O documento discute os tópicos da disciplina de Gestão Ambiental, incluindo: 1) a gestão ambiental e desenvolvimento sustentável, com foco nos pilares econômico, social e ambiental; 2) fatores de degradação ambiental como desmatamento e emissões de gases de efeito estufa; e 3) diferentes abordagens para gestão ambiental como produção mais limpa, ISO 14000 e gestão da qualidade ambiental total.
1. Aula 01
EPR 397 - Gestão Ambiental
I - 2014
1. Gestão ambiental e desenvolvimento sustentável
1.1. Fatores de degradação ambiental
1.2. Gestão do ambiente
1.3. A questão ambiental no âmbito da economia
1.4. Estratégias diferenciadas de Gestão Ambiental
Horas/Aula: 4
2. 1. Gestão ambiental e desenvolvimento sustentável
Gestão ambiental
Gestão ambiental é um dos pilares de sustentabilidade,
que auxilia as empresas em seus planejamentos ecológicos
desenvolvendo um desencadeamento positivo em vista da
imagem e custos da empresa.
Seguindo neste objetivo é preciso de qualquer forma
iniciar pelo ponto critico e chave da questão , que se chama
reeducação ambiental que integra não só as empresas como
também a sociedade em geral, pois o individuo educado hoje
será o individuo consciente de amanhã.
3. Histórico
A bióloga e escritora americana Rachel
Carson foi o estopim da revolução biológica e a
precursora dos movimentos ambientalistas, ao
lançar em 1962, o livro PRIMAVERA
SILENCIOSA.
Impressionada com a diminuição da
população de algumas espécies de aves com as
quais conviveu na infância nas planícies verdes às
margens do Mississipe, Rachel Carson mostrou no
livro que o inimigo da história era o inseticida
DDT, o dicloro-difenil-tricloroetano.
4. O DDT, o primeiro inseticida moderno organoclorado foi
sintetizado em 1874, mas apenas em 1939, o químico suíço Paul
Muller Hermann descobriu suas propriedades inseticidas.
Largamente usado depois da 2ª Guerra Mundial no combate a
pragas da agricultura, depois do sucesso no na luta contra os
mosquitos transmissores da malária e do tifo, este inseticida
chegou a ser considerado o “salvador da pátria”.
O rótulo mais antigo é o Anjo Azul é o mais antigo, criado
em 1977 na Alemanha.
Histórico
6. ONU primeira a organizar um tratado ambiental.
A Conferência de Estocolmo, realizada entre os dias 5 a 16 de junho de
1972 foi a primeira atitude mundial em tentar organizar as relações de Homem
e Meio Ambiente.
Na capital da Suécia, Estocolmo, a sociedade científica já detectava graves
problemas futuros por razão da poluição atmosférica provocada pelas indústrias.
A decisão de ajudar a natureza foi proposta primeiramente pelos EUA com
liderança do Instituto de Tecnologia de Massachusetts(MIT).
A decisão foi imediatamente contestada pelos países subdesenvolvidos que
tinham a base econômica unicamente na industrialização.
Na Conferência de Estocolmo foram abordados os temas como a chuva
ácida e o controle da poluição do ar. As discussões contaram com a presença de
113 países e mais 400 instituições governamentais e não governamentais.
Histórico
7. Perante os devastadores efeitos da atividade industrial das grandes
potências no período pós 2ª Guerra toma-se gradualmente consciência,
numa parte ainda restrita da sociedade civil e da classe política, da
gravidade do problema e da premente necessidade de proteger os
recursos naturais.
Conferência de Estocolmo
8. Protocolo de kioto
O Protocolo de kioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a
Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988),
seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990)
e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança
Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil
(junho de 1992).
Algumas ações básicas:
Reformar os setores de energia e transportes;
Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
Eliminar mecanismos financeiros e de mercado
inapropriados aos fins da Convenção;
Limitar as emissões de metano no gerenciamento
de resíduos e dos sistemas energéticos;
Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.
