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MARCELO ABIB




O LÍDER E AS REDES SOCIAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO




        ORIENTADOR: Prof. João Baptista Brandão




                      São Paulo

                     Março / 2012
MARCELO ABIB




          O LÍDER E AS REDES SOCIAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO




Trabalho apresentado ao curso MBA em Liderança e Gestão de Pessoas, Pós-Graduação
                        lato sensu, Nível de Especialização.
                           Programa FGV Management




                     Orientador: Prof. João Baptista Brandão




                                    São Paulo

                                    março/2012
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

PROGRAMA FGV MANAGEMENT

MBA EM LIDERANÇA E GESTÃO DE PESSOAS




O trabalho de Conclusão de Curso

O LÍDER E AS REDES SOCIAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO




elaborado por Marcelo Abib, e aprovado pela Coordenação Acadêmica do curso de MBA em
Liderança e Gestão de Pessoas, foi aceito como requisito parcial para a obtenção do
certificado do curso de pós-graduação, nível de especialização do Programa FGV
Management.




                    Data: _____ de ______________ de _________




                    ________________________________________
                    João Baptista Brandão – Coordenador Acadêmico
TERMO DE COMPROMISSO




O aluno Marcelo Abib, abaixo assinado, do curso de MBA em Liderança e Gestão de
Pessoas, Turma 01 do Programa FGV Management, realizado nas dependências da FGV
SP, Campus Paulista, no período de 22/03/2010 a 05/07/2011, declara que o conteúdo do
Trabalho de Conclusão de Curso intitulado O LÍDER E AS REDES SOCIAIS NO AMBIENTE
DE TRABALHO é autêntico, original e de sua autoria exclusiva.




                  São Paulo _____ de ______________ de _________




                        __________________________________
AGRADECIMENTOS




                       Aos meus filhos, Fernando e Gabriella e, principalmente,
                minha esposa, Daniele, cuja dedicação à família me possibilitou
investir todo esse tempo nas aulas, estudos e, finalmente, confecção deste TCC.
RESUMO

Atualmente é raro encontrar uma pessoa que nunca fez ou não faça parte de alguma rede
social. Cada vez mais as pessoas sentem a necessidade de compartilhar informações e
expor seus sentimentos para outras pessoas. Essa necessidade fez com que o número de
usuários nas redes sociais aumentasse consideravelmente em um pequeno espaço de
tempo. As principais redes sociais são: LinkedIn, Facebook, Twitter e Orkut.

É através desses canais que pessoas e empresas têm acesso a informações pessoais,
personalidade, gostos e comunidades que um indivíduo pertence e fazem uso da forma que
acham conveniente.

As empresas e seus líderes estão consultando essas redes no momento de escolher um
currículo ou verificar o perfil de uma pessoa indicada para uma vaga, com o intuito de
diminuir o número de contratados com perfil inadequado para a empresa.

Alguns gestores estão tirando conclusões até mesmo antes de entrevistar um candidato,
mas esse fato é preocupante, uma vez que pessoas possam ser pré-julgadas
equivocadamente. Algumas comunidades podem não significar para o candidato o que o
gestor está pensando e podem levar ao cometimento de injustiças.

Os líderes devem estar bem preparados e contar com a parceria do departamento de
Recursos Humanos no momento de fazerem esse tipo de consulta.

As redes sociais não podem ser utilizadas como quesito único na avaliação, o ideal é
convocar o candidato e conhecê-lo pessoalmente.

Através de referencial teórico, pesquisas bibliográficas e quantitativas, material jornalístico e
estudo de caso, procuraremos mostrar que a inserção das redes sociais nos processos
seletivos é crescente.     Também buscaremos responder a pergunta: Os líderes estão
preparados para utilizar as redes sociais no momento de selecionar candidatos para vagas
de emprego na empresa?




Palavras-chave: Redes Sociais, LinkedIn, Orkut, Facebook, Twitter
ABSTRACT

Currently it is rare to find a person who has never participated or participates in a social
network. More and more people feel the need to share information and expose their feelings
to others. This caused the number of users in social networks to increase considerably in a
short period of time. The main social networks are LinkedIn, Facebook, Twitter and Orkut.

It is through these channels that people and companies have access to personal information,
personality, skills and communities that an individual belongs to, and they make use of this
information as they want to.

Companies and their leaders are consulting these networks to choose a curriculum or check
the profile of a person to a vacant position, in order to reduce the number of people hired
without the right profile for the company’s culture.

Some managers are making conclusions even before interviewing a candidate, but this is
alarming, since people can be pre-judged wrongly. Some communities may not mean for the
candidate what the manager is thinking and can lead to the perpetration of injustice.

Leaders must be well prepared and partner with the Human Resources Department at the
time of making the use of the social networks..

Social networks can not be used as the unique font of information for the hiring -, the ideal is
to bring the candidate to a personal interview.

Through theory, quantitative and qualitative research, journalistic material and case study,
we will show that the inclusion of social networks in the selection processes is increasing.
We will also seek to answer the question: Are leaders prepared to use social networks at the
time of selecting candidates for jobs in the company?




Keywords: Social Networks, LinkedIn, Orkut, Facebook, Twitter
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01. Redes Sociais. Fonte: Revista Exame

Figura 02. Khan professor mais popular do mundo. Fonte: Revista Exame
9

SUMÁRIO



RESUMO .............................................................................................................................. 6

ABSTRACT ........................................................................................................................... 7

SUMÁRIO ............................................................................................................................. 9

1.        INTRODUÇÃO..........................................................................................................12

1.1       PROBLEMA ..............................................................................................................13

1.2       HIPÓTESE ...............................................................................................................13

1.3       OBJETIVO GERAL ...................................................................................................13

1.4       OBJETIVOS ESPECÍFICOS .....................................................................................13

1.5       METODOLOGIA .......................................................................................................14

2.        REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................15

2.1       O SURGIMENTO DA INTERNET .............................................................................15

2.2       DEFINIÇÃO PARA REDE DE COMPUTADORES ....................................................16

2.3       CONSUMO DE INTERNET ......................................................................................16

2.3.1     NOVO PÚBLICO, NOVA ABORDAGEM...................................................................18

2.3.2     DIFERENÇAS ENTRE CONSUMIDOR OFF-LINE E ON-LINE DIMINUEM CADA
          VEZ MAIS .................................................................................................................19

2.3.3     NOVAS TECNOLOGIAS QUE ACESSAM A INTERNET ..........................................20

2.4       REDES SOCIAIS ......................................................................................................22

2.5       REDES SOCIAIS SÃO RESPONSÁVEIS POR MAIS DA METADE DO TRÁFEGO
          DA INTERNET ..........................................................................................................22

2.5.1     EMPRESAS SE BENEFICIAM COM AS REDES SOCIAIS ......................................23

2.5.2     A REVOLUÇÃO DA CISCO 3.0 ................................................................................27

2.6       PESSOAS SE BENEFICIAM COM SITES COMO YOUTUBE, REDES SOCIAIS, E
          ATÉ MESMO PARA ROUBO DE INFORMAÇÕES UTILIANDO COMO ISCAS AS
          NOVAS TECNOLOGIAS. .........................................................................................29

2.6.1     YOUTUBE ................................................................................................................29
10

2.6.2   ROUBO DE INFORMAÇÕES ...................................................................................31

2.7     REDES SOCIAIS NAS EMPRESAS .........................................................................34

2.8     SAIBA COMO AS EMPRESAS USAM AS REDES SOCIAIS PARA RECRUTAR ....36

2.9     A IMPORTANTE PESQUISA DA CONSULTORIA AMERICANA JOBVITE ..............37

3.      ESTILOS DE GESTÃO .............................................................................................39

3.1     OS EXPERIMENTOS EM HAWTHORNE .................................................................40

3.2     CONDUZINDO A EQUIPE - AS TEORIAS X E Y DO MC GREGOR ........................40

3.3     A IMPORTÂNCIA DO LÍDER ....................................................................................43

3.4     TIPOS DE PODER DE LÍDER ..................................................................................43

3.5     O QUE FAZ O LÍDER ...............................................................................................45

3.6     DIFERENÇA ENTRE O LÍDER E O ADMINISTRADOR ...........................................46

3.7     AS CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER ...................................................................46

3.8     FORMAS DE LIDERAR ............................................................................................48

3.9     LIDERANÇA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL ..........................................................49

3.10    LIDERANÇA SITUACIONAL.....................................................................................50

3.11    MITOS SOBRE LIDERANÇA....................................................................................51

3.12    LÍDERES PROBLEMÁTICOS ...................................................................................52

3.13    FORMAÇÃO DE LIDERANÇA ..................................................................................52

3.14    O PRINCIPAL EXECUTIVO: O LÍDER DA EMPRESA .............................................53

4.      ESTUDO DE CASO ..................................................................................................55

4.1     EMPRESA NO BRASIL ............................................................................................55

4.2     EMPRESA NO MUNDO ...........................................................................................56

4.3     RECURSOS HUMANOS E PROCESSO DE SELEÇÃO DE FUNCIONÁRIOS.........57

4.4     ENTREVISTA COM O ANALISTA DE RH LEANDRO SIMONTINI DA NESTLÉ ......59

4.4.1   QUESTIONÁRIO A LEANDRO SIMONTINI DA EMPRESA NESTLÉ .......................59

4.5     CENÁRIO ATUAL .....................................................................................................60

4.6     PROBLEMAS EXISTENTES ....................................................................................61
11

4.7      SOLUÇÕES PROPOSTAS .......................................................................................61

5.       CONCLUSÃO ...........................................................................................................62

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................63
12



1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem a finalidade de apresentar o mundo da tecnologia no ambiente de
trabalho, com o intuito de mostrar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma
diversão e passaram a servir também como vitrine para os profissionais.

É possível para um líder utilizar conceitos dos modelos de gestão até quando os assuntos
são referentes às redes sociais que, para muitos, até um tempo atrás, tratavam-se apenas
de entretenimento e uma forma de se comunicar com amigos e familiares.

As empresas e os líderes começaram a tirar proveito desses canais abertos para identificar
perfis de possíveis funcionários. Perfis pessoais e comportamentos em sociedade, que são
facilmente expostos, tornam-se ferramentas de auxílio para que um líder conheça melhor
cada indivíduo do seu grupo e, com isso, tenha maior eficácia em sua liderança.

Da mesma maneira a área de Recursos Humanos, através dessas redes sociais, consegue
identificar o perfil, gostos e personalidade dos candidatos, o que serve para se ter uma
prévia da pessoa que se irá entrevistar. Isso ajuda ao RH na assertividade das entrevistas,
uma vez que permite que nelas sejam endereçados pontos específicos de potenciais
conflitos entre o perfil do profissional e a demanda da empresa.

Essa monografia apresentará desde um breve histórico da Internet e seu rápido avanço, até
o ponto dela se tornar muito importante na vida das pessoas e ter impacto no ambiente
empresarial, além de apresentar e relacioná-la aos conceitos de gestão e de liderança.

Também serão apresentados outros fatores que influenciam de forma positiva ou negativa o
ambiente profissional, como o YouTube (vídeos), Google (buscas), o iPhone e smart phones
(celulares que acessam Internet), Android (sistema operacional para equipamentos móveis),
MSN Messenger (originalmente The Microsoft Network, programa de troca de mensagens
entre usuários), entre outros recursos.

O foco principal, porém, será para as redes sociais mais utilizadas no mundo todo:
Facebook, Orkut, Twitter, MySpace e Blogger, com destaque especial para as duas
primeiras.

Segundo Ugarte (2007), as redes sociais são formadas por indivíduos com interesses,
valores e objetivos comuns para o compartilhamento de informações. A Internet é um dos
grandes fomentadores para a formação de redes, porque as pessoas podem se encontrar
independente de tempo e espaço. Em suas palavras:
13

                       As mídias sociais abrangem diversas atividades que integram
                       tecnologia, interação social e a construção de palavras, fotos, vídeos
                       e áudios. A maneira na qual a informação é apresentada depende
                       das várias perspectivas da pessoa que compartilhou o conteúdo,
                       podendo ter diferentes formas, como fóruns de internet, weblogs,
                       wikis, podcasts, fotos e vídeos.


1.1 PROBLEMA

Tendo em vista a ampliação da abrangência das redes sociais e a exposição dos perfis dos
indivíduos, os líderes estão preparados para utilizar essas redes sociais no momento de
selecionar candidatos para vagas de emprego na empresa?


1.2 HIPÓTESE

A expansão das redes sociais, a exposição dos indivíduos e a crescente competição por
talentos, aliadas a uma pressão por redução de custos em processos seletivos levará as
empresas a ampliar a utilização das redes sociais em sua busca por novos colaboradores.

Nesse contexto, uma participação mais ativa do departamento de recursos humanos da
empresa na prestação de apoio aos líderes durante o processo de seleção de novos
funcionários evitará o cometimento de injustiça e preconceito.


1.3 OBJETIVO GERAL

Apresentar e analisar a visão de uma empresa e dos líderes dessa empresa frente à
utilização complementar das redes sociais para seleção de funcionários na empresa.


1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

   •   Analisar o melhor método de gestão a ser aplicado pela liderança no setor de
       tecnologia no processo de seleção de candidatos fazendo uso de redes sociais

   •   Explicar como funcionam as redes sociais

   •   Identificar a visão atual do líder em relação às redes sociais no ambiente corporativo

   •   Identificar perfis de líderes e pontos fortes e fracos de uma liderança.
14

1.5 METODOLOGIA

A metodologia utilizada é baseada em pesquisas em livros, revistas, artigos publicados na
Internet e entrevistas com funcionários da empresa utilizada como objeto de estudo da
pesquisa, além de dados estatísticos obtidos por consultoria especializada no tema,
localizada nos Estados Unidos.

Foi feita uma entrevista semi-estruturada ao Sr. Leandro Simontini, da Nestlé, que
respondeu a cinco perguntas, não com o intuito de contabilizar dados, mas de conhecermos
algumas situações que as empresas estão vivenciando e a postura que estão adotando.

As perguntas ao Sr. Simontini foram baseadas no objetivo de identificar o uso ou não de
redes sociais na Nestlé e quais os pontos específicos de monitoramento de uso dessas
redes são praticados nessa empresa.
15



2. REFERENCIAL TEÓRICO


2.1 O SURGIMENTO DA INTERNET

Segundo Almeida (2000 p.183), a Internet nasceu praticamente sem querer.              Foi
desenvolvida nos tempos remotos da Guerra Fria, com o nome de ARPAnet (Advanced
Research Projects Agency Network), para manter a comunicação das bases militares dos
Estados Unidos, mesmo que o Pentágono fosse eliminado do mapa por um ataque nuclear.

Quando a ameaça da Guerra Fria passou, ARPAnet tornou-se tão inútil que os militares já
não a consideravam tão importante para mantê-la sob a sua guarda. Foi assim permitido o
acesso aos cientistas que, mais tarde, cederam a rede para as universidades as quais,
sucessivamente, passaram-na para as universidades de outros países, permitindo que
pesquisadores domésticos a acessassem, até que mais de cinco milhões de pessoas já
estavam conectadas com a rede, formando uma imensa teia da comunicação mundial.

Nos dias de hoje, não é mais um luxo ou simples questão de opção uma pessoa utilizar e
dominar o manuseio e serviços disponíveis na Internet, pois esta é considerada o maior
sistema de comunicação desenvolvido pelo homem.

Com o surgimento da World Wide Web, esse meio foi enriquecido. O conteúdo da rede
ficou mais atraente com a possibilidade de incorporar imagens e sons. Um novo sistema de
localização de arquivos criou um ambiente em que cada informação tem um endereço único
e pode ser encontrada por qualquer usuário da rede.

Em síntese, a Internet é um conjunto de redes de computadores interligados que tem em
comum um conjunto de protocolos e serviços, de uma forma que os usuários conectados
possam usufruir de serviços de informação e comunicação de alcance mundial.

Para Almeida (2000, p.183), a história da Internet no Brasil começou bem mais tarde, só em
1991 com a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), uma operação acadêmica
subordinada ao MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia).

Até hoje a RNP é o backbone (Coluna dorsal de uma rede, backbone representa a via
principal de informações transferidas por uma rede, neste caso, a Internet) principal e
envolve instituições e centros de pesquisa (FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo, FAPEPJ, FAPEMIG, etc.), universidades, laboratórios, etc.
16

No final de 1994, a Embratel lançou em caráter experimental o serviço de acesso à Internet
para usuários domésticos.

Somente em 1995 é que foi possível, pela iniciativa do Ministério das Telecomunicações e
Ministério da Ciência e Tecnologia, a abertura ao setor privado da Internet para exploração
comercial da população brasileira.

A RNP fica responsável pela infraestrutura básica de interconexão e informação em nível
nacional, tendo controle do backbone.


2.2 DEFINIÇÃO PARA REDE DE COMPUTADORES

Segundo Torres (2001, p.435), as redes de computadores estão cada vez mais comuns. Na
verdade, qualquer instalação comercial com mais de um PC, geralmente os têm em rede;
pois transportar discos de uma estação à outra é bem pouco produtivo. Sendo assim, não
basta possuir uma sala cheia de PCs. É necessário interligá-los de modo a permitir a troca
de dados. Se tivesse de dividir uma rede em seus componentes mais simples, existiriam
duas partes. Uma seria a rede física - os fios, as placas de rede, os computadores e outros
equipamentos utilizados pela rede para fazer a transmissão dos dados. A outra seria a
organização lógica dessas partes físicas - as regras que permitem que as partes físicas
trabalhem em conjunto. A rede lógica é o que os usuários vêem quando estão trabalhando
em suas mesas. As redes lógicas são conjuntos de recursos, tais como: espaço em disco
rígido, impressoras e aplicativos, aos quais seu computador não teria acesso se não
estivesse conectado a uma rede. As redes lógicas não são físicas - são o resultado da
organização da rede física. Em outras palavras, a rede lógica é a organização do hardware
resultante do software de rede, e é o que mais interessa ao usuário final.


2.3 CONSUMO DE INTERNET

Segundo Agostini e Meyer(2010), a classe C também passou a utilizar a Internet, e nos
últimos três anos, mais de 45 milhões de brasileiros pertencentes à nova classe média
passaram a acessar a internet. Um novo mundo de consumo e informação se abre para
eles - e transforma os negócios.

Vejamos um exemplo ilustrado pelos autores:

                       Todo dia ela faz tudo sempre igual. Moradora de Duque de Caxias, na
                       baixada Fluminense, a carioca Simone Reis, de 35 anos, acorda de
                       madrugada com o céu ainda escuro. Às 6 da manhã, está à espera do
17

                      ônibus que vai levá-la até o pequeno restaurante, onde trabalha como
                      ajudante de cozinha em troca de salário mínimo de 510 reais, Simone é um
                      típica representante da nossa classe C brasileira. Sua família - formada
                      pelo marido, um vendedor de produtos de limpeza, mais quatro filhos - tem
                      renda mensal de cerca de 3.000 mil reais.     Nós últimos anos, os Reis
                      financiaram um automóvel de quatro portas, fizeram uma pequena reforma
                      em sua casa, compraram um notebook e passaram a pagar um plano de
                      acesso à banda larga da internet.      O contato com o mundo digital
                      transformou a rotina e o modo de vida de Simone. Hoje, antes de sair de
                      casa para o trabalho, ela checa os e-mails e recados deixados em sua
                      página no Orkut, a rede social mais popular do Brasil, com mais de 29
                      milhões de usuários, É pela internet que chegam os pedidos de cosméticos
                      da Natura, da Avon e de lingeries e cremes da marca americana Victoria's
                      Secrets que Simone começou a vender há três meses.         Com a venda
                      online, Simone ganha em cerca de 1.000 reais mensais - o correspondente
                      a um terço de sua renda familiar.    “Sempre que necessário, mostro os
                      produtos pela webcam e tiro dúvidas pelo serviço de mensagens
                      instantâneas", diz Simone. “Só não vendo a minha família. O resto vai tudo
                      pela internet."

Conforme Agostini e Meyer (2010) embora ainda seja utilizada de maneira esmagadora para
trocas de e-mails e participação em redes sociais, a internet vem sendo cada vez mais
encarada como um canal de compras por esses novos consumidores - e é aqui que esse
fenômeno pode fazer toda a diferença. Neste mesmo artigo (Agostini e Meyer, 2010), há a
referência a um levantamento realizado pela consultoria Data Popular com 2.000 pessoas
que mostra que 68% dos integrantes da classe C usam a rede para pesquisar preços,
números próximos aos 82% das classes A e B. É bem verdade que o número de compras
online realizadas pela nova classe média ainda é pequeno se comparado ao topo da
pirâmide - a classe C respondeu por apenas 7% das transações realizadas na rede em
2009, antes 55% das classes A e B. O avanço do varejo eletrônico nesse extrato social,
porém, é notável. No ano passado, quase de 40% de todos os consumidores que fizeram
sua estréia no mundo das compras virtuais pertenciam à nova classe média. Artigos como
computadores e geladeiras encabeçaram a lista de compras, que gerou um tíquete médio
de 321 reais, apenas 12% abaixo da média do mercado. O site de pesquisa de preços
BuscaPé é um termômetro dos efeitos dessa inserção digital maciça. De 2008 para cá, a
ferramenta que oferece a possibilidade de ordenar as buscas segundo o número e o valor
das parcelas, algo vital para a lógica de compras da classe C, tornou-se a segunda mais
importante do site, das oito disponíveis, atrás apenas da ordenação por menor preço. “Esse
18

público chega à internet num momento em que as empresas estão mais preparadas para
atendê-los", diz Pedro Guasti, diretor da E-bit, consultoria especializada em comércio
eletrônico. “As classes A e B passaram por um lento processo de aprendizagem. Com a
classe C acontece tudo ao mesmo tempo".


