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Palavra de Poetisa!
Breve Situação     Perco as histórias, presas na memória Que não posso esquecer. Talvez escreva sobre o tempo Sobre a vida, A dor e a glória, Até escreva de você. Desde que você leia as histórias, Que não consigo esquecer. Talvez seja capaz, De um dia ter paz, E até espairecer. Porque sei que as histórias Estão um pouco com você.  
Aroma de Moça   Moça bonita, Dos olhos de azeite. Vestido de chita, Na pele de leite.     Ventam fios carambola Envoltos em fita. No corpo de mola, Na face de Anita.     Ela, dos pés a cabeça Ela, é só enfeite, Dela, tenha certeza, Dela tudo aproveite.     Dama de fantasia Um convite até aceite, Ninfa da noite, fada do dia, Menina-flor de deleite.
Morri pela mão do homem, Morri pela ingenuidade, Por querer jamais querer E achar o mundo limpo Que só um olhar revela. Por querer ser tão sincera, Quisera eu poder ver, Enganada quis crer Em anjos e quimeras, E agora é tão estranho, Tão triste e real Me sinto boba, enganada, Me sinto mais que magoada E o que tenho a oferecer Eu ofereço, pois bem, força. Esta que me faz crescer. Que me revela, me depõe Mas também dá-me tempo Clareza, nobreza, destreza Pra ver que só por isso Sou melhor, estou melhor Pois me revela o teu pior O pior aqui é você.
O vento toca meus cabelos, Trazendo as boas novas do dia. Já é quase outro tempo, Porém, para mim ainda é o mesmo Velho e pueril de minhas tias.     Vi todos que conheço crescerem, Viverem...   E meus olhos a mim não Puderam enxergar. Fizeram-me promessas Vãs e traiçoeiras Divago agora, pensando, Escrevendo ao pé das amoreiras. Conserto da Roda de Amigos Meus comparsas nas canções de roda. Laço físico que se dissolveu. E assim, como alguém a amoreira poda, Meus amigos o mundo acolheu   De vez em quando me cantam Suas novas canções. Fico iludido, sonhando com as sobras. Pensando em tudo que já se perdeu.   Então que venha o momento de renova, Que chegue a oportunidade de recomeçar. E desenvolva para vida uma mola, Para os amigos, cola, Para engrenagem consertar.
Me passou pela cabeça   No puro azul foi que me perdi Sem ar no chamado ascendi Nenhuma gravidade, sozinha Pra voar, daqui - dali, a outro lugar.   Os pequenos seres de calda, Sereias brotando com alma Num minuto do tempo  Que não podia notar.   Eles estão me vendo, E não quero afundar. Flutuar até submergir. Sair do céu noz-moscada. Não podem me possuir Numa terra declarada. Nem sei o que faço aqui, Não vejo luz, lua, nada.   Onde estão os frutos caqui, Porque aqui sou tão calada? Respiro fundo, pisco e acabou   Foi coisa da noite passada. Perdida em moinhos de vento De uma terra bem abastada.
Cedros de mar    Que os cedros são de vidro  Não posso negar Existem outros tão azuis  Imitam a cor do mar Frágeis são os cedros de neve  Fáceis de degelar, ganham os  Mais intensos olhares Banham-se de luar São como um sonho bom Azul, molhado, escorregadio Profundo, frio, intensamente nítido São também os mais bonitos Que uma mente tem no vazio Já morei no fundo do mar Na madrugada amanhecida  Que me peguei a espiar Por apenas dez minutos morei lá E fiquei mais perto do paraíso E com sete minutos sonhar Encontrei meu esconderijo  E ninguém vai me roubar Com a lembrança eu vivo  Lá tudo dará certo  E com a certeza a fascinar  Me dando força pra lembrar  Um dia novamente visitar  Morar, amar e despojar.
Definições não são postas ao que escrevo. Pensamentos de todos lugares, setores, ares. Solucionar o inexplicável não me atrevo. Destruir analogias sinceras contadas em pares.   Lembro-me e finalmente dou de olhos, Deitada viajando lentamente de volta ao hotel. Os sonhos agora estão cinza, são mortos,  As ondas persistem e levam a tinta do pincel.
Estrelas não são nada  Num céu de nuvens mortas Que já não podem mais chorar Estrelas estão paradas Num céu de nuvens tortas Que já não podem mais brilhar.
O caminho é de pedregulhos, Sentada, sentindo a solidão. Contando os pequenos fagulhos, Inserindo-me a descrição.   Estendo os braços ao máximo, Vislumbrando alcançar o céu, Não era dia, sim era noite, As estrelas serviram de hotel.
O lado obscuro da lua     O lado obscuro da lua Sustenta jamais sorrir. Entrega mistérios loucos, Que a vida aos poucos, Bem de mal faz surgir.   Branca, alva, crua É ainda de idade nova. Será plena e crescente, Nascer d’um sol poente Retornando a sua cova.   Irônica, hilariante, nua Divina, no ápice cheia. Devias não ser minguante, Eterna da noite amante Para sempre assim lo creia.
O vento traz histórias da areia. Do mar, as feridas submersas. Enredadas na invisível teia, Das lembranças cruéis e dispersas.   Nasce o sol, ouço a canção do novo dia. Os problemas enumeram pétalas de flor. Ser previsível que a causa consumia. Simples palavras piegas tento transpor.
Gataria Devora-me e corrói. Talvez tenha culpa disso, Talvez seja gata da vida, Equilibrando-se no muro, Entre a queda e o grande pulo.   Tanta dor não é possível, Reviver o incabível. Quando é que se curam as feridas, E se tornam cicatrizes vivas.   Talvez seja drama, faça cena, Talvez não fosse pra ser fácil, Gotas dos tons de Viena, Forma um poço, faz um lago.   Até que um dia transborda, E a gata se afoga. Melhor cair em pé na borda, Viver a vida, ir à forra.
