SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
Mulheres com pescoço de girafa
ESCOLA PADRE JOSÉ ROTA
DISCIPLINA: Geografia
PROFESSORA : Maria João Valério
MULHERES GIRAFAS DA THAILANDIA
 Mulheres-girafa é o apelido que se dá às mulheres de
uma região da Tailândia, que usam uma espiral de
cobre em volta do pescoço. Esse costume faz o
pescoço delas parecer incrivelmente longo, como se
fosse um pescoção de girafa. Elas pertencem à tribo
dos Karen Padaung, uma das tribos que, há 60 anos,
fugiram da brutalidade do regime militar na vizinha
Myanmar (Birmânia), procurando refúgio nas
montanhas do noroeste tailandês.
Elas têm algumas outras características distintas que não
somente o pescoço; usam aros nos pulsos e tornozelos,
afinando esses membros também. Baixinhas, geralmente, têm
apenas alguns dentes e os exibem em gengivas
avermelhadas pelo bétele - planta cujas folhas são mascadas.
Só no pescoço, elas chegam a carregar mais de 10 quilos de
aros e junto com os anéis dos braços e tornozelos, o peso
pode superar os 20 quilos.
Tradição
 A tradição do pescoço comprido começa quando as meninas ainda
pequenas, por volta dos cinco anos, ganham o primeiro aro para
ornamentar o pescoço. Depois, à medida que vão crescendo,
ganham outro e mais outro até o pescoço ficar com aparência
comprida. Dizem até que elas os utilizam para sempre, porque se
resolverem tirar o pescoço desaba e elas morrem, mas isso é
conversa fiada.
 Pois, na eventualidade de tirarem os anéis, obviamente não
morrem, apenas abandonam o seu ganha-pão, retomando a sua
liberdade de movimentos.
 Os aros metálicos em torno do pescoço delas apenas o
distorcem, sem encompridá-lo como muitos imaginam. A
explicação é que os anéis exercem pressão nos músculos
trapézios e estes se ocultam por baixo da clavícula. Além disso,
as vértebras do pescoço, devido à pressão constante,
assumem ângulos de 45º, o que resulta num alongamento
apenas aparente do pescoço.
A primeira mulher com pescoço grande
 A mulher que já teve o pescoço mais comprido foi Karen Nighten,
que viveu entre 1889-1969 nessa região. Ela teria sido a mulher-
girafa pioneira, pois dizia-se na época que a mulher que tem
pescoço comprido, fica mais bonita. O pescoço de Karen media
aparentemente 51 centímetros.
Origem
 Já se conhece as mulheres girafas na África, mas a origem desse
costume na Ásia tem algumas interpretações lendárias.
 Segundo o folclore de suas tribos, eles chegaram a Myanmar
(antiga Burma ou Birmânia) por volta de 2.000 anos emigrando do
deserto de Gobi, actual Mongólia.
 Existem algumas versões explicando o porquê deste hábito milenar
utilizado por este povo.
 O colar teria sido uma punição para as mulheres adúlteras de
antigamente;
 Uma protecção para as camponesas contra os tigres que as
atacavam na garganta enquanto trabalhavam nos campos;
 Os homens teriam feito isso com suas mulheres para torná-las
feias, evitando que fossem raptadas (costumes da época) ou
ornamentava-as dessa maneira;
 O colar espantaria os nats – forças sobrenaturais onde os
birmaneses animistas – (aqueles que cultuam a natureza).
 constroem altares debaixo das árvores grandes. Dizem que os nats
bons enviam boas vibrações do céu e os maus interferem nos
assuntos terrenos;
 Outra explicação dada pelos padaungs, é que o centro da alma é
no pescoço e desta forma protege a alma e a identidade da tribo.
curiosidade
 A curiosidade é que o pescoço não se alonga com o processo – é só
ilusão de ótica. O que acontece na verdade é que os aros afinam a
região e o peso da peça comprime a clavícula para baixo, afundando a
caixa torácica, o que dá a impressão de que o pescoço cresceu. As
mulheres Kayan podem tirar as argolas, só precisam tomar cuidado para
não virar o pescoço bruscamente.
 Mas se antigamente usar as argolas era tradição, hoje em dia virou
uma questão de sobrevivência económica. Desde o final dos anos
80, membros da etnia Karen fogem do Myanmar, onde existe um
conflito étnico, para o nordeste da Tailândia.
Trabalho realizado por:
 Casimiro Vaz Nª 3
 José almeida Nª9
 TRABALHO DE GEOGRAFIA SOBRE AS MULHERES COM
PESCOÇO DE GIRAFA

