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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
   CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
            CÂMPUS CANOAS




        TELEFONIA MÓVEL



              Daniel Metz
              Felipe Griep
            Mauricio Astiazara


            Pesquisa desenvolvida durante a disciplina de Teoria
            Geral de Sistemas do Curso de Sistemas de Informação da
            Universidade Luterana do Brasil, câmpus Canoas.
            Prof. Mauro Erbert
2



                               Canoas, Novembro de 2004.

Universidade Luterana do Brasil – ULBRA
Curso de Sistemas de Informação – Câmpus Canoas




                CIP – Catalogação na Publicação
                Metz, Daniel. Griep, Felipe. Astiazara, Mauricio.

                   Telefonia Móvel / Daniel Metz; Felipe Griep; Mauricio Astiazara.
                – Canoas: 2004.
                   26 p.: il.

                  Universidade Luterana do Brasil, 2004.

                  1. Telefonia Móvel. 2. Telefone Celular. 3. Telecomunicação.




Endereço:
Universidade Luterana do Brasil – Câmpus Canoas
Av. Miguel Tostes, 101 – Bairro São Luís
CEP 92420-280 Canoas-RS – Brasil
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................10
2 CONCEITO..........................................................................................................................11
3 HISTÓRIA............................................................................................................................13
4 GERAÇÕES.........................................................................................................................14
5 Evolução nos Principais Países Consumidores..................................................................16
6 CONCLUSÃO......................................................................................................................19
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1G       Primeira Geração
2G       Segunda Geração
3G       Terceira Geração
8PSK     8 Bits quadrature Phase-Shift Keying
AMPS     Advanced Mobile Phone System
Anatel   Agência Nacional de Telecomunicações
CCC      Central de Comutação e Controle
CDMA     Code Division Multiple Access
EDGE     Enhanced Data GSM Environment
ERB      Estação Rádio Base
Ev-DO    Evolution Data Optmized
Ev-DV    Evolution Data and Voice
FDMA     Frequency Division Multiple Access
GMSK     Gaussian Minimum Shift Keying
GPRS     General Packet Radio Services
GSM      Global System for Mobile Communication
IP       Internet Protocol
Kbps     Quilobits por segundo
MHz      Mega Hertz
NAMTS    Nippon Advanced telephone System
NMT      Nordic Mobile telephone Service
PDC      Personal Digital Cellular
TACS     Total Access Communications Systems
TCP      Transmission Control Protocol
TDMA     Time Division Multiple Access
UMTS     Universal Mobile Telecommunications System
WCDMA    Wideband Code Division Multiple Access
RESUMO
       Este trabalho tem como objetivo proporcionar um conhecimento básico sobre a as
tecnologias de telefonia móvel atualmente em uso, quais suas características, a aplicação em
cada país e as tendências para o futuro.

       Palavras-chaves: Telefonia Móvel; Telefone Celular; Telecomunicação.
ABSTRACT
Title: “Mobile telephony”

        This work has as objective to provide a basic knowledge on the currently technologies
of mobile telephony, explain its characteristics, the application in each country and the trends
for the future.