2.3.1   NOVO PÚBLICO, NOVA ABORDAGEM

Ainda segundo Agostini e Meyer (2010), algumas empresas brasileiras estão aplicando
alguns mecanismos via Internet, para atrair os internautas da classe C:


•   BRADESCO

    O que fez: colocou em seu site um vídeo em que uma atriz explica com linguagem
    simples a nova linha de crédito do banco voltada para a classe C,

    Resultados: aumentou em 50% o acesso à sua página de crédito.


•   GOLDFARB

    O que fez: ao constatar que 70% de seus clientes da classe C usavam a internet como
    principal fonte de informação, passou a aplicar 25% de suas verbas de marketing em
    propagandas online.

    Resultados: das cerca de 2.000 vendas feitas por mês em 2009, 400 foram iniciadas
    pela internet. Dois anos antes, esse número era praticamente zero.


•   MAGAZINE LUIZA

    O que fez: em outubro do ano passado, criou uma assistente de compras virtual para o
    site. Batizada de LU, a personagem explica o funcionamento dos produtos e dá dicas de
    compras. Além disso, a rede dobrou para 15.000 o número de itens disponíveis na loja
    online neste ano.

    Resultados: aumentou 90% o faturamento da operação na internet no primeiro
    semestre de 2010 em comparação ao mesmo período do ano anterior.


•   TAM

    O que fez: lançou um site para os primeiros viajantes, com vídeos sobre as vantagens
    de trocar o ônibus pelo avião e explicações sobre o funcionamento do check-in.
19

    Resultados: desde que foi ao ar, no inicio de agosto de 2009, a outubro de 2010 o site
    teve mais de 150 000 acessos.


•   KRAFT FOODS

    O que fez: lançou uma campanha, em abril de 2010, para divulgar o chocolate Mini Bis
    entre os jovens de classe C no Orkut. Para isso, distribuiu semestre virtual de cacau no
    jogo Colheita Feliz que, depois de 48 horas, se transformavam em árvores.

    Resultados: um mês após os lançamentos, 20 milhões de internautas tinham
    participado da brincadeira.


•   NATURA

    O que fez: nos computadores de 15 lan houses localizadas em São Paulo, a empresa
    instalou maquininhas que liberavam uma fita perfumada cada vez que o internauta
    clicava no banner de seus perfumes.

    Resultados: aumentou em 40 vezes o acesso ao anúncio online perfume.


2.3.2   DIFERENÇAS ENTRE CONSUMIDOR OFF-LINE E ON-LINE DIMINUEM CADA
        VEZ MAIS

Segundo Neto (2009), a liberdade na Internet também abre espaço para o consumidor tomar
mais coragem e acabar denegrindo a imagem da empresa, esteja ele com a razão ou não.
Para combatê-la, o autor defende um diálogo um a um no ambiente virtual. “É preciso
responder ao máximo cada consumidor que entra em contato com a empresa através da
internet”, recomenda.

Neto (2009) cita ainda que as diferenças do consumidor off-line e on-line, no entanto,
estariam ficando cada vez mais complexas de mensurar à medida que mais usuários
adentram o espaço virtual, fazendo com que o seu comportamento no mundo físico fosse
refletido nesse mundo virtual. Um exemplo é o dado de que o fluxo de visitas aos sites de
conteúdo adulto cai aos domingos, dia de comparecer à igreja.

A pesquisa utilizada por Neto (2009) também atesta um aumento na procura por
informações sobre a gripe suína em buscadores, que apresentou um crescimento de 314%
entre 27 de junho a 22 de agosto de 2009, ao mesmo tempo em que o assunto ocupava
cada vez mais espaço na imprensa nacional. A procura por dietas para perda de peso
também chamou a atenção, teve alta de 76% no período.
20

Neto (2009) continua, informando que, atualmente, o Hitwise fornece informações sobre a
interação de 90 mil pessoas em 60 mil web sites no Brasil. O Hitwise possui cerca de 1.500
clientes no mundo e está presente nos seguintes países: Estados Unidos, Reino Unido,
Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Cingapura e Hong Kong.

Segundo Neto (2009), em Junho de 2010 O Google divulgou uma lista com os 1.000 sites
mais populares do mundo. O gigante de buscas não se colocou no ranking e, no topo, estão
Facebook, com 540 milhões de visitantes únicos em abril, e Yahoo, com 490 milhões.

Conforme Neto (2009), apesar de serem primeiro e segundo colocados, a diferença de page
views entre os dois sites é expressiva. O Facebook teve 570 bilhões de visualizações de
página no mês passado, enquanto o Yahoo apresentou 70 bilhões.

Ainda segundo Neto (2009), além do Facebook, outras redes sociais e serviços de blogs
também têm boa colocação no ranking do Google.            O Twitter surge em 18º lugar, o
MySpace em 26º e o Orkut, preferido dos brasileiros, figura bem distante, em 45º. No lado
dos blogs, o Blogspot é o que está na frente, em 7º lugar, seguido por Wordpress, em 12º e
FC2, em 42º.

Neto (2009) comenta que, dentre os sites brasileiros, o UOL é o campeão de popularidade,
aparecendo na 95ª posição da lista. O concorrente, Terra, vem em seguida, em 182º lugar e
o Baixaki, terceiro brasileiro do ranking, aparece em 357º.

Neto (2009) informa que a lista é atualizada mensalmente através da ferramenta Ad Planner
e se baseia principalmente na quantidade de visitantes únicos que os sites recebem.

Neto (2009) nos atualiza informando que, em Janeiro de 2011 o Twitter já se encontra em
segundo na lista de sites mais acessados e o Orkut apareceu em décimo primeiro no
Ranking.


2.3.3   NOVAS TECNOLOGIAS QUE ACESSAM A INTERNET

Segundo Dweck (2008), com novos modelos e um software atualizado, o celular da Apple
entra na disputa pelo mercado corporativo. Um em cada dois americanos que dependem de
um smartphone para trabalhar usa o BlackBerry. Em todo o mundo, no último ano, foi
vendida cerca de 14 milhões de aparelhos, a maioria ao mercado empresarial.

Ainda segundo Dweck (2008) alguns presidentes, diretores e gerentes de empresas têm
adotado o aparelho da Apple como substituto de seus BlackBerries e outros telefones
inteligentes. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos pela consultoria Rubicon (2008 p.20)
21

com usuários do iPhone mostrou que 40 % deles trocam outros smartphones pelo celular da
Apple, sendo que 13% aposentaram o BlackBerry. Mesmo sem venda oficial no Brasil, o
iPhone também tem ganhado espaço por aqui.          Estima-se que haja cerca de 300.000
aparelhos no país - e muitos deles têm sido usados como ferramentas de negócios.

A matéria de Dweck (2008) traz ainda a informação, baseada em levantamento da
consultoria Predicta, especializada em marketing online, de que a facilidade de navegação
do iPhone se reflete no uso da internet. O celular da Apple responde por mais da metade
dos acessos à internet via celular.

Dweck (2008) cita ainda que a maioria tem computadores rodando Windows e usa os
smartphones da Research in Motion.          Na disputa para conquistar o coração dos
profissionais de TI, a Apple anunciou para 11 de julho a nova versão do software básico do
iPhone.   Ele vai permitir que tanto os aparelhos novos como os amigos (que forem
atualizados gratuitamente) contem com funções que sempre foram a vantagens do
BlackBerry: o correio eletrônico em tempo real e a sincronização dos e-mails, da agenda e
dos contatos telefônicos com o computador. Até então, não havia maneira de conectar o
iPhone remotamente com os sistemas corporativos para que a agenda e o e-mail
estivessem sempre atualizados. Isso muda com o iPhone 2.0. “Essas novidades ajudam a
Apple a entrar no mercado corporativo, mas não será fácil", diz Alex Zago, analista sênior de
telecomunicações da consultoria IDC.     “As empresas são conservadoras na adoção de
novas tecnologias, sobretudo pela questão da segurança."

Ainda conforme Dweck (2008) segurança é um dos trunfos no qual a Research in Motion
aposta para manter seu espaço entre os executivos. No aparelho, as informações são
criptografadas tanto quando são enviadas numa mensagem como quando estão
armazenadas no hardware. “Também temos diferenciais em termos de eficiência, com a
compressão de arquivos, e na relação com os departamentos de tecnologia, oferecendo
ferramentas de administração dos aparelhos", diz Roger Crespo, gerente de inteligência de
mercado para as Américas da Research in Motion.

A matéria de Dweck (2008) informa que a Nokia, por exemplo, tem uma legião de
desenvolvedores de softwares para o sistema operacional. A Research in Motion conta com
os parceiros que fazem aplicativos especialmente para empresas.          Mas a Apple está
investindo para reduzir a distância em relação aos concorrentes. Em março, o presidente da
empresa, Steve Jobs, lançou o kit de desenvolvimento de software para o iPhone, que
permite a programadores criar aplicativos para o telefone.
22

Por último Dweck (2008) traz a informação de que os investimentos em sites para o iPhone
já dão retorno a empresas como a NetMovies, de São Paulo, locadora de DVDs pela
internet. Do total de acessos ao site, 2% são feitos por meio de telefone celular - a maioria
por iPhone. No mercado dos consumidores finais, a Apple já é um hit - agora, as empresas
é que estarão na mira.


2.4 REDES SOCIAIS

Inaba (2011) afirma ”As redes sociais são um meio de se conectar a outras pessoas na
internet, os sites de redes sociais geralmente funcionam tendo como base os perfis de
usuário - uma coleção de fatos sobre o que um usuário gosta, não gosta, seus interesses,
hobbies, escolaridade, profissão ou qualquer outra coisa que ele queira compartilhar”.

Segundo Inaba (2011) O objetivo das redes sociais é juntar um grupo de pessoas com quem
você esteja interconectado por um ou mais fatores. Contatos são contatos, estejam eles
online ou no "mundo real". A velha frase "não é o que você sabe, mas quem você conhece"
é verdadeira - quanto mais pessoas você conhecer, melhor. Talvez aquele seu velho amigo
do ginásio esteja começando um novo negócio e precise da sua expertise. Definitivamente,
conhecimento é poder.

Inaba (2011) cita que quando você cria uma rede social, ela tende a funcionar muito como
as redes de relacionamentos no mundo real. Você vê notícias, discute problemas do
trabalho e da vida particular, compartilha suas idéias e tem acesso a experiência e expertise
a que não teria acesso de outra forma.


2.5 REDES SOCIAIS SÃO RESPONSÁVEIS POR MAIS DA METADE DO TRÁFEGO DA
   INTERNET

Segundo Neto (2009), representante do portal Mundo Marketing, as redes sociais estão
ocupando cada vez mais a atenção dos internautas brasileiros e tirando o espaço dos sites
de conteúdo adulto. Segundo um levantamento da Hitwise realizado durante 12 semanas
no Brasil, 4% das pessoas que acessam a internet procuram sites de conteúdo adulto,
enquanto que nos EUA o número é quase o dobro, 7%.

Neto (2009) informa que esse é um dos resultados apresentados por Bill Tancer, CEO da
agência e especialista em comportamento on-line, além de autor do livro “Click: o que
milhões de pessoas estão fazendo on-line e porque isso é importante”, lançado no país pela
23

Editora Globo. O executivo esteve no Brasil esta semana, apresentando as conclusões do
estudo que elaborou um ranking com os 10 sites mais visitados no Brasil.

Segundo Neto (2009) O Google domina a lista, ocupando as quatro primeiras posições com
Google Brasil em primeiro, seguido por Orkut, Google.com e YouTube. Também reaparece
em sexto, com o Google Images. A boa colocação do Orkut no Brasil reforça a tese do
executivo de que o crescimento de redes sociais está fazendo com que visitas a portais com
conteúdo pornográfico estejam em queda. A estimativa é de que os sites de relacionamento
sejam responsáveis por 62% do tráfego da internet no Brasil.

O texto de Neto (2009) cita ainda que “As ações falam mais alto do que as palavras” –
Nos Estados Unidos, as redes sociais também provocaram uma baixa na audiência de sites
adultos, que já chegou a atrair 16% dos internautas locais. Segundo a companhia, desde
2007 a audiência desse tipo de conteúdo tem caído nos países que a empresa atua, mas
costuma crescer no inverno.

Para Tancer (2009 p.45), é preciso ter cuidado para manter a privacidade dos usuários, não
coletando dados individuais sobre nenhum usuário, mas sim observando padrões ao
analisar uma grande quantidade de internautas. O anonimato ou falta de contato pessoal
também podem ser uma oportunidade para as empresas que vendem produtos e soluções
que envolvem emoções delicadas:

                      “É mais fácil atrair o consumidor que tem vergonha de adquirir
                      determinado produto na internet do que em uma loja física”

                      “O comportamento do internauta muda a cada dia. Os profissionais
                      de Marketing precisam estar mais atentos a isso.      A Internet dá
                      muitas informações valiosas sobre o consumidor”, aponta Bill Tancer,
                      para quem “Se as ações falam mais alto que as palavras,
                      verifiquemos os cliques”.


2.5.1     EMPRESAS SE BENEFICIAM COM AS REDES SOCIAIS

Segundo Fusco (2009), em matéria publicada pela revista exame de 7/10/2009, as
empresas estão aprendendo a tirar aproveito das amizades do Orkut e dos posts do Twitter.

Fusco (2009) compartilha dois caos interessantes. Os dias de Jaldomir da Silva Filho são
cheios.    O analista de sistemas paulista acorda às 5 da manhã e segue de Bragança
Paulista, a 90 quilômetros de São Paulo, para a central de operações do Metrô, na capital,
onde trabalha.   Leva quase 2 horas na ida e outras tantas na volta.       O professor de
24

marcenaria Fernando Carvalho da Costa tem uma rotina parecida.         Dá aula para duas
turmas e passa 3 horas diárias no trânsito. Chegando em casa, à noite, ambos têm outro
expediente. Entram em fóruns, blogs e comunidades na internet para responder a dúvidas
de usuários de telefones celulares Nokia. Esclarecem desde os detalhes mais simples,
como a anotação de números na agenda do aparelho, até complexas perguntas técnicas. O
trabalho geralmente vai até a madrugada. Silva e Costa não são funcionários da Nokia.

Fusco (2009) observa que ambos nem sequer recebem pagamento pelo serviço que
prestam. Apaixonados pelos celulares da marca e por internet, eles participam de listas de
discussões para trocar informações com outros internautas simplesmente para obter o
reconhecimento das comunidades virtuais. A Nokia também notou o interesse de Silva, de
Costa e de3 outros 500 consumidores engajando com a marca e, em maio, criou o
programa Gurus. Esse grupo de fãs agora tem um relacionamento mais próximo com a
empresa. Eles continuam trabalhando voluntariamente em nome da companhia, mas têm
estímulos que vão além da reputação online. Quem resolve o maior número de questões
pode ganhar desde celulares até visitas ao centro técnico de empresa, na Europa.

Fusco (2009) transcreve que “O consumidor que era receptor de informações passa a ser
corresponsável pela reputação do produto", diz Edmar Bulla, responsável pelo projeto.

Segundo Fusco (2009) a Nokia busca resposta para uma pergunta cada vez mais
importante no mundo dos negócios; quando vale um amigo? Qual é o valor de uma opinião
positiva que um consumidor coloca no Twitter no meio da tarde de segunda-feira? São
grandes as chances de que os comentários daquele amigo de vários anos tenham mais
peso na hora de decisão de compra. Como ouvir essa conversa - e dar palpites - sem
parecer intrometido? Como tentar tirar sentido dessa cacofonia de vozes que acontece na
internet, toda ela registrada em páginas do Orkut, do Facebook, no Twitter e dos blogs?
Nada menos do que 770 milhões de pessoas visitaram sites de relacionamentos em junho,
segundo consultoria americana ComScore. Trata-se de uma legião de indivíduos falando da
viagem de férias ou das festas de aniversário a que foram no fim de semana, mas, também,
uma legião de consumidores trocando opiniões com pessoas de sua confiança sobre
produtos, serviços e sobre seus respectivos empregadores. Não se trata de uma simples
reprodução do boca a boca. Uma frase dita na roda de conversa se perde no ar. Uma
mensagem deixada no Twitter fica registrada e pode se multiplicar milhares de vezes. Um
aperto de mãos é efêmero. Uma conexão numa rede social, como Orkut, Facebook ou
LinkedIn, é duradoura.   Mais importante: ela gera complicada teia, que os acadêmicos
chamam de de grafo social.
25

Ainda conforme Fusco (2009) O Facebook, maior rede online de relacionamento do mundo,
vem crescendo de forma assustadora desde seu lançamento, cinco anos atrás, quando
surgiu no quarto do estudante Mark Zuckerberg. Hoje, conta com mais de 340 milhões de
usuários registrados e já é o quarto site mais visitado do mundo. No Brasil, o preferido
ainda é o Orkut, a rede criada pelo Google - mas o Facebook vem ganhando adeptos a cada
dia. Os internautas daqui passam em média 6,3 horas por mês nesse tipo de site, um
número 50% maior que o dos americanos.

Fusco (2009) observa ainda que o modelo de publicidade tradicional não funciona. Nas
redes sociais, as marcas não podem simplesmente reproduzir a mensagem idealizada por
marqueteiros e publicitários, um ponto importante, afirma Marcelo Coutinho, consultor do
Ibope Mídia e pesquisador da Escola Superior de Propaganda e Marketing, é entender o
estilo de vida de seus consumidores - afinal de contas, o perfil numa rede social é a forma
como a pessoa se apresenta ao mundo.

Para Fusco (2009), no Brasil, o destino natural dos esforços em redes sociais é o Orkut. A
rede tem 20 milhões de usuários registrados e é dona da maior audiência da web no país.
Quase metade dos usuários pertence à classe C. Marcas que miram esse tipo de público
têm tudo para aproveitar esse celeiro de consumidores em potencial. O concurso Garota
Social, que elegeu a internauta mais bonita do Orkut, é um exemplos do alcance e da
interação dos consumidores com uma marca dentro de um site de relacionamento.

Conforme Fusco (2009), com a publicidade tradicional, alguns setores levam vantagem pela
própria natureza do negócio. Empresas de bens de consumo, por exemplo, tendem a serem
as primeiras a explorar as redes sociais. Mas isso não significa que outros setores fiquem
de fora. Por mais improvável que pareça a relação internet e postos de gasolina a rede Ale
de distribuição de combustíveis conseguiu fazer uma campanha que envolveu internautas,
motoristas e qualquer pessoa que gostasse de música. A rede criou, junto com a agência
Click, uma sequência de pequenos shows com a banda Fresno em quatro cidades
brasileiras, todos realizados em seus postos.

Fusco (2009) observa que a descoberta do estudo foi surpreendente: os funcionários da IBM
que mantinham contato por e-mail mais intenso com seus superiores geravam quase 600
dólares a mais em receitas todos os meses. “O resultado é preliminar, mais indica que as
redes sociais formadas dentro das empresas são muito importantes”, afirma Lynn Wu, uma
das autoras do estudo. A área de recursos humanos também tem se aproveitado das redes
sociais. A Tata Consultancy Services, braço de serviços da indiana Tata, contrata em média
30.000 funcionários por ano. Para as vagas que exigem qualificação, a busca começa em
26

sites como o LinkedIn, uma espécie de Orkut para contatos profissionais. "A qualidade dos
currículos e a facilidade da ferramenta impulsionaram nossa decisão", diz o vice-presidente
global de RH, Ajoyendra Mukherjee.           "É muito mais barato do que contratar uma
consultoria."

Por fim Fusco (2009) cita que no fim da década passada, os gurus tecnológicos previam
que, cedo ou tarde, toda empresa marcaria presença na internet. A profecia estava correta.
Agora a previsão foi adaptada: as empresas vão marcar presença na internet social. Não
basta apenas ter website. Dialogar com consumidores, clientes e parceiros de negócios de
forma transparente é o novo imperativo nas estratégias online, diz David Weinberger,
professor da Universidade Harvard e um dos primeiros a pregar a importância da tecnologia
digital para os negócios. Se essa interação vai acontecer nas redes sociais que existem
hoje, ninguém se arrisca a dizer. Um dos paradoxos da era da internet social é que grandes
sites do gênero, com o Facebook e o Orkut, ainda não são grandes geradores de receitas.
O Twitter, estrelas em ascensão do segmento, nem sequer tem um modelo de negócios. O
serviço é gratuito e não há espaços publicitários vendidos. O Facebook deve faturar um
bilhão de dólares neste ano, mas boa parte desse dinheiro vem de um acordo com a
Microsoft. Uma tentativa anunciada no ano passado de tornar os usuários do Facebook
“distribuidores" de publicidade foi recebida com protestos - e foi abandonada semanas
depois. A mágica que o Google opera na associação entre as palavras pesquisadas e os
links patrocinados exibidos em suas páginas não é facilmente replicável no Orkut. Encontrar
uma maneira automatizada de exibir publicidade relevante nas páginas do site de
relacionamentos é uma das principais missões da equipe de 50 engenheiros que o Google
mantém em Belo Horizonte. “Ainda não temos uma resposta para esse problema", diz
Berthier Ribeiro-Neto, diretor de engenharia do Google para América Latina. Mas o esforço
continua, afinal de contas, como sabem Google, Facebook e Twitter - e um número cada
vez maior de empresas off-line -, a internet social veio para ficar.
27




                   Figura 01. Redes Sociais. Fonte: Revista Exame


2.5.2   A REVOLUÇÃO DA CISCO 3.0

Outra empresa que simbolizou a primeira grande onda da internet aponta para uma nova
revolução de negócios baseadas nas comunidades e na colaboração online é a Cisco 3.0.

