Este documento analisa as propagandas políticas de dois candidatos ao governo do estado em 2010, destacando suas características musicais, expressões faciais e gestos. Em seguida, comenta sobre características comuns a maioria das propagandas, como ênfase em promessas sensacionalistas e ataques a adversários, em vez de apresentar detalhes sobre os próprios candidatos. Por fim, analisa que no Brasil o reconhecimento de políticos depende principalmente da mídia, fazendo com que candidatos com menos recursos tenham dificuldades para
Propaganda política brasileira 2010 análise candidatos governo estado SP
1. Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP
Curso: Biblioteconomia e Ciência da Informação. 4° semestre noturno
Nome: Henrique Onofre Freitas de Souza
PROPAGANDA POLÍTICA BRASILEIRA 2010
A descrição a seguir destaca a propaganda política da campanha de dois
candidatos a governo do Estado, seguida de um comentário geral sobre
características comuns destas, e de todas as propagandas analisadas.
Pontos observados Candidatos
Geraldo Alckmin Aloísio Mercadante
Música Ausente Caráter heróico e
sensacionalista,
apresentando marcação
forte.
Movimentos Excessivo nas mãos, Estático, porém com
ombros e na cabeça gesticulação constante
nas mãos.
Expressão facial Branda Sorridente
Analisando estes candidatos, o Mercadante traz um discurso organizado, de tal
forma a intercalar o coloquial e a norma culta, para impressionar com belas
palavras e ao mesmo tempo alcançar o entendimento dos mais simples. O
conjunto composto por toda a sua propaganda abarcando musica, organização
de texto, cores das imagens de fundo, bem como suas expressões corporais e
faciais, causam uma leve impressão de expectativa em que ele vai realizar
grandes mudanças e revoluções, passando segurança no discurso; já o
Geraldo Alckmin, apresenta uma fala bem compassada, de forma a mostrar
que está escolhendo cada palavra. De um modo geral, a maioria dos
candidatos que podemos designar como famosos quer por seu tempo de
campanhas em eleições passadas ou por já atuarem na gestão pública,
apresentavam um estilo quase que padronizado de campanha:
2. • VEEMÊNCIA EM SEU TOM DE VOZ: suas imposições de voz nos
discursos destacam problemas da sociedade e os associam a
promessas de soluções rápidas e muitas vezes sensacionalistas.
POUCA APRESENTAÇÃO SOBRE A “PESSOA” DO CANDIDATO:
apenas são enfatizados nomes (apelidos) e números que são
estrategicamente expostos na imagem (com tamanho grande usando as
cores e o logotipo do partido em tons vivos e chamativos, facilitando a
memorização), o que é mostrado é uma “grandeza” em torno do
candidato sem, contudo dizer de maneira clara sua verdadeira
identidade, seus valores nem de longe são citados.
• ATAQUES A PESSOAS E PARTIDOS ALHEIOS
Os discursos são finalizados atacando um adversário previamente
escolhido, e ao mesmo tempo apresentam um aspecto de “conselho”
para votar no numero sugerido.
Indiscutivelmente o reconhecimento da população brasileira em relação a uma
personalidade política, ainda se dá somente através de publicidade veiculada
pelos grandes meios de comunicação; quer pelo fato do Brasil ser um país
muito populoso, tornando os meios de comunicação de massa eficazes, quer
pela população em geral não ter um senso crítico para questionar sobre os
candidatos aos cargos públicos. Levando estes dois fatores em conta, quem
tem dinheiro ou é apadrinhado para bancar suas campanhas na mídia,
raramente tem um mal resultado no fim das eleições. As durações das
propagandas são proporcionais a um determinado valor comercial. Candidatos
menos conhecidos por serem muitas vezes detentores de um poder aquisitivo
baixo, não conseguem pagar um tempo maior para sua propaga que se
apresenta em um discurso espremido, falando rápido um grande número de
palavras, muitas delas de difícil compreensão, em curto intervalo de tempo, as
expressões corporais e faciais são bem rígidas, tornando o processo
comunicativo impossível, pois não há entendimento da mensagem por parte
dos ouvintes.