       Key-words: Mobile telephony; Cellular Telephone; Telecommunication.
1 INTRODUÇÃO
        Com o rápido avanço das telecomunicações no país, principalmente alavancadas pela
privatização da estatal de telefonia, uma miscelânea de siglas e termos passou a fazer parte do
dia a dia do brasileiro, proporcionando até mesmo uma confusão e desnorteamento. Através
da leitura desse trabalho, será possível obter um nível de conhecimento suficiente para
esclarecer essa babel de tecnologias de forma imparcial e não tendenciosa como as campanhas
publicitárias das operadoras de telefonia.
        O primeiro capítulo explica o princípio básico de funcionamento da telefonia móvel de
forma simplificada. Já no capítulo seguinte, um pouco da história do surgimento e aplicação
no mundo e no Brasil. Em seguida, a evolução tecnológica da telefonia móvel é abordada
geração a geração. Mais detalhes sobre os rumos do setor de cada país são levantados no
próximo capítulo. Informações estatísticas sobre a telefonia móvel do Brasil estão anexas no
final do trabalho.
2 CONCEITO
        Segundo a Anatel, “Serviço móvel celular é o serviço de telecomunicações móvel
terrestre, aberto à correspondência pública, que utiliza sistema de radiocomunicações com
técnica celular, interconectado à rede pública de telecomunicações, e acessado por meio de
terminais portáteis, transportáveis ou veiculares, de uso individual”.
        O funcionamento da Telefonia Móvel baseia-se na divisão da área a ser coberta em
áreas menores chamadas de células. Cada área é coberta por um transmissor de baixa potência
chamado de Estação Rádio Base (ERB), cuja função é atender a demanda originada pelos
usuários que estão dentro da sua área de cobertura. Cada ERB está conectada a uma Central
de Comutação e Controle (CCC) que está conectada à Rede Pública de telefonia. A CCC é
responsável pela interligação e controle de várias ERBs, pela monitoração de handoff
(quando o usuário muda de uma ERB para outra à medida que se desloca) e pelo
redirecionamento de chamada via roaming. Ao se conectar a uma ERB, o usuário recebe 2
faixas de freqüências diferentes, para que ele possa falar e ouvir ao mesmo tempo.




                      Figura 1 – Funcionamento da telefonia móvel
12
3 HISTÓRIA
       Proposto no ano de 1945 pela AT&T Bell Labs, o conceito de telefonia celular se
tornou a forma de comunicação sem fio mais conhecida do mundo. Nos anos 70, a mesma
AT&T lança o sistema celular conhecido por AMPS (Advanced Mobile Phone System). A
princípio, tal sistema destinava-se a automóveis e sua aplicação era limitada tendo em vista a
baixa durabilidade das baterias, além de atender um baixo número de usuários. No final da
década de 70, foi lançada no Japão a primeira rede de telefonia celular.
       No começo da década de 80, o sistema AMPS é melhorado, e a primeira rede
americana baseada neste sistema é criada em Chicago e Baltimore. Na mesma época, outros
sistemas similares entram em operação no mundo: TACS (Total Access Communications
Systems) no Reino Unido; NMT (Nordic Mobile telephone Service) na Escandinávia,
NAMTS (Nippon Advanced telephone System) no Japão.
       No Brasil, no início da década de 70, foi implantado em Brasília um serviço anterior à
tecnologia celular, contando com apenas 150 terminais. E, em 1984, deu-se início à análise de
sistemas de tecnologia celular, sendo definido o padrão americano, analógico AMPS, como
modelo a ser introduzido (foi implantado, também, em todos os outros países do continente
americano e em alguns países da Ásia e Austrália). A primeira cidade a usar o serviço foi o
Rio da Janeiro, em 1990, seguido por Brasília. Em São Paulo, considerado o último dos
grandes mercados do mundo, o serviço móvel celular foi inaugurado em 6 de agosto de 1993
numa área de concessão que envolveu 620 municípios, sendo 64 em sua região metropolitana
e 556 no Interior. A partir de 31 de janeiro de 1998, o serviço celular passou a ser operado
pela Telesp Celular S.A., na Banda A.
       No início, os aparelhos pesavam quase meio quilo, e os assinantes tinham que pagar
uma caução de US$ 20 mil para entrar no sistema. Havia aparelhos veiculares que ficavam
fixos no carro e outros que podiam ser carregados.
       Em 1997, com a liberação da Banda B para empresas privadas, o sistema aumentou as
áreas de abrangência e o número de terminais.
       A telefonia móvel chegou ao Rio Grande do Sul em 18 dezembro de 1992. O sistema
começou de forma limitada, abrangendo Porto Alegre, Guaíba, Eldorado do Sul, Gravataí e
Litoral Norte do Estado, com uma capacidade inicial de 4 mil assinantes. Em 1993, a
capacidade foi ampliada para 20 mil assinantes.
4 GERAÇÕES
       Os marcos tecnológicos que aconteceram na telefonia celular serviram para a
definição de gerações que são vistas a seguir.



