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DROGAS E FAMÍLIA:
USO E ABUSO, RISCO E PROTEÇÃO
Bruno C. Morais Lopes
Psicólogo
CRP04/35.851
Família...
• A história remete o surgimento de “família” há cerca de 4 milhões
de anos atrás, surgidas pela necessidade básica de se defender;
• Através dos anos, com as mudanças de configuração e concepção,
o conceito se torna amplo;
• Um único consenso aponta para a família como modelo básico de
socialização, um sistema vivo;
• A família tem então o poder de transformar e ser transformada
pelo meio, sendo em seu interior a formação da identidade
pessoal.
Família...
• Brusca mudança no conceito à partir da década de 50 e 60, com a
ascensão da mulher ao mercado de trabalho, a diminuição do
número de filhos, a valorização da criança como um ser de
direitos;
• Mudam-se as relações de poder, os papéis e tarefas de homem e
mulher passam a ser divididos e até mesmo a se inverter;
• A insistente prevalência da cultura do machismo, mesmo com
mudanças significativas no âmbito da igualdade.
A família contemporânea...
• Novos valores, sociais e culturais;
• Globalização e evolução tecnológica;
• Novos desafios: violência urbana, desemprego, DSTs, uso e abusco
de psicotrópicos;
• Necessidade de novas abordagens para novas famílias, que
diariamente passam por estas dificuldades, principalmente em
relação ao uso de substâncias ilícitas. Como lidar com o
preconceito, (des)informação, reação e temores dos pais em
relação ao uso, razões que levam o sujeito à dependência.
A família contemporânea...
• A realidade mostra que a exposição à diversos destes fatores vêm
causando um nível de estresse intrafamiliar alarmante;
• O estresse, por consequência, pode gerar a necessidade de
“respostas rápidas” para o sofrimento, de calmantes à drogas
ilícitas;
• Nem todos se tornam dependentes, mas com o tempo começam a
vir dificuldades no trabalho, na escola, em casa;
• Os problemas podem surgir desde uma alteração no sono e evoluir
até situações de violência familiar.
Família e o uso...
• O tema, de forma geral, causa preocupação em toda a família;
• Os pais podem sentir temor, sentimentos de raiva e mesmo de
insegurança e impotência diante desta realidade;
• É comum ouvir de pais, que tem seus filhos envolvidos com estes
problemas, o sentimento de medo ou mesmo de culpa;
• As mesmas respostas podem ser identificadas por parte dos
usuários, sempre surgindo como esta “alternativa” para as
dificuldades enfrentadas;
A família e o uso...
• Estudos epidemiológicos apontam que as drogas mais consumidas
no Brasil são as lícitas, aquelas comercializadas livremente;
• Destaca-se aqui o uso de álcool, cigarro, medicamentos
“controlados”;
• Faz-se necessário ampliar este entendimento, de que “droga” não
é um conceito somente para cocaína, maconha, crack;
• A informação e a divulgação deste tipo de dependência se faz
necessária, uma vez que é função familiar a maior parte desta
prevenção.
O papel da família...
• O sistema familiar, como fonte formadora de comportamentos e
crenças;
• A prevenção começa na infância, com o incentivo de hábitos
saudáveis e utilização adequada de medicações (quando
necessário);
• O comportamento dos pais é modelo para os filhos, exigindo
atenção aos próprios hábitos;
• A prevenção vai, então, se estender ao ambiente de convivência
externo ao lar;
O papel da família...
• A prevenção também diz respeito à convivência cotidiana, a forma
como se interage com, os envolvimentos afetivos, a necessidade
dos limites, discernimento quanto às tarefas de pais e de filhos;
• Este processo é necessário para que as situações de proteção
ocorram com crianças e adolescentes e estes tenham menores
riscos relacionados a vulnerabilidades e uso de drogas;
• O ambiente de toda a família deve ser propício para um
crescimento e desenvolvimento saudável.
O papel da família...