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Proporcionalidade inversa-funcao
Proporcionalidade inversa-funcaoProporcionalidade inversa-funcao
Proporcionalidade inversa-funcaoanocas2001
 
Relatório dissecação do coração de porco
Relatório dissecação do coração de porcoRelatório dissecação do coração de porco
Relatório dissecação do coração de porcoMaria Freitas
 
RISCOS E CATÁSTROFES NATURAIS
RISCOS E CATÁSTROFES NATURAISRISCOS E CATÁSTROFES NATURAIS
RISCOS E CATÁSTROFES NATURAISabarros
 
Furacões e tornados
Furacões e tornadosFuracões e tornados
Furacões e tornadosIlda Bicacro
 
Distribuição da população portuguesa
Distribuição da população portuguesaDistribuição da população portuguesa
Distribuição da população portuguesaIlda Bicacro
 
Alterações Climáticas
Alterações ClimáticasAlterações Climáticas
Alterações ClimáticasMichele Pó
 
Aptidão física e saúde
Aptidão física e saúdeAptidão física e saúde
Aptidão física e saúdeJMPG .
 
O Antigo Regime
O Antigo RegimeO Antigo Regime
O Antigo Regimecattonia
 
Direitos Humanos
Direitos HumanosDireitos Humanos
Direitos HumanosMINV
 
Principais problemas e soluções sociodemográficos
Principais problemas e soluções sociodemográficosPrincipais problemas e soluções sociodemográficos
Principais problemas e soluções sociodemográficosIlda Bicacro
 
A estrutura da carta
A estrutura da cartaA estrutura da carta
A estrutura da cartagifamiliar
 
Bacias hidrograficas
Bacias hidrograficasBacias hidrograficas
Bacias hidrograficasCarlos Gomes
 

Mais procurados (20)

Dinamarca
DinamarcaDinamarca
Dinamarca
 
Proporcionalidade inversa-funcao
Proporcionalidade inversa-funcaoProporcionalidade inversa-funcao
Proporcionalidade inversa-funcao
 
Relatório dissecação do coração de porco
Relatório dissecação do coração de porcoRelatório dissecação do coração de porco
Relatório dissecação do coração de porco
 
RISCOS E CATÁSTROFES NATURAIS
RISCOS E CATÁSTROFES NATURAISRISCOS E CATÁSTROFES NATURAIS
RISCOS E CATÁSTROFES NATURAIS
 
Furacões e tornados
Furacões e tornadosFuracões e tornados
Furacões e tornados
 
Distribuição da população portuguesa
Distribuição da população portuguesaDistribuição da população portuguesa
Distribuição da população portuguesa
 
Orientação
OrientaçãoOrientação
Orientação
 
Alterações Climáticas
Alterações ClimáticasAlterações Climáticas
Alterações Climáticas
 
Aptidão física e saúde
Aptidão física e saúdeAptidão física e saúde
Aptidão física e saúde
 
Texto de opinião
Texto de opiniãoTexto de opinião
Texto de opinião
 
O Antigo Regime
O Antigo RegimeO Antigo Regime
O Antigo Regime
 
Os Serviços
Os ServiçosOs Serviços
Os Serviços
 
Direitos Humanos
Direitos HumanosDireitos Humanos
Direitos Humanos
 
Principais problemas e soluções sociodemográficos
Principais problemas e soluções sociodemográficosPrincipais problemas e soluções sociodemográficos
Principais problemas e soluções sociodemográficos
 
