O documento discute a importância de se repensar os currículos escolares colocando os educandos e seus direitos no centro. Vários grupos apresentam considerações sobre como os currículos atuais tendem a rotular e limitar os alunos, enquanto deveriam valorizar a individualidade e capacidade de cada um em seu próprio tempo e ritmo de aprendizagem. Também ressaltam a necessidade de ver educandos e educadores como sujeitos de direitos iguais.
1. EDUCANDO E EDUCADORES: SEUS DIREITOS E O CURRÍCULO
-MIGUEL G. ARROYO
EMEIF PROFª MARIA GONDIM DOS SANTOS
ENCONTRO PEDAGÓGICO 2010
SÍNTESE DO ESTUDO
G2 – Jaira Mary Soares Machado, Lúcia Maria Sales Viana, Maria Lúcia Girão e
Rosana Rocha de Almeida.
• Os educandos nos obrigam a rever os currículos
• Revendo os Currículos no Espelho dos Educandos
• Empregávies, mercadorias para o emprego?
Considerações do Grupo 2
O currículo como instrumento norteador e de suporte ao trabalho docente tem que merecer especial
atenção. Neste sentido, deve-se ter um novo e diferenciado olhar sobre os educandos.
Os currículos vigentes categorizam a imagem e predeterminam o futuro adulto, não obstante, é
preciso entender que tais categorias dadas pela escola ao aluno, não passa de uma espécie de
reprodução da pluralidade de imagens sociais criadas e vigentes na própria sociedade, como
esteriótipos, preconceitos, segregações, rótulos, que vão afetar diretamente o ordenamento
curricular.
Para que haja uma reorientação das imagens do educando, é necessário a princípio, mapear,
reconhecer e identificar tais imagens ampliando o olhar para o universo extra-escola, bem como,
reconhecer no papel do docente uma importante função socila, dessa forma resignificando as
imagens que se tem dos alunos.
Outro ponto questionável acerca das propostas curriculares,se refere ao objetivo, a que propõe a
educação formal.
A educação não deve ter como fim último o suprimento de mão-de-obra para o mercado de
trabalho. A formação humana que a escola deve privilegiar precisa contemplar a condição humana
de holística. É certo que o conhecimento é um direito do homem e uma demanda do mundo do
trabalho. Contudo, tais exigências não podem engessar o processo de aprender, suprimindo dele um
de seus aspectos mais belo e prazerosos, a criação, a criatividade.
G3 – Felipe, Jorge, Kelly Adalgisa Moreira Araújo, Maria Cristina Barros
Barreto, Maria da Cruz Negreiros de Oliviera, Maria José, e Milena.
• O Direito aos saberes sobre o trabalho
• Desiguais nas capacidades de aprender?
Considerações do Grupo 3
O autor fala sobre o domínio dos conhecimentos e saberes sobre o trabalho, ressaltando a
importância de ter garantidos o direitos à formação, ao conhecimento, a se apropriar dos
conhecimentos e das tecnologias, das ciências para o controle e para sua autonomia política.
Buscar conhecimentos através de pesquisas, facilitando o aprendizado através de comunicações das
mídias, buscando melhores conhecimentos para sua vida futura.
Através do planejamento e dos cursos de capacitação os conhecimentos adquiridos pelos
professores devem ser repassados na mesma forma para o aluno para que haja uma aprendizagem
significativa, visando uma melhoria no seu convívio social.
Todos os professores equacionam os seus conhecimentos na qualidade do direito ao ensino e
aprendizagem melhorando e ligando todos os conhecimentos dos alunos em sua vida profissional
para um currículo mais rico e completo.
Seria melhor que os alunos não enfrentassem nenhuma dificuldade com relação a sua sobrevivência
familiar, para não dificultar o desenvolvimento de suas habilidades.
2. G4 – Cleide, Edvânia, Erna Verônica, Eveline e Neuma.
• Repensando velhas crenças
• Novas sensibilidades sobre os processos de aprender
• Um outro Olhar sobre os Educandos. Um outro Olhar sobre os Currículos.
Considerações do Grupo 4
O grupo 4 através, do estudo, debate, questionamentos entendeu sobre os temas acima citados.
Que existe um modo tradicional de classificar o aprendiz, rotulação. E, que esta faz com que alguns
sejam capazes e excluídos ou vice-versa.
O aluno deve ter o seu tempo e ritmo previsto, no entanto os fracassos são levados para a vida
social, emprego, curso.
A escola torna algumas disciplinas pedras irremovíveis, valorizando-as mais que outras, as quais
têm mesmo valor no pensar do aluno. Porém, a escola ensina o aluno a pensar?
É preciso repensar, reorientar os processos de aprender, no qual todos são capazes de aprender,
todos são aprendizes. Sendo assim, o aluno passa a ser visto como sujeito em complexo processo de
apropriação de saberes, conhecimentos, valores, culturas e técnicas.
O essencial é o “ensinar”:
- o que ensinar?
- como ensinar?
- como organizar os conhecimentos?
