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Influência da estimulação elétrica
    nervosa transcutânea (TENS)
associada ao alongamento muscular
      no ganho de flexibilidade

Rev. bras. fisioter. vol.12 no.5 São
      Carlos Sept./Oct. 2008
• OBJETIVO: Avaliar o efeito da associação alongamento e
  TENS nos músculos isquiotibiais de mulheres saudáveis
  sobre ganho de flexibilidade.

• MATERIAIS E MÉTODOS: Trinta mulheres foram
  aleatoriamente distribuídas em três grupos (n=10): controle
  (C) e grupos de alongamento (Al e Al+TENS). Estes últimos
  foram submetidos a alongamento estático (três repetições
  de 30 segundos) por duas semanas, sendo um deles
  (Al+TENS) submetido à aplicação de TENS por dez minutos
  (100hz; 40µs) antes da manobra, com estimulação presente
  durante a mesma. A flexibilidade foi avaliada pela extensão
  passiva do joelho antes e após cada sessão, sendo retiradas
  fotografias para análise pelo software AUTOCAD. A dor
  percebida foi avaliada com uma Escala Numérica de 0 a 10
  pontos. Os dados foram analisados mediante o teste t de
  Student, para amostras independentes e análise de
  variância, considerando nível de significância estatística o
  valor de p<0,05.
• O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da
  associação do alongamento muscular e TENS
  no grupo muscular dos isquiotibiais de
  sujeitos saudáveis, observando o ganho diário
  de flexibilidade muscular (logo após a sessão
  de alongamento), o ganho total (após o
  período de intervenção) e avaliando a
  percepção da dor provocada pelo
  alongamento muscular.
• Materiais e métodos
Caracterização do estudo

Foi realizado um estudo do tipo experimental,
randomizado, controlado, cego e de caráter
longitudinal para avaliar o efeito da associação
da TENS ao alongamento muscular nos
isquiotibiais de jovens saudáveis. Os dados
foram coletados nos meses de março e abril de
2007, sempre no mesmo horário do dia (entre
11 horas 30 minutos e 14 horas).
• Sujeitos
Trinta voluntárias não atletas foram
selecionadas aleatoriamente para participar do
estudo e distribuídas através de sorteio em três
grupos: (1) grupo submetido ao protocolo de
aplicação da TENS e protocolo de alongamento
(Al+TENS), além dos protocolos de avaliação
(flexibilidade e percepção dolorosa); (2) grupo
submetido ao protocolo de alongamento e
protocolos de avaliação (Al); (3) grupo controle
(C) submetido apenas ao protocolo de avaliação
da flexibilidade
• Instrumentos
• Foi utilizada uma prancha desenvolvida por
  Brasileiro, Faria & Queiroz9 para avaliação da
  flexibilidade dos isquiotibiais por meio da
  medição da ADM de extensão passiva do joelho.
  Uma câmera digital da marca Canon, 3.0
  megapixels, foi usada para registrar as imagens
  da extensão do joelho, para posterior análise por
  meio do software AUTOCAD 2007.
• Também foi utilizada uma unidade de TENS
  portátil de duplo canal da marca Quark (TENS VIF
  973), eletrodos quadrados auto-adesivos de 5cm2
  e adesivos prateados de formato circular da
  marca Pimaco do tipo TP16 para destacar os
  pontos anatômicos.
Protocolo de aplicação da TENS



Foi aplicada TENS convencional (100Hz, 40µs,
intensidade no limite sensorial tolerável, sem
contração muscular) com onda do tipo bifásica
assimétrica, sendo realizada uma tricotomia na
região de fixação dos eletrodos.
• Após dez minutos de aplicação22 da TENS, com
  variação de intensidade e freqüência (VIF)
  para evitar acomodação ao estímulo elétrico,
  foi realizada a manobra de alongamento com
  a estimulação ainda presente.
Protocolo de alongamento