• Dificuldades com o fenômeno da “invisibilidade familiar”. Famílias
que vivem marginalizadas e alheias ao mundo;
• Problemas como desqualificação, dissociação e invalidação social,
impostas muitas vezes pela sociedade em que vive;
• As classes socialmente desfavorecidas mostram-se mais
vulneráveis e já são demasiadamente culpabilizadas (mesmo com
a atual realidade apontando níveis páreos entre classe alta e
classe baixa);
• A formação e informação destas famílias, no sentido de promover
tanto sua inserção quanto seu progresso.
A família e o tratamento...
• As propostas de tratamentos partem das intervenções:
diagnóstico, desintoxicação, medicação, terapia, grupos de apoio,
internação;
• É importante desenvolver a consciência de que quando a droga é
presente na vida de uma pessoa, todo o ambiente familiar passará
por momentos de instabilidade, todos serão afetados por este uso;
• Sabendo disto, a família é então parte integrante e determinante
num tratamento deste tipo;
• Pesquisas indicam uma melhora gradativa, com melhores
resultados, em pacientes que contam com o apoio familiar;
A família, o adolescente e o uso...
• Conceito de adolescência proposto em 1904, pelo psicólogo norte-
americano Stanley Hall, definido como período turbulento, com
destaque para aspectos pejorativos e negativos da fase;
• Hoje a adolescência é vista como período de evolução, transição
entre vida infantil e adulta. As crises vão surgir mas tudo vai
depender da forma como isto é tratado pelo meio em que vivem;
• Importante ressaltar que o período é feito de vulnerabilidades, a
busca por “identificação” nos torna suscetíveis a erros que muitas
vezes podem ser irreversíveis;
A família, o adolescente e o uso...
• No VI Levantamento sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas
entre os estudantes de ensinos médio e fundamental, promovido
pelo SENAD (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas) aponta
que 60,5% dos estudantes já tiveram algum contato com álcool e
16,9% com tabaco, que comumente são associadas como “porta de
entrada” para outras substâncias;
• Observou-se também que o consumo dobra na faixa etária de
transição para adolescência (10 a 13). Apontando-se que quanto
mais cedo se começa o uso, maior a chance de dependência.
Razões para o uso...
• Considerando toda este contexto de buscas, experiências novas e
novas expectativas, compreende-se que alguns passam a ter
problemas a partir destas novidades;
• A curiosidade é um sentimento natural na fase de adolescência, é
um dos fatores que mais contribuem a experimentação, bem como
a necessidade de aprovação e influência dos amigos;
• Contudo, é importante saber que não é somente a busca do prazer
que está associada ao uso de drogas e outras substâncias
prejudiciais;
Razões para o uso...
• O uso para evitar o desprazer também é comum;
• Sintomas depressivos, que estão presentes em uma adolescência
“normal”, podem ser um fator desencadeante;
• O jovem que se encontra triste, ansioso, ocioso, sem atividades ou
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de ter que se drogar para obter alívio, ou mesmo ter a “coragem
necessária” para tomar certas atitudes (furto, roubo, brigas, auto-
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• Fatores estressores como abuso físico/emocional/sexual e
agressão podem ser também determinantes;
Razões para o uso...
• O uso, cada vez mais precoce, está relacionado à crescente falta
de autoestima, insegurança, inabilidades em resolução de
problemas do cotidiano;
• São problemas que muitas vezes, talvez em sua maioria, têm
origem na infância;
• O afeto, a atenção, a presença e o cuidado dos e dos demais
responsáveis darão a criança a noção de proteção, de zelo. Bem
como a responsabilização e aceitação de suas realidades,
aprendendo a lidar, desde muito cedo, com as adversidades que
podem surgir ao longo de sua vida.
A família...
• A família pode então ser considerada fator de proteção ou fator de
risco;
• É seu dever proporcionar um ambiente saudável, autonomia,
independência e fornecer as informações necessárias para que o
sujeito cresça hábil a tomar as decisões assertivas na vida;
• Então, com tudo que foi exposto, a família é parte determinante
na prevenção, no uso, no tratamento e se torna parte
responsabilizada em quaisquer atitudes errôneas que o indivíduo
insistir em realizar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALAVARSE, G. M. A.; CARVALHO, M. D. B. Álcool e adolescência: o perfil de consumidores de
um município do norte do Paraná. Esc. Anna Nery, v. 10, n. 3, p. 408 - -416, 2006.