Mila Olivier

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  • 3. Aroma de Moça   Moça bonita, Dos olhos de azeite. Vestido de chita, Na pele de leite.     Ventam fios carambola Envoltos em fita. No corpo de mola, Na face de Anita.     Ela, dos pés a cabeça Ela, é só enfeite, Dela, tenha certeza, Dela tudo aproveite.     Dama de fantasia Um convite até aceite, Ninfa da noite, fada do dia, Menina-flor de deleite.
  • 4. Morri pela mão do homem, Morri pela ingenuidade, Por querer jamais querer E achar o mundo limpo Que só um olhar revela. Por querer ser tão sincera, Quisera eu poder ver, Enganada quis crer Em anjos e quimeras, E agora é tão estranho, Tão triste e real Me sinto boba, enganada, Me sinto mais que magoada E o que tenho a oferecer Eu ofereço, pois bem, força. Esta que me faz crescer. Que me revela, me depõe Mas também dá-me tempo Clareza, nobreza, destreza Pra ver que só por isso Sou melhor, estou melhor Pois me revela o teu pior O pior aqui é você.
  • 5. O vento toca meus cabelos, Trazendo as boas novas do dia. Já é quase outro tempo, Porém, para mim ainda é o mesmo Velho e pueril de minhas tias.     Vi todos que conheço crescerem, Viverem...   E meus olhos a mim não Puderam enxergar. Fizeram-me promessas Vãs e traiçoeiras Divago agora, pensando, Escrevendo ao pé das amoreiras. Conserto da Roda de Amigos Meus comparsas nas canções de roda. Laço físico que se dissolveu. E assim, como alguém a amoreira poda, Meus amigos o mundo acolheu   De vez em quando me cantam Suas novas canções. Fico iludido, sonhando com as sobras. Pensando em tudo que já se perdeu.   Então que venha o momento de renova, Que chegue a oportunidade de recomeçar. E desenvolva para vida uma mola, Para os amigos, cola, Para engrenagem consertar.
  • 6. Me passou pela cabeça   No puro azul foi que me perdi Sem ar no chamado ascendi Nenhuma gravidade, sozinha Pra voar, daqui - dali, a outro lugar.   Os pequenos seres de calda, Sereias brotando com alma Num minuto do tempo Que não podia notar.   Eles estão me vendo, E não quero afundar. Flutuar até submergir. Sair do céu noz-moscada. Não podem me possuir Numa terra declarada. Nem sei o que faço aqui, Não vejo luz, lua, nada.   Onde estão os frutos caqui, Porque aqui sou tão calada? Respiro fundo, pisco e acabou   Foi coisa da noite passada. Perdida em moinhos de vento De uma terra bem abastada.
  • 7. Cedros de mar   Que os cedros são de vidro Não posso negar Existem outros tão azuis Imitam a cor do mar Frágeis são os cedros de neve Fáceis de degelar, ganham os Mais intensos olhares Banham-se de luar São como um sonho bom Azul, molhado, escorregadio Profundo, frio, intensamente nítido São também os mais bonitos Que uma mente tem no vazio Já morei no fundo do mar Na madrugada amanhecida Que me peguei a espiar Por apenas dez minutos morei lá E fiquei mais perto do paraíso E com sete minutos sonhar Encontrei meu esconderijo E ninguém vai me roubar Com a lembrança eu vivo Lá tudo dará certo E com a certeza a fascinar Me dando força pra lembrar Um dia novamente visitar Morar, amar e despojar.
  • 8. Definições não são postas ao que escrevo. Pensamentos de todos lugares, setores, ares. Solucionar o inexplicável não me atrevo. Destruir analogias sinceras contadas em pares.   Lembro-me e finalmente dou de olhos, Deitada viajando lentamente de volta ao hotel. Os sonhos agora estão cinza, são mortos, As ondas persistem e levam a tinta do pincel.
  • 9. Estrelas não são nada Num céu de nuvens mortas Que já não podem mais chorar Estrelas estão paradas Num céu de nuvens tortas Que já não podem mais brilhar.
  • 10. O caminho é de pedregulhos, Sentada, sentindo a solidão. Contando os pequenos fagulhos, Inserindo-me a descrição.   Estendo os braços ao máximo, Vislumbrando alcançar o céu, Não era dia, sim era noite, As estrelas serviram de hotel.
  • 11. O lado obscuro da lua     O lado obscuro da lua Sustenta jamais sorrir. Entrega mistérios loucos, Que a vida aos poucos, Bem de mal faz surgir.   Branca, alva, crua É ainda de idade nova. Será plena e crescente, Nascer d’um sol poente Retornando a sua cova.   Irônica, hilariante, nua Divina, no ápice cheia. Devias não ser minguante, Eterna da noite amante Para sempre assim lo creia.
  • 12. O vento traz histórias da areia. Do mar, as feridas submersas. Enredadas na invisível teia, Das lembranças cruéis e dispersas.   Nasce o sol, ouço a canção do novo dia. Os problemas enumeram pétalas de flor. Ser previsível que a causa consumia. Simples palavras piegas tento transpor.
  • 13. Gataria Devora-me e corrói. Talvez tenha culpa disso, Talvez seja gata da vida, Equilibrando-se no muro, Entre a queda e o grande pulo.   Tanta dor não é possível, Reviver o incabível. Quando é que se curam as feridas, E se tornam cicatrizes vivas.   Talvez seja drama, faça cena, Talvez não fosse pra ser fácil, Gotas dos tons de Viena, Forma um poço, faz um lago.   Até que um dia transborda, E a gata se afoga. Melhor cair em pé na borda, Viver a vida, ir à forra.