O alongamento utilizado neste estudo foi do
tipo estático, sendo aplicado por meio de uma
flexão de quadril do membro inferior direito, de
maneira lenta e suave, até que a voluntária
referisse desconforto no limite de tolerância,
sendo neste ponto sustentado por 30
segundos1,4,23. O joelho do membro alongado foi
mantido em extensão completa com o tornozelo
na posição neutra e o membro oposto
estabilizado em extensão pelo pesquisador.
Protocolo de medição da percepção dolorosa

Após a realização do protocolo de alongamento,
as voluntárias dos grupos Al e Al+TENS referiram
a dor percebida durante o alongamento
muscular em todos os dias de experimentos
através de uma Escala Numérica de Avaliação da
Dor de 11 pontos, na qual zero significa ausência
de dor e dez a dor máxima24.
• Desta forma, o grupo C foi submetido à
  apenas duas avaliações do ângulo de extensão
  passiva do joelho, com um intervalo de duas
  semanas entre as medições (tempo
  correspondente à intervenção), e os grupos Al
  e Al+TENS, além das avaliações, foram
  submetidos ao protocolo de alongamento e à
  avaliação da percepção dolorosa.
• A Tabela 2 apresenta os resultados do tratamento
  para os grupos do estudo em relação ao ganho
  diário, ganho total e ADM ao fim do experimento
  (ADM Final). Os grupos Al e Al+TENS
  apresentaram ganho total de ADM e ADM Final
  significativamente maiores que o grupo C
  (p<0,05), indicando a eficácia dos protocolos
  utilizados no ganho de flexibilidade. No entanto,
  o ganho total de ADM, ganho diário, bem com a
  ADM Final, não foram estatisticamente diferentes
  entre os grupos Al e Al+TENS, sugerindo um
  ganho de flexibilidade equivalente entre estes
  grupos.
• Conclusões

O alongamento estático mostrou-se eficiente
para promover aumento da flexibilidade
muscular dos isquiotibiais, no entanto, sua
associação a TENS não foi suficiente para
promover maior ganho de flexibilidade ao se
comparar ao alongamento isolado. A TENS não
foi eficiente em reduzir a percepção dolorosa
provocada pelo alongamento muscular dos
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Influência da TENS e alongamento na flexibilidade dos isquiotibiais