Fusco (2008) relata que como nos primeiros meses do ano 2000, quando a empresa, em
meio a centenas desse modelo pontocom que surgiram diariamente, conseguiu traduzir em
números concretos tudo o que a internet poderia render em negócios. Não se tratava de
nenhuma startup com planos revolucionários sobre o mundo online ou algum site de
comércio eletrônico que crescera vertiginosamente na onda da bolha.

Para Fusco (2009), o que chamava a atenção na ocasião, além das cifras, era a forma como
a empresa tinha chegado até elas. A Cisco quase quintuplicou de tamanho entre os anos
de 1996 e 2000.     Passou de quatro bilhões para mais de 18 bilhões de dólares de
faturamento, apresentando a si mesma como caso de sucesso da revolução digital. Foi uma
das pioneiras na adoção da internet, ferramenta que reduziu em 50% o número de
funcionários de recursos humanos, e também encabeçou a migração das relações entre
empresas para o mundo online para cortar custos e ganhar agilidade. A experiência da
Cisco foi fonte de inspiração para todo e qualquer tipo de negócio e fizeram disparar as
vendas de roteadores e switches, fundamentais para conexão à internet.
28

Ainda para Fusco (2008) a segunda onda se inspira nas redes sociais e em uma palavra
que faz muito sucesso em apresentação de gurus tecnológicos, mas que ainda não
encontrou uma definição precisa no dia-a-dia das empresas: colaboração. Com ferramentas
parecidas com o Orkut, a Wikipedia e o YouTube, além de um sofisticado sistema de
videoconferências, a Cisco quer revolucionar o ambiente de trabalho mais uma vez - e,
claro, vender seus produtos, que agora vão além dos encanamentos básicos que fizeram
sua fortuna na primeira onda da internet.     “Estamos falando de comunidades” disse a
EXAME John Chambers, presidente da Cisco. “Elas surgiram com as comunidades virtuais
frequentadas especialmente pelos jovens."

Fusco (2008) comenta que a própria Cisco é exemplo do fenômeno no que ela espera ver
materializado mundo afora. Uma vez por mês, o presidente da Cisco Brasil, Pedro Ripper,
reúne-se com equipes internacionais para discutir como melhorar a produtividade dos
vendedores. Ele divide uma sala no escritório de São Paulo com executivos da China, dos
Estados Unidos e da Inglaterra, em uma reunião aparentemente comum se não fosse por
um detalhe: seus interlocutores estão a milhares de quilômetros de distância. Uma rede de
dados de alta velocidade e três telas de cristal líquido de mais 60 polegadas fazem com que
eles interajam em tempo real.

Fusco (2008) observa que OUTRAS TECNOLOGIAS de colaboração já em uso são
direcionadas a melhorar os fluxos de informações.        Na Ciscopedia, uma espécie de
enciclopédia interna, os funcionários podem publicar e editar páginas com informações
relevantes para a empresa. Os wikis, sites que podem ser atualizados pelos funcionários,
são também a base para as discussões relativas aos projetos em andamento. O CVision,
clone do YouTube na versão corporativa, publica vídeos, fotos e videoblogs e já é atualizado
para fazer treinamento à distância. A idéia da Cisco é vender sistema desse tipo. Para o
CEO John Chambers, esse novo negócio de tecnologia de colaboração online pode
representar um bilhão de dólares em vendas nos próximos cinco anos. É uma perspectiva
otimismo. A consultoria Forrester Research calcula que, até 2013, serão movimentados 4,6
bilhões de dólares por ano em sistemas desse tipo, e os concorrentes da Cisco são
respeitáveis: Google, Microsoft e IBM, só para mencionar três dos nomes mais conhecidos.

Na Cisco, “Esse é um exemplo de como a colaboração poderá mudar os controles
tradicionais e os modelos de remuneração das empresas", diz Ripper.

O levantamento de Fusco (2008) observou que o faturamento da Cisco Brasil é de cerca de
1% das operações mundiais, o que, com base de resultado do ano passado, equivale a
quase 400 milhões de dólares. Em âmbito mundial, as apostas da Cisco nas tecnologias
29

colaborativas têm tido boa repercussão no mercado. O banco de investimento Goldman
Sachs até inclui a companhia em sua lista de ações favoritas do setor de tecnologia, com o
argumento de que o ambiente de negócios em que a empresa atua está propício: entre as
companhias pesquisadas pela instituição, 54% disseram que pretendem elevar os
investimentos em redes. Os efeitos nas ações foram imediatos: no dia 8 de setembro, data
de anúncio, os pápe4is da companhia subiram quase 5%.

Fusco (2008) comenta também que atualmente a Cisco não está mais nem próxima da
valorização à qual chegou ao fim dos anos 90 - vale cerca de 135 bilhões de dólares, quase
um quarto do que valia há uma década.             Mas, ainda assim, acredita que existem
oportunidades concretas para retornar parte do fôlego de crescimento que já teve.            Na
época de ouro da internet, o diretor financeiro da empresa Larry Carter, costumava receber
dos investidores a tradicional pergunta: “Os melhores dez anos ficaram para trás ou ainda
estão bem à frente de nós?" Em sua fase 3.0 é bem possível que a Cisco volte a deparar
com a mesma questão.

Fusco (2008) relatou os seguintes sistemas colaborativos que apóiam a interação na Cisco.
Conheça alguns deles

   •    CISCOPEDIA: Enciclopédia virtual inspirada na Wikipedia permite a seleção, a
        publicação e o cruzamento de textos e conteúdos relevantes aos projetos da
        empresa.

   •    CVISION: Ferramenta de publicação de vídeos, fotos e videoblogs, nos modelos do
        YouTube, pode ser usada para transmitir treinamentos, antes feitos presencialmente.

   •    DIRECTORY: Rede social corporativa reúne informações sobre os funcionários e
        facilita a localização e o contato dos profissionais especializados em casa aérea.

   •    WIKIS: Divididos por temas, servem de plataforma virtuais de distribuição de tarefas
        e fórum de discussão para grupos de trabalho com membros em todo o mundo.


2.6 PESSOAS SE BENEFICIAM COM SITES COMO YOUTUBE, REDES SOCIAIS, E ATÉ
   MESMO PARA ROUBO DE INFORMAÇÕES UTILIANDO COMO ISCAS AS NOVAS
   TECNOLOGIAS.


2.6.1   YOUTUBE

Conforme exposto por Junior (2010) em matéria para a Revista Exame de Outubro de 2010,
30

Edição 0977, informa que as mini aulas de um ex-gestor de fundos já foram vistas mais de
23 milhões de vezes no YouTube e chamaram a atenção do Google e de Bill Gates.

Segundo Junior (2010) nessa mesma revista, para um estudante exemplar, dono de dois
diplomas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e um de Harvard, Salman Khan
tem uma visão surpreendentemente pessimista do ensino nas escolas tradicionais:

                      “As aulas são um saco. Metade dos alunos dorme. Eu dormi. Você pode
                      conferir, está tudo na internet. Te desafio a assistir a duas ou três delas até
                      o fim. Se aguentar, te pago um jantar".

Ainda segundo Junior (2010), na revista, Khan, que também é professor, não pode garantir
que ninguém pegue no sono durante as aulas que ele dá, afinal não conhece nenhum de
seus alunos, não trabalha numa escola, não suja a mãos de giz nem corrige provas. Khan é
um professor de YouTube. Ou melhor: ele é o professor superstar do YouTube. Suas 17
000 aulas em vídeos já foram vistas mais de 23 milhões de vezes, em menos de quatro
anos.    Seu canal tem mais audiência que todos os vídeos combinados de dezenas de
professores do MIT. Seus alunos estão espalhados pelo mundo e incluem até o Bill Gates,
que acompanha as aulas com seus filhos.




        Figura 02. Khan professor mais popular do mundo. Fonte: Revista Exame


Conforme Junior (2010) Khan é o professor mais popular do mundo por acaso. Depois de
se formar em Harvard ele diz que "se vendeu". Foi trabalhar como gestor em um fundo
hedge de pequeno porte. Saiu de lá "com menos de um milhão de dólares" e tentou abrir
um fundo próprio. Veio a crise financeira de 2008, e a ideia nem saiu do papel. Na época,
Khan ajudava uma prima de 12 anos que tinha dificuldade em matemática. Ela estava em
31

New Orleans, ele, em Boston.           Chegou a criar em software de exercício, mas depois
descobriu que a melhor solução seria gravar vídeos e colocá-los no YouTube, pois poderia
ensinar uma vez e ser visto várias vezes. No começo, os alunos eram outros parentes. Em
um mês, chegaram os primeiros e-mails de agradecimento de estranhos.             Os vídeos
começaram a ser vistos centenas, depois milhares de vezes.

                        "Meu emprego estava chato, e eu me interessava cada vez mais pela
                        gravação das aulas", diz Khan.

Em 2009, abandonou o emprego para dedicar-se integralmente ao que batizou de Khan
Academy. O site é basicamente uma coleção de links para os vídeos no YouTube. O forte
ainda é a matemática, mas já há aulas de biologia, química, física e finanças.

"O YouTube pode ser uma excelente ferramenta de aprendizado", diz Lisa Nielsen, autora
de um blog sobre inovações na educação e consultoria para a digitalização das escolas de
Nova York. “Os estudantes podem procurar o que quiserem, quando quiserem. E mais: os
alunos buscam as aulas. Esse interesse é essencial para o aprendizado."

Junior (2010) observa que a iniciativa logo chamou a atenção de gente disposta a contribuir
para manter a ideia viva.     A Khan Academy recebeu 350 000 dólares em doações de
indivíduos. No final de Setembro, foi escolhida uma das cinco vencedoras do projeto 10, um
concurso realizado pelo Google que teve mais de 150.000 inscrições de 170 países. O
prêmio de dois milhões de dólares será usado para traduzir as aulas para outras línguas,
entre elas o português, diz Khan. Outra ideia é criar uma estrutura para melhorar o site e
levar a iniciativa para mais países.

                        “Minha intenção é que uma pessoa que tenha estudado na academia
                        possa ter seu conhecimento validado como o de qualquer outra
                        instituição de ensino."


2.6.2   ROUBO DE INFORMAÇÕES


TÃO PEQUENOS E TÃO PERIGOSOS

Segundo Fusco (2008), a proliferação dos pen drives abre uma nova brecha nas empresas
para ladrões de informação – com apenas seis centímetros, levam uma micro placa de
circuito, um chip de memória - e é só. Enganam-se, porém, os que subestimam esses
pequenos objetos. Um simples pen drive já pode abrigar até 64 gigabytes de informação.
Isso significa o conteúdo de 16 DVDs, alguns milhares de músicas, se você fizer a conta
32

pensando em entretenimento, ou mais de 30 milhões de registros de clientes de uma
empresa, se pensar nos riscos que esses dispositivos representam para as empresas.

Para Fusco (2008) cada vez menores, mais potentes e mais baratos, os chips de memória
tem se multiplicado nas companhias.      Eles são a maneira mais rápida de transportar
arquivos de um computador para outro. Ninguém precisa mais entender de conexões em
rede entre duas máquinas. Basta espetar um chaveirinho e fazer o transporte físico das
informações fora da empresa. “A possibilidade de copiar dados em pen drives não seguros,
iPods e computadores de mão, entre outros aparelhos, tem representado um tormento para
os esforços de segurança", diz Larry Ponemon, presidente do Ponemon Institute, empresa
americana que pesquisa vazamento de dados e segurança da informação. Os pen drives já
são o segundo meio mais utilizado para transportar documentos e dados corporativos para
fora da companhia, segundo uma pesquisa da empresa de segurança digital McAfee. Só
perdem para os laptops. Mas, ao contrário dos PCs portáteis, os chaveiros de memória são
virtualmente impossíveis de controlar e são encarados de forma causal: raríssimas
companhias exigem que os dados por eles transportados sejam protegidos.

O perigo está em casa.

Práticas indevidas dos funcionários colocam em risco muitos dados corporativos:

   •       Copiam informações confidenciais da empresa em pen drive 51%

   •       Compartilham senhas com colegas de trabalho 46%

   •       Já perderam equipamentos portáteis de armazenamento de dados 39%

   •       Enviaram documentos da empresa em anexo para e-mails pessoais 33%

Fusco (2008) mostra ainda que para proteger seus dados, a Honda Brasil começou a
implantar, no mês passado, uma política de restrição aos equipamentos particulares de seus
funcionários, seja pen drive, MP3 players ou computadores de mão.         “Mesmo que um
desses aparelhos seja plugado a um dos 4 200 computadores da empresa, nenhum dado
pode ser copiado", diz Leandro Doreto, analista de segurança da informação e um dos
integrantes do projeto da montadora japonesa. Para não abrir mão da comodidade dos pen
drives, a Honda comprou dispositivos criptografados e distribuiu aos profissionais de acordo
com a função. Esse tipo de política preventiva, porem, ainda é exceção no Brasil. Segundo
Wanderson Castilho, diretor da E-NetSecurity Solutions, de cada dez empresas, menos de
três têm essa preocupação de monitoramento. “Nos Estados Unidos, essa proporção chega
a sete entre dez", diz Castilho.
33

Conforme levantamento de Fusco (2008), para aliviar os riscos a empresa que não quer
proibir o uso de dispositivos móveis tem alternativas para reduzir o perigo, entre elas:

   •   Política de acesso: controlar com rigor e atualizar constantemente o perfil dos
       usuários e a permissão de acesso a cada sistema para evitar abusos.

   •   Monitoramento de pen drive: Softwares gravam no servidor a data que algum
       usuário conectou seu pen drive e o conteúdo que foi copiado.

   •   Criptografia: A técnica faz com que documentos de PCs, e-mails, smartphone ou
       pen drives sejam cifrados e apenas um receptor habilitado possa decifrá-los.

   •   Treinamentos: 45% dos vazamentos de dados são acidentais, dizem especialistas.
       Reforçar a conscientização dos funcionários ajuda a evitar incidentes.


O SPAM QUER SER SEU AMIGO

O declínio das mensagens indesejadas por e-mail está mudando o foco - e a cara - dos
ataques de fraudadores virtuais.

Segundo Faust (2010) mensagens como: Parabéns você ganhou um iPhone.                       Dilma
Rousseff sofre ataque cardíaco - vejas já as fotos. Você foi selecionado para participar do
BBB11, podem ser sedutoras. Que atire o primeiro comprimido de Viagra quem nunca,
mesmo que só por curiosidade, clicou em uma mensagem suspeita enviada por algum
desconhecido (produtos farmacêuticos estão entre os recordistas da modalidade). Mas eis
aqui uma boa notícia: a guerra contra o spam de e-mail, ao que tudo indica, está sendo
vencida. Segundo dados da Cisco, fabricante de equipamentos de telecomunicações, o
volume de spam enviado por e-mail em todo o mundo está em queda desde o fim de 2009.
Apenas nos últimos três meses, o tráfego desse tipo de mensagem na rede caiu
praticamente pela metade.

Ainda segundo Faust (2010) os filtros anti-spam, uma aposta antiga de provedores e
fabricantes de software, começam finalmente a render frutos. Mas algo começa a mudar
também no que diz respeito a uma parcela bem humana de culpa no problema.                   “Os
usuários hoje estão mais treinados a ignorar mensagens de desconhecidos", diz Bruno
Rossini, gerente da Symantec, fabricante de software antivírus. Fingir ser uma empresa, um
governo ou um xeque árabe que quer dividir uma herança polpuda e selecionar os
problemas de todos já não convence tanto.           “Ataques convencionais por e-mail são
impessoais", diz Peter Cassidy, secretário-geral do Anti-Phishing Working Group, uma ONG
sobre crimes na rede.      A reputação desse tipo de golpe nas caixas de e-mail está,
34

claramente, em crise.

"A conversão dos golpes que chegam por canais onde há relação de confiança entre
usuários tende a ser maior", diz José Matias, gerente da McAfee, fabricante de antivírus.
Links embutidos em mensagens de Twitter, segundo um estudo da Universidade da
Califórnia, em Berkeley, têm probabilidade até 20 vezes maior de ser clicados que os
recebidos por e-mail. Ao utilizar o poder viral das redes sociais, as fraudes tomam outra
escala.   Em um único ataque, no início de novembro, um golpe resultou no roubo de
identidade de 150.000 contas de Orkut. Links automáticos enviados por usuários infectados
sugeriam, em um bom português, a instalação de uma ferramenta que permitiria assistir TV
por assinatura gratuitamente no computador. Muitos tiveram dados bancários roubados.

Faust (2010) traz ainda a informação de que um quinto dos usuários da rede social
Facebook, segundo um estudo da empresa de segurança BitDefender, está exposto a
conteúdo malicioso todos os dias. Outras pesquisas, da concorrente F-Secure, apontaram
que 78% dos usuários já consideram o spam um problema do Facebook.                 “Queremos
policiar o site e assegurar que o Facebook não seja visto como um alvo de spammers",
disse Sam O'Rourke, conselheiro sênior do Facebook, à época da sentença. A julgar pela
sede dos criminosos, essa será uma missão difícil - até mesmo, quem sabe, para um xeque
árabe.


2.7 REDES SOCIAIS NAS EMPRESAS

Segundo Almeida (2011), as redes sociais como: Twitter, Facebook e Orkut não são apenas
para aqueles que querem reencontrar amigos de infância, postar fotos ou bater papo.

Há quem diga que essas redes valem ouro e podem ajudar e muito no crescimento das
empresas.

Segundo Almeida (2011) as Pesquisas realizadas com diversas empresas americanas,
comprovam que as propagandas realizadas por empresas em redes sociais, têm gerado
mais retorno financeiro, com melhores lucros e reconhecimento.            Atualmente é difícil
encontrar quem não tenha cadastro em uma rede social, assim as empresas que optam por
utilizá-las têm mais oportunidades de divulgação para um público maior.

Almeida (2011) ainda menciona que as redes sociais, quando usadas adequadamente
trazem benefícios às empresas, pois este tipo de tecnologia pode agilizar os processos de
negócio além de melhorar o conhecimento coletivo da empresa, como também ser um
diferencial.
35

Para Almeida (2011), é interessante que toda empresa faça bom uso dessas ferramentas,
pois elas permitem expansão no mercado, além de facilitar o acesso dos clientes a elas,
aceitando ainda opiniões dos usuários, tal como o que pode ser feito para agradá-los,
criando assim, um melhor inter-relacionamento.      Portanto, usar e abusar da utilização
dessas redes é um grande avanço tecnológico para as empresas e, certamente, atrairá mais
recursos.

Para Afonso (2011), o avanço das redes sociais em atividades como colaboração, troca de
informações e fonte de pesquisas esgueirou-se com facilidade no seio das empresas e sua
aceitação rápida e estrondosa pegou todos de surpresa.       No início, eram consideradas
fontes de dispersão, principalmente para funcionários mais jovens. Mas elas ganharam
características profissionais e impactaram o mundo corporativo.     Os casos de sucesso
provam que não é mais possível ignorar as redes sociais.

Ainda segundo Afonso (2011) algumas companhias ingressaram nesse mundo com ações
direcionadas ao atendimento a clientes via Facebook e Twitter.          Não demorou em
perceberem que as discussões geradas nessas redes sobre a empresa poderiam ser
usadas de forma estratégica, inclusive para a criação de novos serviços e mapeamento
mais eficiente do mercado.

Afonso (2011) cita que as redes também contradizem a idéia de que um alcance abrangente
só era viável para grandes empresas, com altas quantias para investir.        A opinião de
especialistas é que elas trouxeram outro nível de competitividade, reforçando a crença de
que entrar nelas, com planejamento, é uma atividade fundamental atualmente.

Para Afonso (2011) Seguindo as tendências das redes sociais, a Bolsa de Mercadorias e
Futuros Bovespa (BM&F Bovespa) começou a estudar, em 2009, qual seria a estratégia
ideal para tirar proveito delas com a meta de popularizar o mercado de ações, que até
alguns anos tinha um público muito restrito. A primeira etapa foi escolher as que tinham
mais a ver com a proposta, o que resultou na escolha do Twitter, Facebook, Yahoo
Respostas e Orkut.

Para Afonso (2011) o Twitter, pela característica de fonte de informações rápidas, passou a
ser utilizado para divulgar cursos gratuitos, inscrições, números da bolsa, entre outros. O
Yahoo Respostas para responder questões de usuários da rede sobre os temas que dizem
respeito à Bovespa. E Orkut e Facebook como comunidades: participantes entram, tiram
dúvidas, criticam e dão orientações para nortear a estratégia da Bovespa.

Assim, é possível entender que a participação das redes sociais no mundo corporativo é um
36

caminho sem retorno.      O uso que se faz delas está em constante discussão e sua
abrangência é crescente – iniciou-se com as grandes corporações e rapidamente passou a
fazer parte do cotidiano de empresas de todos os portes.

Se inicialmente estava restrito ao relacionamento empresa versus consumidor, hoje já passa
a fazer pauta das discussões de Marketing, Recursos Humanos e, até mesmo, Jurídico.


2.8 SAIBA COMO AS EMPRESAS USAM AS REDES SOCIAIS PARA RECRUTAR

Aspectos negativos nos perfis seriam suficientes para desclassificar um candidato no
processo seletivo, mostra pesquisa.

