3. ABSOLUTISMO
• Regime político monárquico baseado na
centralização do poder, na burocracia, na
tributação e na unificação territorial.
• Todos os elementos acima estavam
permeados pelo princípio de nação.
3
4. ESTADOS NACIONAIS
• Formaram-se entre os séculos XVI e XVII
• Ampliação de comunidades locais para
Estados nacionais modernos
• Imposição do poder real e nacional, superando
os poderes locais e o poder supranacional da
Igreja Católica
• O principal elemento de união era a língua
• A invenção da imprensa contribuiu para a
difusão de valores nacionais 4
5. ACÚMULO DE PODER
• Pacto social e político
• Arrecadação de tributos
• Emissão de moeda única
• Formação de um exército permanente
• Expansão territorial
• Organização político-administrativa e judiciária
5
6. FATORES DO ABSOLUTISMO
• Fator interno: fortalecimento do poder real, por
meio da neutralização da burguesia e da
nobreza
• Fator intelectual - correntes de pensamento:
– Jacques Bossuet (França)
– Thomas Hobbes (Inglaterra)
– Nicolau Maquiavel (Florença)
6
7. O ESTADO, por Luciano Gruppi
• O Estado é então a expressão da dominação
de uma classe, é a necessidade de
regulamentar juridicamente a luta de classes,
de manter determinados equilíbrios entre as
classes em conformidade com a correlação de
força existente, a fim de que a luta de classes
não se torne dilacerante. O Estado é a
expressão da dominação de uma classe, mas
também um momento de equilíbrio jurídico e
político, um momento de mediação. 7
8. O SOBERANO
• Ausência de controle externo
• Árbitro supremo
• Papel da burguesia: apoio financeiro em troca
de proteção do mercado
• Papel da nobreza: apoio político em troca de
cargos
• O exercício do poder não era partilhado: o
Estado era o Rei
8
9. PORTUGAL
• Início: dinastia de Avis (século XIV)
• Consolidação do poder com João V: século
XVIII
• Exploração de minérios no Brasil
• Centralização política
• Expansão marítima
9
10. ESPANHA
• Consolidação do poder: século XVI, após os
reis católicos
• Século XVIII: fortalecimento do poder após a
Guerra da Sucessão (1701-1715)
• Dinastia Bourbon assumiu o poder na Espanha
• Os reis Filipe V e Fernando VI foram as
principais expressões do absolutismo
10
11. INGLATERRA
• Guerra das Duas Rosas (1455-1485)
• Henrique VIII (Dinastia Tudor): século XVI
• Ruptura com o catolicismo romano
• Criação da Igreja Anglicana
• Elizabeth I (filha de Henrique VIII) consolidou o
anglicanismo e o mercantilismo, e derrotou a
Invencível Armada espanhola, dando início à
supremacia inglesa
11
14. FRANÇA
• Reis Carlos VIII, Luís XII e Francisco I
• Destaque para Luís XIV, o Rei-Sol (1643-1715)
• Luís XIV: “O Estado sou eu”
• Direito divino dos reis
• Forte influência do Cardeal Mazzarino
• Reestruturação da arrecadação de impostos
• Reorganização do exército francês
• Cargos ocupados pela nobreza
• Luís XIV impôs na Espanha a dinastia dos 14
Bourbons
16. TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO
• Origem contratualista
– Individualismo e racionalismo
– Função do monarca: realização do bem comum
– Pacto/contrato social
• Nicolau Maquiavel (1513) escreveu O Príncipe
– Os fins justificam os meios
• Thomas Hobbes (1654) escreveu O Leviatã
– O homem é o lobo do homem
16
18. TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO
• Origem divina
• Mentalidade católico-feudal
• Autoridade delegada por Deus na Terra
• Monarquia por direito divino
• Jean Bodin (1576) escreveu Sobre a República
– Desnecessidade da investidura do papa
• Jacques Bossuet (1679) escreveu A política
inspirada na Sagrada Escritura
– A Bíblia justifica o poder absoluto do rei 18
20. MERCANTILISMO
• Política econômica do Absolutismo
• Intervenção estatal na economia entre os
séculos XV e XVIII
• Simultaneidade com práticas econômicas
feudais
• Objetivo: política de unificação para
garantir a unidade nacional
20
21. CARACTERÍSTICAS DO
MERCANTILISMO
• Controle estatal da economia (comércio e
indústria)
• Metalismo: entesouramento de metais