4.1    PRIMEIRA GERAÇÃO
        A primeira geração de telefonia móvel, apelidada 1G, utilizava a modulação analógica
de sinais em uma onda portadora de rádio frequência, e operava sobre redes com tecnologia
de comutação de circuito. Neste tipo de rede, um circuito de voz é alocado permanentemente
enquanto dura a chamada. Trata-se de um serviço orientado a conexão. Para a modulação do
sinal analógico na portadora de rádio freqüência foi adotado o FDMA, Frequency Division
Multiple Access (Acesso Múltiplo por Divisão de Freqüência). Um exemplo de sistema de
telefonia móvel que opera na geração 1G é o AMPS, Advanced Mobile Phone Service.



4.2    SEGUNDA GERAÇÃO
        Com a demanda de novos usuários, o sistema de telefonia analógico foi rapidamente
exaurido. Novos sistemas com novas tecnologias seriam necessários. Assim surgiu a segunda
geração, 2G. Na 2G, um sinal, agora digital, é modulado na onda de rádio freqüência. O sinal
digital modulado é ainda transportado sobre rede com tecnologia comutada a circuito, assim
como na 1G. Algumas vantagens imediatas do sistema 2G sobre o 1G foram: a acomodação
de maior número de usuários numa mesma faixa de frequência, possibilidade de conferência
entre usuários e sistema de mensagens.
        Com a 2G, o FDMA é ainda usado para a divisão da faixa de frequência em pequenos
blocos, porém a utilização de tais blocos é feita com a adoção de duas novas, até então,
tecnologias de acesso digital: TDMA, Time Division Multiple Access (Acesso Múltiplo por
Divisão de Tempo), e CDMA, Code Division Multiple Access (Acesso Múltiplo por Divisão
de Código). Estas tecnologias são classificadas como “air interface”: uma forma de manipular
os sinais de forma a maximizar o uso da faixa de frequência disponível. Assim, FDMA é uma
tecnologia air interface analógica, enquanto que TDMA e CDMA são digitais. Outras
tecnologias da segunda geração são GSM, Global System for Mobile Communication
(Sistema Global para Comunicação Móvel) e PDC, Personal Digital Cellular (Celular Digital
15



Pessoal). Serviços 2G “puros” podem ofertar uma taxa de transmissão de dados de até 14
Kbps.



4.3    SEGUNDA GERAÇÃO E MEIA
        Um novo degrau da evolução do padrão 2G foi sua integração com transmissão de
pacotes de dados, muito devido à forte demanda de serviços de acesso à internet para
ambiente wireless. Esta nova capacidade recebeu o nome de sistemas 2,5G. O maior
incremento que o 2,5G trouxe foi uma técnica avançada de modulação (comparado ao 2G),
permitindo a comutação de pacotes ao invés de circuitos, a mesma técnica de transmissão
adotada pelo IP da arquitetura TCP/IP. Diferentemente da comutação por circuito que aloca
um circuito fim-a-fim durante a transmissão, a comutação de pacotes só utiliza o caminho
quando de fato há dados para transmitir. Assim, a tecnologia 2,5G trouxe um uso mais
eficiente do espectro de frequência e da banda disponível, promovendo o meio de transporte
mais apropriado para a navegação de aplicações na internet a partir de dispositivos wireless,
notadamente com o surgimento de aparelhos celulares com esta capacidade. Com 2,5G puro,
pode-se atingir a taxa de transmissão de dados de até 144 Kbps.
       Na maioria dos casos, os sistemas 2,5G são implementados diretamente sobre as redes
2G existentes. Como resultado, um sistema 2,5G não é uma rede comutada a pacotes “pura”.
Na verdade, pacotes de dados são transmitidos sobre redes de circuitos comutados. Redes
wireless comutadas puras para pacotes somente serão mesmo disponibilizadas com o advento
da geração 3G. A rede digital 2,5G no Brasil é pelo protocolo GPRS, General Packet Radio
Services, sobre redes GSM e pelo CDMA 1x (evolução do CDMA).