BANDURA, A. Social learning theory. New York: General Learning Press, 1971.
BARROS, M. A.; PILLON, S. C. Programa Saúde da Família: desafios e potencialidades frente
ao uso de drogas. Rev. Eletr. Enferm., v. 8, n. 1, p. 144-149, 2006. Disponível em:
<http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1/ revisao_02.htm>. Acesso em: fev. 2011.
CARLINI, A. E. et al. I Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no
Brasil: estudo envolvendo as 107 maiores cidades do país – 2001. São Paulo: CEBRID –
UNIFESP, 2002.
CASTEL, R. As armadilhas da exclusão social. In: CASTEL, R.; WANDERLEY, L. E. W.;
BELFIORE-WANDERLEY, M. Desigualdade e a questão social. São Paulo: Educ, 2004. p. 17-50.
_____. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis: Vozes, 2005.
CERVENY, C. M. O. (Org.). Família em movimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007. p.
155-172.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DE MICHELI, D.; FORMIGONI, M. L. O. S. Are reasons for the first use of drugs and family
circumstances predictors of future use patterns? Addictive Behaviors, v. 27, n. 1, p. 87-
100, 2002.
DONATTI, P. Sociologia delle polítiche familiari. Roma: Carocci, 2003.
_____. L’approcio relazionale alla famiglia. Bologna, 2006.
FLISHER, J. J.; GEREIN, N. Adolescentes. In: HEGGENHOUGEN, H. K.; QUAH, S. R. (Ed.).
International encyclopedia of public health. San Diego: Academic Press, 2008. v.1, p. 48-
55.
GALDURÓZ, J. C. F. et al. V Levantamento sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre
Estudantes do Ensino Fundamental e Médio nas 27 Capitais Brasileiras – 2004. São Paulo:
CEBRID – UNIFESP, 2005.
HAWKINS, J. D.; CATALANO, R. F. Communities that care: action for drug abuse prevention.
San Francisco: Jossey-Bass Publishers, 1992.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HINZT, H. C. Espaço relacional na família atual. In: CERVENY, C. Família em movimento.
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007. p. 155-172.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Adolescentes em conflito com a lei
cumprindo medida de internação, por região – 2006. Disponível em:
<http://www.promenino.org.br/Ferramentas/DireitosdasCriancaseAdolescentes/
tabid/77/ConteudoId/c77923d1-8adc-4a32-b460-60492c5cdf6a/Default.aspx>. Acesso em:
fev .2011.
ILANUD – Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e
Tratamento do Delinquente. Ato infracional atribuído ao adolescente – 2000 a 2001.
Disponível em: <http://www.promenino.org.br/TabId/77/ ConteudoId/6dcc8634-56b0-
48db-b75f-00965a8535e2/Default.aspx>. Acesso em: fev. 2011.
JUNQUEIRA, M. R.; JACOBY, M. O olhar dos adolescentes em conflito com a lei sobre o
contexto social. Revista Virtual Textos & Contextos, ano, n. 6, dez. 2006.
KANDEL, D. B. Parenting styles, drug use, and children’s adjustement in families of young
adults. Journal of Marriage and the Family, v. 52, n. 1, p. 183-196, 1990.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KANDEL, D. B.; KESSLER, R. C.; MARGULIES, R. Z. Antecedents of adolescent initiation into
stages of drug use: a developmental analysis. Journal of Youth and Adolescence, v. 7, n. 1,
p. 13-40, 1978.
LIMA, R. A. S.; AMAZONAS, M. C. L. A.; MOTTA, J. A. G. Incidência de stress e fontes
estressoras em esposas de portadores da síndrome de dependência do álcool. Estudos de
Psicologia, v. 24, n. 4, p. 431-439, out.-dez. 2007.
