminino atingindo em 2011 um número a rondar os 800 mil. Também em relação aos doutoramentos o número aumentou após a revolução  Com isto, o emprego relacionado com a ciência aumentou. Embora em números reduzidos em relação à escala internacional, o papel dos Laboratórios de Estado foi bastante importante. Com a expansão do Ensino Superior em Portugal, o crescimento do emprego científico concentrou-se nesse mesmo ensino. Existe um aumento dos centros de investigação integrados em universidades fazendo com que exista um desenvolvimento e uma consolidação das instituições de investigação, mas que dependerá dos quadros de professores e de investigadores das universidades com o objetivo de reforçar e rejuvenescer a capacidade científica e do reforço da autonomia e dos recursos financeiros ligados à capacidade de criar emprego.  No que toca ao investimento, os investimentos portugueses foram sempre menos relativamente à
  • 3. media da UE. Contudo, o valor gasto do seu PIB em Investigação e Desenvolvimento cresceu entre os últimos anos do século XX e o início do século XXI. Apesar dos recursos das instituições científicas portugueses serem menores relativamente às instituições do resto da europa, Portugal conseguiu sempre ter os seus centros de investigação bem classificados, recebendo vários prémios importantes a nível internacional. Como referido, nos anos finais do século passado, Portugal conseguiu ter fluxos de desenvolvimento elevados, fruto de uma maior aposta, ou seja, investimento, pública, uma contribuição de fundos europeus e Portugal colaborou ainda com organizações científicas internacionais de grande importância. No gráfico abaixo, é possível concluir que as despesas em atividades de investigação e desenvolvimento começaram a subir na década de 80 do século XX, sendo que as empresas investigaram bastante a partir do início do século XXI, tal como o ensino superior recebeu maior investimento.
  • 4.  Para terminar, o último fator relativo ao crescimento cientifico português foi a cultura científica. Para além de todos os fatores referidos anteriormente, após a revolução houve um aumento da cultura científica nos portugueses. A cultura científica consiste na “construção e organização de oportunidades de socialização para a ciência” (José Mariano Gago, 2004). O uso do conhecimento, o debate e a participação em projetos científicos fazem parte dessa cultura que deve ser aliada aos centros e museus de ciência, escolas, laboratórios e aos próprios cientistas que devem partilhar o seu conhecimento. Este crescimento científico em Portugal fez com que vários portugueses fossem premiados nos vários ramos científicos. São vários os prémios ganhos por cientistas portugueses como: em 2004, José Mendes venceu o prémio de física do Instituto Gulbenkian, Paulo Freire venceu, no Conselho Europeu de Pesquisa, o prémio de astronomia, Gonçalo Abecasis ganhou o prémio Overton da Biologia e Nuno Maulide foi premiado com o prémio excelência da Bayer em Química. Após o 25 de Abril, logo em 1976 foi criado o Instituto de Cultura Portuguesa (ICP) e o Instituto Nacional de Investigação Cientifica (INIC) que surgiu após o fim do Instituto de Alta Cultura e que manteve as mesmas funções que o anterior. No fim do séc. XX, foi criada a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) que avalia e financia atividades de investigação, o Instituto de Cooperação Científica e Tecnologia Internacional (ICCTI)que coordenava as ações científicas de cooperação internacional e o Observatório das Ciências e Tecnologias (OCT) que estuda a capacidade científica e tecnológica de Portugal. Todas estas fundações são publicas, ou seja, pertencem ao governo. Por outro lado, a nível privado em 2004 foi entrou em atividade a Fundação Champalimaud que presta auxílio e apoio e desenvolve programas de investigação biomédica, sendo um centro de grande sucesso mundial. Atualmente, e como já analisado, são vários os centros de investigação e laboratórios existentes em todo o país que pertencem a universidades, e que analisámos escolhendo-os aleatoriamente de uma lista que nos foi providenciada.