  • 1. Influência da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) associada ao alongamento muscular no ganho de flexibilidade Rev. bras. fisioter. vol.12 no.5 São Carlos Sept./Oct. 2008
  • 2. • OBJETIVO: Avaliar o efeito da associação alongamento e TENS nos músculos isquiotibiais de mulheres saudáveis sobre ganho de flexibilidade. • MATERIAIS E MÉTODOS: Trinta mulheres foram aleatoriamente distribuídas em três grupos (n=10): controle (C) e grupos de alongamento (Al e Al+TENS). Estes últimos foram submetidos a alongamento estático (três repetições de 30 segundos) por duas semanas, sendo um deles (Al+TENS) submetido à aplicação de TENS por dez minutos (100hz; 40µs) antes da manobra, com estimulação presente durante a mesma. A flexibilidade foi avaliada pela extensão passiva do joelho antes e após cada sessão, sendo retiradas fotografias para análise pelo software AUTOCAD. A dor percebida foi avaliada com uma Escala Numérica de 0 a 10 pontos. Os dados foram analisados mediante o teste t de Student, para amostras independentes e análise de variância, considerando nível de significância estatística o valor de p<0,05.
  • 3. • O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da associação do alongamento muscular e TENS no grupo muscular dos isquiotibiais de sujeitos saudáveis, observando o ganho diário de flexibilidade muscular (logo após a sessão de alongamento), o ganho total (após o período de intervenção) e avaliando a percepção da dor provocada pelo alongamento muscular.
  • 4. • Materiais e métodos Caracterização do estudo Foi realizado um estudo do tipo experimental, randomizado, controlado, cego e de caráter longitudinal para avaliar o efeito da associação da TENS ao alongamento muscular nos isquiotibiais de jovens saudáveis. Os dados foram coletados nos meses de março e abril de 2007, sempre no mesmo horário do dia (entre 11 horas 30 minutos e 14 horas).
  • 5. • Sujeitos Trinta voluntárias não atletas foram selecionadas aleatoriamente para participar do estudo e distribuídas através de sorteio em três grupos: (1) grupo submetido ao protocolo de aplicação da TENS e protocolo de alongamento (Al+TENS), além dos protocolos de avaliação (flexibilidade e percepção dolorosa); (2) grupo submetido ao protocolo de alongamento e protocolos de avaliação (Al); (3) grupo controle (C) submetido apenas ao protocolo de avaliação da flexibilidade
  • 6. • Instrumentos • Foi utilizada uma prancha desenvolvida por Brasileiro, Faria & Queiroz9 para avaliação da flexibilidade dos isquiotibiais por meio da medição da ADM de extensão passiva do joelho. Uma câmera digital da marca Canon, 3.0 megapixels, foi usada para registrar as imagens da extensão do joelho, para posterior análise por meio do software AUTOCAD 2007. • Também foi utilizada uma unidade de TENS portátil de duplo canal da marca Quark (TENS VIF 973), eletrodos quadrados auto-adesivos de 5cm2 e adesivos prateados de formato circular da marca Pimaco do tipo TP16 para destacar os pontos anatômicos.
  • 7. Protocolo de aplicação da TENS Foi aplicada TENS convencional (100Hz, 40µs, intensidade no limite sensorial tolerável, sem contração muscular) com onda do tipo bifásica assimétrica, sendo realizada uma tricotomia na região de fixação dos eletrodos.
  • 8. • Após dez minutos de aplicação22 da TENS, com variação de intensidade e freqüência (VIF) para evitar acomodação ao estímulo elétrico, foi realizada a manobra de alongamento com a estimulação ainda presente.
  • 9. Protocolo de alongamento O alongamento utilizado neste estudo foi do tipo estático, sendo aplicado por meio de uma flexão de quadril do membro inferior direito, de maneira lenta e suave, até que a voluntária referisse desconforto no limite de tolerância, sendo neste ponto sustentado por 30 segundos1,4,23. O joelho do membro alongado foi mantido em extensão completa com o tornozelo na posição neutra e o membro oposto estabilizado em extensão pelo pesquisador.
  • 10. Protocolo de medição da percepção dolorosa Após a realização do protocolo de alongamento, as voluntárias dos grupos Al e Al+TENS referiram a dor percebida durante o alongamento muscular em todos os dias de experimentos através de uma Escala Numérica de Avaliação da Dor de 11 pontos, na qual zero significa ausência de dor e dez a dor máxima24.
  • 11. • Desta forma, o grupo C foi submetido à apenas duas avaliações do ângulo de extensão passiva do joelho, com um intervalo de duas semanas entre as medições (tempo correspondente à intervenção), e os grupos Al e Al+TENS, além das avaliações, foram submetidos ao protocolo de alongamento e à avaliação da percepção dolorosa.
  • 12. • A Tabela 2 apresenta os resultados do tratamento para os grupos do estudo em relação ao ganho diário, ganho total e ADM ao fim do experimento (ADM Final). Os grupos Al e Al+TENS apresentaram ganho total de ADM e ADM Final significativamente maiores que o grupo C (p<0,05), indicando a eficácia dos protocolos utilizados no ganho de flexibilidade. No entanto, o ganho total de ADM, ganho diário, bem com a ADM Final, não foram estatisticamente diferentes entre os grupos Al e Al+TENS, sugerindo um ganho de flexibilidade equivalente entre estes grupos.
  • 13.
  • 14. • Conclusões O alongamento estático mostrou-se eficiente para promover aumento da flexibilidade muscular dos isquiotibiais, no entanto, sua associação a TENS não foi suficiente para promover maior ganho de flexibilidade ao se comparar ao alongamento isolado. A TENS não foi eficiente em reduzir a percepção dolorosa provocada pelo alongamento muscular dos isquiotibiais.