MASTEN, A. S.; GARMEZY, N. Risk, vulnerability and protective factors in development
psychopathology. In: LAHEY, B. B.; KAZDIN, A. E. (Ed.). Advances in clinical child
psychology. New York: Plenum Press, 1985. p. 1-52.
MOURA, Y. G.; SILVA, E. A.; NOTO, A. R. Redes sociais no contexto de uso de drogas entre
crianças e adolescentes em situação de rua. Psicologia em Pesquisa, UFJF, v. 3, n. 1, p.
31-46, jan.-jun. 2009.
NOWINSKI, J. Substance abuse in adolescents and young adults. New York: Norton, 2003.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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histórico. Dissertação de Doutorado – Depto. de Psicologia, PUC-RJ, 2004.
ROCHA, S. M. Adolescência, uso de drogas e ato infracional, [20--]. Disponível em:
<http://www.mp.rn.gov.br/caops/caopij/doutrina/doutrina_ato_infracional_droga. pdf>.
Acesso em: fev. 2011.
SARTI, C. A. Algumas questões sobre família e políticas sociais. In: JACQUET, C.; COSTA, L.
(Org.). Família em mudança. São Paulo: Companhia Ilimitada, 2004. p. 193-213. _____.
Família e individualidade: um problema moderno. In: A família contemporânea em debate.
São Paulo: Cortez, 2003. p. 39-49.
SCHENKER, M.; MINAYO, M. C. S. A importância da família no tratamento do uso abusivo de
drogas: uma revisão da literatura. Caderno de Saúde Pública, v. 20, n. 3, p. 649-659,
2004. _____. Fatores de risco e proteção para o uso de drogas na adolescência. Ciência &
Saúde Coletiva, v. 10, n. 3, p. 707-717, 2005.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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4, supl. 1, p. 21-24, 2001.
SILVA, E. A. et al. Drogas na adolescência: temores e reações dos pais. Psicologia,Teoria e
Prática, v. 8, n. 1, p. 41-54, 2006.
SUDBRACK, M. F. O. Da obrigação à demanda, do risco à proteção e da dependência à
liberdade: abordagem da drogadição de adolescentes em conflito com a lei. In: SUDBRACK,
M. F. O. et al (Org.). Adolescentes e drogas no contexto da Justiça. Brasília: Plano, 2003.
TARTER, R. E.; SAMBRANO, S.; DUNN, M. G. Predictor variables by developmental stages: a
center for substance abuse prevention multisite study. Psychology of Addictive Behaviors,
n. 16, supl. 4, p. S3-S10, 2002.
WALSH, F. The concept of family resilience: crisis and challenge. Family Process, v. 35, n.
3, p. 261-281, 1996. WIDOM, C. S. The cycle of violence. Science, v. 244, n. 4901, p. 160-
166, 1989

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Drogas e família

  • 1. DROGAS E FAMÍLIA: USO E ABUSO, RISCO E PROTEÇÃO Bruno C. Morais Lopes Psicólogo CRP04/35.851
  • 2. Família... • A história remete o surgimento de “família” há cerca de 4 milhões de anos atrás, surgidas pela necessidade básica de se defender; • Através dos anos, com as mudanças de configuração e concepção, o conceito se torna amplo; • Um único consenso aponta para a família como modelo básico de socialização, um sistema vivo; • A família tem então o poder de transformar e ser transformada pelo meio, sendo em seu interior a formação da identidade pessoal.
  • 3. Família... • Brusca mudança no conceito à partir da década de 50 e 60, com a ascensão da mulher ao mercado de trabalho, a diminuição do número de filhos, a valorização da criança como um ser de direitos; • Mudam-se as relações de poder, os papéis e tarefas de homem e mulher passam a ser divididos e até mesmo a se inverter; • A insistente prevalência da cultura do machismo, mesmo com mudanças significativas no âmbito da igualdade.