4.4    TERCEIRA GERAÇÃO
       Uma segunda evolução para redes 2G GSM, após o GPRS, é a técnica de modulação
denominada EDGE, Enhanced Data GSM Environment. Enquanto GPRS utiliza a modulação
GMSK (Gaussian Minimum Shift Keying), EDGE utiliza a 8PSK (8 Bits quadrature Phase-
Shift Keying) que possibilita um incremento na velocidade de transmissão de três vezes sobre
o GPRS. A geração 3G adotada na Europa, onde a Anatel alinha-se para definir os padrões no
Brasil, como evolução para o GSM é denominada UMTS, Universal Mobile
Telecommunications System, que utiliza a tecnologia de acesso WCDMA, Wideband Code
Division Multiple Access.
       Já para redes CDMA1x, a evolução para 3G são o CDMA 2000, Ev-DO (Evolution
Data Optmized) e Ev-DV (Evolution Data and Voice), que possuem velocidades de banda
larga.
        Esta geração é, já na sua essência, uma rede de comutação de pacotes (e não de
circuitos) para acesso wireless. Com esta geração vislumbra-se alcançar de forma plena a
convergência da internet com a mobilidade.
16




            5 Evolução nos Principais Países Consumidores

        Por várias razões, a evolução da telefonia celular para a 3G segue caminhos diferentes
nas maiores regiões usuárias do mundo: Europa , Estados Unidos e Japão. Como a Anatel
brasileira tradicionalmente segue padrões definidos na Europa, os comentários realizados para
aquele continente também são válidos aqui para o Brasil.
        Todas as três regiões começaram com o seu próprio padrão analógico, não
vislumbrando que seu padrão de telefonia celular de então pudesse ser usado/aproveitado em
outra região do mundo. Uma vez surgindo as tecnologias digitais, o serviço de telefonia
celular apresentou espantoso crescimento, onde usuários do “mundo globalizado” cruzavam
fronteiras de seus países cada vez mais freqüentemente. Daí que o sistema de telefonia celular
começou a ter que atender novas demandas de tais usuários.
       Alguém teve a idéia de que seria realmente muito bom se um único padrão digital
mundial pudesse ser implantado comercialmente. Este alguém foi o ITU, International
Telecommunications Union. O ITU, orgão subjugado às Nações Unidas, então iniciou o
programa denominado IMT-2000 (International Mobile Telephone). O objetivo de tal
programa é desenvolver um único padrão digital de serviço de telefonia móvel para operar em
todo o mundo.
       Assim, o IMT-2000 começou seus trabalhos alocando para a 3G o espectro de
freqüência entre 1885 e 2200 MHz. Daí em diante, cada região do mundo encontrou
diferentes obstáculos para chegar a 3G.



5.1    EUROPA
      A Europa começou com vários sistemas analógicos 1G como o TACS na Inglaterra e o
NMT nos países escandinavos. Estes sistemas não operavam na mesma faixa de freqüência o
que não era um grande problema pois ainda não havia demanda para a interconexão entre
eles.
      Quando o upgrade para a segunda geração (já digital) começou, a Europa decidiu que
um único padrão em todo o continente seria adotado: GSM. O GSM europeu usa o TDMA
como air interface e opera em duas bandas: 800 MHz e 1800 MHz.
       Razões comerciais não deram tempo para que a 3G européia ficasse madura e
disponível comercialmente. Antes disso, passos intermediários entre a 2G e a 3G foram
17



adotados. O primeiro destes passos, denominado 2,5G, foi a implantação do GPRS, General
Packet Radio Services. Em termos simples, o GPRS é o uso de pacotes comutados sobre os
serviços de circuitos comutados do GSM. Note que até então, o 2,5G ainda não implementava
uma rede pura e nativa de pacotes comutados, que seria o ambiente ideal para a transmissão
de dados TCP/IP.
      O próximo passo intermediário foi a adoção do protocolo EDGE, Enhanced Data
GSM Enviroment. EDGE incorpora a modulação 8PSK (enquanto que GSM usa a GMSK),
incrementando a taxa de transmissão do 2,5G.
       Finalmente, o padrão 3G “oficial” europeu foi definido e denominado UMTS,
Universal Mobile Telecommunications System. A boa notícia sobre o UMTS é que ele provê
uma rede verdadeiramente orientada a pacotes comutados, e não o overlay visto no 2,5G. A
má notícia sobre o UMTS é que ele opera em uma faixa de freqüência (2000 MHz) diferente
do 2G, o que significa a exigência que grandes investimentos por parte das Operadoras para o
upgrade do sistema. Outro aspecto que chama atenção no UMTS é que ele não usa o TDMA
como air interface (como o GSM). Ele usa o WCDMA, Wideband CDMA.



