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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS – DCEN
CURSO BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA – BCT
LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE E MAGNETISMO – LEM
MANUAL DE SEGURANÇA E OPERAÇÃO EM AULAS PRÁTICAS DOS
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO DE
ELETRICIDADE E MAGNETISMO – LEM
Autor:
Manoel Medeiros de Lima1
Mossoró – RN
2015
1
Técnico em Eletrotécnica pelo CEFET – RN, 2007.
Licenciado em Matemática pela UERN, 2015.
Tecnólogo Superior em Gestão Pública pela UFRN, 2015.
Especializando em Matemática Financeira e Estatística pela UCAM – RJ
Técnico de Laboratório de Física da UFERSA.
1 Apresentação
Este manual tem por objetivo instruir alunos, professores e técnico(s) envolvidos no
Laboratório de Eletricidade e Magnetismo do BCT do DCEN / UFERSA, quanto aos riscos
de choque elétrico, as formas de minimizar riscos de acidentes e os procedimentos para a
condução segura dos experimentos no Laboratório de Eletricidade e Magnetismo do
Departamento. Nos itens a seguir são apresentados: as práticas seguras para a montagem e
execução dos experimentos; os principais equipamentos de medição utilizados nesse
Laboratório, bem como as recomendações para sua utilização; considerações a cerca do
comportamento em sala de aula; e recomendações quanto aos trajes apropriados.
"Tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses: 4: 13).
SUMÁRIO
2 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................5
3 MONTAGEM E EXECUÇÃO DOS EXPERIMENTOS..................................................6
3.1 Cuidados gerais ....................................................................................................................6
3.2 Montagem dos circuitos e preparação para energização ......................................................7
3.3 Cuidados na operação de circuitos energizados ...................................................................7
3.4 Operação dos instrumentos de medição ...............................................................................8
3.5 Voltímetro – medição de tensão elétrica ..............................................................................8
3.6 Amperímetro – medição de corrente elétrica .......................................................................9
3.7 Ohmímetro – medição de resistência elétrica.......................................................................9
3.8 Alicate Amperímetro – medição de corrente, tensão, resistência, continuidade,
capacitância e semicondutores..................................................................................................10
3.9 Osciloscópio – medição de amplitude, frequência, período...............................................11
3.9.1 Operação do Osciloscópio...............................................................................................12
3.9.2 Efetuando as primeiras medições ....................................................................................13
3.9.3 Período.............................................................................................................................15
3.9.4 Frequência .......................................................................................................................15
3.9.5 Amplitude........................................................................................................................15
3.9.6 Medindo fase relativa entre dois sinais ...........................................................................15
3.9.7 Medidas utilizando o modo X – Y...................................................................................16
3.9.8 Ajuste de diferença de fases ............................................................................................17
4 COMPORTAMENTO EM SALA .....................................................................................18
5 TRAJES APROPRIADOS E CUIDADOS COM OBJETOS PESSOAIS.....................18
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................20
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 5
2 INTRODUÇÃO
A melhor maneira de prevenir acidentes fatais com eletricidade é evitar que o corpo
das pessoas se torne parte do circuito elétrico. Isso pode ocorrer de várias formas, com efeitos
distintos para cada tipo de situação.
Um acidente com eletricidade, nem sempre, está relacionado diretamente com o
efeito do choque elétrico, mas sim com situações perigosas que ele pode desencadear. Após
um choque, por exemplo, uma pessoa pode derrubar uma panela com óleo quente em cima de
uma criança na cozinha, cair de um andaime, derrubar uma ferramenta do telhado em alguém,
etc.
Devido ao fato de a eletricidade ser “invisível” faz com que as chances de ocorrência
de acidentes são maiores do que comparadas às de outros riscos físicos como a exposição ao
calor, por exemplo.
Por mais efetivas que sejam as medidas de segurança e a manutenção dos
equipamentos, a ocorrência de erro humano pode não ser eliminada, mas deve ser
minimizada.
O uso da eletricidade exige do consumidor e do profissional da área precauções para
diminuir o risco associado à negligência por falta de conhecimento. Portanto, as pessoas
devem ser informadas sobre os riscos a que estão expostas, conhecer os efeitos e as medidas
de segurança. As ações e medidas de segurança propostas neste documento têm apenas caráter
informativo, isentando qualquer responsabilidade relativa à execução dos procedimentos aqui
informados.
Recomenda‐se que acidentes com vítimas em estado grave e/ou perda de consciência
devem ser atendidos pelos seguintes serviços especializados de emergência:
 Corpo de Bombeiros – 193.
 SAMU – 192.
 Polícia Militar – 190.
 Guarda Civil de Mossoró / RN – 153.
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 6
3 MONTAGEM E EXECUÇÃO DOS EXPERIMENTOS
A montagem e execução dos experimentos devem ser conduzidas de forma a garantir
a segurança de todos. Para tanto, há cuidados que devem ser seguidos por todos os alunos
quanto à preparação dos experimentos, montagem dos arranjos experimentais e execução dos
roteiros do Laboratório.
3.1 Cuidados gerais
 Deve‐se manter a bancada de trabalho limpa e organizada. Esse procedimento auxilia a
compreensão dos circuitos elétricos que compõem as montagens experimentais e pode
facilitar a identificação de eventuais erros.
 Os circuitos elétricos devem ser montados de modo a facilitar a compreensão dos
respectivos esquemas elétricos. A organização das bancadas e das montagens dos circuitos
é de grande importância na prevenção de acidentes.
 O trabalho com ferramentas, equipamentos e demais instrumentos de laboratório deve ser
conduzido após a obtenção de instruções adequadas sobre o seu funcionamento pelo
professor e/ou técnico do Laboratório.
 Deve‐se utilizar esses dispositivos de acordo com suas especificações de uso. Sendo
assim, antes de efetuar montagens experimentais certifique‐se de que está utilizando
corretamente esses dispositivos.
 Deve‐se verificar previamente a adequação dos condutores e contatos elétricos utilizados
em montagens experimentais, particularmente as montagens sujeitas à circulação de
corrente elétrica de magnitude elevada.
 Antes de manusear os circuitos elétricos que compõem as montagens experimentais
deve‐se verificar se eles estão desenergizados (fontes de alimentação desligadas e
capacitores descarregados, por exemplo). Para tanto, utilize o voltímetro conforme
descrito no item 3.5.
 Todos os alunos integrantes de cada equipe do Laboratório devem conferir com atenção
as conexões elétricas efetuadas nas suas respectivas montagens experimentais, solicitando
o auxílio do técnico do Laboratório e/ou do professor quando necessário.
