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Introdução
• Leptospirose é uma zoonose susceptível a qualquer espécie de
mamífero, causada por uma bactéria do gênero Leptospira;
• A leptospirose tem no rato o seu principal reservatório,
seguido pelo cão. Os cães representam uma fonte comum de
infecção para o homem;
• A doença ocorre tanto na zona rural quanto na zona urbana e
está intimamente relacionada aos períodos de chuva.
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
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Leptospira
• Classificação:
– O gênero Leptospira juntamente com Leptonema e Turneria pertence a
família Leptospiraceae. O gênero leptospira tem 20 espécies;
– Os principais sorovares associados às infecções de carnívoros são:
Canicola e Icterohaemorrhagiae.
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Leptospira
– São organismos filamentosos, helicoidais e móveis (FAINE;
STALLMAN, 1982);
– Tem aproximadamente 10 a 20 µm de comprimento e 0,1 a 0,2 µm de
largura (FAINE; STALLMAN, 1982);
– São Gram negativas e vivem em tecidos de animais, no solo úmido, na
lama e em águas paradas (FAINE; STALLMAN, 1982);
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Leptospira
– Apresentam nas extremidades endoflagelos;
– Apresentam uma membrane externa.
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FONTE: www.lookfordiagnosis.com
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Leptospirose em cães
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• Em cães, a doença é frequentemente fatal e, desde meados da
década de 1990 recebeu o status de reemergente na América
(SYKES et al., 2011);
• Afeta cães de ambos os sexos, de todas as raças, independente
da idade;
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Etiologia
• Sorovares comuns entre cães: L. Canicola e L.
Icterohaemorrhagiae;
• As leptospiras penetram no organismo pela pele lesada ou
mucosa intactas;
• Após a penetração multiplicam-se rapidamente na circulação
sanguínea;
• Período de incubação de 4 a 12 dias;
• Alvos primários são os rins, fígado e placenta.
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Características clínicas
• Sintomas iniciais:
– Febre;
– Depressão;
– Letargia;
– Sede constante;
– Perda de apetite;
– Andar encurvado;
– Taquipnéia;
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Características clínicas
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• Sintomas posteriores:
– Úlceras na boca e língua;
– Fezes escurecidas;
– Vômito;
– Diarréia;
– Mialgia;
– Icterícia;
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Características clínicas
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• Em filhotes ocorre septicemia fulminante de no máximo 3 dias
de evolução, é observado:
– Tendência a hemorragias;
– Hematêmese;
– Melena;
– Epistaxe;
– Petéquias nas membranas mucosas.
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Transmissão
• Segundo BOLIN (1996), a transmissão pode ser:
– Direta: Ocorre através do contato com urina infectada, através do
sangue, de envoltórios e líquidos fetais;
– Indireta: Quando cães são expostos ao solo e água contaminada.
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Patogenia
• O período de incubação da doença dura de 4-12 dias;
• As leptospiras multiplicam-se ativamente a nível intersticial e
nos humores orgânicos (sangue, linfa e liquor), caracterizando
um quadro agudo septicêmico denominado de leptospiremia;
• Inflamação generalizada durante o período de invasão tecidual;
• Colonização renal ocorre na maioria dos animais infectados;
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Patogenia
• Leptospirúria e imunidade;
– Estabelecimento das leptospiras em locais de difícil acesso aos
mesmos;
– Pode ser intermitente e durar de meses a anos.
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Patologia
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
• O fígado apresentava alterações macroscópicas em vários cães:
– Mudança na cor do órgão, acentuação do padrão lobular e aumento
difuso de volume
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Patologia
• Alterações renais macroscópicas:
– Descolorações, estriações brancas, aumento difuso de volume, e
discreta irregularidade da superfície capsular;
LEPTOSPIRAS – LEPTOSPIROSE EM CÃES
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Patologia
• No pulmão ocorreu edema e hemorragia:
– Apresentavam variável quantidade de espuma amarela, rósea ou
vermelha no interior da traqueia.
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Diagnóstico
• Material coletado para diagnóstico:
– Sangue;
– Urina;
– Líquor;
– Tecidos: rim e fígado;
– Sêmen.
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Diagnóstico
• Método de detecção de anticorpo:
– ELISA.
• Métodos de detecção de antígeno:
– Imunofluorescência;
– Microscopia de campo escuro;
– Reação em cadeia de polimerase (PCR);
– Histoquímica e imuno-histoquímica.
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Leptospira canicola ;
Leptospira icterohaemorrhagiae;
Leptospira grippotyphosa;
Leptospira pomona.
Imunização
• Vacina administrada em três doses quando o cão estiver com
respectivamente 45, 66 e 87 dias de vida;
• É indicado reforço a cada 6 meses para animais que estão
altamente expostos ao risco de infecção;
• A vacina protege contra o desenvolvimento da doença, mas
nem sempre previne contra instalação das leptospiras no rim.
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Leptospira canicola ;
Leptospira icterohaemorrhagiae.
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Tratamento
• O tratamento para leptospirose canina consiste basicamente em
antibiótico terapia e tratamento de suporte. Os antibióticos de
escolha utilizados no tratamento da leptospirose, são:
penicilina G procaína na dose de 40. 0000 U/Kg a
80.000U/Kg, a cada 12 horas, na fase de leptospiremia e
doxiciclina na dose de 2,5 a 5,0 mg/Kg,
• Tratamentos para aumentar o fluxo sanguíneo renal:
fluidoterapia, manitol, furosemida ou dopamina.
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Conclusão
• A leptospirose é de fácil transmissão para o cão;
• O manejo adequado pode evitar a contaminação;
• Leptospirose é responsável por 2,2% das causas de morte ou
razão para eutanásia de cães e corresponde à quarta doença
infecciosa mais frequente diagnosticada nessa espécie, com
prevalência de 6,4%.
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