  • 5. Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço Criado em 2015 com a união das unidades de investigação do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa e o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto. Foi eleito classificada recentemente como “Excelente” e referido como a “instituição de investigação mais importante na área da Astronomia e Ciências do Espaço em Portugal”. O instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) é uma estrutura de investigação com uma dimensão nacional pois concretiza uma visão ousada e útil para o desenvolvimento da Astronomia, Astrofísica e Ciências Espaciais em Portugal aproveitando diversas experiências a nível europeu. Este é um centro que pertence à Universidade de Lisboa cujas atividades se realizam no Observatório Astronómico de Lisboa e no Planetário do Porto. Atualmente, o IA engloba mais de dois terços de todos os investigadores ativos em ciências Espaciais em Portugal e é responsável por uma quantidade ainda maior da produtividade nacional em revistas internacionais na área de Ciências Espaciais. Esta é a área científica com maior fator de impacto relativo (1,65 vezes acima da média internacional) e o campo com o maior número médio de citações por artigo para Portugal. Os projetos do IA são financiados a nível nacional e internacional através de algumas instituições/fundações tais como: Fundação para Ciência e Tecnologia; European Commission; Bilateral Cooperation Agreements(entre outras associações), etc. Atualmente, a IA centra os seus estudos em 3 grupos de investigação:  Origem e Evolução de Estrelas e Planetas  Galáxias, Cosmologia e evolução do Universo  Instrumentação e Sistemas E em 5 linhas temáticas:  A detenção e caracterização de outras Terras  Rumo a um estudo abrangente de estrelas  A história da formação de galáxias resolvida no espaço e no tempo  Revelando a dinâmica do Universo  Sistemas e Tecnologia
  • 6. Instituto de Materiais de Aveiro O Laboratório Associado CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro, denominado anteriormente CICECO - Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos, criado em março de 2002 na Universidade de Aveiro, tem como missão de desenvolver a base de conhecimento científico e tecnológico necessária para a produção e transformação inovadora de materiais cerâmicos, híbridos orgânicos-inorgânicos e materiais para um desenvolvimento sustentável. O CICECO é hoje o maior instituto português em matéria de Engenharia e Ciência dos Materiais. O grupo é formado por 44 Professores, 27 Investigadores e, à data de dezembro de 2015, 83 Pós-Doutorados, 116 estudantes de doutoramento e cerca 67 outros estudantes. Baseia-se em 4 linhas de investigação:  Tecnologias da Comunicação e Informação  Energia e Aplicações Industriais  Sustentabilidade e Saúde  Computação e Modelação O CICECO é verdadeiramente um grupo de investigação internacional: 33% dos investigadores e 29% dos Pós-Doutorados são estrangeiros; faz parte da principal rede de investigação europeia em matérias; faz parte de várias redes de excelência que contribuem para a internacionalização da investigação e formação de recursos humanos; encontra-se acredito pelo Centro Europeu de Pós-Graduação em materiais cerâmicos avançados.