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 7
3.2 Montagem dos circuitos e preparação para energização
 Antes de iniciar a montagem dos circuitos elétricos deve‐se verificar o estado geral dos
instrumentos de medição, condutores e terminais de conexão, e comunicar ao técnico do
Laboratório possíveis avarias.
 Deve‐se proceder com a montagem das conexões elétricas dos circuitos, com o painel de
alimentação desligado.
 Deve‐se verificar o valor correto da tensão de alimentação dos circuitos elétricos,
conforme cada roteiro de prática, antes de colocá‐los em funcionamento.
 Deve‐se verificar os circuitos elétricos de forma minuciosa antes de colocá‐los em
funcionamento. Além disso, antes de energizar a bancada e as montagens experimentais,
a equipe de alunos deve solicitar a autorização do professor e/ou técnico do Laboratório.
 O aluno responsável pela energização dos circuitos elétricos, que integram as montagens
experimentais de cada bancada, deve informar a todos os integrantes da sua equipe o
momento em que pretenda energizá‐los.
 Em energização de circuitos onde há a presença de máquinas elétricas rotativas (motores
c.c.), antes de energizar a máquina, deve-se certificar que o eixo mecânico está livre para
executar o movimento de giro e que a conexão mecânica esteja segura, comunicando ao
técnico qualquer avaria.
3.3 Cuidados na operação de circuitos energizados
 Não se devem alterar as conexões dos elementos que compõem os circuitos elétricos
(máquinas, transformadores, etc.) quando esses circuitos estiverem energizados, exceto
sob instrução do professor e/ou técnico do Laboratório. A manobra de elementos
energizados, que possuem características indutivas, pode produzir sobretensões elevadas.
 Não se deve desconectar e/ou conectar terminais de fios condutores dos elementos que
compõem os circuitos elétricos ou dos instrumentos de medida, sob o risco de que esses
terminais permaneçam energizados.
 Especificamente para o caso de circuitos com máquinas elétricas rotativas (motores c.c.),
não se deve tentar segurar, nem mesmo tocar o eixo mecânico em rotação. Antes de tocar
o eixo deve‐se assegurar de que ele encontra‐se parado e que a máquina encontra‐se
desligada.
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 8
3.4 Operação dos instrumentos de medição
A operação dos instrumentos de medição normalmente é feita com os circuitos
energizados e, portanto, são necessários cuidados no seu manuseio.
A figura abaixo ilustra um instrumento, denominado multímetro, capaz de efetuar
medidas de tensões, correntes, resistências elétricas, dentre outras funções.
Nos itens a seguir são descritos os instrumentos de medição comumente utilizados no
Laboratório de Eletricidade e Magnetismo do DCEN da UFERSA.
3.5 Voltímetro – medição de tensão elétrica
 Antes de iniciar a medida de tensão elétrica deve‐se verificar se ela não ultrapassa a
capacidade máxima do instrumento utilizado.
 Em seguida, deve‐se desenergizar o circuito antes de proceder com a conexão do
voltímetro, exceto sob instrução do professor e/ou técnico do Laboratório.
 Deve‐se selecionar no instrumento o tipo de tensão a ser medida (C.A. ou C.C.), a partir
da chave seletora do voltímetro.
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 9
 Após a seleção do tipo de tensão a ser medida, deve‐se estimar o seu valor e selecionar a
escala adequada no instrumento. Caso não seja possível efetuar essa estimativa prévia,
deve‐se posicionar a chave seletora do voltímetro no seu valor máximo.
 Deve‐se conectar as pontas de prova do instrumento em paralelo nos pontos do circuito
elétrico onde se deseja efetuar a medição e, com o circuito energizado, proceder com a
leitura.
3.6 Amperímetro – medição de corrente elétrica
 Antes de iniciar a medida de corrente elétrica deve‐se verificar se ela não ultrapassa a
capacidade máxima do instrumento utilizado.
 Em seguida, deve‐se desenergizar o circuito antes de proceder com a conexão do
amperímetro.
 Deve‐se selecionar no instrumento o tipo de corrente a ser medida (C.A. ou C.C.), a partir
da chave seletora do amperímetro.
 Após a seleção do tipo de corrente a ser medida, deve‐se estimar o seu valor e selecionar a
escala adequada no instrumento. Caso não seja possível efetuar essa estimativa prévia,
deve‐se posicionar a chave seletora do amperímetro no seu valor máximo.
 Deve‐se conectar as pontas de prova do instrumento em série com o ramo do circuito
elétrico onde se deseja efetuar a medição e, com o circuito energizado, pode‐se proceder à
leitura.
3.7 Ohmímetro – medição de resistência elétrica
 Deve‐se desenergizar o circuito antes de proceder com a conexão do ohmímetro.
 Deve‐se estimar o valor da resistência a ser medida e selecionar a escala adequada no
instrumento. Caso não seja possível efetuar essa estimativa prévia, deve‐se posicionar a
chave seletora do ohmímetro no seu valor máximo.
 Deve‐se conectar as pontas de prova do instrumento em paralelo com o elemento do
circuito elétrico que se deseja efetuar a medição de resistência, com o elemento
desconectado do circuito, a menos que se deseje efetuar a medição da resistência
equivalente de uma parte desse circuito.
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 10
3.8 Alicate Amperímetro – medição de corrente, tensão, resistência, continuidade,
capacitância e semicondutores
O Alicate Amperímetro é um instrumento de medição capaz de medir tensão eficaz,
corrente eficaz, resistência elétrica, continuidade em circuitos, capacitância e semicondutores.
A figura abaixo ilustra um Alicate Amperímetro (a título de informação) disponível
no Laboratório, mas que raramente será usado durante as práticas.
O procedimento para conexão das pontas de prova do amperímetro de alicate, para
medida de tensão, corrente e resistência é o mesmo descrito nos itens 3.5, 3.6 e 3.7, desde que
usado com as pontas de prova.
Para efetuar a medida de corrente sem a abertura do circuito, deve‐se proceder com a
abertura do alicate do amperímetro para que o condutor onde se pretenda efetuar a medição de
corrente possa ser “abraçado” pelo alicate.
Para a medição de continuidade, semicondutores e capacitância, deve colocar as
pontas de prova do Alicate Amperímetro em paralelo com os elementos.
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 11
3.9 Osciloscópio – medição de amplitude, frequência, período
Manusear um osciloscópio em seus comandos básicos é tarefa fácil. Porém, para que
seja feito de forma segura para o operador, para o osciloscópio e para o equipamento em teste
é recomendável que algumas normas sejam observadas. Estas normas são de instalação e
segurança e podem prevenir muitos dissabores.
A figura abaixo ilustra um Osciloscópio utilizado no Laboratório.