preciosos
• Balança comercial favorável: superávit
• Protecionismo alfandegário
• Pacto colonial: exclusivo comercial
• Navegação
21
22. INGLATERRA
• Mercantilismo inglês: Comercialismo
• 1651: Atos de Navegação para proteger a
economia inglesa
• Acirramento da política colonial na América
• Proibição do embarque de mercadorias
americanas em navios holandeses
• Todo o comércio com a Inglaterra deveria ser
feito em navios ingleses
• Hegemonia inglesa na Europa e no Atlântico 22
23. FRANÇA
• Mercantilismo francês: Industrialismo ou
Colbertismo
• Conselheiro das Finanças: Jean-Baptiste
Colbert
• Planejamento econômico com controle direto
do comércio e da manufatura
• Estímulo às manufaturas de luxo
• Expansão colonial (África e América)
23
24. PORTUGAL / ESPANHA
• Mercantilismo ibérico: Bulionismo (do inglês
bulion = ouro em lingote)
• Tipo de mercantilismo que quantifica a riqueza
através da quantidade de metais preciosos
acumulados
• Defesa da balança comercial favorável por
meio do monopólio
24
25. CRISE DO MERCANTILISMO
• Após 1720, novo crescimento da economia
europeia
• Questionamentos da burguesia sobre o
excessivo controle estatal
• Manutenção do mercantilismo na Rússia,
Prússia, Suécia, Países Ibéricos, Áustria,
Estados italianos e alemães
• Difusão dos ideais liberais (Adam Smith)
25
27. REFORMA PROTESTANTE
• Complexo conjunto de fatos que durou a maior
parte do século XVI com a consequente perda
de fieis da Igreja Católica
• Questionamentos surgidos dentro da Igreja
quanto às suas estruturas eclesiástica e
doutrinária
27
28. PRIMEIROS REFORMADORES
• John Wyclif, Universidade de Oxford (séc. XIV)
– Redução da importância do clero e simplificação da
missa
– Busca da pureza e pobreza inicial do Cristianismo
– Defendia a tradução da Bíblia para o inglês
– Resultado: excomungado
• Jan Huss, Universidade de Praga (séc. XV)
– Crítica aos excessos do clero e da hierarquia da
Igreja
– Missa na língua do país
– Resultado: morte na fogueira 28
29. FATORES RELIGIOSOS DA REFORMA
• Enfraquecimento do poder papal provocados
por conflitos entre papas e monarcas
• Excessiva ostentação e luxo em que viviam os
sacerdotes
• Venda de cargos eclesiásticos, de relíquias
falsas e de indulgências
• Vida desregrada dos sacerdotes católicos
• Conflito entre o Agostinianismo (predestinação)
e o Tomismo (livre arbítrio)
29
30. FATORES ECONÔMICOS DA REFORMA
• Condenação da usura e do lucro: insatisfação
da burguesia
• Desejo de monarcas de se apoderarem das
terras e riquezas da Igreja
• Insatisfação dos monarcas quanto aos
impostos cobrados pela Igreja: vintém de
Pedro
• Evasão de divisas em direção à Itália
30
31. FATORES POLÍTICOS DA REFORMA
• O surgimento do espírito de nação
• Insatisfação em relação à interferência
estrangeira
• Surgimento de governos autoritários que
desejavam controlar a religião
31
32. ALEMANHA
• Século XVI
• A Alemanha não era um Estado unificado
• Diversos principados no território do Sacro
Império Romano-Germânico
• Fragmentação política: favorável ao poder da
Igreja (ser cristão superava o ser alemão)
• Economia feudal com uma Igreja rica (terras)
• Existência de feudos eclesiásticos
32
33. ALEMANHA
• Martinho Lutero, monge agostiniano
• Venda de indulgências autorizada pelo papa Leão X
para construção da Basílica de São Pedro
• Lutero afixou nas portas da Catedral de Wittemberg
as 95 Teses:
– Salvação pela fé
– Dois sacramentos: batismo e eucaristia
– A Bíblia é a única fonte da fé
– Missas/cultos simples
– Rejeição da hierarquia e do celibato do clero
33
34. ALEMANHA
• 1520: o papa Leão X excomungou Lutero, que
queimou a bula de excomunhão publicamente
• O imperador Carlos V convocou a Dieta de
Worms para que Lutero se desculpasse
• Lutero refugiou-se no castelo do Duque da
Saxônia, onde traduziu a Bíblia para o alemão
• 1524: revolta de camponeses. Lutero apóia os
nobres e príncipes
• 1529: Assembleia de Spira: protestos de Lutero
34
35. ALEMANHA
• 1530: Filipe Melanchton redigiu a Confissão de