  • 4. A família contemporânea... • Novos valores, sociais e culturais; • Globalização e evolução tecnológica; • Novos desafios: violência urbana, desemprego, DSTs, uso e abusco de psicotrópicos; • Necessidade de novas abordagens para novas famílias, que diariamente passam por estas dificuldades, principalmente em relação ao uso de substâncias ilícitas. Como lidar com o preconceito, (des)informação, reação e temores dos pais em relação ao uso, razões que levam o sujeito à dependência.
  • 5. A família contemporânea... • A realidade mostra que a exposição à diversos destes fatores vêm causando um nível de estresse intrafamiliar alarmante; • O estresse, por consequência, pode gerar a necessidade de “respostas rápidas” para o sofrimento, de calmantes à drogas ilícitas; • Nem todos se tornam dependentes, mas com o tempo começam a vir dificuldades no trabalho, na escola, em casa; • Os problemas podem surgir desde uma alteração no sono e evoluir até situações de violência familiar.
  • 6. Família e o uso... • O tema, de forma geral, causa preocupação em toda a família; • Os pais podem sentir temor, sentimentos de raiva e mesmo de insegurança e impotência diante desta realidade; • É comum ouvir de pais, que tem seus filhos envolvidos com estes problemas, o sentimento de medo ou mesmo de culpa; • As mesmas respostas podem ser identificadas por parte dos usuários, sempre surgindo como esta “alternativa” para as dificuldades enfrentadas;
  • 7. A família e o uso... • Estudos epidemiológicos apontam que as drogas mais consumidas no Brasil são as lícitas, aquelas comercializadas livremente; • Destaca-se aqui o uso de álcool, cigarro, medicamentos “controlados”; • Faz-se necessário ampliar este entendimento, de que “droga” não é um conceito somente para cocaína, maconha, crack; • A informação e a divulgação deste tipo de dependência se faz necessária, uma vez que é função familiar a maior parte desta prevenção.
  • 8. O papel da família... • O sistema familiar, como fonte formadora de comportamentos e crenças; • A prevenção começa na infância, com o incentivo de hábitos saudáveis e utilização adequada de medicações (quando necessário); • O comportamento dos pais é modelo para os filhos, exigindo atenção aos próprios hábitos; • A prevenção vai, então, se estender ao ambiente de convivência externo ao lar;
  • 9. O papel da família... • A prevenção também diz respeito à convivência cotidiana, a forma como se interage com, os envolvimentos afetivos, a necessidade dos limites, discernimento quanto às tarefas de pais e de filhos; • Este processo é necessário para que as situações de proteção ocorram com crianças e adolescentes e estes tenham menores riscos relacionados a vulnerabilidades e uso de drogas; • O ambiente de toda a família deve ser propício para um crescimento e desenvolvimento saudável.
  • 10. O papel da família... • Dificuldades com o fenômeno da “invisibilidade familiar”. Famílias que vivem marginalizadas e alheias ao mundo; • Problemas como desqualificação, dissociação e invalidação social, impostas muitas vezes pela sociedade em que vive; • As classes socialmente desfavorecidas mostram-se mais vulneráveis e já são demasiadamente culpabilizadas (mesmo com a atual realidade apontando níveis páreos entre classe alta e classe baixa); • A formação e informação destas famílias, no sentido de promover tanto sua inserção quanto seu progresso.