Martins (2011) nos traz a informação de que a tendência de recrutar utilizando as redes
sociais é forte nos Estados Unidos e, segundo especialistas, o Brasil segue o mesmo passo.
“Essa tendência também é uma realidade brasileira”, atesta Fabiano Kawano, gerente da
divisão de Engenharia da Robert Half, empresa de recrutamento especializado. Segundo
Kawano, os recrutadores acessam as redes profissionais do candidato para identificar de
forma mais ágil os cargos e as empresas nas quais ele trabalhou. “Já nas redes focadas em
relacionamento não profissional é possível verificar aspectos do perfil pessoal do candidato.”

Martins (2011) informa que para Fábia Barros, gerente de projetos da Across, consultoria de
desenvolvimento organizacional com foco em gestão de pessoas, as mídias sociais
tornaram horizontal a relação entre empresas e profissionais. “A triagem de currículos por
meio das redes sociais é cada vez mais comum”, destaca.

Ainda segundo o trabalho de Martins (2011), especialistas advertem que há que se tomar
cuidado com o que se diz no universo on-line. Pesquisa da Robert Half mostra que para
44% dos recrutadores aspectos negativos nas redes sociais seriam suficientes para
desclassificar um candidato no processo de seleção. Estudo da Jobvite, empresa de
recrutamento norte-americana, aponta que um em cada três empregadores elimina
candidatos com base no que eles publicam nas redes sociais.

Ainda dentro do trabalho de Martins (2011) encontramos a informação de que Fábia avisa
que os equívocos cometidos no ambiente digital são razões suficientes para que o
profissional avalie se o seu perfil está de acordo com a etiqueta social on-line. “O recrutador
quer saber como o profissional se comporta e se articula nas redes sociais. Afinal, o
universo digital oferece informações a respeito de um possível representante da empresa.”

Ainda em depoimento a Martins (2011), para Fábia Barros, da Across, o profissional que
opta por não ter perfil no ambiente digital certamente está em desvantagem em relação aos
37

concorrentes. “Não ser encontrado na internet, um dos meios mais utilizados hoje pelas
empresas, é uma maneira de o profissional não ter a sua vida vasculhada. Por outro lado,
ele não terá nenhuma notoriedade na principal plataforma de networking da atualidade.”

Também dentro do estudo de Martins (2011) Fabiano Kawano, da Robert Half, concorda. “A
não participação em redes de relacionamento profissional impede o profissional de ser visto
em uma ferramenta utilizada por milhões de pessoas no mundo. Consequentemente, ele
pode perder oportunidades interessantes por falta de exposição.”


2.9 A IMPORTANTE PESQUISA DA CONSULTORIA AMERICANA JOBVITE

Quando a Jobvite (2011) começou essa pesquisa anual, há quatro anos, recrutamento nas
redes sociais era uma idéia nova para muitas empresas. Desde então, pesquisa da
comScore mostra que o tempo gasto em redes sociais cresceu de um em cada 12 minutos
online para 1 em cada 6 minutos.

Os empregadores claramente têm buscado encontrar seus talentos nessas redes sociais – a
pesquisa de 2011 mostra que 89% dos entrevistados recrutará através de redes sociais
neste ano (ante 83% em 2010).

À medida que cresce a concorrência por talentos, recrutar nas redes sociais encabeça a
lista, por dois anos consecutivos, como a área com maior oportunidade de aumento de
investimentos. Não surpreendentemente, planos dos entrevistados para aumentar os gastos
nessas fontes de recrutamento estão alinhados com as suas opiniões sobre a qualidade
dessas fontes.

       •    55% irá aumentar seus orçamentos para o recrutamento em redes sociais;

       •    Referências pessoais, contato direto e informações de redes sociais são fontes
            externas mais confiáveis para definição de candidatos de qualidade;

       •    Apenas 16% vão gastar mais em anúncios;

       •    Um terço dos entrevistados planejam gastar menos em anúncios, recrutamento por
            terceiros e empresas de seleção.

Os dados indicam que algumas áreas, como marketing, cada vez mais utilizam-se apenas
de redes sociais para atingir e recrutar seus talentos.

   •       LinkedIn é líder na utilização para recrutamento (87%, ante 78% em 2010);

   •       A utilização de recrutamento por outras grandes redes permaneceu bastante estável
38

    com 55% usando Facebook e 47% usando o Twitter;

•   Agora, a maioria (64%) expandiu seus canais de recrutamento e passa a usar 2 ou
    mais redes sociais e 40% usa todas as três grandes (LinkedIn, Facebook e Twitter).
39



3. ESTILOS DE GESTÃO

Todas as pessoas têm um estilo natural de gestão, da mesma forma que cada situação
requer um estilo específico para dar os melhores resultados. Ao assumir uma nova posição,
o administrador deve procurar identificar o estilo de gestão mais adequado para aquela
situação.

Até meados do século XX, o estilo de gestão predominante era o autoritário, baseado nos
princípios da Escola de Administração Científica. Esse estilo era adequado às organizações
hierarquizadas e, com freqüência, burocratizadas.

Segundo Lacombe (2005), a primeira teoria administrativa, em termos cronológicos, foi a
chamada escola da administração científica, que se iniciou com o engenheiro norte-
americano Frederick Winslow Taylor, cuja ênfase é a divisão do trabalho em tarefas
elementares e praticamente indivisíveis e a especialização das pessoas na execução
dessas tarefas, visando a obter ganhos de produtividade. Henry Gantt, Franck e Lílian
Gilbreth, Henry Ford e vários outros seguiram a mesma linha de Taylor, baseavam-se no
princípio de que os operários, sendo pouco instruídos, deveriam fazer sempre a mesma
coisa, de modo a viabilizar seu treinamento na execução de tarefas simples, conseguindo,
assim, produzir melhor e mais depressa.

Para Lacombe (2005) o taylorismo implica uma alta desumanização do trabalho. Sua lógica
é a do apressamento e sua implantação implica um considerável aumento do aspecto
rotineiro e monótono do trabalho.

Ainda segundo Lacombe (2005) Henry Ford deu varias contribuições fundamentais nessa
ocasião: a produção em massa, os meios para intercambiar as peças e a linha de
montagem. A linha de montagem é um processo de produção em que os componentes do
produto a ser fabricado são transportados por meio mecânicos, em geral correias
transportadoras, para locais em que ficam os operários incumbidos de montar cada
componente ou conjunto de componentes no produto que está sendo produzido.

Essas foram as inovações na fabricação que tornaram possível a linha de montagem.

Lacombe (2005) informa ainda que a fábrica de Highland Park da Ford Motor Company era
considerada, no inicio do século XX, um exemplo típico de divisão do trabalho em bases
tecnológicas. Henry Ford era tido na conta de um patrão humano; pagava bons salários aos
trabalhadores; cinco dólares por dia, o equivalente a 120 dólares por dia na virada do
milênio, e incluiu um plano de participação nos lucros.
40

Essa Escola atendia às necessidades do final do século XIX e inicio do XX nos países
desenvolvidos, uma vez que a indústria se expandia rapidamente, empregando pessoal com
baixo nível de qualificação, sendo a maioria oriunda da zona rural.

Além disso, essa Escola pressupunha que os objetivos das organizações e os dos
empregados poderiam coincidir: o máximo de dinheiro para todos. A maior motivação dos
empregados seria o ganho material.         A solução consistia em montar um conjunto de
incentivos financeiros para aumentar a produção.


3.1 OS EXPERIMENTOS EM HAWTHORNE

Segundo Lacombe (2005), os estudos iniciados em 1924, em Hawthorne, pela Western
Electric Company, e terminados no final da década de 1930, sob a supervisão de Elton
Mayo, mostraram que, além da remuneração e das condições de trabalho, algo mais
importante influenciava a produtividade.

Os pesquisadores concluíram, após estudos e entrevistas com o pessoal da produção, que
o que realmente motivava os empregados era a atenção que lhes era dada pelos
experimentadores e pela alta administração da empresa, bem como a identificação dos
empregados com os administradores e a empresa.

A partir daí começou a tomar vulto a preocupação com as formas de motivar os empregados
e com as relações entre as pessoas.


3.2 CONDUZINDO A EQUIPE - AS TEORIAS X E Y DO MC GREGOR

McGregor (1992) no estudo feito sobre as formas mais adequadas de administrar e de
conduzir os subordinados para alcançar melhores resultados, identificou dois estilos de
gestão a que chamou de teoria X e teoria Y.

A teoria X, segundo McGregor (1992), é praticada pelos administradores que não acreditam
nas pessoas e impõem forte dependência dos subordinados em relação às chefias. Ela
pressupõe que o ser humano tem aversão ao trabalho e, portanto, a maioria das pessoas
precisa ser coagida, controlada, dirigida, ameaçada de punição e premiada materialmente
para se esforçar e produzir de forma eficiente e eficaz.

A teoria Y tem uma visão oposta: pressupõe que o ser humano aceita responsabilidades e
pode considerar o trabalho da mesma forma que um jogo.           Para produzirem de forma
eficiente e eficaz, as pessoas devem ser motivadas em função de suas necessidades
41

específicas, que podem incluir o relacionamento no trabalho, a perspectiva de valorização
profissional e pessoal e o desafio de um projeto interessante.

Segundo McGregor (1992), a teoria X poderia ser válida no início do século XX, mas as
mudanças no ambiente tornaram-na anacrônica e é necessário procurar, na medida do
possível, fazer que os administradores passem a praticar a teoria Y.

Podemos, assim, resumir as pressuposições da teoria X – “o trabalho é em si mesmo
desagradável para a maioria das pessoas”:

   •   O ser humano tem aversão ao trabalho e o evita sempre que possível;

   •   Em razão dessa característica humana, a maioria das pessoas precisa ser coagida,
       controlada, dirigida e ameaçada de punição ou premiada para se esforçar e produzir;

   •   O ser humano, de modo geral, prefere ser dirigido, quer evitar responsabilidades,
       tem pouca ambição e quer segurança acima de tudo;

As pressuposições da teoria Y podem ser assim resumidas – “o trabalho é tão natural como
o lazer, se as condições forem favoráveis”:

   •   O dispêndio de esforço físico e mental no trabalho é tão natural como em um jogo ou
       em descanso;

   •   O controle externo e a ameaça de punição não são os únicos meios de estimular o
       trabalho em vista dos objetivos organizacionais.

   •   O homem está sempre disposto a se autodirigir e a se autocontrolar a serviço de
       objetivos com os quais se compromete;

   •   O compromisso com objetivos depende das recompensas associadas a sua
       consecução;

   •   O ser humano aprende, sob condições adequadas, a aceitar responsabilidades e a
       procurá-las;

   •   A capacidade de usar alto grau de imaginação e criatividade na solução de
       problemas da empresa é mais amplamente distribuída na população do que
       geralmente se pensa.

Nas condições atuais da vida moderna, as potencialidades intelectuais do ser humano são
apenas parcialmente usadas.
42

Os estudos de McGregor (1992) foram importantes pelo pioneirismo e pela criação das
teorias X e Y. Ele defendia a idéia de que a teoria Y era a correta dentro da realidade norte-
americana das décadas de 1950 e 1960. Estudos subseqüentes mostram que, embora
McGregor (1992) estivesse certo na maioria dos casos, havia situações de exceção em que
a aplicação da teoria X proporcionava resultados melhores do que a teoria Y. É preciso
salientar que ocorre, com muita freqüência, o fenômeno da profecia auto-realizável: as
pessoas tendem a se comportar de acordo com o que se espera delas. Assim, na maioria
dos casos, a teoria Y proporciona um comportamento mais saudável e mais propício para a
obtenção dos resultados desejados.

Segundo McGregor (1992) nossas crenças e expectativas sobre as atitudes das pessoas
influenciam seu comportamento, atuando como profecias auto-realizadoras, uma teoria
segundo a qual certas previsões acabam se realizando porque as pessoas acreditam nelas,
agindo e investindo recursos para sua concretização, de modo a aumentar a probabilidade
de que elas se realizem.

Ainda segundo McGregor (1992) a forma como os administradores tratam seus
subordinados é influenciada pelo que estes esperam deles. As expectativas têm influências
profundas no comportamento. Expectativas de desempenho muito alto podem aumentá-lo
de fato, ao passo que expectativas de baixo desempenho tendem a diminuí-lo. Além disso,
nosso exemplo tende a produzir-nos outros o tipo de comportamento que eles observam em
nós.

Para o problema ora em estudo é muito importante observar que, também na utilização de
redes sociais, os líderes tendem a ver mais positivamente indivíduos que reflitam
comportamentos e pensamentos alinhados com os seus próprios e priorizar tais perfis nas
contratações.

Se por um lado isso tende a tornar mais simples a convivência no dia-a-dia de um futuro
contratado e seu líder, por outro, a ausência (ou reduzida presença) de pontos de vista
conflitantes pode levar a uma estagnação do conhecimento e, consequentemente, à não
criação de valor para a organização no longo prazo.

Aqui também evidenciamos, conforme nossa hipótese, que a presença de profissionais
habilitados de Recursos Humanos contribui para a geração de valor no longo prazo para a
organização, apoiando os líderes nas contratações e permitindo espaços multiculturais e
colaborativos.
43

3.3 A IMPORTÂNCIA DO LÍDER

Segundo Lacombe (2005), a versão tradicional de liderança superestima a importância da
contribuição do líder.    Essa versão supõe que a liderança é originária das qualidades
pessoais do líder. Há várias interpretações do que é liderança, mas cada uma continuando
como uma explicação incompleta e inadequada - e a maioria discordando entre si. São
mais de 130 definições de liderança e mais de cinco mil estudos sobre suas características,
o que torna praticamente impossível escolher apenas uma como sendo a mais correta. O
que não se pode descartar é a influência das circunstâncias e dos próprios liderados.

Para Lacombe (2005 p.224):

                         A importância de uma boa liderança não pode ser subestimada.
                         Uma empresa descapitalizada pode tomar dinheiro emprestado, uma
                         em má localização pode ser mudada, assim como o produto ou o
                         processo produtivo. Uma empresa que tenha falta de liderança tem
                         pouca chance de sobreviver. Lembremos, porém que lideres são
                         pessoas humanas com qualidades e defeitos: alguns são neuróticos,
                         outros equilibrados. Líder é muito mais necessário nas situações
                         instáveis. Ele é necessário para mudar. Líderes são agentes de
                         mudança e devem ser capazes de inspirar coragem a seus
                         seguidores.


3.4 TIPOS DE PODER DE LÍDER

Segundo Lacombe (2005) os líderes influenciam as pessoas por meio de que dispõem.
Para o autor pode-se definir poder de duas maneiras: como Max Weber, segundo o qual
poder é a capacidade de controlar indivíduos, eventos ou recursos, fazendo que aconteça
aquilo que a pessoa quer, a despeito de obstáculos ou posições, ou como sendo a
capacidade para influenciar decisões, pessoas e o uso de recursos.

Para Lacombe (2005) é possível distinguir três tipos de poder:

   •   O poder legítimo é o conferido pela posição ocupada na organização. Inclui, quase
       sempre, dois poderes que o complementam: o poder de recompensa e o coercitivo
       ou de punição, instrumentos para o exercício do poder legitimo.

   •   O poder referente é a influência exercida pelo líder em virtude da afeição e do
       respeito que as pessoas têm por ele, em função de suas qualidades como seu
       caráter, a força de sua personalidade, sua coragem, sua capacidade de agir e sua
44

       ousadia.   O funcionamento básico do poder referente é o exemplo.          Os lideres
       carismáticos têm esse tipo de poder no mais alto grau. O líder deve ser um modelo
       exemplar para seus seguidores e não deve exigir o que não esteja disposto ele
       mesmo a fazer.

   •   O poder do saber é baseado nos conhecimentos que a pessoa tem.               Inclui os
       conhecimentos técnicos, a experiência e o poder da informação. Algumas pessoas
       não cedem informações para reter esse tipo de poder.

Segundo Lacombe (2005 p.227) apesar de a estrutura formal conceder poder legitimo igual
a todas as pessoas de um mesmo nível, além do mesmo acesso ao uso das recompensas e
punições, a forma como as pessoas os utilizam varia bastante.             Por exemplo, um
administrador pode usar seu poder de forma criativa e marcante, maximizando sua
influência na estrutura.   Outro, entretanto, pode subaproveitar os recursos disponíveis.
Tanto a forma de utilização do poder formal influencia seu poder referente, que o poder
legítimo, se desacompanhado do poder referente e do poder do saber, pode ocasionar um
desempenho apático. Assim, como já dizia o ditado popular: poder não se pode delegar.

Para Lacombe (2005) fazer um bom trabalho não é suficiente para se obter poder.            É
preciso também ser notado: ter visibilidade. Não basta botar o ovo, é preciso cacarejar.
Ficar o tempo todo no palco é exaustivo, mas não se pode ficar completamente fora dele.

Também segundo Lacombe (2005) podemos, tentativamente, dizer que, do ponto de vista
da administração, liderar é conduzir um grupo de pessoas, influenciando seus
comportamentos e ações, para atingir objetivos e metas de interesse comum desse grupo,
de acordo com uma visão do futuro baseada num conjunto coerente de idéias e princípios.

Lacombe (2005) cita ainda que o líder empresarial deve ser capaz de alcançar os resultados
por meio dos liderados e, para isso, conforme o tipo de liderado e a ocasião, age de
diferentes maneiras: ele ordena, comanda, motiva, persuade, dá exemplos pessoais,
compartilha os problemas e ações ou delega e cobra resultados, alterando a forma de agir
de acordo com a necessidade de cada momento e com o tipo de liderado, visando a
alcançar os objetivos da empresa.

Vemos aqui que o líder deve estar sempre atento aos diversos tipos de poder que exerce
para usá-los adequadamente a cada momento e com cada tipo de audiência.

Isso se reflete, também, nos processos de contratação onde o líder deve estar atento para,
por exemplo, não ser coercitivo numa entrevista – isso intimida o candidato e o líder não vai
45

obter dele as respostas mais espontâneas, ou seja, não vai enxergar o verdadeiro perfil do
candidato.

Numa situação dessa, as redes sociais podem servir como excelente ponto de referência
para confirmar as perspectivas obtidas, uma vez que nelas o candidato deve transparecer
suas características de forma mais natural.


3.5 O QUE FAZ O LÍDER

Segundo Lacombe (2005) é verdade que os lideres defendem valores que representam a
vontade coletiva; do contrario não seriam capazes de mobilizar os liderados à ação. No
entanto, não fazem apenas isso. A variedade dos tipos de liderança torna difícil estabelecer
com precisão o que faz um líder.

Um líder não é um gerente no sentido formal, mas alguém que é considerado o principal
responsável pela realização dos objetivos do grupo.

Há quatro responsabilidades básicas dos líderes, ainda segundo Lacombe (2005):

                       •   O líder deve ter desenvolvido uma imagem mental de um
                           estado futuro possível e desejável da organização. Um líder
                           bem-sucedido é o que vê outro quadro ainda não atualizado, que
                           vê hoje coisas que ainda não estão lá, mas estão no futuro.

                       •   O líder deve comunicar a nova visão. A organização precisa
                           ser mobilizada para aceitar a nova visão e fazê-la acontecer.

                       •   O líder precisa criar confiança por meio de posicionamento.
                           O líder deve mostrar coerência, energia, honestidade e coragem.

                       •   Líderes são aprendizes perpétuos.          A aprendizagem é o
                           combustível essencial para o líder. O aprendizado constante é a
                           fonte de energia que mantém a liderança acesa, que faz surgir o
                           entendimento, novas idéias e desafios. Além de si próprio, o líder
                           estimula também os seguidores a aprenderem.

O líder, a partir dessa visão do estado futuro da organização, deve preparar-se para engajar
os profissionais adequados para que esse futuro possa ser atingido.

A busca dos profissionais adequados passa, segundo nossa hipótese, pelo uso de redes
sociais no processo de seleção.
46

3.6 DIFERENÇA ENTRE O LÍDER E O ADMINISTRADOR

Segundo Lacombe (2005) administrar é saber lidar com a complexidade. Suas práticas e
procedimentos são a resposta para a emergência das grandes organizações dos séculos XX
e XXI. Sem boa administração, as empresas tornam-se caóticas e ficam ameaçadas em
sua própria existência. Uma cultura administrativa dá ênfase à racionalidade e ao controle.

Para Lacombe (2005 p. 232):

                       Liderar é saber lidar com a mudança.          O aumento de suas
                       importâncias deriva da velocidade das mudanças no passado
                       recente: mudanças tecnológicas, aumento da competitividade,
                       desregulamentação, globalização, envelhecimento da população e
                       outras.

                       Líderes são agentes de mudança, desafiam o estabelecido - isso não
                       se faz sem risco. Os lideres trabalham a partir de uma posição de
                       alto risco.   Conduzir uma organização durante um período de
                       mudança pode ser perigoso e tem sido a ruína de muitos lideres.

Nesse perfil atual de mudanças, cada vez mais velozes, fica evidenciado o papel do líder e a
necessidade deste de contestar o status quo, inclusive quanto às características de seus
colaboradores – nesse processo, um líder preparado e atualizado em relação às
ferramentas de gestão, e de seleção, conforme nossa hipótese, deve obter maior eficácia
em sua gestão.


3.7 AS CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER


Segundo Lacombe (2005 p.211 a 216) líderes tem, em comum, as seguintes características:


   •   Confiança em si

   uma característica comum aos lideres é a confiança que têm em sí. Nenhum líder ou
   candidato a tal inspira mais confiança em seus liderados ou seguidores potenciais do
   que a que ele mesmo deposita em si e o demonstra.


   •   Crença no que faz

   outra característica comum é acreditar com paixão no que prega e faz. Ninguém pode
   seguir alguém que não acredite no que está fazendo.
47

O líder encoraja os seguidores e mostra às pessoas que elas podem vencer.           O
encorajamento é a maneira dos líderes se relacionarem.