Funções sintáticas
Funções sintáticasFunções sintáticas
Funções sintáticas
 
"O Príncipe Nabo"
"O Príncipe Nabo""O Príncipe Nabo"
"O Príncipe Nabo"
 
Estatística 10 Ano
Estatística 10 Ano Estatística 10 Ano
Estatística 10 Ano
 
A estrutura da carta
A estrutura da cartaA estrutura da carta
A estrutura da carta
 
Bacias hidrograficas
Bacias hidrograficasBacias hidrograficas
Bacias hidrograficas
 
Igualdade de Género
Igualdade de GéneroIgualdade de Género
Igualdade de Género
 

Mais de Mayjö .

Rapaz de bronze
Rapaz de bronzeRapaz de bronze
Rapaz de bronzeMayjö .
 
Moçambique n2
Moçambique n2Moçambique n2
Moçambique n2Mayjö .
 
Reino unido
Reino unidoReino unido
Reino unidoMayjö .
 
Melissa e livia
Melissa e liviaMelissa e livia
Melissa e liviaMayjö .
 
Elementos do brasil
Elementos do brasilElementos do brasil
Elementos do brasilMayjö .
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1Mayjö .
 
Austrália
AustráliaAustrália
AustráliaMayjö .
 
Trabalho de geografia
Trabalho de geografiaTrabalho de geografia
Trabalho de geografiaMayjö .
 
Trabalho de geografia
Trabalho de geografiaTrabalho de geografia
Trabalho de geografiaMayjö .
 
Geografia 7ªe
Geografia 7ªeGeografia 7ªe
Geografia 7ªeMayjö .
 
Ferias em malta
Ferias em maltaFerias em malta
Ferias em maltaMayjö .
 
Transportes rodoviários geografia
Transportes rodoviários geografiaTransportes rodoviários geografia
Transportes rodoviários geografiaMayjö .
 

Mais de Mayjö . (20)

8
88
8
 
6
66
6
 
3
33
3
 
Rapaz de bronze
Rapaz de bronzeRapaz de bronze
Rapaz de bronze
 
Moçambique n2
Moçambique n2Moçambique n2
Moçambique n2
 
Reino unido
Reino unidoReino unido
Reino unido
 
México
MéxicoMéxico
México
 
Melissa e livia
Melissa e liviaMelissa e livia
Melissa e livia
 
Elementos do brasil
Elementos do brasilElementos do brasil
Elementos do brasil
 
China
ChinaChina
China
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Austrália
AustráliaAustrália
Austrália
 
Venezuela
VenezuelaVenezuela
Venezuela
 
Tunisia
Tunisia Tunisia
Tunisia
 
Trabalho de geografia
Trabalho de geografiaTrabalho de geografia
Trabalho de geografia
 
Trabalho de geografia
Trabalho de geografiaTrabalho de geografia
Trabalho de geografia
 
Geografia 7ªe
Geografia 7ªeGeografia 7ªe
Geografia 7ªe
 
Ferias em malta
Ferias em maltaFerias em malta
Ferias em malta
 
Butão
ButãoButão
Butão
 
Transportes rodoviários geografia
Transportes rodoviários geografiaTransportes rodoviários geografia
Transportes rodoviários geografia
 