Antes de fazer qualquer medição com o osciloscópio lembre-se de que você deve ser
cauteloso, assim como deve ser a operação com qualquer aparelho elétrico.
 Sempre repare equipamentos elétricos com mais alguém presente.
 Não opere ou repare equipamentos elétricos em atmosfera explosiva.
 Aterre o osciloscópio e o circuito sob teste, de preferência no mesmo terra.
 Também não se esqueça de observar o manual de manutenção e ajustes do equipamento
sob teste.
Das regras de segurança a que mais é infringida é o aterramento do osciloscópio.
Este aterramento é feito através do terceiro pino da tomada. Como a maioria das tomadas AC
presentes nos ambientes de trabalho não possuem este terceiro pino, o usuário, na maioria das
vezes, isola ou o quebra, fazendo com que toda a carcaça do osciloscópio, ao invés de ser
aterrada, fique em flutuação. Isto pode ocasionar choques no manuseio do osciloscópio.
Além das regras de segurança, o local de operação do osciloscópio é importante para
o adequado funcionamento dele e a vida útil mais longa possível. Deve ser evitada a
incidência de raios solares, poeira e umidade. Campos magnéticos também não devem estar
próximos do osciloscópio, o que significa dizer que alto-falantes, televisores e similares
devem ser evitados. Estes campos magnéticos podem até deslocar o feixe na tela, ocasionando
uma medida falsa.
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 12
3.9.1 Operação do Osciloscópio
O primeiro passo antes de colocar um osciloscópio em operação é ler o manual de
instruções do osciloscópio. Embora a maioria dos manuais seja fraca a respeito de aplicações,
eles descrevem a sequência lógica de operações. O manual pode auxiliar bastante,
particularmente se o operador não estiver muito habituado ao equipamento.
A seguir será descrito um procedimento básico de operação, mas não esqueça de que
este procedimento é amplo e geral. Enquanto o manual se restringe a um aparelho em
particular, o procedimento descrito aqui foi concebido para ser utilizado em osciloscópios de
diversos tipos. Por isso, se houver divergência entre o procedimento aqui apresentado e o
manual, fica prevalecendo o manual do equipamento.
1) Posicione a chave POWER para off.
2) Ajuste os controles de intensidade, foco, atenuador (V/DIV) e controle de sincronismo
para o meio curso.
3) Ajuste os controles de posicionamento vertical e horizontal para a posição central.
4) Ligue a chave POWER, posicionando a chave em on, conferindo, antes, se o osciloscópio
está em uma tomada adequada à tensão para qual ele está programado.
5) Verifique os controles que podem afetar a existência do traço na tela como os do estágio
de TRIGGER. Neste estágio, se houver a opção AUTO, utilize-a.
6) Após um período de pré-aquecimento recomendado no manual de instruções
(normalmente em torno de 5 minutos), ajuste o controle de intensidade até o traço
aparecer na tela do osciloscópio. Se, mesmo após aumentar a intensidade do feixe e o
traço não aparecer na tela do osciloscópio, é provável que o feixe esteja fora da tela
(assumindo-se que o osciloscópio esteja funcionando). Em alguns osciloscópios existe um
botão no painel frontal com o nome de beam finder. Este controle, além de diminuir as
tensões das deflexões horizontal e vertical para aproximar o feixe para o centro da tela,
aumenta a intensidade do feixe. Se seu osciloscópio não o possuir, tente posicionar o
controle de intensidade na região central, bem como o ajuste de posicionamento vertical e
horizontal.
7) Ajuste o controle de foco para o traço mais definido que você conseguir na tela.
8) Ajuste o SWEEP TIME DIVISION (base de tempo) para o período aproximado do sinal a
ser medido, se houver conhecimento do mesmo.
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 13
9) Ajuste o atenuador de entrada vertical para um valor adequado ao sinal que você vai
medir. Caso não tenha noção exata a respeito da amplitude do sinal, ajuste este controle
para a maior tensão.
10) Posicione o controle AC-GND-DC para a posição AC.
11) Ajuste o controle de inclinação do traço para que o mesmo fique paralelo ao eixo
horizontal da tela do osciloscópio.
3.9.2 Efetuando as primeiras medições
A maioria das medições feitas com o osciloscópio utiliza uma ponteira atenuadora 10
X passiva, normalmente fornecida com o próprio aparelho por ocasião da compra. Antes de
utilizá-la, portanto, você deve ajustá-la no parafuso de ajuste existente no corpo da mesma e
colocando-a no ponto de teste disponível no painel frontal do equipamento, o qual gera um
sinal padrão quadrado.
O sinal observado na tela do osciloscópio deve ser o mais quadrado possível, sem
aberrações ou arredondamentos, de acordo com a figura 1. No item “a” a ponteira está
subcompensada. No item “b” a ponteira está sobre-compensada. Deve-se buscar o ajuste da
letra “c”, com compensação adequada. Caso este ajuste esteja incorreto, as amplitudes
medidas podem se apresentar incorretas ou o formato do sinal medido pode não ser o real.
Esta compensação deve ser feita no canal em que a ponteira for usada. Se você quiser
usar a ponteira em outro canal deverá ajustá-la novamente.
O aterramento da ponteira do osciloscópio é outro ponto que deve ser observado. Se
você for medir frequências abaixo de 5 MHz pode usar um terra constituído de um pino
banana conectado ao jack no painel frontal. Na outra extremidade deste cabo haverá uma
garra jacaré que deverá ser conectada ao terra do equipamento a ser medido. No entanto, caso
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 14
a frequência a ser medida possua um valor acima de 5 MHz o recomendado é utilizar o terra
da própria ponteira de medição.
No aterramento do osciloscópio ao equipamento de teste também se deve ter muito
cuidado porque o osciloscópio, se corretamente aterrado, tem seu terceiro pino da tomada
aterrado, ou seja, toda a carcaça do osciloscópio está verdadeiramente aterrada. Sendo assim,
caso o usuário coloque a garra de terra do osciloscópio na carcaça de um equipamento que
está referenciado à rede (como o primário de fontes chaveadas) pode haver problemas porque
haverá um aterramento do circuito em teste pelo osciloscópio. A consequência provavelmente
será um estouro... Para evitar que isso aconteça é aconselhável utilizar transformador de
isolamento nos equipamentos em teste em que se sabe que este problema pode acontecer.
Vamos, agora, partir para a suposição que o sinal apresentado na tela do osciloscópio
é o da figura 2. É um sinal quadrado que ocupa duas quadrículas verticais e quatro quadrículas
horizontais.
O controle de atenuação vertical está posicionado para 2 V / DIV e a base de tempo
horizontal está em 200s/DIV.