Os líderes atraem os seguidores por sua fé na capacidade das pessoas para se adaptar,
crescer e aprender.


•   Visão clara de onde quer chegar

uma característica fundamental é a visão clara de onde quer chegar e a capacidade de
comunicá-la.

A criação e a transmissão da visão para os seguidores são qualidades indispensáveis ao
líder. A criação da visão não deve ser exclusiva do líder, mas compartilhada com os
seguidores.


•   Capacidade de comunicação

o bom líder conhece seus seguidores, seus valores, costumes, necessidades e desejos
e fala uma linguagem que eles entendem. Enriquece sua comunicação com exemplos
concretos, histórias, símbolos, metáforas e parábolas para tornar claras suas visões
abstratas.

Outro aspecto importante na comunicação do bom líder é que ele sabe ouvir.         As
pessoas ouvem com mais atenção àqueles que as ouvem.


•   Expectativas elevadas e reconhecimento do mérito

“Os líderes bem-sucedidos têm níveis elevados de expectativas para si e para seus
seguidores.    Essas expectativas constituem as molduras nas quais as pessoas
enquadram a realidade e são a base das profecias auto-realizadoras”.


•   Ver o conjunto

o líder deve visualizar o sistema com o um todo. Tomar decisões e ter calma na hora da
crise; Verificar o cumprimento das ordens; Avaliar as pessoas e fazer que as pessoas
certas ocupem os lugares certos nos momentos certos; Compreender que a diversidade
das pessoas traz forças para a equipe.