5.2    ESTADOS UNIDOS
        Os Estados Unidos começaram a 1G com um padrão diferente do europeu. O AMPS
norte-americano opera a 900 MHz. Quando aconteceu a evolução para a 2G, os Estados
Unidos deram uma guinada e adotam três diferentes sistemas: IS-95, IS-54 e IS-136. O IS-95,
também denominado CDMA-One tem seu air interface baseado no CDMA. O IS-54 tem seu
air interface no GSM TDMA e o IS-136 no D-AMPS. Estes três sistemas adotaram duas
diferentes freqüências: 900 MHz e 1900 MHz. Eles evoluiram por dois diferentes caminhos
na direção da 3G e, pior ainda, findando em dois diferentes sistemas 3G.
       O caminho TDMA adota o protocolo EDGE europeu. Então, neste ponto da evolução
há compatibilidade entre o 2,5G norte-americano e europeu, apesar da faixa de freqüência ser
um pouco diferente. Infelizmente, ao finalizar no 3G, este caminho norte-americano não
termina no UMTS europeu porque os Estados Unidos não adotaram a faixa de freqüência de
2000 MHz (já previamente alocada para outros propósitos) para a sua 3G.
       O caminho CDMA passou por uma série de evoluções. A versão 2,5G é chamada
CDMA 2000 1X, enquanto a versão 3G é chamada de CDMA 2000 3X. Cada um destes
pontos da evolução do CDMA significam incremento no processamento digital do sinal, na
taxa de transmissão e na modulação.



5.3    JAPÃO
        O sistema 1G japonês operou com o sistema analógico JTACS e a sua 2G digital foi
implementada via PDC, cujo air interface é baseado no conhecido TDMA. Devido a esta
uniformidade, foi possível ao Japão pular do 2G direto ao 3G, não passando pelo 2,5G. Como
resultado, a Operadora NTT DoCoMo japonesa foi a primeira no mundo a adotar
comercialmente o 3G, em outubro de 2001. O sistema é baseado no air interface WCDMA,
similar ao UMTS.
18



A Figura a seguir resume os caminhos discutidos em direção a 3G




                       Figura 2 – Evolução para 3G
19




                                  6 CONCLUSÃO
       Com tudo o que foi visto, verificou-se que a adoção de uma ou outra tecnologia não
depende somente de fatores técnicos. A decisão é influenciada por fatores como
compatibilidade, atendimento das necessidades do usuário, reaproveitamento de recursos já
existentes e as próprias tendências e maturidade do mercado.
       No caso específico da telefonia móvel, foi constatado que a tecnologia GSM continua
sendo utilizada por uma questão de compatibilidade, uma vez que possui uma ampla base de
usuários a nível mundial.Novas tecnologias melhores que o GSM já estão disponíveis e
podem levar o Brasil e o resto do mundo para a terceira geração de telefonia móvel, mas ainda
não foram adotadas pelos motivos que foram citados anteriormente.
ANEXO A – ESTATÍSTICAS DO BRASIL
       Para mostrar em termos mais concretos a realidade da telefonia móvel no Brasil, são
apresentados dados estatísticos da Anatel.