Veja a seguir o raciocínio para se medir o período, a frequência e a amplitude deste
sinal:
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 15
3.9.3 Período
O sinal ocupa 4 quadrículas horizontais na tela entre o início de um ciclo até o
término do mesmo. Para medir o período basta multiplicar as quatro quadrículas pela base de
tempo horizontal, ou seja, 4 x 200 us = 800 us.
3.9.4 Frequência
A frequência é o inverso do período, portanto, para medir a frequência basta dividir
“1”pelo período. O resultado fica assim: 1/800 us = 1250 Hz.
3.9.5 Amplitude
O sinal ocupa 2 quadrículas verticais na tela. Para saber a amplitude basta multiplicar
as duas quadrículas pela escala VOLT/DIV. Como o botão está posicionado para 2 V/DIV,
multiplicamos 2 (div) x 2 (volts). O total será de 4 Volts.
Com o método apresentado é possível medir a frequência aproximada de um sinal,
embora não haja precisão suficiente para, por exemplo, fazer a verificação de frequência de
operação de um oscilador a cristal. Tenha sempre em mente que estas medidas devem mesmo
ser feitas com um frequencímetro adequado à frequência de operação.
3.9.6 Medindo fase relativa entre dois sinais
Dois carros estão saindo de Mossoró e vão para Natal. Um vai à frente, porém ambos
desempenham a mesma velocidade. No percurso os dois carros terão a mesma média horária,
com a única diferença de que um chegaria depois do outro, no nosso caso com diferença de 5
minutos. Pode ser dito, então, que os dois carros estão com defasagem
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 16
de 5 minutos entre si, embora tenham gasto o mesmo tempo para percorrer o
caminho. Somente estariam em fase se ambos partissem e chegassem exatamente no mesmo
instante.
Com sinais elétricos ocorre a mesma coisa. Quando dois sinais iniciam no mesmo
instante e possuem a mesma frequência, dizemos que estão em fase, sejam eles de formato
igual ou diferente.
Na figura 3 é possível ver dois sinais defasados entre si. Embora possuam a mesma
frequência e amplitude, iniciam em tempos diferentes.
A defasagem entre dois sinais é medida em graus e pode variar de 0 até 360.
3.9.7 Medidas utilizando o modo X – Y
Com o osciloscópio é possível medir a fase relativa entre dois sinais utilizando o
modo de medição X-Y, que se constitui da utilização das entradas de ambos os canais de um
osciloscópio duplo traço, algo que será abordado posteriormente.
Na figura 3.4 você pode observar as várias diferenças de fase entre sinais iguais, de
acordo com as figuras de Lissajous (em homenagem ao físico francês de nome Jules Atoine
Lissajous). No caso da figura 3 a defasagem é de 90 . Se fosse utilizado o recurso do modo
X-Y, a defasagem se apresentaria como o item c da figura 4.
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 17
Observe que as medidas utilizando as figuras de Lissajous são limitadas porque a
faixa de erro de fase aceitável pelo osciloscópio é bastante limitada em relação à sua
frequência máxima de operação, principalmente na entrada relativa ao eixo X. Portanto, muito
antes o osciloscópio chegar à frequência máxima de operação a medição do desvio de fase já
não é mais confiável.
Achar a diferença de fase entre dois sinais iguais utilizando o modo X-Y é apenas
uma das exibições deste recurso. Na verdade este modo de operação pode ser utilizado para
muitas outras medições. Os padrões de Lissajous também podem ser utilizados para
determinar a frequência de um sinal desconhecido baseado em outro sinal de referência.
Ainda utilizando o modo X-Y podem ser medidas resistências, capacitâncias e outras
grandezas.
3.9.8 Ajuste de diferença de fases
Em alguns equipamentos os manuais de manutenção solicitam que sejam observados
dois sinais em um determinado ponto do circuito e ajuste-se a diferença de fase entre eles.
Quase sempre estes dois sinais não são iguais, mas, se forem de mesma frequência, é possível
fazer este ajuste.
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 18
Observe a figura 5. Nela podem ser encontrados dois sinais diferentes (um senoidal e
um quadrado) em mesma fase. Algum manual de serviço pode, por exemplo, pedir que se faça
um ajuste em determinado trimpot de tal forma que o sinal quadrado se inicie 200 ms após o
sinal senoidal (sinais coletados em pontos diferentes do circuito). Note que não foi necessária
a utilização do modo X-Y, apenas utilizou-se duas entradas de sinais, o canal 1 e o 2.
4 COMPORTAMENTO EM SALA
 Cortesia, respeito e colaboração contribuem para o bom andamento dos procedimentos
experimentais e são aliados importantes na prevenção de acidentes.
 A distração ocasionada por brincadeiras durante a montagem e execução dos
experimentos é perigosa, pois pode provocar graves acidentes. Portanto, deve‐se evitar
qualquer tipo de brincadeira no Laboratório.
 Não se deve ingerir bebidas alcoólicas e/ou medicamentos, que possam alterar os níveis
de consciência, antes e durante a montagem e execução dos experimentos. Essas
substâncias podem alterar os reflexos e, portanto, predispõem aos acidentes. Além disso, o
cansaço pode causar sonolência e também predispor aos acidentes.
5 TRAJES APROPRIADOS E CUIDADOS COM OBJETOS PESSOAIS
 Deve‐se comparecer calçado com sapato ou tênis, preferencialmente com solado de
borracha, e nunca de chinelos (ou equivalentes).
 Não se deve trabalhar com calçados e/ou trajes úmidos.
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 19
 Deve‐se prender o cabelo comprido antes de iniciar a montagem e execução dos
experimentos, para se evitar que o mesmo entre em contato com partes energizadas e/ou
fique preso em algum dispositivo em movimento (eixo de máquinas elétricas rotativas,
por exemplo). Esse cuidado pode prevenir acidentes gravíssimos.
 Deve‐se dar preferência ao uso de camisas de mangas curtas, pois mangas compridas
podem se prender em algum dispositivo em movimento (eixo de máquinas elétricas
rotativas, por exemplo). Além disso, correntes, objetos pendentes no pescoço e/ou pulsos,
bem como outros objetos que possam trazer o mesmo risco, devem ser retirados antes da
montagem e execução dos experimentos.
 Não devem ser utilizados trajes que possuam capuz e/ou cordões de amarrar, cachecóis,
echarpes, gravatas e acessórios similares.
Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 20
BIBLIOGRAFIA
[1] Escola Politécnica da USP – Departamento de Engenharia de Energia e Automação
Elétricas. Manual de Segurança para Laboratórios Didáticos de Eletricidade,
Eletrotécnica, Automação, Máquinas Elétricas e Sistemas de Potência. São Paulo, 2012.
Disponível em
http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/55020/mod_resource/content/1/Manual
Acesso em 13 de ago de 2013.