•   Valorizar as pessoas
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  • 1. MARCELO ABIB O LÍDER E AS REDES SOCIAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO ORIENTADOR: Prof. João Baptista Brandão São Paulo Março / 2012
  • 2. MARCELO ABIB O LÍDER E AS REDES SOCIAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO Trabalho apresentado ao curso MBA em Liderança e Gestão de Pessoas, Pós-Graduação lato sensu, Nível de Especialização. Programa FGV Management Orientador: Prof. João Baptista Brandão São Paulo março/2012
  • 3. FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS PROGRAMA FGV MANAGEMENT MBA EM LIDERANÇA E GESTÃO DE PESSOAS O trabalho de Conclusão de Curso O LÍDER E AS REDES SOCIAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO elaborado por Marcelo Abib, e aprovado pela Coordenação Acadêmica do curso de MBA em Liderança e Gestão de Pessoas, foi aceito como requisito parcial para a obtenção do certificado do curso de pós-graduação, nível de especialização do Programa FGV Management. Data: _____ de ______________ de _________ ________________________________________ João Baptista Brandão – Coordenador Acadêmico
  • 4. TERMO DE COMPROMISSO O aluno Marcelo Abib, abaixo assinado, do curso de MBA em Liderança e Gestão de Pessoas, Turma 01 do Programa FGV Management, realizado nas dependências da FGV SP, Campus Paulista, no período de 22/03/2010 a 05/07/2011, declara que o conteúdo do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado O LÍDER E AS REDES SOCIAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO é autêntico, original e de sua autoria exclusiva. São Paulo _____ de ______________ de _________ __________________________________
  • 5. AGRADECIMENTOS Aos meus filhos, Fernando e Gabriella e, principalmente, minha esposa, Daniele, cuja dedicação à família me possibilitou investir todo esse tempo nas aulas, estudos e, finalmente, confecção deste TCC.
  • 6. RESUMO Atualmente é raro encontrar uma pessoa que nunca fez ou não faça parte de alguma rede social. Cada vez mais as pessoas sentem a necessidade de compartilhar informações e expor seus sentimentos para outras pessoas. Essa necessidade fez com que o número de usuários nas redes sociais aumentasse consideravelmente em um pequeno espaço de tempo. As principais redes sociais são: LinkedIn, Facebook, Twitter e Orkut. É através desses canais que pessoas e empresas têm acesso a informações pessoais, personalidade, gostos e comunidades que um indivíduo pertence e fazem uso da forma que acham conveniente. As empresas e seus líderes estão consultando essas redes no momento de escolher um currículo ou verificar o perfil de uma pessoa indicada para uma vaga, com o intuito de diminuir o número de contratados com perfil inadequado para a empresa. Alguns gestores estão tirando conclusões até mesmo antes de entrevistar um candidato, mas esse fato é preocupante, uma vez que pessoas possam ser pré-julgadas equivocadamente. Algumas comunidades podem não significar para o candidato o que o gestor está pensando e podem levar ao cometimento de injustiças. Os líderes devem estar bem preparados e contar com a parceria do departamento de Recursos Humanos no momento de fazerem esse tipo de consulta. As redes sociais não podem ser utilizadas como quesito único na avaliação, o ideal é convocar o candidato e conhecê-lo pessoalmente. Através de referencial teórico, pesquisas bibliográficas e quantitativas, material jornalístico e estudo de caso, procuraremos mostrar que a inserção das redes sociais nos processos seletivos é crescente. Também buscaremos responder a pergunta: Os líderes estão preparados para utilizar as redes sociais no momento de selecionar candidatos para vagas de emprego na empresa? Palavras-chave: Redes Sociais, LinkedIn, Orkut, Facebook, Twitter
  • 7. ABSTRACT Currently it is rare to find a person who has never participated or participates in a social network. More and more people feel the need to share information and expose their feelings to others. This caused the number of users in social networks to increase considerably in a short period of time. The main social networks are LinkedIn, Facebook, Twitter and Orkut. It is through these channels that people and companies have access to personal information, personality, skills and communities that an individual belongs to, and they make use of this information as they want to. Companies and their leaders are consulting these networks to choose a curriculum or check the profile of a person to a vacant position, in order to reduce the number of people hired without the right profile for the company’s culture. Some managers are making conclusions even before interviewing a candidate, but this is alarming, since people can be pre-judged wrongly. Some communities may not mean for the candidate what the manager is thinking and can lead to the perpetration of injustice. Leaders must be well prepared and partner with the Human Resources Department at the time of making the use of the social networks.. Social networks can not be used as the unique font of information for the hiring -, the ideal is to bring the candidate to a personal interview. Through theory, quantitative and qualitative research, journalistic material and case study, we will show that the inclusion of social networks in the selection processes is increasing. We will also seek to answer the question: Are leaders prepared to use social networks at the time of selecting candidates for jobs in the company? Keywords: Social Networks, LinkedIn, Orkut, Facebook, Twitter
  • 8. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01. Redes Sociais. Fonte: Revista Exame Figura 02. Khan professor mais popular do mundo. Fonte: Revista Exame
  • 9. 9 SUMÁRIO RESUMO .............................................................................................................................. 6 ABSTRACT ........................................................................................................................... 7 SUMÁRIO ............................................................................................................................. 9 1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................12 1.1 PROBLEMA ..............................................................................................................13 1.2 HIPÓTESE ...............................................................................................................13 1.3 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................13 1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .....................................................................................13 1.5 METODOLOGIA .......................................................................................................14 2. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................15 2.1 O SURGIMENTO DA INTERNET .............................................................................15 2.2 DEFINIÇÃO PARA REDE DE COMPUTADORES ....................................................16 2.3 CONSUMO DE INTERNET ......................................................................................16 2.3.1 NOVO PÚBLICO, NOVA ABORDAGEM...................................................................18 2.3.2 DIFERENÇAS ENTRE CONSUMIDOR OFF-LINE E ON-LINE DIMINUEM CADA VEZ MAIS .................................................................................................................19 2.3.3 NOVAS TECNOLOGIAS QUE ACESSAM A INTERNET ..........................................20 2.4 REDES SOCIAIS ......................................................................................................22 2.5 REDES SOCIAIS SÃO RESPONSÁVEIS POR MAIS DA METADE DO TRÁFEGO DA INTERNET ..........................................................................................................22 2.5.1 EMPRESAS SE BENEFICIAM COM AS REDES SOCIAIS ......................................23 2.5.2 A REVOLUÇÃO DA CISCO 3.0 ................................................................................27 2.6 PESSOAS SE BENEFICIAM COM SITES COMO YOUTUBE, REDES SOCIAIS, E ATÉ MESMO PARA ROUBO DE INFORMAÇÕES UTILIANDO COMO ISCAS AS NOVAS TECNOLOGIAS. .........................................................................................29 2.6.1 YOUTUBE ................................................................................................................29
  • 10. 10 2.6.2 ROUBO DE INFORMAÇÕES ...................................................................................31 2.7 REDES SOCIAIS NAS EMPRESAS .........................................................................34 2.8 SAIBA COMO AS EMPRESAS USAM AS REDES SOCIAIS PARA RECRUTAR ....36 2.9 A IMPORTANTE PESQUISA DA CONSULTORIA AMERICANA JOBVITE ..............37 3. ESTILOS DE GESTÃO .............................................................................................39 3.1 OS EXPERIMENTOS EM HAWTHORNE .................................................................40 3.2 CONDUZINDO A EQUIPE - AS TEORIAS X E Y DO MC GREGOR ........................40 3.3 A IMPORTÂNCIA DO LÍDER ....................................................................................43 3.4 TIPOS DE PODER DE LÍDER ..................................................................................43 3.5 O QUE FAZ O LÍDER ...............................................................................................45 3.6 DIFERENÇA ENTRE O LÍDER E O ADMINISTRADOR ...........................................46 3.7 AS CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER ...................................................................46 3.8 FORMAS DE LIDERAR ............................................................................................48 3.9 LIDERANÇA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL ..........................................................49 3.10 LIDERANÇA SITUACIONAL.....................................................................................50 3.11 MITOS SOBRE LIDERANÇA....................................................................................51 3.12 LÍDERES PROBLEMÁTICOS ...................................................................................52 3.13 FORMAÇÃO DE LIDERANÇA ..................................................................................52 3.14 O PRINCIPAL EXECUTIVO: O LÍDER DA EMPRESA .............................................53 4. ESTUDO DE CASO ..................................................................................................55 4.1 EMPRESA NO BRASIL ............................................................................................55 4.2 EMPRESA NO MUNDO ...........................................................................................56 4.3 RECURSOS HUMANOS E PROCESSO DE SELEÇÃO DE FUNCIONÁRIOS.........57 4.4 ENTREVISTA COM O ANALISTA DE RH LEANDRO SIMONTINI DA NESTLÉ ......59 4.4.1 QUESTIONÁRIO A LEANDRO SIMONTINI DA EMPRESA NESTLÉ .......................59 4.5 CENÁRIO ATUAL .....................................................................................................60 4.6 PROBLEMAS EXISTENTES ....................................................................................61
  • 11. 11 4.7 SOLUÇÕES PROPOSTAS .......................................................................................61 5. CONCLUSÃO ...........................................................................................................62 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................63
  • 12. 12 1. INTRODUÇÃO Este trabalho tem a finalidade de apresentar o mundo da tecnologia no ambiente de trabalho, com o intuito de mostrar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma diversão e passaram a servir também como vitrine para os profissionais. É possível para um líder utilizar conceitos dos modelos de gestão até quando os assuntos são referentes às redes sociais que, para muitos, até um tempo atrás, tratavam-se apenas de entretenimento e uma forma de se comunicar com amigos e familiares. As empresas e os líderes começaram a tirar proveito desses canais abertos para identificar perfis de possíveis funcionários. Perfis pessoais e comportamentos em sociedade, que são facilmente expostos, tornam-se ferramentas de auxílio para que um líder conheça melhor cada indivíduo do seu grupo e, com isso, tenha maior eficácia em sua liderança. Da mesma maneira a área de Recursos Humanos, através dessas redes sociais, consegue identificar o perfil, gostos e personalidade dos candidatos, o que serve para se ter uma prévia da pessoa que se irá entrevistar. Isso ajuda ao RH na assertividade das entrevistas, uma vez que permite que nelas sejam endereçados pontos específicos de potenciais conflitos entre o perfil do profissional e a demanda da empresa. Essa monografia apresentará desde um breve histórico da Internet e seu rápido avanço, até o ponto dela se tornar muito importante na vida das pessoas e ter impacto no ambiente empresarial, além de apresentar e relacioná-la aos conceitos de gestão e de liderança. Também serão apresentados outros fatores que influenciam de forma positiva ou negativa o ambiente profissional, como o YouTube (vídeos), Google (buscas), o iPhone e smart phones (celulares que acessam Internet), Android (sistema operacional para equipamentos móveis), MSN Messenger (originalmente The Microsoft Network, programa de troca de mensagens entre usuários), entre outros recursos. O foco principal, porém, será para as redes sociais mais utilizadas no mundo todo: Facebook, Orkut, Twitter, MySpace e Blogger, com destaque especial para as duas primeiras. Segundo Ugarte (2007), as redes sociais são formadas por indivíduos com interesses, valores e objetivos comuns para o compartilhamento de informações. A Internet é um dos grandes fomentadores para a formação de redes, porque as pessoas podem se encontrar independente de tempo e espaço. Em suas palavras:
  • 13. 13 As mídias sociais abrangem diversas atividades que integram tecnologia, interação social e a construção de palavras, fotos, vídeos e áudios. A maneira na qual a informação é apresentada depende das várias perspectivas da pessoa que compartilhou o conteúdo, podendo ter diferentes formas, como fóruns de internet, weblogs, wikis, podcasts, fotos e vídeos. 1.1 PROBLEMA Tendo em vista a ampliação da abrangência das redes sociais e a exposição dos perfis dos indivíduos, os líderes estão preparados para utilizar essas redes sociais no momento de selecionar candidatos para vagas de emprego na empresa? 1.2 HIPÓTESE A expansão das redes sociais, a exposição dos indivíduos e a crescente competição por talentos, aliadas a uma pressão por redução de custos em processos seletivos levará as empresas a ampliar a utilização das redes sociais em sua busca por novos colaboradores. Nesse contexto, uma participação mais ativa do departamento de recursos humanos da empresa na prestação de apoio aos líderes durante o processo de seleção de novos funcionários evitará o cometimento de injustiça e preconceito. 1.3 OBJETIVO GERAL Apresentar e analisar a visão de uma empresa e dos líderes dessa empresa frente à utilização complementar das redes sociais para seleção de funcionários na empresa. 1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Analisar o melhor método de gestão a ser aplicado pela liderança no setor de tecnologia no processo de seleção de candidatos fazendo uso de redes sociais • Explicar como funcionam as redes sociais • Identificar a visão atual do líder em relação às redes sociais no ambiente corporativo • Identificar perfis de líderes e pontos fortes e fracos de uma liderança.
  • 14. 14 1.5 METODOLOGIA A metodologia utilizada é baseada em pesquisas em livros, revistas, artigos publicados na Internet e entrevistas com funcionários da empresa utilizada como objeto de estudo da pesquisa, além de dados estatísticos obtidos por consultoria especializada no tema, localizada nos Estados Unidos. Foi feita uma entrevista semi-estruturada ao Sr. Leandro Simontini, da Nestlé, que respondeu a cinco perguntas, não com o intuito de contabilizar dados, mas de conhecermos algumas situações que as empresas estão vivenciando e a postura que estão adotando. As perguntas ao Sr. Simontini foram baseadas no objetivo de identificar o uso ou não de redes sociais na Nestlé e quais os pontos específicos de monitoramento de uso dessas redes são praticados nessa empresa.
  • 15. 15 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O SURGIMENTO DA INTERNET Segundo Almeida (2000 p.183), a Internet nasceu praticamente sem querer. Foi desenvolvida nos tempos remotos da Guerra Fria, com o nome de ARPAnet (Advanced Research Projects Agency Network), para manter a comunicação das bases militares dos Estados Unidos, mesmo que o Pentágono fosse eliminado do mapa por um ataque nuclear. Quando a ameaça da Guerra Fria passou, ARPAnet tornou-se tão inútil que os militares já não a consideravam tão importante para mantê-la sob a sua guarda. Foi assim permitido o acesso aos cientistas que, mais tarde, cederam a rede para as universidades as quais, sucessivamente, passaram-na para as universidades de outros países, permitindo que pesquisadores domésticos a acessassem, até que mais de cinco milhões de pessoas já estavam conectadas com a rede, formando uma imensa teia da comunicação mundial. Nos dias de hoje, não é mais um luxo ou simples questão de opção uma pessoa utilizar e dominar o manuseio e serviços disponíveis na Internet, pois esta é considerada o maior sistema de comunicação desenvolvido pelo homem. Com o surgimento da World Wide Web, esse meio foi enriquecido. O conteúdo da rede ficou mais atraente com a possibilidade de incorporar imagens e sons. Um novo sistema de localização de arquivos criou um ambiente em que cada informação tem um endereço único e pode ser encontrada por qualquer usuário da rede. Em síntese, a Internet é um conjunto de redes de computadores interligados que tem em comum um conjunto de protocolos e serviços, de uma forma que os usuários conectados possam usufruir de serviços de informação e comunicação de alcance mundial. Para Almeida (2000, p.183), a história da Internet no Brasil começou bem mais tarde, só em 1991 com a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), uma operação acadêmica subordinada ao MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia). Até hoje a RNP é o backbone (Coluna dorsal de uma rede, backbone representa a via principal de informações transferidas por uma rede, neste caso, a Internet) principal e envolve instituições e centros de pesquisa (FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPEPJ, FAPEMIG, etc.), universidades, laboratórios, etc.
  • 16. 16 No final de 1994, a Embratel lançou em caráter experimental o serviço de acesso à Internet para usuários domésticos. Somente em 1995 é que foi possível, pela iniciativa do Ministério das Telecomunicações e Ministério da Ciência e Tecnologia, a abertura ao setor privado da Internet para exploração comercial da população brasileira. A RNP fica responsável pela infraestrutura básica de interconexão e informação em nível nacional, tendo controle do backbone. 2.2 DEFINIÇÃO PARA REDE DE COMPUTADORES Segundo Torres (2001, p.435), as redes de computadores estão cada vez mais comuns. Na verdade, qualquer instalação comercial com mais de um PC, geralmente os têm em rede; pois transportar discos de uma estação à outra é bem pouco produtivo. Sendo assim, não basta possuir uma sala cheia de PCs. É necessário interligá-los de modo a permitir a troca de dados. Se tivesse de dividir uma rede em seus componentes mais simples, existiriam duas partes. Uma seria a rede física - os fios, as placas de rede, os computadores e outros equipamentos utilizados pela rede para fazer a transmissão dos dados. A outra seria a organização lógica dessas partes físicas - as regras que permitem que as partes físicas trabalhem em conjunto. A rede lógica é o que os usuários vêem quando estão trabalhando em suas mesas. As redes lógicas são conjuntos de recursos, tais como: espaço em disco rígido, impressoras e aplicativos, aos quais seu computador não teria acesso se não estivesse conectado a uma rede. As redes lógicas não são físicas - são o resultado da organização da rede física. Em outras palavras, a rede lógica é a organização do hardware resultante do software de rede, e é o que mais interessa ao usuário final. 2.3 CONSUMO DE INTERNET Segundo Agostini e Meyer(2010), a classe C também passou a utilizar a Internet, e nos últimos três anos, mais de 45 milhões de brasileiros pertencentes à nova classe média passaram a acessar a internet. Um novo mundo de consumo e informação se abre para eles - e transforma os negócios. Vejamos um exemplo ilustrado pelos autores: Todo dia ela faz tudo sempre igual. Moradora de Duque de Caxias, na baixada Fluminense, a carioca Simone Reis, de 35 anos, acorda de madrugada com o céu ainda escuro. Às 6 da manhã, está à espera do
  • 17. 17 ônibus que vai levá-la até o pequeno restaurante, onde trabalha como ajudante de cozinha em troca de salário mínimo de 510 reais, Simone é um típica representante da nossa classe C brasileira. Sua família - formada pelo marido, um vendedor de produtos de limpeza, mais quatro filhos - tem renda mensal de cerca de 3.000 mil reais. Nós últimos anos, os Reis financiaram um automóvel de quatro portas, fizeram uma pequena reforma em sua casa, compraram um notebook e passaram a pagar um plano de acesso à banda larga da internet. O contato com o mundo digital transformou a rotina e o modo de vida de Simone. Hoje, antes de sair de casa para o trabalho, ela checa os e-mails e recados deixados em sua página no Orkut, a rede social mais popular do Brasil, com mais de 29 milhões de usuários, É pela internet que chegam os pedidos de cosméticos da Natura, da Avon e de lingeries e cremes da marca americana Victoria's Secrets que Simone começou a vender há três meses. Com a venda online, Simone ganha em cerca de 1.000 reais mensais - o correspondente a um terço de sua renda familiar. “Sempre que necessário, mostro os produtos pela webcam e tiro dúvidas pelo serviço de mensagens instantâneas", diz Simone. “Só não vendo a minha família. O resto vai tudo pela internet." Conforme Agostini e Meyer (2010) embora ainda seja utilizada de maneira esmagadora para trocas de e-mails e participação em redes sociais, a internet vem sendo cada vez mais encarada como um canal de compras por esses novos consumidores - e é aqui que esse fenômeno pode fazer toda a diferença. Neste mesmo artigo (Agostini e Meyer, 2010), há a referência a um levantamento realizado pela consultoria Data Popular com 2.000 pessoas que mostra que 68% dos integrantes da classe C usam a rede para pesquisar preços, números próximos aos 82% das classes A e B. É bem verdade que o número de compras online realizadas pela nova classe média ainda é pequeno se comparado ao topo da pirâmide - a classe C respondeu por apenas 7% das transações realizadas na rede em 2009, antes 55% das classes A e B. O avanço do varejo eletrônico nesse extrato social, porém, é notável. No ano passado, quase de 40% de todos os consumidores que fizeram sua estréia no mundo das compras virtuais pertenciam à nova classe média. Artigos como computadores e geladeiras encabeçaram a lista de compras, que gerou um tíquete médio de 321 reais, apenas 12% abaixo da média do mercado. O site de pesquisa de preços BuscaPé é um termômetro dos efeitos dessa inserção digital maciça. De 2008 para cá, a ferramenta que oferece a possibilidade de ordenar as buscas segundo o número e o valor das parcelas, algo vital para a lógica de compras da classe C, tornou-se a segunda mais importante do site, das oito disponíveis, atrás apenas da ordenação por menor preço. “Esse
  • 18. 18 público chega à internet num momento em que as empresas estão mais preparadas para atendê-los", diz Pedro Guasti, diretor da E-bit, consultoria especializada em comércio eletrônico. “As classes A e B passaram por um lento processo de aprendizagem. Com a classe C acontece tudo ao mesmo tempo". 2.3.1 NOVO PÚBLICO, NOVA ABORDAGEM Ainda segundo Agostini e Meyer (2010), algumas empresas brasileiras estão aplicando alguns mecanismos via Internet, para atrair os internautas da classe C: • BRADESCO O que fez: colocou em seu site um vídeo em que uma atriz explica com linguagem simples a nova linha de crédito do banco voltada para a classe C, Resultados: aumentou em 50% o acesso à sua página de crédito. • GOLDFARB O que fez: ao constatar que 70% de seus clientes da classe C usavam a internet como principal fonte de informação, passou a aplicar 25% de suas verbas de marketing em propagandas online. Resultados: das cerca de 2.000 vendas feitas por mês em 2009, 400 foram iniciadas pela internet. Dois anos antes, esse número era praticamente zero. • MAGAZINE LUIZA O que fez: em outubro do ano passado, criou uma assistente de compras virtual para o site. Batizada de LU, a personagem explica o funcionamento dos produtos e dá dicas de compras. Além disso, a rede dobrou para 15.000 o número de itens disponíveis na loja online neste ano. Resultados: aumentou 90% o faturamento da operação na internet no primeiro semestre de 2010 em comparação ao mesmo período do ano anterior. • TAM O que fez: lançou um site para os primeiros viajantes, com vídeos sobre as vantagens de trocar o ônibus pelo avião e explicações sobre o funcionamento do check-in.
  • 19. 19 Resultados: desde que foi ao ar, no inicio de agosto de 2009, a outubro de 2010 o site teve mais de 150 000 acessos. • KRAFT FOODS O que fez: lançou uma campanha, em abril de 2010, para divulgar o chocolate Mini Bis entre os jovens de classe C no Orkut. Para isso, distribuiu semestre virtual de cacau no jogo Colheita Feliz que, depois de 48 horas, se transformavam em árvores. Resultados: um mês após os lançamentos, 20 milhões de internautas tinham participado da brincadeira. • NATURA O que fez: nos computadores de 15 lan houses localizadas em São Paulo, a empresa instalou maquininhas que liberavam uma fita perfumada cada vez que o internauta clicava no banner de seus perfumes. Resultados: aumentou em 40 vezes o acesso ao anúncio online perfume. 2.3.2 DIFERENÇAS ENTRE CONSUMIDOR OFF-LINE E ON-LINE DIMINUEM CADA VEZ MAIS Segundo Neto (2009), a liberdade na Internet também abre espaço para o consumidor tomar mais coragem e acabar denegrindo a imagem da empresa, esteja ele com a razão ou não. Para combatê-la, o autor defende um diálogo um a um no ambiente virtual. “É preciso responder ao máximo cada consumidor que entra em contato com a empresa através da internet”, recomenda. Neto (2009) cita ainda que as diferenças do consumidor off-line e on-line, no entanto, estariam ficando cada vez mais complexas de mensurar à medida que mais usuários adentram o espaço virtual, fazendo com que o seu comportamento no mundo físico fosse refletido nesse mundo virtual. Um exemplo é o dado de que o fluxo de visitas aos sites de conteúdo adulto cai aos domingos, dia de comparecer à igreja. A pesquisa utilizada por Neto (2009) também atesta um aumento na procura por informações sobre a gripe suína em buscadores, que apresentou um crescimento de 314% entre 27 de junho a 22 de agosto de 2009, ao mesmo tempo em que o assunto ocupava cada vez mais espaço na imprensa nacional. A procura por dietas para perda de peso também chamou a atenção, teve alta de 76% no período.
  • 20. 20 Neto (2009) continua, informando que, atualmente, o Hitwise fornece informações sobre a interação de 90 mil pessoas em 60 mil web sites no Brasil. O Hitwise possui cerca de 1.500 clientes no mundo e está presente nos seguintes países: Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Cingapura e Hong Kong. Segundo Neto (2009), em Junho de 2010 O Google divulgou uma lista com os 1.000 sites mais populares do mundo. O gigante de buscas não se colocou no ranking e, no topo, estão Facebook, com 540 milhões de visitantes únicos em abril, e Yahoo, com 490 milhões. Conforme Neto (2009), apesar de serem primeiro e segundo colocados, a diferença de page views entre os dois sites é expressiva. O Facebook teve 570 bilhões de visualizações de página no mês passado, enquanto o Yahoo apresentou 70 bilhões. Ainda segundo Neto (2009), além do Facebook, outras redes sociais e serviços de blogs também têm boa colocação no ranking do Google. O Twitter surge em 18º lugar, o MySpace em 26º e o Orkut, preferido dos brasileiros, figura bem distante, em 45º. No lado dos blogs, o Blogspot é o que está na frente, em 7º lugar, seguido por Wordpress, em 12º e FC2, em 42º. Neto (2009) comenta que, dentre os sites brasileiros, o UOL é o campeão de popularidade, aparecendo na 95ª posição da lista. O concorrente, Terra, vem em seguida, em 182º lugar e o Baixaki, terceiro brasileiro do ranking, aparece em 357º. Neto (2009) informa que a lista é atualizada mensalmente através da ferramenta Ad Planner e se baseia principalmente na quantidade de visitantes únicos que os sites recebem. Neto (2009) nos atualiza informando que, em Janeiro de 2011 o Twitter já se encontra em segundo na lista de sites mais acessados e o Orkut apareceu em décimo primeiro no Ranking. 2.3.3 NOVAS TECNOLOGIAS QUE ACESSAM A INTERNET Segundo Dweck (2008), com novos modelos e um software atualizado, o celular da Apple entra na disputa pelo mercado corporativo. Um em cada dois americanos que dependem de um smartphone para trabalhar usa o BlackBerry. Em todo o mundo, no último ano, foi vendida cerca de 14 milhões de aparelhos, a maioria ao mercado empresarial. Ainda segundo Dweck (2008) alguns presidentes, diretores e gerentes de empresas têm adotado o aparelho da Apple como substituto de seus BlackBerries e outros telefones inteligentes. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos pela consultoria Rubicon (2008 p.20)