Mulheres com pescoço de girafa

  • 1. Mulheres com pescoço de girafa ESCOLA PADRE JOSÉ ROTA DISCIPLINA: Geografia PROFESSORA : Maria João Valério
  • 2. MULHERES GIRAFAS DA THAILANDIA  Mulheres-girafa é o apelido que se dá às mulheres de uma região da Tailândia, que usam uma espiral de cobre em volta do pescoço. Esse costume faz o pescoço delas parecer incrivelmente longo, como se fosse um pescoção de girafa. Elas pertencem à tribo dos Karen Padaung, uma das tribos que, há 60 anos, fugiram da brutalidade do regime militar na vizinha Myanmar (Birmânia), procurando refúgio nas montanhas do noroeste tailandês.
  • 3. Elas têm algumas outras características distintas que não somente o pescoço; usam aros nos pulsos e tornozelos, afinando esses membros também. Baixinhas, geralmente, têm apenas alguns dentes e os exibem em gengivas avermelhadas pelo bétele - planta cujas folhas são mascadas. Só no pescoço, elas chegam a carregar mais de 10 quilos de aros e junto com os anéis dos braços e tornozelos, o peso pode superar os 20 quilos.
  • 4. Tradição  A tradição do pescoço comprido começa quando as meninas ainda pequenas, por volta dos cinco anos, ganham o primeiro aro para ornamentar o pescoço. Depois, à medida que vão crescendo, ganham outro e mais outro até o pescoço ficar com aparência comprida. Dizem até que elas os utilizam para sempre, porque se resolverem tirar o pescoço desaba e elas morrem, mas isso é conversa fiada.  Pois, na eventualidade de tirarem os anéis, obviamente não morrem, apenas abandonam o seu ganha-pão, retomando a sua liberdade de movimentos.
  • 5.  Os aros metálicos em torno do pescoço delas apenas o distorcem, sem encompridá-lo como muitos imaginam. A explicação é que os anéis exercem pressão nos músculos trapézios e estes se ocultam por baixo da clavícula. Além disso, as vértebras do pescoço, devido à pressão constante, assumem ângulos de 45º, o que resulta num alongamento apenas aparente do pescoço.
  • 6. A primeira mulher com pescoço grande  A mulher que já teve o pescoço mais comprido foi Karen Nighten, que viveu entre 1889-1969 nessa região. Ela teria sido a mulher- girafa pioneira, pois dizia-se na época que a mulher que tem pescoço comprido, fica mais bonita. O pescoço de Karen media aparentemente 51 centímetros.
  • 7. Origem  Já se conhece as mulheres girafas na África, mas a origem desse costume na Ásia tem algumas interpretações lendárias.  Segundo o folclore de suas tribos, eles chegaram a Myanmar (antiga Burma ou Birmânia) por volta de 2.000 anos emigrando do deserto de Gobi, actual Mongólia.  Existem algumas versões explicando o porquê deste hábito milenar utilizado por este povo.  O colar teria sido uma punição para as mulheres adúlteras de antigamente;  Uma protecção para as camponesas contra os tigres que as atacavam na garganta enquanto trabalhavam nos campos;
  • 8.  Os homens teriam feito isso com suas mulheres para torná-las feias, evitando que fossem raptadas (costumes da época) ou ornamentava-as dessa maneira;  O colar espantaria os nats – forças sobrenaturais onde os birmaneses animistas – (aqueles que cultuam a natureza).  constroem altares debaixo das árvores grandes. Dizem que os nats bons enviam boas vibrações do céu e os maus interferem nos assuntos terrenos;  Outra explicação dada pelos padaungs, é que o centro da alma é no pescoço e desta forma protege a alma e a identidade da tribo.
  • 9. curiosidade  A curiosidade é que o pescoço não se alonga com o processo – é só ilusão de ótica. O que acontece na verdade é que os aros afinam a região e o peso da peça comprime a clavícula para baixo, afundando a caixa torácica, o que dá a impressão de que o pescoço cresceu. As mulheres Kayan podem tirar as argolas, só precisam tomar cuidado para não virar o pescoço bruscamente.
  • 10.  Mas se antigamente usar as argolas era tradição, hoje em dia virou uma questão de sobrevivência económica. Desde o final dos anos 80, membros da etnia Karen fogem do Myanmar, onde existe um conflito étnico, para o nordeste da Tailândia.
  • 11. Trabalho realizado por:  Casimiro Vaz Nª 3  José almeida Nª9  TRABALHO DE GEOGRAFIA SOBRE AS MULHERES COM PESCOÇO DE GIRAFA