Augsburgo: princípio do luteranismo
• 1531: Liga de Smaldake – príncipes
protestantes lutaram contra Carlos V
• 1555: Paz de Augsburgo – triunfo do
luteranismo
– Cada príncipe decidirá a sua religião e a do seu
povo
35
36. SUÍÇA
• Ulrico Zwinglio (início do século XVI)
– Justificação pela fé
– Rejeição ao celibato clerical
– Combate à veneração de imagens
– Negação do valor das relíquias
– Negação do poder do papa
– Sucesso no norte do país; o sul permaneceu
católico
• Guerra religiosa: morte de Zwinglio
36
37. CALVINO
• João Calvino, Universidade de Paris
• Iniciou sua pregação na França, mas fugiu para a
Suíça
• Redigiu a Instituição da Religião Cristã
– A salvação não depende da fé; o homem nasce
predestinado
– A Bíblia é a única fonte de fé
– Proibição da veneração de santos e imagens
– Combate ao celibato clerical e à autoridade do papa
– Dois sacramentos: batismo e eucaristia
– Justificação da usura 37
38. CALVINO
• A burguesia aceitou prontamente o calvinismo
• Valorização do trabalho e da riqueza
– “O trabalhador é o que mais se assemelha a Deus. Um
homem que não quer trabalhar não deve comer. O pobre é
suspeito de preguiça, o que constitui uma injúria a Deus”
• Calvino assumiu o governo de Genebra: triunfo do
calvinismo
• Proibição de jogos, danças, festas, Natal, Páscoa,
enfeites, nomes não bíblicos
• Chamados de huguenotes (França), puritanos
(Inglaterra) e presbíteros (Escócia) 38
39. DIFERENÇAS
LUTERANISMO CALVINISMO
• Favorável à nobreza • Favorável à burguesia
• Igreja subordinada ao • Igreja independente
Estado
• Livre interpretação da • Dogmatismo religioso
Bíblia
• Justificação pela fé • Predestinação
39
40. ANGLICANISMO
• Fatores da reforma na Inglaterra:
– ideias de Wyclif
– nacionalismo inglês
– evasão de riquezas inglesas
– necessidade dos reis ingleses de se livrarem do
poder da Igreja
40
41. ANGLICANISMO
• Afirmação do poder real
• Causa imediata: rompimento entre Henrique
VIII e o papa Clemente VII
• O rei inglês queria a anulação do seu
casamento com Catarina de Aragão
• Henrique VIII foi excomungado
• 1534: Ato de Supremacia. O rei é reconhecido
como o único chefe da Igreja na Inglaterra
• Não foi uma reforma radical: rituais católicos41
42. ANGLICANISMO
• Após a morte de Henrique VIII, Eduardo VI
expandiu o anglicanismo
• Maria Tudor tentou restaurar o catolicismo
• Elizabeth I consolidou o anglicanismo: Lei dos
39 Artigos (1562)
• O anglicanismo se tornou uma mistura de
doutrina calvinista e rituais católicos
42
43. REFORMA CATÓLICA
• Também chamada de Contrarreforma
• Combate ao protestantismo
• Manutenção dos dogmas, do celibato e da
corrupção na Igreja
• 1534: Companhia de Jesus (Inácio de Loiola)
– Igreja militante
– Tarefa de educação
– Reafirmação dos dogmas católicos
– Catequese dos índios da América do Sul 43
44. REFORMA CATÓLICA
• Também chamada de Contra Reforma
• Combate ao protestantismo
• Manutenção dos dogmas, do celibato e da
corrupção na Igreja
• 1534: Companhia de Jesus (Inácio de Loiola)
• 1540: Concílio de Trento
– Tribunais da Santa Inquisição
– Index Librorum Prohibitorum
44
45. REFORMA CATÓLICA NA ESPANHA
• Os reis católicos Fernando e Isabel fizeram a
reforma na Igreja
• Dependência da Igreja em relação ao Estado
• Participação do Cardeal Francisco Ximenez de
Cisneros
• Organização do Seminário de Granada
45
46. CONCÍLIO DE TRENTO (1545-1563)
• Condenação da doutrina da justificação pela fé
• Proibição da intervenção dos príncipes nos
assuntos da Igreja
• Manutenção dos sete sacramentos, celibato
clerical, indissolubilidade do matrimonio,
veneração aos santos e venda de relíquias
• Organização da formação intelectual dos
sacerdotes nos seminários
• Eucaristia: transubstanciação 46
48. O nascimento de Adão – Afresco do teto da Capela Sistina (Vaticano)
Fonte: http://www.vatican.va/various/cappelle/sistina_vr/index.html 48
49. RENASCIMENTO CULTURAL
• Conceito:
– Renovação cultural na sociedade europeia (séculos
XV e XVI) em consequência do desenvolvimento
econômico.