[2] Manuseando o osciloscópio.
Disponível em http://www.teletronika.com.br/docs/manuseio_basico_osciloscopio.doc
Acesso em 14 de ago de 2013.

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Manual de Segurança do Laboratório de Eletricidade

  • 1. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS – DCEN CURSO BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA – BCT LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE E MAGNETISMO – LEM MANUAL DE SEGURANÇA E OPERAÇÃO EM AULAS PRÁTICAS DOS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE E MAGNETISMO – LEM Autor: Manoel Medeiros de Lima1 Mossoró – RN 2015 1 Técnico em Eletrotécnica pelo CEFET – RN, 2007. Licenciado em Matemática pela UERN, 2015. Tecnólogo Superior em Gestão Pública pela UFRN, 2015. Especializando em Matemática Financeira e Estatística pela UCAM – RJ Técnico de Laboratório de Física da UFERSA.
  • 2. 1 Apresentação Este manual tem por objetivo instruir alunos, professores e técnico(s) envolvidos no Laboratório de Eletricidade e Magnetismo do BCT do DCEN / UFERSA, quanto aos riscos de choque elétrico, as formas de minimizar riscos de acidentes e os procedimentos para a condução segura dos experimentos no Laboratório de Eletricidade e Magnetismo do Departamento. Nos itens a seguir são apresentados: as práticas seguras para a montagem e execução dos experimentos; os principais equipamentos de medição utilizados nesse Laboratório, bem como as recomendações para sua utilização; considerações a cerca do comportamento em sala de aula; e recomendações quanto aos trajes apropriados.
  • 3. "Tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses: 4: 13).
  • 4. SUMÁRIO 2 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................5 3 MONTAGEM E EXECUÇÃO DOS EXPERIMENTOS..................................................6 3.1 Cuidados gerais ....................................................................................................................6 3.2 Montagem dos circuitos e preparação para energização ......................................................7 3.3 Cuidados na operação de circuitos energizados ...................................................................7 3.4 Operação dos instrumentos de medição ...............................................................................8 3.5 Voltímetro – medição de tensão elétrica ..............................................................................8 3.6 Amperímetro – medição de corrente elétrica .......................................................................9 3.7 Ohmímetro – medição de resistência elétrica.......................................................................9 3.8 Alicate Amperímetro – medição de corrente, tensão, resistência, continuidade, capacitância e semicondutores..................................................................................................10 3.9 Osciloscópio – medição de amplitude, frequência, período...............................................11 3.9.1 Operação do Osciloscópio...............................................................................................12 3.9.2 Efetuando as primeiras medições ....................................................................................13 3.9.3 Período.............................................................................................................................15 3.9.4 Frequência .......................................................................................................................15 3.9.5 Amplitude........................................................................................................................15 3.9.6 Medindo fase relativa entre dois sinais ...........................................................................15 3.9.7 Medidas utilizando o modo X – Y...................................................................................16 3.9.8 Ajuste de diferença de fases ............................................................................................17 4 COMPORTAMENTO EM SALA .....................................................................................18 5 TRAJES APROPRIADOS E CUIDADOS COM OBJETOS PESSOAIS.....................18 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................20
  • 5. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 5 2 INTRODUÇÃO A melhor maneira de prevenir acidentes fatais com eletricidade é evitar que o corpo das pessoas se torne parte do circuito elétrico. Isso pode ocorrer de várias formas, com efeitos distintos para cada tipo de situação. Um acidente com eletricidade, nem sempre, está relacionado diretamente com o efeito do choque elétrico, mas sim com situações perigosas que ele pode desencadear. Após um choque, por exemplo, uma pessoa pode derrubar uma panela com óleo quente em cima de uma criança na cozinha, cair de um andaime, derrubar uma ferramenta do telhado em alguém, etc. Devido ao fato de a eletricidade ser “invisível” faz com que as chances de ocorrência de acidentes são maiores do que comparadas às de outros riscos físicos como a exposição ao calor, por exemplo. Por mais efetivas que sejam as medidas de segurança e a manutenção dos equipamentos, a ocorrência de erro humano pode não ser eliminada, mas deve ser minimizada. O uso da eletricidade exige do consumidor e do profissional da área precauções para diminuir o risco associado à negligência por falta de conhecimento. Portanto, as pessoas devem ser informadas sobre os riscos a que estão expostas, conhecer os efeitos e as medidas de segurança. As ações e medidas de segurança propostas neste documento têm apenas caráter informativo, isentando qualquer responsabilidade relativa à execução dos procedimentos aqui informados. Recomenda‐se que acidentes com vítimas em estado grave e/ou perda de consciência devem ser atendidos pelos seguintes serviços especializados de emergência:  Corpo de Bombeiros – 193.  SAMU – 192.  Polícia Militar – 190.  Guarda Civil de Mossoró / RN – 153.
  • 6. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 6 3 MONTAGEM E EXECUÇÃO DOS EXPERIMENTOS A montagem e execução dos experimentos devem ser conduzidas de forma a garantir a segurança de todos. Para tanto, há cuidados que devem ser seguidos por todos os alunos quanto à preparação dos experimentos, montagem dos arranjos experimentais e execução dos roteiros do Laboratório. 3.1 Cuidados gerais  Deve‐se manter a bancada de trabalho limpa e organizada. Esse procedimento auxilia a compreensão dos circuitos elétricos que compõem as montagens experimentais e pode facilitar a identificação de eventuais erros.  Os circuitos elétricos devem ser montados de modo a facilitar a compreensão dos respectivos esquemas elétricos. A organização das bancadas e das montagens dos circuitos é de grande importância na prevenção de acidentes.  O trabalho com ferramentas, equipamentos e demais instrumentos de laboratório deve ser conduzido após a obtenção de instruções adequadas sobre o seu funcionamento pelo professor e/ou técnico do Laboratório.  Deve‐se utilizar esses dispositivos de acordo com suas especificações de uso. Sendo assim, antes de efetuar montagens experimentais certifique‐se de que está utilizando corretamente esses dispositivos.  Deve‐se verificar previamente a adequação dos condutores e contatos elétricos utilizados em montagens experimentais, particularmente as montagens sujeitas à circulação de corrente elétrica de magnitude elevada.  Antes de manusear os circuitos elétricos que compõem as montagens experimentais deve‐se verificar se eles estão desenergizados (fontes de alimentação desligadas e capacitores descarregados, por exemplo). Para tanto, utilize o voltímetro conforme descrito no item 3.5.  Todos os alunos integrantes de cada equipe do Laboratório devem conferir com atenção as conexões elétricas efetuadas nas suas respectivas montagens experimentais, solicitando o auxílio do técnico do Laboratório e/ou do professor quando necessário.