9. O Protocolo de Montreal sobre substâncias que empobrecem a camada de
ozônio é um tratado internacional em que os países signatários comprometem-se a
substituir as substâncias que demonstrarem estar reagindo com o ozônio (O3) na parte
superior da estratosfera (conhecida como ozonosfera).
O tratado esteve aberto para adesões a partir de 16 de Setembro de 1987 e
entrou em vigor em 1 de Janeiro de 1989. Ele teve adesão de 150 países e foi revisado
em 1990, 1992, 1995, 1997 e 1999.
10. 1. Gestão ambiental e desenvolvimento sustentável
Desenvolvimento sustentável
Em 1983, a ONU cria a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento como um organismo independente. Em 1987, a
comissão sobre a presidência de Gro Harlem Brundtland, primeira-
ministra da Noruega, materializa um dos mais importantes
documentos do nosso tempo – o relatório Nosso Futuro Comum,
responsável pelas primeiras conceituações oficiais, formais e
sistematizadas sobre o desenvolvimento sustentável - idéia-mestra do
relatório.
O segundo capítulo – “Em busca do desenvolvimento
sustentável” – o relatório define o desenvolvimento sustentável
com sendo “aquele que atende às necessidades do presente
sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras
atenderem a suas próprias necessidades”.
11. Desenvolvimento sustentável
ONU estabelece três pilares para o desenvolvimento sustentável dos
países: econômico, social e ambiental
A construção do conceito de desenvolvimento sustentável continuou durante a
Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, da ONU, realizada em
Joanesburgo, África do Sul, em 2010.
A Declaração de Joanesburgo estabelece que o desenvolvimento sustentável se
baseia em três pilares: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e
proteção ambiental.
12. Pilares para o desenvolvimento sustentável
“Todos sabem que é impossível colocar uma
cerca em volta da floresta e esperar que, por
conta disso, não haja desmatamento. Se a
decisão de proteger a floresta não for
acompanhada de perspectivas de
desenvolvimento econômico, de inclusão social
e de geração de empregos não há como se
garantir a proteção ambiental”, exemplificou
Machado, que é subsecretário-geral de Meio
Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do
Ministério das Relações Exteriores (MRE).
http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdi
scussao/rio20/temas-em-discussao-na-rio20
14. 1.1. Fatores de degradação ambiental
Segundo Dias (1998), a degradação ambiental pode ser entendida
como alterações das condições naturais que comprometem o uso dos
recursos naturais (solos, água, flora, fauna, etc.) e reduzem a qualidade
de vida das pessoas.
Para Silva e Ribeiro (2004) a degradação ambiental é
caracterizada por desmatamentos, derrubada da floresta e a queima da
vegetação tendo por objetivo aumentar as áreas limpas para atender
atividades econômicas como agricultura e pecuária.
Estudos diversos enumeram causas distintas da degradação
ambiental. Estas causas são localizadas e só serão corretas se for
realizado um diagnóstico de qualidade da degradação local. Nota -se,
no entanto, que existe um consenso quanto aos malefícios provocados
pela ação antrópica.
16. I) Indicadores econômicos:
PIB e renda per capita,
Agricultura,
Nº de bovinos, Nº de ovinos e Nº de caprinos,
Consumo industrial de energia elétrica e Consumo rural de
energia elétrica,
Total de indústrias,
Produção de carvão vegetal, lenha e madeira.
Mineração
Entre outros...
1.1. Fatores de degradação
ambiental
17. 1.1. Fatores de degradação
ambiental
II) Indicadores sociais fatores antropológicos
Densidade demográfica
Taxa de urbanização
Rede rodoviária por área do município
Taxa de abastecimento de água
Taxa de esgotamento sanitário
Taxa de escolarização no ensino médio
Índice de desenvolvimento humano
21. % da área com lavouras em relação à área do município
Salinidade média da água (rios, lagos)
% da área colhida com culturas de subsistência
Escoamento superficial
Índice de aridez do solo e acidez da água
Área com imóveis urbanos e rurais (ha)
1.1. Fatores de degradação
ambiental
III) Indicadores ambientais:
22. Índices de Poluição do Ar
Gases de Efeito Estufa
*Dióxido e monóxido de Carbono (CO e CO2) : queima
de combustíveis fósseis, queimadas
*Metano (CH4): extração, transporte e distribuição de
combustíveis fósseis, produção de animais
*Óxido nitroso (N2O): processos industriais e atividades
agrícolas
*Halo carbonos – bromo, cloro, flúor e iodo
*Hexafluoreto de enxofre (SF6) : processos ind.