– Iniciou-se nas cidades italianas e se difundiu por
outras partes da Europa.
– Época em que se menosprezou o período medieval
e se exaltou a Antiguidade.
– Foi o aproveitamento das concepções clássicas no
novo mundo mercantil e urbano da Idade Moderna.
49
50. RENASCIMENTO CULTURAL
• Conceito:
– Valorização do novo em oposição à tradição
– Observação metódica da natureza acompanhada
de experimentação
– Valorização das ciências
– Cultura urbana estimulada pela burguesia
(mecenato)
50
51. HUMANISMO
• Elemento central do Renascimento
• Entusiasmo pelas obras clássicas
• Valorização do homem em oposição ao divino
• Inspiração na tradição da Antiguidade clássica
greco-romana
• Uso da razão frente à revelação
• Criticismo
51
52. HUMANISTAS
• Petrarca: aficcionado pelos manuscritos
latinos. Escreveu as Epístolas.
• Boccaccio: escreveu o Decamerão sobre
costumes e tipos populares.
• Dante Alighieri: escreveu a Divina Comédia,
obra com elementos medievais, mas
prenunciando valores renascentistas
52
53. LITERATURA
• Erasmo de Roterdã: escreveu o Elogio da
loucura, uma crítica ao fanatismo, às
superstições e ao abuso do clero.
• Thomas Morus: escreveu Utopia, uma ficção
sobre uma organização sociopolítica ideal.
• Tomás Campanella: escreveu A cidade do
Sol, um combate à filosofia medieval
escolástica.
• Nicolau Maquiavel: escreveu O Príncipe, uma
53
análise dos fundamentos do Estado moderno.
54. RENASCIMENTO ITALIANO
• Desde o século XII: renascimento comercial e
urbano
• Crescimento econômico em função do
monopólio comercial do Mediterrâneo
• A prosperidade econômica e o capital
acumulado permitiu os investimentos nas
atividades culturais
• A Igreja Católica se transformou em mecenas
da arte renascentista
54
63. LEONARDO DA VINCI, pintor, arquiteto,
inventor, engenheiro (1452-1519)
Mona Lisa, Museu
do Louvre, Paris,
França
63
64. RAFAEL SÂNZIO, arquiteto e pintor
(1483-1520)
A Escola de Atenas,
Stanza della
Segnatura, Vaticano
64
65. JAN VAN EYCK, pintor (1390-1441)
O Casal Arnolfini, National
Gallery, Londres
65
66. ALBRECHT DÜRER, pintor e
matemático (1471-1528)
Lebre jovem, aquarela e
guache em papel, Galeria
Albertina, Viena, Áutria
66
67. FRANÇA
• Mecenas: Henrique II (1547-1578) incentivou a
produção renascentista
• Artistas:
– Escritores: Rabelais e Montaigne
– Arquitetos: Pierre Lacost e Philibert Delorme
– Escultores: Colombe, Germain Pilon e Jean Goujon
67
68. INGLATERRA
• Mecenas: Dinastia dos Tudor
• Destaque para Shakespeare (Romeu e Julieta,
Hamlet, Macbeth, Otelo e Ricardo III
68
69. PENÍNSULA IBÉRICA
• Autoafirmação do sentimento nacional
• Destaque para:
• Miguel de Cervantes: escreveu Dom Quixote
de la Mancha
• Francisco Quevedo: escreveu Política de
Deus
• Luis de Camões: escreveu Os lusíadas
• Gil Vicente: escreveu Barca do Inferno
69
70. DIEGO VELÁSQUEZ, pintor
(1599-1660)
O enterro do Conde Orgaz,
Igreja de São Tomé, Toledo,
Espanha
70