  • 21. 21 com usuários do iPhone mostrou que 40 % deles trocam outros smartphones pelo celular da Apple, sendo que 13% aposentaram o BlackBerry. Mesmo sem venda oficial no Brasil, o iPhone também tem ganhado espaço por aqui. Estima-se que haja cerca de 300.000 aparelhos no país - e muitos deles têm sido usados como ferramentas de negócios. A matéria de Dweck (2008) traz ainda a informação, baseada em levantamento da consultoria Predicta, especializada em marketing online, de que a facilidade de navegação do iPhone se reflete no uso da internet. O celular da Apple responde por mais da metade dos acessos à internet via celular. Dweck (2008) cita ainda que a maioria tem computadores rodando Windows e usa os smartphones da Research in Motion. Na disputa para conquistar o coração dos profissionais de TI, a Apple anunciou para 11 de julho a nova versão do software básico do iPhone. Ele vai permitir que tanto os aparelhos novos como os amigos (que forem atualizados gratuitamente) contem com funções que sempre foram a vantagens do BlackBerry: o correio eletrônico em tempo real e a sincronização dos e-mails, da agenda e dos contatos telefônicos com o computador. Até então, não havia maneira de conectar o iPhone remotamente com os sistemas corporativos para que a agenda e o e-mail estivessem sempre atualizados. Isso muda com o iPhone 2.0. “Essas novidades ajudam a Apple a entrar no mercado corporativo, mas não será fácil", diz Alex Zago, analista sênior de telecomunicações da consultoria IDC. “As empresas são conservadoras na adoção de novas tecnologias, sobretudo pela questão da segurança." Ainda conforme Dweck (2008) segurança é um dos trunfos no qual a Research in Motion aposta para manter seu espaço entre os executivos. No aparelho, as informações são criptografadas tanto quando são enviadas numa mensagem como quando estão armazenadas no hardware. “Também temos diferenciais em termos de eficiência, com a compressão de arquivos, e na relação com os departamentos de tecnologia, oferecendo ferramentas de administração dos aparelhos", diz Roger Crespo, gerente de inteligência de mercado para as Américas da Research in Motion. A matéria de Dweck (2008) informa que a Nokia, por exemplo, tem uma legião de desenvolvedores de softwares para o sistema operacional. A Research in Motion conta com os parceiros que fazem aplicativos especialmente para empresas. Mas a Apple está investindo para reduzir a distância em relação aos concorrentes. Em março, o presidente da empresa, Steve Jobs, lançou o kit de desenvolvimento de software para o iPhone, que permite a programadores criar aplicativos para o telefone.
  • 22. 22 Por último Dweck (2008) traz a informação de que os investimentos em sites para o iPhone já dão retorno a empresas como a NetMovies, de São Paulo, locadora de DVDs pela internet. Do total de acessos ao site, 2% são feitos por meio de telefone celular - a maioria por iPhone. No mercado dos consumidores finais, a Apple já é um hit - agora, as empresas é que estarão na mira. 2.4 REDES SOCIAIS Inaba (2011) afirma ”As redes sociais são um meio de se conectar a outras pessoas na internet, os sites de redes sociais geralmente funcionam tendo como base os perfis de usuário - uma coleção de fatos sobre o que um usuário gosta, não gosta, seus interesses, hobbies, escolaridade, profissão ou qualquer outra coisa que ele queira compartilhar”. Segundo Inaba (2011) O objetivo das redes sociais é juntar um grupo de pessoas com quem você esteja interconectado por um ou mais fatores. Contatos são contatos, estejam eles online ou no "mundo real". A velha frase "não é o que você sabe, mas quem você conhece" é verdadeira - quanto mais pessoas você conhecer, melhor. Talvez aquele seu velho amigo do ginásio esteja começando um novo negócio e precise da sua expertise. Definitivamente, conhecimento é poder. Inaba (2011) cita que quando você cria uma rede social, ela tende a funcionar muito como as redes de relacionamentos no mundo real. Você vê notícias, discute problemas do trabalho e da vida particular, compartilha suas idéias e tem acesso a experiência e expertise a que não teria acesso de outra forma. 2.5 REDES SOCIAIS SÃO RESPONSÁVEIS POR MAIS DA METADE DO TRÁFEGO DA INTERNET Segundo Neto (2009), representante do portal Mundo Marketing, as redes sociais estão ocupando cada vez mais a atenção dos internautas brasileiros e tirando o espaço dos sites de conteúdo adulto. Segundo um levantamento da Hitwise realizado durante 12 semanas no Brasil, 4% das pessoas que acessam a internet procuram sites de conteúdo adulto, enquanto que nos EUA o número é quase o dobro, 7%. Neto (2009) informa que esse é um dos resultados apresentados por Bill Tancer, CEO da agência e especialista em comportamento on-line, além de autor do livro “Click: o que milhões de pessoas estão fazendo on-line e porque isso é importante”, lançado no país pela
  • 23. 23 Editora Globo. O executivo esteve no Brasil esta semana, apresentando as conclusões do estudo que elaborou um ranking com os 10 sites mais visitados no Brasil. Segundo Neto (2009) O Google domina a lista, ocupando as quatro primeiras posições com Google Brasil em primeiro, seguido por Orkut, Google.com e YouTube. Também reaparece em sexto, com o Google Images. A boa colocação do Orkut no Brasil reforça a tese do executivo de que o crescimento de redes sociais está fazendo com que visitas a portais com conteúdo pornográfico estejam em queda. A estimativa é de que os sites de relacionamento sejam responsáveis por 62% do tráfego da internet no Brasil. O texto de Neto (2009) cita ainda que “As ações falam mais alto do que as palavras” – Nos Estados Unidos, as redes sociais também provocaram uma baixa na audiência de sites adultos, que já chegou a atrair 16% dos internautas locais. Segundo a companhia, desde 2007 a audiência desse tipo de conteúdo tem caído nos países que a empresa atua, mas costuma crescer no inverno. Para Tancer (2009 p.45), é preciso ter cuidado para manter a privacidade dos usuários, não coletando dados individuais sobre nenhum usuário, mas sim observando padrões ao analisar uma grande quantidade de internautas. O anonimato ou falta de contato pessoal também podem ser uma oportunidade para as empresas que vendem produtos e soluções que envolvem emoções delicadas: “É mais fácil atrair o consumidor que tem vergonha de adquirir determinado produto na internet do que em uma loja física” “O comportamento do internauta muda a cada dia. Os profissionais de Marketing precisam estar mais atentos a isso. A Internet dá muitas informações valiosas sobre o consumidor”, aponta Bill Tancer, para quem “Se as ações falam mais alto que as palavras, verifiquemos os cliques”. 2.5.1 EMPRESAS SE BENEFICIAM COM AS REDES SOCIAIS Segundo Fusco (2009), em matéria publicada pela revista exame de 7/10/2009, as empresas estão aprendendo a tirar aproveito das amizades do Orkut e dos posts do Twitter. Fusco (2009) compartilha dois caos interessantes. Os dias de Jaldomir da Silva Filho são cheios. O analista de sistemas paulista acorda às 5 da manhã e segue de Bragança Paulista, a 90 quilômetros de São Paulo, para a central de operações do Metrô, na capital, onde trabalha. Leva quase 2 horas na ida e outras tantas na volta. O professor de
  • 24. 24 marcenaria Fernando Carvalho da Costa tem uma rotina parecida. Dá aula para duas turmas e passa 3 horas diárias no trânsito. Chegando em casa, à noite, ambos têm outro expediente. Entram em fóruns, blogs e comunidades na internet para responder a dúvidas de usuários de telefones celulares Nokia. Esclarecem desde os detalhes mais simples, como a anotação de números na agenda do aparelho, até complexas perguntas técnicas. O trabalho geralmente vai até a madrugada. Silva e Costa não são funcionários da Nokia. Fusco (2009) observa que ambos nem sequer recebem pagamento pelo serviço que prestam. Apaixonados pelos celulares da marca e por internet, eles participam de listas de discussões para trocar informações com outros internautas simplesmente para obter o reconhecimento das comunidades virtuais. A Nokia também notou o interesse de Silva, de Costa e de3 outros 500 consumidores engajando com a marca e, em maio, criou o programa Gurus. Esse grupo de fãs agora tem um relacionamento mais próximo com a empresa. Eles continuam trabalhando voluntariamente em nome da companhia, mas têm estímulos que vão além da reputação online. Quem resolve o maior número de questões pode ganhar desde celulares até visitas ao centro técnico de empresa, na Europa. Fusco (2009) transcreve que “O consumidor que era receptor de informações passa a ser corresponsável pela reputação do produto", diz Edmar Bulla, responsável pelo projeto. Segundo Fusco (2009) a Nokia busca resposta para uma pergunta cada vez mais importante no mundo dos negócios; quando vale um amigo? Qual é o valor de uma opinião positiva que um consumidor coloca no Twitter no meio da tarde de segunda-feira? São grandes as chances de que os comentários daquele amigo de vários anos tenham mais peso na hora de decisão de compra. Como ouvir essa conversa - e dar palpites - sem parecer intrometido? Como tentar tirar sentido dessa cacofonia de vozes que acontece na internet, toda ela registrada em páginas do Orkut, do Facebook, no Twitter e dos blogs? Nada menos do que 770 milhões de pessoas visitaram sites de relacionamentos em junho, segundo consultoria americana ComScore. Trata-se de uma legião de indivíduos falando da viagem de férias ou das festas de aniversário a que foram no fim de semana, mas, também, uma legião de consumidores trocando opiniões com pessoas de sua confiança sobre produtos, serviços e sobre seus respectivos empregadores. Não se trata de uma simples reprodução do boca a boca. Uma frase dita na roda de conversa se perde no ar. Uma mensagem deixada no Twitter fica registrada e pode se multiplicar milhares de vezes. Um aperto de mãos é efêmero. Uma conexão numa rede social, como Orkut, Facebook ou LinkedIn, é duradoura. Mais importante: ela gera complicada teia, que os acadêmicos chamam de de grafo social.
  • 25. 25 Ainda conforme Fusco (2009) O Facebook, maior rede online de relacionamento do mundo, vem crescendo de forma assustadora desde seu lançamento, cinco anos atrás, quando surgiu no quarto do estudante Mark Zuckerberg. Hoje, conta com mais de 340 milhões de usuários registrados e já é o quarto site mais visitado do mundo. No Brasil, o preferido ainda é o Orkut, a rede criada pelo Google - mas o Facebook vem ganhando adeptos a cada dia. Os internautas daqui passam em média 6,3 horas por mês nesse tipo de site, um número 50% maior que o dos americanos. Fusco (2009) observa ainda que o modelo de publicidade tradicional não funciona. Nas redes sociais, as marcas não podem simplesmente reproduzir a mensagem idealizada por marqueteiros e publicitários, um ponto importante, afirma Marcelo Coutinho, consultor do Ibope Mídia e pesquisador da Escola Superior de Propaganda e Marketing, é entender o estilo de vida de seus consumidores - afinal de contas, o perfil numa rede social é a forma como a pessoa se apresenta ao mundo. Para Fusco (2009), no Brasil, o destino natural dos esforços em redes sociais é o Orkut. A rede tem 20 milhões de usuários registrados e é dona da maior audiência da web no país. Quase metade dos usuários pertence à classe C. Marcas que miram esse tipo de público têm tudo para aproveitar esse celeiro de consumidores em potencial. O concurso Garota Social, que elegeu a internauta mais bonita do Orkut, é um exemplos do alcance e da interação dos consumidores com uma marca dentro de um site de relacionamento. Conforme Fusco (2009), com a publicidade tradicional, alguns setores levam vantagem pela própria natureza do negócio. Empresas de bens de consumo, por exemplo, tendem a serem as primeiras a explorar as redes sociais. Mas isso não significa que outros setores fiquem de fora. Por mais improvável que pareça a relação internet e postos de gasolina a rede Ale de distribuição de combustíveis conseguiu fazer uma campanha que envolveu internautas, motoristas e qualquer pessoa que gostasse de música. A rede criou, junto com a agência Click, uma sequência de pequenos shows com a banda Fresno em quatro cidades brasileiras, todos realizados em seus postos. Fusco (2009) observa que a descoberta do estudo foi surpreendente: os funcionários da IBM que mantinham contato por e-mail mais intenso com seus superiores geravam quase 600 dólares a mais em receitas todos os meses. “O resultado é preliminar, mais indica que as redes sociais formadas dentro das empresas são muito importantes”, afirma Lynn Wu, uma das autoras do estudo. A área de recursos humanos também tem se aproveitado das redes sociais. A Tata Consultancy Services, braço de serviços da indiana Tata, contrata em média 30.000 funcionários por ano. Para as vagas que exigem qualificação, a busca começa em
  • 26. 26 sites como o LinkedIn, uma espécie de Orkut para contatos profissionais. "A qualidade dos currículos e a facilidade da ferramenta impulsionaram nossa decisão", diz o vice-presidente global de RH, Ajoyendra Mukherjee. "É muito mais barato do que contratar uma consultoria." Por fim Fusco (2009) cita que no fim da década passada, os gurus tecnológicos previam que, cedo ou tarde, toda empresa marcaria presença na internet. A profecia estava correta. Agora a previsão foi adaptada: as empresas vão marcar presença na internet social. Não basta apenas ter website. Dialogar com consumidores, clientes e parceiros de negócios de forma transparente é o novo imperativo nas estratégias online, diz David Weinberger, professor da Universidade Harvard e um dos primeiros a pregar a importância da tecnologia digital para os negócios. Se essa interação vai acontecer nas redes sociais que existem hoje, ninguém se arrisca a dizer. Um dos paradoxos da era da internet social é que grandes sites do gênero, com o Facebook e o Orkut, ainda não são grandes geradores de receitas. O Twitter, estrelas em ascensão do segmento, nem sequer tem um modelo de negócios. O serviço é gratuito e não há espaços publicitários vendidos. O Facebook deve faturar um bilhão de dólares neste ano, mas boa parte desse dinheiro vem de um acordo com a Microsoft. Uma tentativa anunciada no ano passado de tornar os usuários do Facebook “distribuidores" de publicidade foi recebida com protestos - e foi abandonada semanas depois. A mágica que o Google opera na associação entre as palavras pesquisadas e os links patrocinados exibidos em suas páginas não é facilmente replicável no Orkut. Encontrar uma maneira automatizada de exibir publicidade relevante nas páginas do site de relacionamentos é uma das principais missões da equipe de 50 engenheiros que o Google mantém em Belo Horizonte. “Ainda não temos uma resposta para esse problema", diz Berthier Ribeiro-Neto, diretor de engenharia do Google para América Latina. Mas o esforço continua, afinal de contas, como sabem Google, Facebook e Twitter - e um número cada vez maior de empresas off-line -, a internet social veio para ficar.
  • 27. 27 Figura 01. Redes Sociais. Fonte: Revista Exame 2.5.2 A REVOLUÇÃO DA CISCO 3.0 Outra empresa que simbolizou a primeira grande onda da internet aponta para uma nova revolução de negócios baseadas nas comunidades e na colaboração online é a Cisco 3.0. Fusco (2008) relata que como nos primeiros meses do ano 2000, quando a empresa, em meio a centenas desse modelo pontocom que surgiram diariamente, conseguiu traduzir em números concretos tudo o que a internet poderia render em negócios. Não se tratava de nenhuma startup com planos revolucionários sobre o mundo online ou algum site de comércio eletrônico que crescera vertiginosamente na onda da bolha. Para Fusco (2009), o que chamava a atenção na ocasião, além das cifras, era a forma como a empresa tinha chegado até elas. A Cisco quase quintuplicou de tamanho entre os anos de 1996 e 2000. Passou de quatro bilhões para mais de 18 bilhões de dólares de faturamento, apresentando a si mesma como caso de sucesso da revolução digital. Foi uma das pioneiras na adoção da internet, ferramenta que reduziu em 50% o número de funcionários de recursos humanos, e também encabeçou a migração das relações entre empresas para o mundo online para cortar custos e ganhar agilidade. A experiência da Cisco foi fonte de inspiração para todo e qualquer tipo de negócio e fizeram disparar as vendas de roteadores e switches, fundamentais para conexão à internet.
  • 28. 28 Ainda para Fusco (2008) a segunda onda se inspira nas redes sociais e em uma palavra que faz muito sucesso em apresentação de gurus tecnológicos, mas que ainda não encontrou uma definição precisa no dia-a-dia das empresas: colaboração. Com ferramentas parecidas com o Orkut, a Wikipedia e o YouTube, além de um sofisticado sistema de videoconferências, a Cisco quer revolucionar o ambiente de trabalho mais uma vez - e, claro, vender seus produtos, que agora vão além dos encanamentos básicos que fizeram sua fortuna na primeira onda da internet. “Estamos falando de comunidades” disse a EXAME John Chambers, presidente da Cisco. “Elas surgiram com as comunidades virtuais frequentadas especialmente pelos jovens." Fusco (2008) comenta que a própria Cisco é exemplo do fenômeno no que ela espera ver materializado mundo afora. Uma vez por mês, o presidente da Cisco Brasil, Pedro Ripper, reúne-se com equipes internacionais para discutir como melhorar a produtividade dos vendedores. Ele divide uma sala no escritório de São Paulo com executivos da China, dos Estados Unidos e da Inglaterra, em uma reunião aparentemente comum se não fosse por um detalhe: seus interlocutores estão a milhares de quilômetros de distância. Uma rede de dados de alta velocidade e três telas de cristal líquido de mais 60 polegadas fazem com que eles interajam em tempo real. Fusco (2008) observa que OUTRAS TECNOLOGIAS de colaboração já em uso são direcionadas a melhorar os fluxos de informações. Na Ciscopedia, uma espécie de enciclopédia interna, os funcionários podem publicar e editar páginas com informações relevantes para a empresa. Os wikis, sites que podem ser atualizados pelos funcionários, são também a base para as discussões relativas aos projetos em andamento. O CVision, clone do YouTube na versão corporativa, publica vídeos, fotos e videoblogs e já é atualizado para fazer treinamento à distância. A idéia da Cisco é vender sistema desse tipo. Para o CEO John Chambers, esse novo negócio de tecnologia de colaboração online pode representar um bilhão de dólares em vendas nos próximos cinco anos. É uma perspectiva otimismo. A consultoria Forrester Research calcula que, até 2013, serão movimentados 4,6 bilhões de dólares por ano em sistemas desse tipo, e os concorrentes da Cisco são respeitáveis: Google, Microsoft e IBM, só para mencionar três dos nomes mais conhecidos. Na Cisco, “Esse é um exemplo de como a colaboração poderá mudar os controles tradicionais e os modelos de remuneração das empresas", diz Ripper. O levantamento de Fusco (2008) observou que o faturamento da Cisco Brasil é de cerca de 1% das operações mundiais, o que, com base de resultado do ano passado, equivale a quase 400 milhões de dólares. Em âmbito mundial, as apostas da Cisco nas tecnologias
  • 29. 29 colaborativas têm tido boa repercussão no mercado. O banco de investimento Goldman Sachs até inclui a companhia em sua lista de ações favoritas do setor de tecnologia, com o argumento de que o ambiente de negócios em que a empresa atua está propício: entre as companhias pesquisadas pela instituição, 54% disseram que pretendem elevar os investimentos em redes. Os efeitos nas ações foram imediatos: no dia 8 de setembro, data de anúncio, os pápe4is da companhia subiram quase 5%. Fusco (2008) comenta também que atualmente a Cisco não está mais nem próxima da valorização à qual chegou ao fim dos anos 90 - vale cerca de 135 bilhões de dólares, quase um quarto do que valia há uma década. Mas, ainda assim, acredita que existem oportunidades concretas para retornar parte do fôlego de crescimento que já teve. Na época de ouro da internet, o diretor financeiro da empresa Larry Carter, costumava receber dos investidores a tradicional pergunta: “Os melhores dez anos ficaram para trás ou ainda estão bem à frente de nós?" Em sua fase 3.0 é bem possível que a Cisco volte a deparar com a mesma questão. Fusco (2008) relatou os seguintes sistemas colaborativos que apóiam a interação na Cisco. Conheça alguns deles • CISCOPEDIA: Enciclopédia virtual inspirada na Wikipedia permite a seleção, a publicação e o cruzamento de textos e conteúdos relevantes aos projetos da empresa. • CVISION: Ferramenta de publicação de vídeos, fotos e videoblogs, nos modelos do YouTube, pode ser usada para transmitir treinamentos, antes feitos presencialmente. • DIRECTORY: Rede social corporativa reúne informações sobre os funcionários e facilita a localização e o contato dos profissionais especializados em casa aérea. • WIKIS: Divididos por temas, servem de plataforma virtuais de distribuição de tarefas e fórum de discussão para grupos de trabalho com membros em todo o mundo. 2.6 PESSOAS SE BENEFICIAM COM SITES COMO YOUTUBE, REDES SOCIAIS, E ATÉ MESMO PARA ROUBO DE INFORMAÇÕES UTILIANDO COMO ISCAS AS NOVAS TECNOLOGIAS. 2.6.1 YOUTUBE Conforme exposto por Junior (2010) em matéria para a Revista Exame de Outubro de 2010,
  • 30. 30 Edição 0977, informa que as mini aulas de um ex-gestor de fundos já foram vistas mais de 23 milhões de vezes no YouTube e chamaram a atenção do Google e de Bill Gates. Segundo Junior (2010) nessa mesma revista, para um estudante exemplar, dono de dois diplomas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e um de Harvard, Salman Khan tem uma visão surpreendentemente pessimista do ensino nas escolas tradicionais: “As aulas são um saco. Metade dos alunos dorme. Eu dormi. Você pode conferir, está tudo na internet. Te desafio a assistir a duas ou três delas até o fim. Se aguentar, te pago um jantar". Ainda segundo Junior (2010), na revista, Khan, que também é professor, não pode garantir que ninguém pegue no sono durante as aulas que ele dá, afinal não conhece nenhum de seus alunos, não trabalha numa escola, não suja a mãos de giz nem corrige provas. Khan é um professor de YouTube. Ou melhor: ele é o professor superstar do YouTube. Suas 17 000 aulas em vídeos já foram vistas mais de 23 milhões de vezes, em menos de quatro anos. Seu canal tem mais audiência que todos os vídeos combinados de dezenas de professores do MIT. Seus alunos estão espalhados pelo mundo e incluem até o Bill Gates, que acompanha as aulas com seus filhos. Figura 02. Khan professor mais popular do mundo. Fonte: Revista Exame Conforme Junior (2010) Khan é o professor mais popular do mundo por acaso. Depois de se formar em Harvard ele diz que "se vendeu". Foi trabalhar como gestor em um fundo hedge de pequeno porte. Saiu de lá "com menos de um milhão de dólares" e tentou abrir um fundo próprio. Veio a crise financeira de 2008, e a ideia nem saiu do papel. Na época, Khan ajudava uma prima de 12 anos que tinha dificuldade em matemática. Ela estava em
  • 31. 31 New Orleans, ele, em Boston. Chegou a criar em software de exercício, mas depois descobriu que a melhor solução seria gravar vídeos e colocá-los no YouTube, pois poderia ensinar uma vez e ser visto várias vezes. No começo, os alunos eram outros parentes. Em um mês, chegaram os primeiros e-mails de agradecimento de estranhos. Os vídeos começaram a ser vistos centenas, depois milhares de vezes. "Meu emprego estava chato, e eu me interessava cada vez mais pela gravação das aulas", diz Khan. Em 2009, abandonou o emprego para dedicar-se integralmente ao que batizou de Khan Academy. O site é basicamente uma coleção de links para os vídeos no YouTube. O forte ainda é a matemática, mas já há aulas de biologia, química, física e finanças. "O YouTube pode ser uma excelente ferramenta de aprendizado", diz Lisa Nielsen, autora de um blog sobre inovações na educação e consultoria para a digitalização das escolas de Nova York. “Os estudantes podem procurar o que quiserem, quando quiserem. E mais: os alunos buscam as aulas. Esse interesse é essencial para o aprendizado." Junior (2010) observa que a iniciativa logo chamou a atenção de gente disposta a contribuir para manter a ideia viva. A Khan Academy recebeu 350 000 dólares em doações de indivíduos. No final de Setembro, foi escolhida uma das cinco vencedoras do projeto 10, um concurso realizado pelo Google que teve mais de 150.000 inscrições de 170 países. O prêmio de dois milhões de dólares será usado para traduzir as aulas para outras línguas, entre elas o português, diz Khan. Outra ideia é criar uma estrutura para melhorar o site e levar a iniciativa para mais países. “Minha intenção é que uma pessoa que tenha estudado na academia possa ter seu conhecimento validado como o de qualquer outra instituição de ensino." 2.6.2 ROUBO DE INFORMAÇÕES TÃO PEQUENOS E TÃO PERIGOSOS Segundo Fusco (2008), a proliferação dos pen drives abre uma nova brecha nas empresas para ladrões de informação – com apenas seis centímetros, levam uma micro placa de circuito, um chip de memória - e é só. Enganam-se, porém, os que subestimam esses pequenos objetos. Um simples pen drive já pode abrigar até 64 gigabytes de informação. Isso significa o conteúdo de 16 DVDs, alguns milhares de músicas, se você fizer a conta
  • 32. 32 pensando em entretenimento, ou mais de 30 milhões de registros de clientes de uma empresa, se pensar nos riscos que esses dispositivos representam para as empresas. Para Fusco (2008) cada vez menores, mais potentes e mais baratos, os chips de memória tem se multiplicado nas companhias. Eles são a maneira mais rápida de transportar arquivos de um computador para outro. Ninguém precisa mais entender de conexões em rede entre duas máquinas. Basta espetar um chaveirinho e fazer o transporte físico das informações fora da empresa. “A possibilidade de copiar dados em pen drives não seguros, iPods e computadores de mão, entre outros aparelhos, tem representado um tormento para os esforços de segurança", diz Larry Ponemon, presidente do Ponemon Institute, empresa americana que pesquisa vazamento de dados e segurança da informação. Os pen drives já são o segundo meio mais utilizado para transportar documentos e dados corporativos para fora da companhia, segundo uma pesquisa da empresa de segurança digital McAfee. Só perdem para os laptops. Mas, ao contrário dos PCs portáteis, os chaveiros de memória são virtualmente impossíveis de controlar e são encarados de forma causal: raríssimas companhias exigem que os dados por eles transportados sejam protegidos. O perigo está em casa. Práticas indevidas dos funcionários colocam em risco muitos dados corporativos: • Copiam informações confidenciais da empresa em pen drive 51% • Compartilham senhas com colegas de trabalho 46% • Já perderam equipamentos portáteis de armazenamento de dados 39% • Enviaram documentos da empresa em anexo para e-mails pessoais 33% Fusco (2008) mostra ainda que para proteger seus dados, a Honda Brasil começou a implantar, no mês passado, uma política de restrição aos equipamentos particulares de seus funcionários, seja pen drive, MP3 players ou computadores de mão. “Mesmo que um desses aparelhos seja plugado a um dos 4 200 computadores da empresa, nenhum dado pode ser copiado", diz Leandro Doreto, analista de segurança da informação e um dos integrantes do projeto da montadora japonesa. Para não abrir mão da comodidade dos pen drives, a Honda comprou dispositivos criptografados e distribuiu aos profissionais de acordo com a função. Esse tipo de política preventiva, porem, ainda é exceção no Brasil. Segundo Wanderson Castilho, diretor da E-NetSecurity Solutions, de cada dez empresas, menos de três têm essa preocupação de monitoramento. “Nos Estados Unidos, essa proporção chega a sete entre dez", diz Castilho.
  • 33. 33 Conforme levantamento de Fusco (2008), para aliviar os riscos a empresa que não quer proibir o uso de dispositivos móveis tem alternativas para reduzir o perigo, entre elas: • Política de acesso: controlar com rigor e atualizar constantemente o perfil dos usuários e a permissão de acesso a cada sistema para evitar abusos. • Monitoramento de pen drive: Softwares gravam no servidor a data que algum usuário conectou seu pen drive e o conteúdo que foi copiado. • Criptografia: A técnica faz com que documentos de PCs, e-mails, smartphone ou pen drives sejam cifrados e apenas um receptor habilitado possa decifrá-los. • Treinamentos: 45% dos vazamentos de dados são acidentais, dizem especialistas. Reforçar a conscientização dos funcionários ajuda a evitar incidentes. O SPAM QUER SER SEU AMIGO O declínio das mensagens indesejadas por e-mail está mudando o foco - e a cara - dos ataques de fraudadores virtuais. Segundo Faust (2010) mensagens como: Parabéns você ganhou um iPhone. Dilma Rousseff sofre ataque cardíaco - vejas já as fotos. Você foi selecionado para participar do BBB11, podem ser sedutoras. Que atire o primeiro comprimido de Viagra quem nunca, mesmo que só por curiosidade, clicou em uma mensagem suspeita enviada por algum desconhecido (produtos farmacêuticos estão entre os recordistas da modalidade). Mas eis aqui uma boa notícia: a guerra contra o spam de e-mail, ao que tudo indica, está sendo vencida. Segundo dados da Cisco, fabricante de equipamentos de telecomunicações, o volume de spam enviado por e-mail em todo o mundo está em queda desde o fim de 2009. Apenas nos últimos três meses, o tráfego desse tipo de mensagem na rede caiu praticamente pela metade. Ainda segundo Faust (2010) os filtros anti-spam, uma aposta antiga de provedores e fabricantes de software, começam finalmente a render frutos. Mas algo começa a mudar também no que diz respeito a uma parcela bem humana de culpa no problema. “Os usuários hoje estão mais treinados a ignorar mensagens de desconhecidos", diz Bruno Rossini, gerente da Symantec, fabricante de software antivírus. Fingir ser uma empresa, um governo ou um xeque árabe que quer dividir uma herança polpuda e selecionar os problemas de todos já não convence tanto. “Ataques convencionais por e-mail são impessoais", diz Peter Cassidy, secretário-geral do Anti-Phishing Working Group, uma ONG sobre crimes na rede. A reputação desse tipo de golpe nas caixas de e-mail está,