Se construirmos um olhar tecnológico, desconstruiremos o olhar hieráquico e classificatório.
Organizando conhecimentos onde toda mente seja capaz de aprender. Temos que rever-nos.
Apelo final: Cada professor voltar o olhar para si mesmo, tentando trabalhar-se, dentro deste
pensamento, como aprendiz.
Reconstruir um currículo mirado não, no aluno, mas dos alunos, pois todos são capazes, mais ou
menos, fazendo-o feliz.
G5 – Ayecha, Bárbara, Jacinta, Luciana, Maura.
• Educadores e educandos, sujeitos de direitos
Consideraçãos do Grupo 5
Ver-no como profissionais sujeitos de direitos tem sido determinante na desconstrução de imagens
tradicionais do magistério e na construção de novas imagens e identidades docentes.
- Para que haja essa desconstrução exigirá encontros, oficinas, estudos. Exigirá rever as imagens da
docência, da função da escola e do ordenamento dos currículos.
- Os alunos são sujeitos de direitos e nós docentes adquirimos dentro desse processo novas
dimensões: trabalhamos em um campo social reconhecido como campo de direitos e tempo de
direitos. Somos profissionais de direitos. Dessa forma, reconstruir uma nova identidade na
diversidade a que os educandos têm direitos. Significará inverter prioridades ditadas pelo mercado e
definir prioridades a partir do imperativo ético do respeito ao direito os educandos.
- Guiados pelo imperativo ético do respeito aos educandos, como sujeitos iguais de direitos,
seremos levados a construir novas formas de ordenamento dos conteúdos que garantam não apenas
o direito igual de todos ao conhecimento, à cultura, aos valores, à memória e à identidade na
diversidade, mas que garantam a igualdade de todo conhecimento cultura, valores, memórias e
identidade sem hierarquias, segmentações e silenciamentos.
- O direito a educação não se dá isolado do reconhecimento e da garantia do conjunto dos direitos
humanos.
- O dilema da infância, adolescência, juventude populares é como articular viver, sobreviver ou
estudar? Como o primeiro e viver e sobreviver, o direito à educação, à escola, ao estudo se tornam
escolhas no limite.
- Falta-nos um repensar dos currículos a partir das muanças na precarização das formas de vida dos
educandos.
- Os currículos são apenas repensados em função do progresso científico e tecnológico onde não
3. existe a preocupação com os processos e que precarizam ávida dos educandos.
- Esse distanciamento ameaça a garantia do direito igual de todos à educação básica, nas condições
reais – não idealizadas – de existência. Esse distanciamento dos currículos idealizados e super-
complexificados por supostas exigências do progresso científico e tecnológico está inviabilizando o
direito dos setores populares ao conhecimento, à cultura devido a todo ser humano, com cada tempo
humano.
- È justo medi-los com perfis de alunos tão distantes da realidade em que lhes é dado viver suas
existências?
- Que fazer? Esperar que um dia esses milhões de alunos que se debatem entre o direito a viver, a
sobreviver e o direito à educação sejam liberados a todos.
O grupo acredita que reconstrução desse currículo deve sim ser repensado de forma que o aluno seja
pensado como cidadão de uma sociedade apitalista, mas que existe a possibilidade de ser
humanizada.
G7 – Fernanda Neila, Marilene Modesto e Silvana Bezerra.
• Respeitar os currículos respeitando as especificidades de cada tempo humano
Considerações do Grupo 7
De açodo com a leitura feita por nós sobre o assunto abordado, ou seja, o currículo, especificamente
o que retrata à partir da página 46, do fascículo: “Educandos e educadores, seus direitos e o
currículo”, podemos perceber que o discurso não foge do que já se discute na nossa escola.
Entretando, repensar os currículos usando a linguagem do autor, à partir de uma visão mais
humanizada, respeitando o tempo e as especificidades do educando, é de extrema importância e
ainda deixa lacunas, uma vez que o aluno demonstra em seu cotidiano a necessidade dessa
humanização, que deveria partir de todo o corpo docente da escola, bem como de todos os
funcionários que fazem parte do ato de educar.
Para tanto precisaria que todos nós, responsáveis por esse educando, dispuséssemos de tempo, para
que pudéssemos parar e refletir para que aconteça isso na nossa prática.
Não podemos deixar de ressaltar a importância do “lidar” com o educando de uma maneira mais
humana, independente do currículo. É uma questão até de uma postura do educador em usar de seus
conhecimentos e sensibilidade, pra poder perceber as suas necessidades afetivas, seus medos, suas
angústias, carências, enfim, toda sua bagagem emocional que já trazem de casa.
Os conteúdos para o currículo são importantes, sim! Porém podemos aliar ao humano e fazer a
diferença.
Essa necessidade é sentida por todos através do comportamento deles, tais como: indisciplina,
revolta, desinteresse, evasão, desobediência e outras.
De nada adianta reuniões e discursos bonitos uma vez por ano (se tanto!) se no cotidiano, nós
principalmente, professores, educadores, não nos reunirmos mais para fazer o diferencial.