O documento discute a ressonância magnética do abdome, focando no fígado. Descreve o funcionamento da ressonância magnética, o fígado e seu exame, com ênfase no hemangioma. Detalha o protocolo do exame, incluindo preparação do paciente, sequências de imagem, contraste e cuidados pós-exame.
2. Docente:
Marcelo Lemos
Discente:
Adriana de Deus Almeida
Lidiane Alves
Noelia Silva
Uiliam F. Santos
3. Introdução:
Para Nóbrega (2006), a Ressonância Magnética (RM) é o fenômeno físico que
envolve troca de energia entre ondas eletromagnéticas e campos em movimento.
Este fenômeno aplicado ao diagnóstico por imagens baseia-se na troca de energia
entre núcleo de átomos de hidrogênios com ondas eletromagnéticas provenientes
de campo. A obtenção de imagem de RM a partir do hidrogênio deve-se ao fato
deste elemento estar amplamente distribuídos nos tecidos biológicos e por sua
característica em responder a campos magnéticos externos como um pequeno
imã.
4. Objetivo:
Avaliação por ressonância magnética do abdome, dando ênfase ao
fígado, abordando como principal patologia o hemangioma,
informando o procedimento; indicações e contraindicações; limitações e
cuidados posteriores na realização do exame.
5. O Abdome
É a parte do tronco situado entre o tórax e a pelve.
Divido artificialmente em 2 partes:
Uma cranial, abdome superior.
Uma caudal ,abdome inferior.
É um recipiente dinâmico e flexível, que abriga a maioria
dos órgãos do sistema digestivos e parte do sistema
urinários e genital.
Limites:
È limitado ventralmente e dos lados pelos músculos
abdominais e ilíacos.
Dorsalmente pela coluna vertebral e músculos psoas e
quadrado lombar.
Cranialmente pelo diafragma.
Caudalmente pelo plano de abertura superior da pelve.
6. Maior glândula do corpo, pesando cerca de
1.500g. localizado abaixo do diafragma
nos quadrantes direto e esquerdo
superiores, sendo sua maior porção no lado
direito.
O fígado exerce diversas atividades
metabólicas além de secretar a bile.
A vesícula biliar armazena a bile, e quando
o alimento chega ao duodeno a vesícula
biliar envia a bile concentrada através dos
ductos císticos e colédoco para o duodeno.
(MOORE et al, 2001).
O Fígado
Fonte: UNIFESP, 2014
7. A RM de Fígado é realizada para:
Detectar lesões neoplásica primarias ou mestatase.
Deferir a extensão das lesões para o planejamento cirúrgico.
Diferenciar hemangioma.
Avaliar a permeabilidade e potência dos vasos intra-hepaticos.
Principais Patologias do Fígado
Hepatopatias Focais
Cistos Hepáticos
Hemangiomas
Metástase
Carcinomas hepatocelulares
Hepatopatias Difusas
Esteatose Hepática
Cirrose
Síndrome de Budd-Chiari
Hemocromatose/ Hemossiderose
8. Hemangioma
O hemangioma é o tumor benigno formado por
vasos sanguíneos novelados (emaranhados),
predominando no sexo feminino na proporção
de 5:1 durante 30 a 40 anos de vida.
A provável origem do hemangioma são lesões
hamartomatosas congênitas do fígado que
crescem ao longo dos anos. O crescimento se
processa pela dilatação dos espaços vasculares
existentes no hemangioma ou após
sangramento e trombose intratumoral.
Fonte: HEPCENTRO, 2014
9. Indicações da RM
A principal indicação da RM nas patologias gastrointestinais é para avaliação das lesões
hepática e sejam elas tumores inflamatórias decorrentes hepatopatia crônica, ou doenças
de deposito de ferro no fígado.
Fígado
Sistema Biliar
Baço
Pâncreas
Rins
Glândulas Adrenais
Trato Gastrintestinal
Fonte: NÓBREGA, 2007
10. Contraindicações da RM
Obesidade (pacientes com mais 200kg).
Uso de marca-passo cardíaco.
Grampos intracranianos de aneurisma.
Implantes cocleares.
Bombas de infusão de insulina.
Estimuladores neurocutâneas.
Implantes Oculares.
Implantes Penianos.
Corpo estranho metálico que possa sofrer deslocamento.
Gravidez no 1º trimestre para prevenção.
11. Limitações da RM
A maior limitação para a RM é a claustrofobia, para contenção desse paciente pode ser
necessário sedação oral leve ou parenteral, além disso pode ser acompanhados por um
membro ou amigo da família, diminuindo assim sua ansiedade.
Pacientes com sustentação de vida tal como ventiladores necessitam de preparação
especial.
12. Preparo do paciente
Deve permanecer em jejum ao menos 4 à 6 horas antes do exame.
Pacientes internados:
Todo objetos metálicos devem ser removido do paciente.
Acesso venoso que não contém matérias metálicos podem ser mantidos, mais bomba de
infusão, tanques de oxigênios e macas metálicas devem ser removidos antes de entrar na
sala de magneto.
Os pacientes dos setores de traumas, emergências e UTI devem ser acompanhadas por
um enfermeiro.
Ambulatorial:
Retirada de todos os materiais metálicos.
Esclarecer o paciente qualquer questionamento à respeito da possibilidade da realização
do exame .
13. Protocolo Básico
Série localizadora SSFSE no plano coronal.
Série axial T2- FSE- 2 ecos.
1º eco- T2- Precoce (TE de 60 a 90 ms). Com supressão de gordura e uso de compensação
respiratório.
2º eco- T2- Tardio (TE de 120 a 180 ms). Com compensação respiratório.
Série gradiente de eco (T1) em apneia.
Série gradiente de eco (T1) pós-contraste em apneia (supressão de gordura).
30 segundo- fase arterial
60 segundos- fase portal
2 a 3 minutos- fase de equilíbrio.
Série gradiente de eco (T1) pós-contraste- plano coronal.
14. Informações Adicionais
Em alguns casos o meio de contraste paramagnéticos de RM (Gadolínio) pode ser
necessário para aumentar a precisão do diagnóstico do exame.
A contraindicação do seu uso inclui alergia ou idiossincrasia ao agente do contraste
próprio, insuficiência renal determinados tipos de anemias e doenças de Wilson.
O agente do contraste geralmente é muito seguro e aumenta a eficácia de diagnóstico da
RM.
15. Cuidados posteriores
Caso o paciente receba meio de contraste de RM (Gadolínio) e desenvolver uma reação
tardia (náuseas, vômitos, urticaria ou dispneia).O médico ou o radiologia deve ser contatado
imediatamente,
Caso tenha necessidade de sedação o tempo de recuperação será maior.