*Ozônio (O3).
23. Emissões de CO2 projetado para 2050
Pacala and Socolow, Science, vol.305 2004)
24. • Média global de emissões de CO2 per capita
1980 0,93 t C
1990 0,96 t C
1999 1,04 t C
2005 1,21 t C
• Para estabilização em 550 ppm em 2050, deve-se
reduzir as emissões de CO2 em aproximadamente 60% a
70% em relação ao presente
• Para uma população estimada de 9 bilhões de pessoas
em 2050, isto significa emissão per capita de 0,28 t C a
0,35 t C
• Requer: RADICAL DESCARBONIZAÇÃO DOS
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Emissões Per Capita de D
26. Degradação ambiental da bacia hidrográfica do rio Uberaba:
uma abordagem metodológica
Os processos de degradação ambiental, em níveis acentuado e severo juntos, representam 52% de toda a extensão da
bacia, inclusive atingindo áreas protegidas por lei, necessitando de ações imediatas, tanto dos produtores rurais como
do poder público, a fim de repensar o modelo atual de exploração das terras e a adoção de técnicas de recuperação
dessas áreas.
29. 1.2.1) Atuação responsável ABIQUIM
O Programa Atuação Responsável ®
marca registrada da Abiquim -
Associação Brasileira da Indústria Química é uma iniciativa da indústria
química brasileira e mundial destinada a demonstrar seu comprometimento
voluntário na melhoria contínua de seu desempenho em saúde, segurança e
meio ambiente.
http://homologacao.agenciaweb.net.br/home/programa-atuacao-responsavel
1.2. Gestão do ambiente
30. Atuação responsável ABIQUIM
A ABNT e a ABIQUIM firmaram um convênio que possibilitará a
divulgação gratuita da série da norma técnica ABNT NBR 14725 visando o
fornecimento de informações sobre produtos químicos perigosos relativas à
segurança, à saúde e ao meio ambiente.
Manual de Requisitos de Gestão Programa-AR-2012-manual-de-
requisitos-de-gestao.pdf
Programa Atuação Responsável
Este documento tem como objetivo auxiliar as associadas no entendimento,
implementação, manutenção, avaliação e aprimoramento do Programa
Atuação Responsável ®
.
31. 1.2.2) Total Quality Environmental Management (TQEM)
Total Quality Environmental Management refers to business
management practices that reduce or prevent environmental pollution
achieved through Total Quality Management techniques.(Albero A, 1999).
Most literature on this topic abates with the increasing adoption of ISO
14001 in around 1995.
Socio-Industrial Facets of Total Quality Environmental Management
Diminuição da poluição ambiental não pode ter sucesso com os esforços
dedicados de um indivíduo, é preciso uma aldeia para elevar os padrões
ambientais. Consequentemente, as empresas podem atingir coletivamente
melhorias ambientais através do trabalho em equipe e em colaboração com
os reguladores, criando assim uma alternativa ao rigoroso controle de
regulador.
32. ISO 14000
An Environmental Management
System provides a framework for
managing environmental
responsibilities so they become more
efficient and more integrated into
overall business operations.
33. 1.2.3) Produção Mais Limpa
Estratégia econômica, ambiental e tecnológica que aumenta a eficiência
do uso de matérias-primas, de água e de energia.
O Sistema FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado RJ, apóia a
implementação da Produção Mais Limpa (P+L), metodologia que atende
a essa necessidade por meio da não-geração, minimização ou reciclagem
de resíduos.