  • 7. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 7 3.2 Montagem dos circuitos e preparação para energização  Antes de iniciar a montagem dos circuitos elétricos deve‐se verificar o estado geral dos instrumentos de medição, condutores e terminais de conexão, e comunicar ao técnico do Laboratório possíveis avarias.  Deve‐se proceder com a montagem das conexões elétricas dos circuitos, com o painel de alimentação desligado.  Deve‐se verificar o valor correto da tensão de alimentação dos circuitos elétricos, conforme cada roteiro de prática, antes de colocá‐los em funcionamento.  Deve‐se verificar os circuitos elétricos de forma minuciosa antes de colocá‐los em funcionamento. Além disso, antes de energizar a bancada e as montagens experimentais, a equipe de alunos deve solicitar a autorização do professor e/ou técnico do Laboratório.  O aluno responsável pela energização dos circuitos elétricos, que integram as montagens experimentais de cada bancada, deve informar a todos os integrantes da sua equipe o momento em que pretenda energizá‐los.  Em energização de circuitos onde há a presença de máquinas elétricas rotativas (motores c.c.), antes de energizar a máquina, deve-se certificar que o eixo mecânico está livre para executar o movimento de giro e que a conexão mecânica esteja segura, comunicando ao técnico qualquer avaria. 3.3 Cuidados na operação de circuitos energizados  Não se devem alterar as conexões dos elementos que compõem os circuitos elétricos (máquinas, transformadores, etc.) quando esses circuitos estiverem energizados, exceto sob instrução do professor e/ou técnico do Laboratório. A manobra de elementos energizados, que possuem características indutivas, pode produzir sobretensões elevadas.  Não se deve desconectar e/ou conectar terminais de fios condutores dos elementos que compõem os circuitos elétricos ou dos instrumentos de medida, sob o risco de que esses terminais permaneçam energizados.  Especificamente para o caso de circuitos com máquinas elétricas rotativas (motores c.c.), não se deve tentar segurar, nem mesmo tocar o eixo mecânico em rotação. Antes de tocar o eixo deve‐se assegurar de que ele encontra‐se parado e que a máquina encontra‐se desligada.
  • 8. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 8 3.4 Operação dos instrumentos de medição A operação dos instrumentos de medição normalmente é feita com os circuitos energizados e, portanto, são necessários cuidados no seu manuseio. A figura abaixo ilustra um instrumento, denominado multímetro, capaz de efetuar medidas de tensões, correntes, resistências elétricas, dentre outras funções. Nos itens a seguir são descritos os instrumentos de medição comumente utilizados no Laboratório de Eletricidade e Magnetismo do DCEN da UFERSA. 3.5 Voltímetro – medição de tensão elétrica  Antes de iniciar a medida de tensão elétrica deve‐se verificar se ela não ultrapassa a capacidade máxima do instrumento utilizado.  Em seguida, deve‐se desenergizar o circuito antes de proceder com a conexão do voltímetro, exceto sob instrução do professor e/ou técnico do Laboratório.  Deve‐se selecionar no instrumento o tipo de tensão a ser medida (C.A. ou C.C.), a partir da chave seletora do voltímetro.
  • 9. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 9  Após a seleção do tipo de tensão a ser medida, deve‐se estimar o seu valor e selecionar a escala adequada no instrumento. Caso não seja possível efetuar essa estimativa prévia, deve‐se posicionar a chave seletora do voltímetro no seu valor máximo.  Deve‐se conectar as pontas de prova do instrumento em paralelo nos pontos do circuito elétrico onde se deseja efetuar a medição e, com o circuito energizado, proceder com a leitura. 3.6 Amperímetro – medição de corrente elétrica  Antes de iniciar a medida de corrente elétrica deve‐se verificar se ela não ultrapassa a capacidade máxima do instrumento utilizado.  Em seguida, deve‐se desenergizar o circuito antes de proceder com a conexão do amperímetro.  Deve‐se selecionar no instrumento o tipo de corrente a ser medida (C.A. ou C.C.), a partir da chave seletora do amperímetro.  Após a seleção do tipo de corrente a ser medida, deve‐se estimar o seu valor e selecionar a escala adequada no instrumento. Caso não seja possível efetuar essa estimativa prévia, deve‐se posicionar a chave seletora do amperímetro no seu valor máximo.  Deve‐se conectar as pontas de prova do instrumento em série com o ramo do circuito elétrico onde se deseja efetuar a medição e, com o circuito energizado, pode‐se proceder à leitura. 3.7 Ohmímetro – medição de resistência elétrica  Deve‐se desenergizar o circuito antes de proceder com a conexão do ohmímetro.  Deve‐se estimar o valor da resistência a ser medida e selecionar a escala adequada no instrumento. Caso não seja possível efetuar essa estimativa prévia, deve‐se posicionar a chave seletora do ohmímetro no seu valor máximo.  Deve‐se conectar as pontas de prova do instrumento em paralelo com o elemento do circuito elétrico que se deseja efetuar a medição de resistência, com o elemento desconectado do circuito, a menos que se deseje efetuar a medição da resistência equivalente de uma parte desse circuito.
  • 10. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 10 3.8 Alicate Amperímetro – medição de corrente, tensão, resistência, continuidade, capacitância e semicondutores O Alicate Amperímetro é um instrumento de medição capaz de medir tensão eficaz, corrente eficaz, resistência elétrica, continuidade em circuitos, capacitância e semicondutores. A figura abaixo ilustra um Alicate Amperímetro (a título de informação) disponível no Laboratório, mas que raramente será usado durante as práticas. O procedimento para conexão das pontas de prova do amperímetro de alicate, para medida de tensão, corrente e resistência é o mesmo descrito nos itens 3.5, 3.6 e 3.7, desde que usado com as pontas de prova. Para efetuar a medida de corrente sem a abertura do circuito, deve‐se proceder com a abertura do alicate do amperímetro para que o condutor onde se pretenda efetuar a medição de corrente possa ser “abraçado” pelo alicate. Para a medição de continuidade, semicondutores e capacitância, deve colocar as pontas de prova do Alicate Amperímetro em paralelo com os elementos.