  • 11. A família e o tratamento... • As propostas de tratamentos partem das intervenções: diagnóstico, desintoxicação, medicação, terapia, grupos de apoio, internação; • É importante desenvolver a consciência de que quando a droga é presente na vida de uma pessoa, todo o ambiente familiar passará por momentos de instabilidade, todos serão afetados por este uso; • Sabendo disto, a família é então parte integrante e determinante num tratamento deste tipo; • Pesquisas indicam uma melhora gradativa, com melhores resultados, em pacientes que contam com o apoio familiar;
  • 12. A família, o adolescente e o uso... • Conceito de adolescência proposto em 1904, pelo psicólogo norte- americano Stanley Hall, definido como período turbulento, com destaque para aspectos pejorativos e negativos da fase; • Hoje a adolescência é vista como período de evolução, transição entre vida infantil e adulta. As crises vão surgir mas tudo vai depender da forma como isto é tratado pelo meio em que vivem; • Importante ressaltar que o período é feito de vulnerabilidades, a busca por “identificação” nos torna suscetíveis a erros que muitas vezes podem ser irreversíveis;
  • 13. A família, o adolescente e o uso... • No VI Levantamento sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre os estudantes de ensinos médio e fundamental, promovido pelo SENAD (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas) aponta que 60,5% dos estudantes já tiveram algum contato com álcool e 16,9% com tabaco, que comumente são associadas como “porta de entrada” para outras substâncias; • Observou-se também que o consumo dobra na faixa etária de transição para adolescência (10 a 13). Apontando-se que quanto mais cedo se começa o uso, maior a chance de dependência.
  • 14. Razões para o uso... • Considerando toda este contexto de buscas, experiências novas e novas expectativas, compreende-se que alguns passam a ter problemas a partir destas novidades; • A curiosidade é um sentimento natural na fase de adolescência, é um dos fatores que mais contribuem a experimentação, bem como a necessidade de aprovação e influência dos amigos; • Contudo, é importante saber que não é somente a busca do prazer que está associada ao uso de drogas e outras substâncias prejudiciais;
  • 15. Razões para o uso... • O uso para evitar o desprazer também é comum; • Sintomas depressivos, que estão presentes em uma adolescência “normal”, podem ser um fator desencadeante; • O jovem que se encontra triste, ansioso, ocioso, sem atividades ou pessoas que lhe façam se sentir bem, pode estar exposto ao risco de ter que se drogar para obter alívio, ou mesmo ter a “coragem necessária” para tomar certas atitudes (furto, roubo, brigas, auto- extermínio); • Fatores estressores como abuso físico/emocional/sexual e agressão podem ser também determinantes;
  • 16. Razões para o uso... • O uso, cada vez mais precoce, está relacionado à crescente falta de autoestima, insegurança, inabilidades em resolução de problemas do cotidiano; • São problemas que muitas vezes, talvez em sua maioria, têm origem na infância; • O afeto, a atenção, a presença e o cuidado dos e dos demais responsáveis darão a criança a noção de proteção, de zelo. Bem como a responsabilização e aceitação de suas realidades, aprendendo a lidar, desde muito cedo, com as adversidades que podem surgir ao longo de sua vida.
  • 17. A família... • A família pode então ser considerada fator de proteção ou fator de risco; • É seu dever proporcionar um ambiente saudável, autonomia, independência e fornecer as informações necessárias para que o sujeito cresça hábil a tomar as decisões assertivas na vida; • Então, com tudo que foi exposto, a família é parte determinante na prevenção, no uso, no tratamento e se torna parte responsabilizada em quaisquer atitudes errôneas que o indivíduo insistir em realizar.
  • 18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALAVARSE, G. M. A.; CARVALHO, M. D. B. Álcool e adolescência: o perfil de consumidores de um município do norte do Paraná. Esc. Anna Nery, v. 10, n. 3, p. 408 - -416, 2006. BANDURA, A. Social learning theory. New York: General Learning Press, 1971. BARROS, M. A.; PILLON, S. C. Programa Saúde da Família: desafios e potencialidades frente ao uso de drogas. Rev. Eletr. Enferm., v. 8, n. 1, p. 144-149, 2006. Disponível em: <http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1/ revisao_02.htm>. Acesso em: fev. 2011. CARLINI, A. E. et al. I Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 107 maiores cidades do país – 2001. São Paulo: CEBRID – UNIFESP, 2002. CASTEL, R. As armadilhas da exclusão social. In: CASTEL, R.; WANDERLEY, L. E. W.; BELFIORE-WANDERLEY, M. Desigualdade e a questão social. São Paulo: Educ, 2004. p. 17-50. _____. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis: Vozes, 2005. CERVENY, C. M. O. (Org.). Família em movimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007. p. 155-172.
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