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Impacto de Economia de Oxigênio Medicinal
utilizando-se um Fluxômetro digital
compensado a pressão de entrada de rede
Marcelo Neubauer de Paula – Médico, Diretor de Projetos Mensor do Brasil
Mariana Bartels – Estatística Independente
Vinicius Pinto Lanfranchi – Engenheiro, criador do Monigás
Flavio de Martin – Engenheiro, criador do Monigás
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Calibração de Fluxômetros
de Bilha
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Máscara,
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padronizado de
acordo com o
tipo de terapia
ou conforme
solicitação
médica
Enfermagem ou
fisioterapia instala
o equipamento
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de gases no
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Simular uma Rede de Gases Hospitalares
Conhecer as condições Reais de Pressão estática e dinâmica:
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Reguladora
Alarme
Saída
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emitido em 2009 pela Rede Brasileira de Calibração (RBC)
Fixou-se valores padrão (5, 10 e 15 l/min) no aparelho
calibrado e observou-se o fluxo indicado nos aparelhos
testados
Metodologia:
Aferições de Fluxo
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15 Fluxômetros Convencionais a 3,5 Kgf/cm²
Certificar se a sua calibração estava correta
15 Fluxômetros Convencionais a 6,0 Kgf/cm²
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Metodologia:
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estatística entre as medidas dos fluxômetros e os valores reais
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entre os 3 grupos
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Custo do Oxigênio Medicinal: R$ 1,04 / m³
Preço Unitário Fluxômetros Convencionais: R$ 25,00 a R$ 30,00 por
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Preço Unitário Fluxômetro Digital: R$ 2,1 mil.
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Socorro: 12 l/min
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medido pelos Fluxômetros Controle usados em condições reais
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Comparando o desperdício nas 3 situações:
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5 10 15
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Fluxo Real X Fluxo Medido
Controle 3,5 Monigás Controle 6,0
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Item Valor
Fluxômetro Convencional R$ 25,00
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Preço Oxigênio* R$ 1,04 / m³
Desperdício do Fluxômetro Convencional 29,11%
Consumo de Oxigênio** 12 l/min contínuo
Vida útil Monigás*** 5 anos (estimada)
Fontes:
* Secretaria De Gestão Pública do Estado de São Paulo: Análise de Preços de Mercado, Volume 12: Gases Medicinais
**ANVISA Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002
*** Informação do Fabricante
Resultados:
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Pay Back do
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5 anos:
Convencional: R$
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volume considerável de oxigênio: 29,11%
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Impacto de Economia de Oxigênio Medicinal utilizando-se um Fluxômetro digital compensado a pressão de entrada de rede

  • 1. Impacto de Economia de Oxigênio Medicinal utilizando-se um Fluxômetro digital compensado a pressão de entrada de rede Marcelo Neubauer de Paula – Médico, Diretor de Projetos Mensor do Brasil Mariana Bartels – Estatística Independente Vinicius Pinto Lanfranchi – Engenheiro, criador do Monigás Flavio de Martin – Engenheiro, criador do Monigás
  • 2. Introdução: Conflito de Normas Técnicas Norma Descrição Pressão (Kgf/cm²) Racional NBR 12.188/2003 Pressão de Rede de Gases Hospitalares sempre inferior a 8,0 Manter a Segurança da Rede para os pacientes NBR 11.906/1992 Calibração de Fluxômetros de Bilha 3,45 a 3,80 Fonte: ABNT Uso do Fluxômetro em regime de pressão acima da usada para calibração promove desperdício de gases
  • 3. Introdução: Para minimizar o desperdício... Foi desenvolvido um Fluxômetro Digital compensado a pressão de entrada:
  • 4. Como funciona prescrição de Oxigênio? Médico prescreve Oxigenioterapia • Nebulização, Catéter Nasal, Máscara, Tenda... • Fluxo de Oxigênio padronizado de acordo com o tipo de terapia ou conforme solicitação médica Enfermagem ou fisioterapia instala o equipamento • Regula a vazão de gases no fluxômetro