  • 7. Centro Matemático da Universidade de Coimbra É uma unidade de pesquisa com interessa em matemática pura e aplicada, ativamente envolvida nas pesquisas tal como na educação de pós-graduação. As instalações da CMUC estão localizadas no Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra. O CMUC hospeda mais de 60 pesquisadores, organizados em 6 grupos:  Álgebra e combinações  Álgebra, lógica e topologia  Análise  Geometria  Análise numérica e otimização  Probabilidades e estatísticas Para além destes grupos de pesquisa, o CMUC tem 3 Linhas Temáticas transversais de atividades, em Matemática Computacional, Divulgação e Popularização da Matemática e História da Matemática. O tamanho e diversidade do centro encoraja a colaboração entre pessoas que trabalham em diferentes campos, tendo em mente a fundamental unidade da Matemática. O Laboratório para Matemática Computacional da CMUC promove a pesquisa na matemática computacional e informática científica, como técnicas para a solução de problemas quantitativos desafiantes que surgem na ciência, engenharia, finanças e gestão. A atividade do LMC inclui pesquisa interdisciplinar, informática de alto rendimento e desenvolvimento de software numérico, colaboração com a indústria e apoio para os alunos de licenciatura. A atividade do LMC é transversala todos os grupos e a sua tendência é a aplicação natural dos projetos – que normalmente envolve pessoas de outras disciplinas -, e a perspetiva colaboração com parceiros fora da academia, nomeadamente a indústria. CMUC é associada com o UC Unida | UP Doutoramento de Programa em Matemáticas. Este programa é juntamente organizado pelo departamento de matemáticas das Universidades de Coimbra e Porto, e é baseado nas equipas de pesquisa do CMUC e do Centro de Matemática da Universidade do Porto. As duas equipas têm um nível alto de experiência na supervisão dos alunos de doutoramento a nível individual. Eles têm áreas de interesse comum e perícia, mas também muitas áreas de complementaridade, ampliando assim efetivamente o âmbito do programa conjunto das universidades. O CMUC tem várias colaborações com outros departamentos permitindo aos estudantes aprender sobre a aplicação das suas pesquisas, contribuindo para a sua orientação profissional depois do doutoramento, possivelmente fora da academia. O CMUC é um centro de pesquisa fundado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Tem sido premiado com a classificação mais alta pelos 3 últimos painéis de avaliação internacionais (“Excelente” em 2002 e 2008 e “Excecional” em 2013). O CMUC organiza regularmente seminários dentro das atividades dos grupos de pesquisa e um colóquio.
  • 8. Unidade de Química e Física Molecular A Unidade de Investigação e Desenvolvimento “Química-Física Molecular” da Universidade de Coimbra (QFM-UC) é um grupo multidisciplinar e interdepartamental (com sede no Departamento de Química da FCTUC). A QFM-UC é responsável pelo Laboratório de Espectroscopia Vibracional em Sistemas Biológicos da Univ. de Coimbra (VIBIMA), infraestrutura de excelência na área da espectroscopia vibracional ótica. Adicionalmente, as técnicas vibracionais não-óticas (difusão de neutrões) estão também asseguradas através de uma longa e estreita colaboração com o Rutherford Appleton Laboratory (UK). A equipa possui uma vasta e reconhecida experiência no estudo de sistemas biológicos e farmacologicamente relevantes, nomeadamente na sua caracterização estrutural e conformacional. A interligação entre os métodos físico-químicos e de biologia molecular permite correlacionar a estrutura química com a atividade biológica, assegurando ainda o acesso a amostras biológicas e o seu correto manuseamento. A atividade científica da QFM-UC desenvolve-se em dois grandes domínios: “Estrutura Molecular versus Atividade Biológica” e “Estrutura Molecular versus Educação, História & Filosofia/Ciências”. Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas O LIP é uma associação científica e técnica de utilidade pública que tem por objetivos a investigação no campo da Física Experimental de Altas Energias e da Instrumentação Associada. Os domínios de investigação do LIP têm crescido por forma a englobar a Física Experimental de Altas Energias e Astro partículas, Instrumentação de Deteção de Radiação, Aquisição de Dados e Processamento de Dados, Computação Avançada e aplicações em outros campos, em particular a Física Médica. As atividades de pesquisa principais do laboratório são desenvolvidas no âmbito de grandes colaborações no CERN e em outras organizações internacionais e grandes infraestruturas dentro e fora da Europa, como o ESA, o SNOLAB, o GSI, a NASA e AUGER. O LIP é "um laboratório associado" avaliado como "Excelente" em três avaliações sucessivas pelos painéis internacionais. Nos seus três laboratórios em Coimbra, Lisboa e no Minho, o LIP tem aproximadamente 170 colaboradores, dos quais mais de 70 doutorados, sendo muitos professores nas universidades locais. O centro de Coimbra tem uma longa experiência em R&D de sistemas de deteção de radiação e suas aplicações em experiências. A sua atividade é apoiada por uma oficina mecânica bem equipada e com pessoal especializado.