34.
35.
36. Implementação de Programas de Produção mais Limpa
O Centro Nacional de Tecnologias Limpas –
CNTL/SENAI-RS visa estabelecer uma rede formada por
instituições e profissionais, a fim de facilitar a transferência
de informações e tecnologia às empresas, permitindo a
incorporação de Técnicas de Produção mais Limpa em seus
sistemas de gerenciamento ambiental.
http://srvprod.sistemafiergs.org.br/
37. Implementação de Programas de Produção mais Limpa
EVOLUÇÃO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS
Analisando o histórico do gerenciamento ambiental pode-se visualizar as
tendências seguidas pela evolução das questões ambientais nas últimas décadas.
http://srvprod.sistemafiergs.org.br/
41. O Programa de Produção mais Limpa traz para
as empresas benefícios ambientais e econômicos que
resultam na eficiência global do processo produtivo,
através de:
• eliminação dos desperdícios;
• minimização ou eliminação de matérias-primas e
outros insumos impactantes para o meio ambiente;
• redução dos resíduos e emissões;
• redução dos custos de gerenciamento dos
resíduos;
• minimização dos passivos ambientais;
• incremento na saúde e segurança no trabalho.
44. 4) Eco eficiência
A ecoeficiência pode ser obtida através da união entre, o
fornecimento de bens e serviços sustentáveis a preços competitivos que
satisfaçam as necessidades humanas, e assim, promove a redução dos
impactos ambientais e de consumo de recursos naturais.
No âmbito da poluição ambiental, um [sistema] eco eficiente é aquele
que consegue produzir mais e melhor, com menores recursos e menores
resíduos. Para tal, pressupõem-se oito elementos fundamentais para a
eco eficiência:
• Minimizar a intensidade de materiais dos bens e serviços
• Minimizar a intensidade energética de bens e serviços
• Minimizar a dispersão de tóxicos
• Fomentar a reciclabilidade dos materiais
• Maximizar a utilização sustentável de recursos renováveis
• Estender a durabilidade dos produtos
• Aumentar a intensidade de serviço dos bens e serviços
• Promover a educação dos consumidores para um uso mais racional
dos recursos naturais e energéticos
45. O termo ecoeficiência foi introduzido em 1992 pelo World Business
Council for Sustainable Development (WBCSD) – Conselho Mundial de
Negócios para o Desenvolvimento Sustentável., por meio da publicação do
livro Changing Course, sendo endossado pela Conferência Rio-92, como
uma forma das organizações implementarem a Agenda 21 no setor privado.
Desde então, tem-se tornado sinônimo de uma filosofia de
gerenciamento que leva à sustentabilidade, e como foi um conceito definido
pelo próprio mundo dos negócios, está se popularizando muito rapidamente
entre os executivos de todo o mundo
4) Eco eficiência
47. O Projeto Sala Verde, coordenado pelo
Departamento de Educação Ambiental do
Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA) consiste
no incentivo à implantação de espaços socioambientais
para atuarem como potenciais Centros de Informação
e Formação Ambiental.
A dimensão básica de qualquer Sala Verde é a
disponibilização e democratização da informação
ambiental e a busca por maximizar as possibilidades
dos materiais distribuídos, colaborando para a
construção de um espaço, que além do acesso à
informação, ofereça a possibilidade de reflexão e
construção do pensamento/ação ambiental.
48. Referências Bibliográficas
DRUNN, Kamila Camargo. GARCIA, Hugney Matos. UNIC – Floriano Peixoto, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E
GESTÃO AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS A
PLICADAS DA EDUVALE. Ano IV, Número 06, novembro de 2011.
Maria Elisabeth Pereira Kraemer. GESTÃO AMBIENTAL: UM ENFOQUE NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
CARLOS EDUARDO BRAGA CRUZ; JOILSON SILVA LIMA; ANA VLÁDIA DA COSTA BRITO. FATORES DE
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NOS AGROPOLOS DO CEARÁ. Sober, Fortaleza, CE, 2008,