  • 5. Metodologia: Simular uma Rede de Gases Hospitalares Conhecer as condições Reais de Pressão estática e dinâmica: Testamos a rede de gases em 5 hospitais: Hospital Unimed Belo Horizonte Hospital Geral de Itapecerica da Serra Hospital Estadual de Itapevi Hospital e Maternidade Dom Antônio de Alvarenga Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Suprimento Reserva Para Emergências Válvula Reguladora Alarme Saída para paciente Pressão Estática 6,0 Kgf/cm² Pressão Dinâmica 6,0 Kgf/cm² Reservatório O2
  • 6. Metodologia: Montamos em bancada um simulador de rede de gases hospitalares Válvula Reguladora Fluxômetro em Teste Reservatório O2 Fluxômetro Padrão Calibrado* Fluxômetro estabilizador
  • 7. Metodologia: Aferições de Fluxo Medidas de Fluxo utilizando aparelho: Analisador Multiparâmetros TSI 4078, com certificado de calibração emitido em 2009 pela Rede Brasileira de Calibração (RBC) Fixou-se valores padrão (5, 10 e 15 l/min) no aparelho calibrado e observou-se o fluxo indicado nos aparelhos testados
  • 8. Metodologia: Aferições de Fluxo Foram realizadas 3 séries de aferições com 15 aparelhos em cada: 15 Fluxômetros Convencionais a 3,5 Kgf/cm² Certificar se a sua calibração estava correta 15 Fluxômetros Convencionais a 6,0 Kgf/cm² Quantificar a diferença entre o fluxo real e o medido 15 Fluxômetros Digitais a 6,0 Kgf/cm² Quantificar a potencial economia de gases
  • 9. Metodologia: Análise Estatística Utilizando-se teste T buscou-se avaliar a se há diferença estatística entre as medidas dos fluxômetros e os valores reais Utilizou-se ANOVA para certificar diferença de desperdício entre os 3 grupos
  • 10. Metodologia Análise Econômica Modelo de Análise de “Pay Back” Modelo de Economia Pressupostos Custo do Oxigênio Medicinal: R$ 1,04 / m³ Preço Unitário Fluxômetros Convencionais: R$ 25,00 a R$ 30,00 por unidade Preço Unitário Fluxômetro Digital: R$ 2,1 mil. Consumo de Oxigênio em terminal em sala de nebulização de Pronto Socorro: 12 l/min Ref: RDC 50/2002
  • 11. Resultados: Análise Estatística Há diferença estatisticamente significante entre o fluxo real e o medido pelos Fluxômetros Controle usados em condições ideais (3,5 Kgf/cm²), contudo dentro de parâmetros aceitáveis pela Norma Fluxo = l/min P<0,05 Fluxo Real Fluxo Medido Média Intervalo de Confiança 95% 5 5,1 5,0 5,3 10 10,4 10,3 10,5 15 15,8 15,8 15,9 Fluxômetros Controle 3,5 Kg/cm²
  • 12. Resultados: Análise Estatística Há diferença estatisticamente significante entre o fluxo real e medido pelos Fluxômetros Controle usados em condições reais (6,0 Kgf/cm²), fora de qualquer parâmetro aceitável Fluxo = l/min P<0,05 Fluxo Real Fluxo Medido Média Intervalo de Confiança 95% 5 6,59 6,40 6,78 10 13,19 13,04 13,34 15 20,18 20,09 20,27 Fluxômetros Controle 6,0 Kg/cm²
  • 13. Resultados: Análise Estatística Não há diferença estatisticamente significante entre o fluxo real e o medido pelo Monigás medido em condições reais (6,0 Kg/cm²) Fluxo = l/min P<0,05 Fluxo Real Fluxo Medido Média Intervalo de Confiança 95% 5 5,0 4,9 5,1 10 10,1 9,9 10,2 15 14,8 14,6 15,0 Monigás a 6,0 Kg/cm²
  • 14. Resultados: Comparando o desperdício nas 3 situações: Desperdício médio provocado pelo fluxômetro convencional a 6,0 Kgf/cm²: 29,11% (p<0,001) 0 5 10 15 20 25 5 10 15 FluxoMedido Fluxo Real Fluxo Real X Fluxo Medido Controle 3,5 Monigás Controle 6,0
  • 15. Valores para Análise Econômica Item Valor Fluxômetro Convencional R$ 25,00 Monigás R$ 2.100,00 Preço Oxigênio* R$ 1,04 / m³ Desperdício do Fluxômetro Convencional 29,11% Consumo de Oxigênio** 12 l/min contínuo Vida útil Monigás*** 5 anos (estimada) Fontes: * Secretaria De Gestão Pública do Estado de São Paulo: Análise de Preços de Mercado, Volume 12: Gases Medicinais **ANVISA Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 *** Informação do Fabricante
  • 16. Resultados: Análise Econômica Pay Back do Fluxômetro Digital = 320 dias de uso
  • 17. Resultados: Análise Econômica Economia Estimada por 1 aparelho: Gasto com Oxigênio em 5 anos: Convencional: R$ 44.171,77 Monigás: R$ 34.454,91 Economia R$ 9.716,86 em 5 anos Potencial de Economia: 4,6 X seu preço original
  • 18. Conclusões Oxigênio Medicinal é importante fonte de custos para um Hospital Por força de norma, fluxômetros convencionais desperdiçam volume considerável de oxigênio: 29,11% Embora tenha um preço significativamente elevado, o custo do fluxômetro digital é inferior ao longo do tempo Pay Back: 320 dias Economia em sua vida útil: R$ 9.716,86 ou seja 4,6 X seu preço