  • 9. Centro de Física Teórica de Partículas O CFTP é um grupo internacional de Física que trabalha com partículas físicas teorias, astro partículas, cosmologia e física de Hedron. O CFTP também colabora com um grupo que trabalha na Física de partículas experimentais no CERN. A descoberta de que os neutrinos conseguem converter de um tipo de partícula para o outro e por isso mesmo têm massa diferente de zero, foi uma grande descoberta para a física de partículas elementares. Esta descoberta permitiu fundamentar todas as pesquisas que foram feitas desde que esta partícula (neutrino) foi descoberta, em 1956, mas foi só por volta do virar do milénio que duas descobertas convincentes foram feitas para fundamentar o trabalho já desenvolvido (em 1998 na convenção Neutrino 98 e em 2001/2002 no laboratório de neutrinos em Sudbury). O assunto “neutrino” é ainda hoje em dia uma das coisas mais importantes para o desenvolvimento da ciência à volta do mundo. Ganhou o prémio nobel da física em 2015. Isto deu reconhecimento a Takaaki Kajita e Arthur B. McDonald, pela sua contribuição chave nas experiências que demonstraram que neutrinos mudam de identidade. Esta metamorfose requer que os NA coco-eutrinos tenham massa. A descoberta que mudou o nosso conhecimento sobre as mais complexas matérias e que pode vir a mostrar-se crucial para a nossa visão futura sobre o universo. Pesquisa sobre neutrinos no CFTP: O prémio Nobel de 2015 foi recebido com grande entusiasmo no CFTP. A Física dos Neutrinos é um tópico e xtraordinário de pesquisa no CFTP, e realmente, muitos membros do CFTP trabalham na linha da frente desta pesquisa.
  • 10. Aumento do número de instituições de I&D em Portugal Para além destas 6 instituições apresentadas pelo grupo, existem muitos mais centros de investigação distribuídos por todo o país. Este gráfico mostra as 319 instituições de investimento e desenvolvimento que existem em Portugal. É possível concluir que é na zona de Lisboa que existem a maior concentração de deste tipo de centros, contrariando as ilhas e o Algarve que são os locais com menor número de instituições. Conclui-se ainda que dos 319 centros de investigação e desenvolvimento, 131 estudam ciências sociais e humanísticas, seguindo em segundo lugar os centros que estudam ciências exatas e da engenharia, ciências da vida e saúde com 39 centros e por último 37 centros de ciências naturais e do ambiente.
  • 11. Conclusão: Em Portugal, a ciência cresceu bastante após o 25 de Abril como consequência da alteração de regime e a consequente alteração de ideais dos chefes do governo, de uma alteração dos níveis educacionais em Portugal, de um maior investimento público e privado na ciência, da participação de Portugal em projetos internacionais em grandes organizações científicas, de ajuda externa, do crescimento do emprego científico e da nova forma de olhar para a ciência. Apesar do crescimento, existem sempre problemas que vão surgindo e o principal problema, identificado pelo grupo é a o facto das organizações científicas portuguesas terem sido fundadas tão tarde, quando o nível científico nomeadamente europeu, já era avançado. Este desenvolvimento científico pode ser comprovado com: o número de publicações científicas escritas por autores portugueses entre 1991 e 2010 que chegaram quase às 17 mil; o número de instituições de investigação e desenvolvimento que após o 25 de Abril aumentaram como o grupo apresentou anteriormente e, por último, o número de pessoas envolvidas em atividades de investigação e desenvolvimento que, em 1982 rondava as 2 pessoas por 1000 ativos, sendo que investigadores era ainda em número mais reduzido e que em 2010 passaram a sensivelmente 10 pessoas por mil ativos sendo que 9 são investigadores, o que revela um bom crescimento. É possível afirmar então que, em Portugal existem centros de investigação e investigadores que são dados como os melhores do mundo nas suas investigações e, por isso, têm recebido vários prémios a nível mundial.
  • 12. Bibliografia/webgrafia  Powerpointdostor  http://www.cla.org.pt/docs/prici1-gago.pdf  http://www.iastro.pt/  http://www.ciceco.ua.pt/index.php?language=pt