  • 34. 34 claramente, em crise. "A conversão dos golpes que chegam por canais onde há relação de confiança entre usuários tende a ser maior", diz José Matias, gerente da McAfee, fabricante de antivírus. Links embutidos em mensagens de Twitter, segundo um estudo da Universidade da Califórnia, em Berkeley, têm probabilidade até 20 vezes maior de ser clicados que os recebidos por e-mail. Ao utilizar o poder viral das redes sociais, as fraudes tomam outra escala. Em um único ataque, no início de novembro, um golpe resultou no roubo de identidade de 150.000 contas de Orkut. Links automáticos enviados por usuários infectados sugeriam, em um bom português, a instalação de uma ferramenta que permitiria assistir TV por assinatura gratuitamente no computador. Muitos tiveram dados bancários roubados. Faust (2010) traz ainda a informação de que um quinto dos usuários da rede social Facebook, segundo um estudo da empresa de segurança BitDefender, está exposto a conteúdo malicioso todos os dias. Outras pesquisas, da concorrente F-Secure, apontaram que 78% dos usuários já consideram o spam um problema do Facebook. “Queremos policiar o site e assegurar que o Facebook não seja visto como um alvo de spammers", disse Sam O'Rourke, conselheiro sênior do Facebook, à época da sentença. A julgar pela sede dos criminosos, essa será uma missão difícil - até mesmo, quem sabe, para um xeque árabe. 2.7 REDES SOCIAIS NAS EMPRESAS Segundo Almeida (2011), as redes sociais como: Twitter, Facebook e Orkut não são apenas para aqueles que querem reencontrar amigos de infância, postar fotos ou bater papo. Há quem diga que essas redes valem ouro e podem ajudar e muito no crescimento das empresas. Segundo Almeida (2011) as Pesquisas realizadas com diversas empresas americanas, comprovam que as propagandas realizadas por empresas em redes sociais, têm gerado mais retorno financeiro, com melhores lucros e reconhecimento. Atualmente é difícil encontrar quem não tenha cadastro em uma rede social, assim as empresas que optam por utilizá-las têm mais oportunidades de divulgação para um público maior. Almeida (2011) ainda menciona que as redes sociais, quando usadas adequadamente trazem benefícios às empresas, pois este tipo de tecnologia pode agilizar os processos de negócio além de melhorar o conhecimento coletivo da empresa, como também ser um diferencial.
  • 35. 35 Para Almeida (2011), é interessante que toda empresa faça bom uso dessas ferramentas, pois elas permitem expansão no mercado, além de facilitar o acesso dos clientes a elas, aceitando ainda opiniões dos usuários, tal como o que pode ser feito para agradá-los, criando assim, um melhor inter-relacionamento. Portanto, usar e abusar da utilização dessas redes é um grande avanço tecnológico para as empresas e, certamente, atrairá mais recursos. Para Afonso (2011), o avanço das redes sociais em atividades como colaboração, troca de informações e fonte de pesquisas esgueirou-se com facilidade no seio das empresas e sua aceitação rápida e estrondosa pegou todos de surpresa. No início, eram consideradas fontes de dispersão, principalmente para funcionários mais jovens. Mas elas ganharam características profissionais e impactaram o mundo corporativo. Os casos de sucesso provam que não é mais possível ignorar as redes sociais. Ainda segundo Afonso (2011) algumas companhias ingressaram nesse mundo com ações direcionadas ao atendimento a clientes via Facebook e Twitter. Não demorou em perceberem que as discussões geradas nessas redes sobre a empresa poderiam ser usadas de forma estratégica, inclusive para a criação de novos serviços e mapeamento mais eficiente do mercado. Afonso (2011) cita que as redes também contradizem a idéia de que um alcance abrangente só era viável para grandes empresas, com altas quantias para investir. A opinião de especialistas é que elas trouxeram outro nível de competitividade, reforçando a crença de que entrar nelas, com planejamento, é uma atividade fundamental atualmente. Para Afonso (2011) Seguindo as tendências das redes sociais, a Bolsa de Mercadorias e Futuros Bovespa (BM&F Bovespa) começou a estudar, em 2009, qual seria a estratégia ideal para tirar proveito delas com a meta de popularizar o mercado de ações, que até alguns anos tinha um público muito restrito. A primeira etapa foi escolher as que tinham mais a ver com a proposta, o que resultou na escolha do Twitter, Facebook, Yahoo Respostas e Orkut. Para Afonso (2011) o Twitter, pela característica de fonte de informações rápidas, passou a ser utilizado para divulgar cursos gratuitos, inscrições, números da bolsa, entre outros. O Yahoo Respostas para responder questões de usuários da rede sobre os temas que dizem respeito à Bovespa. E Orkut e Facebook como comunidades: participantes entram, tiram dúvidas, criticam e dão orientações para nortear a estratégia da Bovespa. Assim, é possível entender que a participação das redes sociais no mundo corporativo é um
  • 36. 36 caminho sem retorno. O uso que se faz delas está em constante discussão e sua abrangência é crescente – iniciou-se com as grandes corporações e rapidamente passou a fazer parte do cotidiano de empresas de todos os portes. Se inicialmente estava restrito ao relacionamento empresa versus consumidor, hoje já passa a fazer pauta das discussões de Marketing, Recursos Humanos e, até mesmo, Jurídico. 2.8 SAIBA COMO AS EMPRESAS USAM AS REDES SOCIAIS PARA RECRUTAR Aspectos negativos nos perfis seriam suficientes para desclassificar um candidato no processo seletivo, mostra pesquisa. Martins (2011) nos traz a informação de que a tendência de recrutar utilizando as redes sociais é forte nos Estados Unidos e, segundo especialistas, o Brasil segue o mesmo passo. “Essa tendência também é uma realidade brasileira”, atesta Fabiano Kawano, gerente da divisão de Engenharia da Robert Half, empresa de recrutamento especializado. Segundo Kawano, os recrutadores acessam as redes profissionais do candidato para identificar de forma mais ágil os cargos e as empresas nas quais ele trabalhou. “Já nas redes focadas em relacionamento não profissional é possível verificar aspectos do perfil pessoal do candidato.” Martins (2011) informa que para Fábia Barros, gerente de projetos da Across, consultoria de desenvolvimento organizacional com foco em gestão de pessoas, as mídias sociais tornaram horizontal a relação entre empresas e profissionais. “A triagem de currículos por meio das redes sociais é cada vez mais comum”, destaca. Ainda segundo o trabalho de Martins (2011), especialistas advertem que há que se tomar cuidado com o que se diz no universo on-line. Pesquisa da Robert Half mostra que para 44% dos recrutadores aspectos negativos nas redes sociais seriam suficientes para desclassificar um candidato no processo de seleção. Estudo da Jobvite, empresa de recrutamento norte-americana, aponta que um em cada três empregadores elimina candidatos com base no que eles publicam nas redes sociais. Ainda dentro do trabalho de Martins (2011) encontramos a informação de que Fábia avisa que os equívocos cometidos no ambiente digital são razões suficientes para que o profissional avalie se o seu perfil está de acordo com a etiqueta social on-line. “O recrutador quer saber como o profissional se comporta e se articula nas redes sociais. Afinal, o universo digital oferece informações a respeito de um possível representante da empresa.” Ainda em depoimento a Martins (2011), para Fábia Barros, da Across, o profissional que opta por não ter perfil no ambiente digital certamente está em desvantagem em relação aos
  • 37. 37 concorrentes. “Não ser encontrado na internet, um dos meios mais utilizados hoje pelas empresas, é uma maneira de o profissional não ter a sua vida vasculhada. Por outro lado, ele não terá nenhuma notoriedade na principal plataforma de networking da atualidade.” Também dentro do estudo de Martins (2011) Fabiano Kawano, da Robert Half, concorda. “A não participação em redes de relacionamento profissional impede o profissional de ser visto em uma ferramenta utilizada por milhões de pessoas no mundo. Consequentemente, ele pode perder oportunidades interessantes por falta de exposição.” 2.9 A IMPORTANTE PESQUISA DA CONSULTORIA AMERICANA JOBVITE Quando a Jobvite (2011) começou essa pesquisa anual, há quatro anos, recrutamento nas redes sociais era uma idéia nova para muitas empresas. Desde então, pesquisa da comScore mostra que o tempo gasto em redes sociais cresceu de um em cada 12 minutos online para 1 em cada 6 minutos. Os empregadores claramente têm buscado encontrar seus talentos nessas redes sociais – a pesquisa de 2011 mostra que 89% dos entrevistados recrutará através de redes sociais neste ano (ante 83% em 2010). À medida que cresce a concorrência por talentos, recrutar nas redes sociais encabeça a lista, por dois anos consecutivos, como a área com maior oportunidade de aumento de investimentos. Não surpreendentemente, planos dos entrevistados para aumentar os gastos nessas fontes de recrutamento estão alinhados com as suas opiniões sobre a qualidade dessas fontes. • 55% irá aumentar seus orçamentos para o recrutamento em redes sociais; • Referências pessoais, contato direto e informações de redes sociais são fontes externas mais confiáveis para definição de candidatos de qualidade; • Apenas 16% vão gastar mais em anúncios; • Um terço dos entrevistados planejam gastar menos em anúncios, recrutamento por terceiros e empresas de seleção. Os dados indicam que algumas áreas, como marketing, cada vez mais utilizam-se apenas de redes sociais para atingir e recrutar seus talentos. • LinkedIn é líder na utilização para recrutamento (87%, ante 78% em 2010); • A utilização de recrutamento por outras grandes redes permaneceu bastante estável
  • 38. 38 com 55% usando Facebook e 47% usando o Twitter; • Agora, a maioria (64%) expandiu seus canais de recrutamento e passa a usar 2 ou mais redes sociais e 40% usa todas as três grandes (LinkedIn, Facebook e Twitter).
  • 39. 39 3. ESTILOS DE GESTÃO Todas as pessoas têm um estilo natural de gestão, da mesma forma que cada situação requer um estilo específico para dar os melhores resultados. Ao assumir uma nova posição, o administrador deve procurar identificar o estilo de gestão mais adequado para aquela situação. Até meados do século XX, o estilo de gestão predominante era o autoritário, baseado nos princípios da Escola de Administração Científica. Esse estilo era adequado às organizações hierarquizadas e, com freqüência, burocratizadas. Segundo Lacombe (2005), a primeira teoria administrativa, em termos cronológicos, foi a chamada escola da administração científica, que se iniciou com o engenheiro norte- americano Frederick Winslow Taylor, cuja ênfase é a divisão do trabalho em tarefas elementares e praticamente indivisíveis e a especialização das pessoas na execução dessas tarefas, visando a obter ganhos de produtividade. Henry Gantt, Franck e Lílian Gilbreth, Henry Ford e vários outros seguiram a mesma linha de Taylor, baseavam-se no princípio de que os operários, sendo pouco instruídos, deveriam fazer sempre a mesma coisa, de modo a viabilizar seu treinamento na execução de tarefas simples, conseguindo, assim, produzir melhor e mais depressa. Para Lacombe (2005) o taylorismo implica uma alta desumanização do trabalho. Sua lógica é a do apressamento e sua implantação implica um considerável aumento do aspecto rotineiro e monótono do trabalho. Ainda segundo Lacombe (2005) Henry Ford deu varias contribuições fundamentais nessa ocasião: a produção em massa, os meios para intercambiar as peças e a linha de montagem. A linha de montagem é um processo de produção em que os componentes do produto a ser fabricado são transportados por meio mecânicos, em geral correias transportadoras, para locais em que ficam os operários incumbidos de montar cada componente ou conjunto de componentes no produto que está sendo produzido. Essas foram as inovações na fabricação que tornaram possível a linha de montagem. Lacombe (2005) informa ainda que a fábrica de Highland Park da Ford Motor Company era considerada, no inicio do século XX, um exemplo típico de divisão do trabalho em bases tecnológicas. Henry Ford era tido na conta de um patrão humano; pagava bons salários aos trabalhadores; cinco dólares por dia, o equivalente a 120 dólares por dia na virada do milênio, e incluiu um plano de participação nos lucros.
  • 40. 40 Essa Escola atendia às necessidades do final do século XIX e inicio do XX nos países desenvolvidos, uma vez que a indústria se expandia rapidamente, empregando pessoal com baixo nível de qualificação, sendo a maioria oriunda da zona rural. Além disso, essa Escola pressupunha que os objetivos das organizações e os dos empregados poderiam coincidir: o máximo de dinheiro para todos. A maior motivação dos empregados seria o ganho material. A solução consistia em montar um conjunto de incentivos financeiros para aumentar a produção. 3.1 OS EXPERIMENTOS EM HAWTHORNE Segundo Lacombe (2005), os estudos iniciados em 1924, em Hawthorne, pela Western Electric Company, e terminados no final da década de 1930, sob a supervisão de Elton Mayo, mostraram que, além da remuneração e das condições de trabalho, algo mais importante influenciava a produtividade. Os pesquisadores concluíram, após estudos e entrevistas com o pessoal da produção, que o que realmente motivava os empregados era a atenção que lhes era dada pelos experimentadores e pela alta administração da empresa, bem como a identificação dos empregados com os administradores e a empresa. A partir daí começou a tomar vulto a preocupação com as formas de motivar os empregados e com as relações entre as pessoas. 3.2 CONDUZINDO A EQUIPE - AS TEORIAS X E Y DO MC GREGOR McGregor (1992) no estudo feito sobre as formas mais adequadas de administrar e de conduzir os subordinados para alcançar melhores resultados, identificou dois estilos de gestão a que chamou de teoria X e teoria Y. A teoria X, segundo McGregor (1992), é praticada pelos administradores que não acreditam nas pessoas e impõem forte dependência dos subordinados em relação às chefias. Ela pressupõe que o ser humano tem aversão ao trabalho e, portanto, a maioria das pessoas precisa ser coagida, controlada, dirigida, ameaçada de punição e premiada materialmente para se esforçar e produzir de forma eficiente e eficaz. A teoria Y tem uma visão oposta: pressupõe que o ser humano aceita responsabilidades e pode considerar o trabalho da mesma forma que um jogo. Para produzirem de forma eficiente e eficaz, as pessoas devem ser motivadas em função de suas necessidades
  • 41. 41 específicas, que podem incluir o relacionamento no trabalho, a perspectiva de valorização profissional e pessoal e o desafio de um projeto interessante. Segundo McGregor (1992), a teoria X poderia ser válida no início do século XX, mas as mudanças no ambiente tornaram-na anacrônica e é necessário procurar, na medida do possível, fazer que os administradores passem a praticar a teoria Y. Podemos, assim, resumir as pressuposições da teoria X – “o trabalho é em si mesmo desagradável para a maioria das pessoas”: • O ser humano tem aversão ao trabalho e o evita sempre que possível; • Em razão dessa característica humana, a maioria das pessoas precisa ser coagida, controlada, dirigida e ameaçada de punição ou premiada para se esforçar e produzir; • O ser humano, de modo geral, prefere ser dirigido, quer evitar responsabilidades, tem pouca ambição e quer segurança acima de tudo; As pressuposições da teoria Y podem ser assim resumidas – “o trabalho é tão natural como o lazer, se as condições forem favoráveis”: • O dispêndio de esforço físico e mental no trabalho é tão natural como em um jogo ou em descanso; • O controle externo e a ameaça de punição não são os únicos meios de estimular o trabalho em vista dos objetivos organizacionais. • O homem está sempre disposto a se autodirigir e a se autocontrolar a serviço de objetivos com os quais se compromete; • O compromisso com objetivos depende das recompensas associadas a sua consecução; • O ser humano aprende, sob condições adequadas, a aceitar responsabilidades e a procurá-las; • A capacidade de usar alto grau de imaginação e criatividade na solução de problemas da empresa é mais amplamente distribuída na população do que geralmente se pensa. Nas condições atuais da vida moderna, as potencialidades intelectuais do ser humano são apenas parcialmente usadas.
  • 42. 42 Os estudos de McGregor (1992) foram importantes pelo pioneirismo e pela criação das teorias X e Y. Ele defendia a idéia de que a teoria Y era a correta dentro da realidade norte- americana das décadas de 1950 e 1960. Estudos subseqüentes mostram que, embora McGregor (1992) estivesse certo na maioria dos casos, havia situações de exceção em que a aplicação da teoria X proporcionava resultados melhores do que a teoria Y. É preciso salientar que ocorre, com muita freqüência, o fenômeno da profecia auto-realizável: as pessoas tendem a se comportar de acordo com o que se espera delas. Assim, na maioria dos casos, a teoria Y proporciona um comportamento mais saudável e mais propício para a obtenção dos resultados desejados. Segundo McGregor (1992) nossas crenças e expectativas sobre as atitudes das pessoas influenciam seu comportamento, atuando como profecias auto-realizadoras, uma teoria segundo a qual certas previsões acabam se realizando porque as pessoas acreditam nelas, agindo e investindo recursos para sua concretização, de modo a aumentar a probabilidade de que elas se realizem. Ainda segundo McGregor (1992) a forma como os administradores tratam seus subordinados é influenciada pelo que estes esperam deles. As expectativas têm influências profundas no comportamento. Expectativas de desempenho muito alto podem aumentá-lo de fato, ao passo que expectativas de baixo desempenho tendem a diminuí-lo. Além disso, nosso exemplo tende a produzir-nos outros o tipo de comportamento que eles observam em nós. Para o problema ora em estudo é muito importante observar que, também na utilização de redes sociais, os líderes tendem a ver mais positivamente indivíduos que reflitam comportamentos e pensamentos alinhados com os seus próprios e priorizar tais perfis nas contratações. Se por um lado isso tende a tornar mais simples a convivência no dia-a-dia de um futuro contratado e seu líder, por outro, a ausência (ou reduzida presença) de pontos de vista conflitantes pode levar a uma estagnação do conhecimento e, consequentemente, à não criação de valor para a organização no longo prazo. Aqui também evidenciamos, conforme nossa hipótese, que a presença de profissionais habilitados de Recursos Humanos contribui para a geração de valor no longo prazo para a organização, apoiando os líderes nas contratações e permitindo espaços multiculturais e colaborativos.
  • 43. 43 3.3 A IMPORTÂNCIA DO LÍDER Segundo Lacombe (2005), a versão tradicional de liderança superestima a importância da contribuição do líder. Essa versão supõe que a liderança é originária das qualidades pessoais do líder. Há várias interpretações do que é liderança, mas cada uma continuando como uma explicação incompleta e inadequada - e a maioria discordando entre si. São mais de 130 definições de liderança e mais de cinco mil estudos sobre suas características, o que torna praticamente impossível escolher apenas uma como sendo a mais correta. O que não se pode descartar é a influência das circunstâncias e dos próprios liderados. Para Lacombe (2005 p.224): A importância de uma boa liderança não pode ser subestimada. Uma empresa descapitalizada pode tomar dinheiro emprestado, uma em má localização pode ser mudada, assim como o produto ou o processo produtivo. Uma empresa que tenha falta de liderança tem pouca chance de sobreviver. Lembremos, porém que lideres são pessoas humanas com qualidades e defeitos: alguns são neuróticos, outros equilibrados. Líder é muito mais necessário nas situações instáveis. Ele é necessário para mudar. Líderes são agentes de mudança e devem ser capazes de inspirar coragem a seus seguidores. 3.4 TIPOS DE PODER DE LÍDER Segundo Lacombe (2005) os líderes influenciam as pessoas por meio de que dispõem. Para o autor pode-se definir poder de duas maneiras: como Max Weber, segundo o qual poder é a capacidade de controlar indivíduos, eventos ou recursos, fazendo que aconteça aquilo que a pessoa quer, a despeito de obstáculos ou posições, ou como sendo a capacidade para influenciar decisões, pessoas e o uso de recursos. Para Lacombe (2005) é possível distinguir três tipos de poder: • O poder legítimo é o conferido pela posição ocupada na organização. Inclui, quase sempre, dois poderes que o complementam: o poder de recompensa e o coercitivo ou de punição, instrumentos para o exercício do poder legitimo. • O poder referente é a influência exercida pelo líder em virtude da afeição e do respeito que as pessoas têm por ele, em função de suas qualidades como seu caráter, a força de sua personalidade, sua coragem, sua capacidade de agir e sua
  • 44. 44 ousadia. O funcionamento básico do poder referente é o exemplo. Os lideres carismáticos têm esse tipo de poder no mais alto grau. O líder deve ser um modelo exemplar para seus seguidores e não deve exigir o que não esteja disposto ele mesmo a fazer. • O poder do saber é baseado nos conhecimentos que a pessoa tem. Inclui os conhecimentos técnicos, a experiência e o poder da informação. Algumas pessoas não cedem informações para reter esse tipo de poder. Segundo Lacombe (2005 p.227) apesar de a estrutura formal conceder poder legitimo igual a todas as pessoas de um mesmo nível, além do mesmo acesso ao uso das recompensas e punições, a forma como as pessoas os utilizam varia bastante. Por exemplo, um administrador pode usar seu poder de forma criativa e marcante, maximizando sua influência na estrutura. Outro, entretanto, pode subaproveitar os recursos disponíveis. Tanto a forma de utilização do poder formal influencia seu poder referente, que o poder legítimo, se desacompanhado do poder referente e do poder do saber, pode ocasionar um desempenho apático. Assim, como já dizia o ditado popular: poder não se pode delegar. Para Lacombe (2005) fazer um bom trabalho não é suficiente para se obter poder. É preciso também ser notado: ter visibilidade. Não basta botar o ovo, é preciso cacarejar. Ficar o tempo todo no palco é exaustivo, mas não se pode ficar completamente fora dele. Também segundo Lacombe (2005) podemos, tentativamente, dizer que, do ponto de vista da administração, liderar é conduzir um grupo de pessoas, influenciando seus comportamentos e ações, para atingir objetivos e metas de interesse comum desse grupo, de acordo com uma visão do futuro baseada num conjunto coerente de idéias e princípios. Lacombe (2005) cita ainda que o líder empresarial deve ser capaz de alcançar os resultados por meio dos liderados e, para isso, conforme o tipo de liderado e a ocasião, age de diferentes maneiras: ele ordena, comanda, motiva, persuade, dá exemplos pessoais, compartilha os problemas e ações ou delega e cobra resultados, alterando a forma de agir de acordo com a necessidade de cada momento e com o tipo de liderado, visando a alcançar os objetivos da empresa. Vemos aqui que o líder deve estar sempre atento aos diversos tipos de poder que exerce para usá-los adequadamente a cada momento e com cada tipo de audiência. Isso se reflete, também, nos processos de contratação onde o líder deve estar atento para, por exemplo, não ser coercitivo numa entrevista – isso intimida o candidato e o líder não vai
  • 45. 45 obter dele as respostas mais espontâneas, ou seja, não vai enxergar o verdadeiro perfil do candidato. Numa situação dessa, as redes sociais podem servir como excelente ponto de referência para confirmar as perspectivas obtidas, uma vez que nelas o candidato deve transparecer suas características de forma mais natural. 3.5 O QUE FAZ O LÍDER Segundo Lacombe (2005) é verdade que os lideres defendem valores que representam a vontade coletiva; do contrario não seriam capazes de mobilizar os liderados à ação. No entanto, não fazem apenas isso. A variedade dos tipos de liderança torna difícil estabelecer com precisão o que faz um líder. Um líder não é um gerente no sentido formal, mas alguém que é considerado o principal responsável pela realização dos objetivos do grupo. Há quatro responsabilidades básicas dos líderes, ainda segundo Lacombe (2005): • O líder deve ter desenvolvido uma imagem mental de um estado futuro possível e desejável da organização. Um líder bem-sucedido é o que vê outro quadro ainda não atualizado, que vê hoje coisas que ainda não estão lá, mas estão no futuro. • O líder deve comunicar a nova visão. A organização precisa ser mobilizada para aceitar a nova visão e fazê-la acontecer. • O líder precisa criar confiança por meio de posicionamento. O líder deve mostrar coerência, energia, honestidade e coragem. • Líderes são aprendizes perpétuos. A aprendizagem é o combustível essencial para o líder. O aprendizado constante é a fonte de energia que mantém a liderança acesa, que faz surgir o entendimento, novas idéias e desafios. Além de si próprio, o líder estimula também os seguidores a aprenderem. O líder, a partir dessa visão do estado futuro da organização, deve preparar-se para engajar os profissionais adequados para que esse futuro possa ser atingido. A busca dos profissionais adequados passa, segundo nossa hipótese, pelo uso de redes sociais no processo de seleção.
  • 46. 46 3.6 DIFERENÇA ENTRE O LÍDER E O ADMINISTRADOR Segundo Lacombe (2005) administrar é saber lidar com a complexidade. Suas práticas e procedimentos são a resposta para a emergência das grandes organizações dos séculos XX e XXI. Sem boa administração, as empresas tornam-se caóticas e ficam ameaçadas em sua própria existência. Uma cultura administrativa dá ênfase à racionalidade e ao controle. Para Lacombe (2005 p. 232): Liderar é saber lidar com a mudança. O aumento de suas importâncias deriva da velocidade das mudanças no passado recente: mudanças tecnológicas, aumento da competitividade, desregulamentação, globalização, envelhecimento da população e outras. Líderes são agentes de mudança, desafiam o estabelecido - isso não se faz sem risco. Os lideres trabalham a partir de uma posição de alto risco. Conduzir uma organização durante um período de mudança pode ser perigoso e tem sido a ruína de muitos lideres. Nesse perfil atual de mudanças, cada vez mais velozes, fica evidenciado o papel do líder e a necessidade deste de contestar o status quo, inclusive quanto às características de seus colaboradores – nesse processo, um líder preparado e atualizado em relação às ferramentas de gestão, e de seleção, conforme nossa hipótese, deve obter maior eficácia em sua gestão. 3.7 AS CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER Segundo Lacombe (2005 p.211 a 216) líderes tem, em comum, as seguintes características: • Confiança em si uma característica comum aos lideres é a confiança que têm em sí. Nenhum líder ou candidato a tal inspira mais confiança em seus liderados ou seguidores potenciais do que a que ele mesmo deposita em si e o demonstra. • Crença no que faz outra característica comum é acreditar com paixão no que prega e faz. Ninguém pode seguir alguém que não acredite no que está fazendo.
  • 47. 47 O líder encoraja os seguidores e mostra às pessoas que elas podem vencer. O encorajamento é a maneira dos líderes se relacionarem. Os líderes atraem os seguidores por sua fé na capacidade das pessoas para se adaptar, crescer e aprender. • Visão clara de onde quer chegar uma característica fundamental é a visão clara de onde quer chegar e a capacidade de comunicá-la. A criação e a transmissão da visão para os seguidores são qualidades indispensáveis ao líder. A criação da visão não deve ser exclusiva do líder, mas compartilhada com os seguidores. • Capacidade de comunicação o bom líder conhece seus seguidores, seus valores, costumes, necessidades e desejos e fala uma linguagem que eles entendem. Enriquece sua comunicação com exemplos concretos, histórias, símbolos, metáforas e parábolas para tornar claras suas visões abstratas. Outro aspecto importante na comunicação do bom líder é que ele sabe ouvir. As pessoas ouvem com mais atenção àqueles que as ouvem. • Expectativas elevadas e reconhecimento do mérito “Os líderes bem-sucedidos têm níveis elevados de expectativas para si e para seus seguidores. Essas expectativas constituem as molduras nas quais as pessoas enquadram a realidade e são a base das profecias auto-realizadoras”. • Ver o conjunto o líder deve visualizar o sistema com o um todo. Tomar decisões e ter calma na hora da crise; Verificar o cumprimento das ordens; Avaliar as pessoas e fazer que as pessoas certas ocupem os lugares certos nos momentos certos; Compreender que a diversidade das pessoas traz forças para a equipe. • Valorizar as pessoas