  • 11. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 11 3.9 Osciloscópio – medição de amplitude, frequência, período Manusear um osciloscópio em seus comandos básicos é tarefa fácil. Porém, para que seja feito de forma segura para o operador, para o osciloscópio e para o equipamento em teste é recomendável que algumas normas sejam observadas. Estas normas são de instalação e segurança e podem prevenir muitos dissabores. A figura abaixo ilustra um Osciloscópio utilizado no Laboratório. Antes de fazer qualquer medição com o osciloscópio lembre-se de que você deve ser cauteloso, assim como deve ser a operação com qualquer aparelho elétrico.  Sempre repare equipamentos elétricos com mais alguém presente.  Não opere ou repare equipamentos elétricos em atmosfera explosiva.  Aterre o osciloscópio e o circuito sob teste, de preferência no mesmo terra.  Também não se esqueça de observar o manual de manutenção e ajustes do equipamento sob teste. Das regras de segurança a que mais é infringida é o aterramento do osciloscópio. Este aterramento é feito através do terceiro pino da tomada. Como a maioria das tomadas AC presentes nos ambientes de trabalho não possuem este terceiro pino, o usuário, na maioria das vezes, isola ou o quebra, fazendo com que toda a carcaça do osciloscópio, ao invés de ser aterrada, fique em flutuação. Isto pode ocasionar choques no manuseio do osciloscópio. Além das regras de segurança, o local de operação do osciloscópio é importante para o adequado funcionamento dele e a vida útil mais longa possível. Deve ser evitada a incidência de raios solares, poeira e umidade. Campos magnéticos também não devem estar próximos do osciloscópio, o que significa dizer que alto-falantes, televisores e similares devem ser evitados. Estes campos magnéticos podem até deslocar o feixe na tela, ocasionando uma medida falsa.
  • 12. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 12 3.9.1 Operação do Osciloscópio O primeiro passo antes de colocar um osciloscópio em operação é ler o manual de instruções do osciloscópio. Embora a maioria dos manuais seja fraca a respeito de aplicações, eles descrevem a sequência lógica de operações. O manual pode auxiliar bastante, particularmente se o operador não estiver muito habituado ao equipamento. A seguir será descrito um procedimento básico de operação, mas não esqueça de que este procedimento é amplo e geral. Enquanto o manual se restringe a um aparelho em particular, o procedimento descrito aqui foi concebido para ser utilizado em osciloscópios de diversos tipos. Por isso, se houver divergência entre o procedimento aqui apresentado e o manual, fica prevalecendo o manual do equipamento. 1) Posicione a chave POWER para off. 2) Ajuste os controles de intensidade, foco, atenuador (V/DIV) e controle de sincronismo para o meio curso. 3) Ajuste os controles de posicionamento vertical e horizontal para a posição central. 4) Ligue a chave POWER, posicionando a chave em on, conferindo, antes, se o osciloscópio está em uma tomada adequada à tensão para qual ele está programado. 5) Verifique os controles que podem afetar a existência do traço na tela como os do estágio de TRIGGER. Neste estágio, se houver a opção AUTO, utilize-a. 6) Após um período de pré-aquecimento recomendado no manual de instruções (normalmente em torno de 5 minutos), ajuste o controle de intensidade até o traço aparecer na tela do osciloscópio. Se, mesmo após aumentar a intensidade do feixe e o traço não aparecer na tela do osciloscópio, é provável que o feixe esteja fora da tela (assumindo-se que o osciloscópio esteja funcionando). Em alguns osciloscópios existe um botão no painel frontal com o nome de beam finder. Este controle, além de diminuir as tensões das deflexões horizontal e vertical para aproximar o feixe para o centro da tela, aumenta a intensidade do feixe. Se seu osciloscópio não o possuir, tente posicionar o controle de intensidade na região central, bem como o ajuste de posicionamento vertical e horizontal. 7) Ajuste o controle de foco para o traço mais definido que você conseguir na tela. 8) Ajuste o SWEEP TIME DIVISION (base de tempo) para o período aproximado do sinal a ser medido, se houver conhecimento do mesmo.
  • 13. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 13 9) Ajuste o atenuador de entrada vertical para um valor adequado ao sinal que você vai medir. Caso não tenha noção exata a respeito da amplitude do sinal, ajuste este controle para a maior tensão. 10) Posicione o controle AC-GND-DC para a posição AC. 11) Ajuste o controle de inclinação do traço para que o mesmo fique paralelo ao eixo horizontal da tela do osciloscópio. 3.9.2 Efetuando as primeiras medições A maioria das medições feitas com o osciloscópio utiliza uma ponteira atenuadora 10 X passiva, normalmente fornecida com o próprio aparelho por ocasião da compra. Antes de utilizá-la, portanto, você deve ajustá-la no parafuso de ajuste existente no corpo da mesma e colocando-a no ponto de teste disponível no painel frontal do equipamento, o qual gera um sinal padrão quadrado. O sinal observado na tela do osciloscópio deve ser o mais quadrado possível, sem aberrações ou arredondamentos, de acordo com a figura 1. No item “a” a ponteira está subcompensada. No item “b” a ponteira está sobre-compensada. Deve-se buscar o ajuste da letra “c”, com compensação adequada. Caso este ajuste esteja incorreto, as amplitudes medidas podem se apresentar incorretas ou o formato do sinal medido pode não ser o real. Esta compensação deve ser feita no canal em que a ponteira for usada. Se você quiser usar a ponteira em outro canal deverá ajustá-la novamente. O aterramento da ponteira do osciloscópio é outro ponto que deve ser observado. Se você for medir frequências abaixo de 5 MHz pode usar um terra constituído de um pino banana conectado ao jack no painel frontal. Na outra extremidade deste cabo haverá uma garra jacaré que deverá ser conectada ao terra do equipamento a ser medido. No entanto, caso
  • 14. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 14 a frequência a ser medida possua um valor acima de 5 MHz o recomendado é utilizar o terra da própria ponteira de medição. No aterramento do osciloscópio ao equipamento de teste também se deve ter muito cuidado porque o osciloscópio, se corretamente aterrado, tem seu terceiro pino da tomada aterrado, ou seja, toda a carcaça do osciloscópio está verdadeiramente aterrada. Sendo assim, caso o usuário coloque a garra de terra do osciloscópio na carcaça de um equipamento que está referenciado à rede (como o primário de fontes chaveadas) pode haver problemas porque haverá um aterramento do circuito em teste pelo osciloscópio. A consequência provavelmente será um estouro... Para evitar que isso aconteça é aconselhável utilizar transformador de isolamento nos equipamentos em teste em que se sabe que este problema pode acontecer. Vamos, agora, partir para a suposição que o sinal apresentado na tela do osciloscópio é o da figura 2. É um sinal quadrado que ocupa duas quadrículas verticais e quatro quadrículas horizontais. O controle de atenuação vertical está posicionado para 2 V / DIV e a base de tempo horizontal está em 200s/DIV. Veja a seguir o raciocínio para se medir o período, a frequência e a amplitude deste sinal:
  • 15. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 15 3.9.3 Período O sinal ocupa 4 quadrículas horizontais na tela entre o início de um ciclo até o término do mesmo. Para medir o período basta multiplicar as quatro quadrículas pela base de tempo horizontal, ou seja, 4 x 200 us = 800 us. 3.9.4 Frequência A frequência é o inverso do período, portanto, para medir a frequência basta dividir “1”pelo período. O resultado fica assim: 1/800 us = 1250 Hz. 3.9.5 Amplitude O sinal ocupa 2 quadrículas verticais na tela. Para saber a amplitude basta multiplicar as duas quadrículas pela escala VOLT/DIV. Como o botão está posicionado para 2 V/DIV, multiplicamos 2 (div) x 2 (volts). O total será de 4 Volts. Com o método apresentado é possível medir a frequência aproximada de um sinal, embora não haja precisão suficiente para, por exemplo, fazer a verificação de frequência de operação de um oscilador a cristal. Tenha sempre em mente que estas medidas devem mesmo ser feitas com um frequencímetro adequado à frequência de operação. 3.9.6 Medindo fase relativa entre dois sinais Dois carros estão saindo de Mossoró e vão para Natal. Um vai à frente, porém ambos desempenham a mesma velocidade. No percurso os dois carros terão a mesma média horária, com a única diferença de que um chegaria depois do outro, no nosso caso com diferença de 5 minutos. Pode ser dito, então, que os dois carros estão com defasagem
  • 16. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 16 de 5 minutos entre si, embora tenham gasto o mesmo tempo para percorrer o caminho. Somente estariam em fase se ambos partissem e chegassem exatamente no mesmo instante. Com sinais elétricos ocorre a mesma coisa. Quando dois sinais iniciam no mesmo instante e possuem a mesma frequência, dizemos que estão em fase, sejam eles de formato igual ou diferente. Na figura 3 é possível ver dois sinais defasados entre si. Embora possuam a mesma frequência e amplitude, iniciam em tempos diferentes. A defasagem entre dois sinais é medida em graus e pode variar de 0 até 360. 3.9.7 Medidas utilizando o modo X – Y Com o osciloscópio é possível medir a fase relativa entre dois sinais utilizando o modo de medição X-Y, que se constitui da utilização das entradas de ambos os canais de um osciloscópio duplo traço, algo que será abordado posteriormente. Na figura 3.4 você pode observar as várias diferenças de fase entre sinais iguais, de acordo com as figuras de Lissajous (em homenagem ao físico francês de nome Jules Atoine Lissajous). No caso da figura 3 a defasagem é de 90 . Se fosse utilizado o recurso do modo X-Y, a defasagem se apresentaria como o item c da figura 4.
  • 17. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 17 Observe que as medidas utilizando as figuras de Lissajous são limitadas porque a faixa de erro de fase aceitável pelo osciloscópio é bastante limitada em relação à sua frequência máxima de operação, principalmente na entrada relativa ao eixo X. Portanto, muito antes o osciloscópio chegar à frequência máxima de operação a medição do desvio de fase já não é mais confiável. Achar a diferença de fase entre dois sinais iguais utilizando o modo X-Y é apenas uma das exibições deste recurso. Na verdade este modo de operação pode ser utilizado para muitas outras medições. Os padrões de Lissajous também podem ser utilizados para determinar a frequência de um sinal desconhecido baseado em outro sinal de referência. Ainda utilizando o modo X-Y podem ser medidas resistências, capacitâncias e outras grandezas. 3.9.8 Ajuste de diferença de fases Em alguns equipamentos os manuais de manutenção solicitam que sejam observados dois sinais em um determinado ponto do circuito e ajuste-se a diferença de fase entre eles. Quase sempre estes dois sinais não são iguais, mas, se forem de mesma frequência, é possível fazer este ajuste.
  • 18. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 18 Observe a figura 5. Nela podem ser encontrados dois sinais diferentes (um senoidal e um quadrado) em mesma fase. Algum manual de serviço pode, por exemplo, pedir que se faça um ajuste em determinado trimpot de tal forma que o sinal quadrado se inicie 200 ms após o sinal senoidal (sinais coletados em pontos diferentes do circuito). Note que não foi necessária a utilização do modo X-Y, apenas utilizou-se duas entradas de sinais, o canal 1 e o 2. 4 COMPORTAMENTO EM SALA  Cortesia, respeito e colaboração contribuem para o bom andamento dos procedimentos experimentais e são aliados importantes na prevenção de acidentes.  A distração ocasionada por brincadeiras durante a montagem e execução dos experimentos é perigosa, pois pode provocar graves acidentes. Portanto, deve‐se evitar qualquer tipo de brincadeira no Laboratório.  Não se deve ingerir bebidas alcoólicas e/ou medicamentos, que possam alterar os níveis de consciência, antes e durante a montagem e execução dos experimentos. Essas substâncias podem alterar os reflexos e, portanto, predispõem aos acidentes. Além disso, o cansaço pode causar sonolência e também predispor aos acidentes. 5 TRAJES APROPRIADOS E CUIDADOS COM OBJETOS PESSOAIS  Deve‐se comparecer calçado com sapato ou tênis, preferencialmente com solado de borracha, e nunca de chinelos (ou equivalentes).  Não se deve trabalhar com calçados e/ou trajes úmidos.
  • 19. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 19  Deve‐se prender o cabelo comprido antes de iniciar a montagem e execução dos experimentos, para se evitar que o mesmo entre em contato com partes energizadas e/ou fique preso em algum dispositivo em movimento (eixo de máquinas elétricas rotativas, por exemplo). Esse cuidado pode prevenir acidentes gravíssimos.  Deve‐se dar preferência ao uso de camisas de mangas curtas, pois mangas compridas podem se prender em algum dispositivo em movimento (eixo de máquinas elétricas rotativas, por exemplo). Além disso, correntes, objetos pendentes no pescoço e/ou pulsos, bem como outros objetos que possam trazer o mesmo risco, devem ser retirados antes da montagem e execução dos experimentos.  Não devem ser utilizados trajes que possuam capuz e/ou cordões de amarrar, cachecóis, echarpes, gravatas e acessórios similares.
  • 20. Manual de Segurança e Operação em Aulas Práticas do LEM da UFERSA 20 BIBLIOGRAFIA [1] Escola Politécnica da USP – Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas. Manual de Segurança para Laboratórios Didáticos de Eletricidade, Eletrotécnica, Automação, Máquinas Elétricas e Sistemas de Potência. São Paulo, 2012. Disponível em http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/55020/mod_resource/content/1/Manual Acesso em 13 de ago de 2013. [2] Manuseando o osciloscópio. Disponível em http://www.teletronika.com.br/docs/manuseio_basico_osciloscopio.doc Acesso em 14 de ago de 2013.