                            Tabela 1 – Operadoras atuantes
                                        Tecnologias             Região
                   Operadora
                                  TDMA GSM CDMA                1 2 3
                Amazônia Celular     X       X                 X
                Vivo                 X               X         X X X
                Oi                           X                 X
                TIM                  X       X                 X X X
                Claro                X       X                 X X X
                TELEMIG Celular      X       X                 X
                CTBC                 X       X                 X X X
                BrT Celular                  X                    X

              Região 1
              Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais,
              Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Maranhão, Bahia, Sergipe,
              Piauí, Ceará, R. G. do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas
              Região 2
              Estados do Paraná, Santa Catarina, R. G. do Sul, Goiás,
              Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre e
              Distrito Federal
              Região 3
              Estado de São Paulo
21



             Tabela 2 – Acessos por região em Outubro de 2004
                                                    Densidade
      Região      Acessos (milhares)
                                            (100 acessos por habitante)
Norte                        3 472,81                                     24,69
Nordeste                     9 708,59                                     19,47
Sudeste                     29 879,55                                     39,14
Sul                         10 628,39                                     40,39
Centro Oeste                 5 975,72                                     47,68


             Tabela 3 – Acessos por Estado em Outubro de 2004
                                       Acessos         Densidade (100
    Região            Estado
                                     (milhares)     acessos por habitante)
  Norte        Rondônia                      423,02                  28,58
  Norte        Acre                          155,27                  25,28
  Norte        Amazonas                      905,04                  29,19
  Norte        Roraima                        99,06                  26,94
  Norte        Pará                        1 459,73                  21,80
  Norte        Amapá                         195,01                  35,26
  Norte        Tocantins                     235,69                  18,81
  Nordeste     Maranhão                      730,70                  12,29
  Nordeste     Piauí                         367,66                  12,47
  Nordeste     Ceará                       1 581,90                  20,12
  Nordeste     Rio Grande do Norte           717,74                  24,55
  Nordeste     Paraíba                       701,97                  19,82
  Nordeste     Pernambuco                  2 125,42                  25,80
  Nordeste     Alagoas                       622,23                  21,11
  Nordeste     Sergipe                       441,54                  23,20
  Nordeste     Bahia                       2 419,43                  17,85
  Sudeste      Minas Gerais                5 812,51                  30,98
  Sudeste      Espírito Santo                991,19                  30,05
  Sudeste      Rio de Janeiro              7 601,97                  50,57
  Sudeste      São Paulo                  15 473,89                  39,43
  Sul          Paraná                      3 327,33                  33,22
  Sul          Santa Catarina              2 082,03                  36,61
  Sul          Rio Grande do Sul           5 219,03                  49,18
  Centro Oeste Mato Grosso do Sul          1 003,26                  45,63
  Centro Oeste Mato Grosso                 1 038,96                  38,51
  Centro Oeste Goiás                       1 909,20                  35,34
  Centro Oeste Distrito Federal            2 024,30                  90,63
22



  Tabela 4 – Acessos por tecnologia em Setembro de 2004
     Banda           Acessos         Participação (%)
   AMPS                   431 383                   0,74
   TDMA                24 634 676                  42,36
   CDMA                17 262 852                  29,68
   GSM                 15 829 153                  27,22


    Tabela 5 – Acessos por banda em Setembro de 2004
         Banda         Acessos    Participação (%)
      A                30 530 193             52,50
      B                16 960 411             29,16
      D                 9 190 716             15,80
      E                 1 476 744               2,54

Tabela 6 – Acessos por plano de serviço em Setembro de 2004
           Plano        Acessos     Participação (%)
      Pós-Pago          11 860 922               20,39
      Pré-Pago          46 297 142               79,61


  Tabela 7 – Novas ERBs instaladas em Setembro de 2004
          Banda      ERBs      Participação (%)
     A                8 931                   37,44
     B                5 290                   22,17
     D                6 520                   27,33
     E                3 115                   13,06
23




               ANEXO B – MAPA DO BRASIL
Distribuição das operadoras de telefonia móvel no Brasil segundo a Anatel.
                 Figura 3 – Mapa das operadoras no Brasil
24
25




       ANEXO C – APRESENTAÇÃO DE SLIDES
Miniatura da apresentação de slides sobre telefonia móvel.
REFERÊNCIAS
ANATEL. Comunicação Móvel Celular. Disponível em
http://www.anatel.gov.br/comunicacao_movel/smc/smc.asp?CodArea=31&CodTemplate=26,
acessado em 10 de novembro de 2004.
FUNDAÇÃO TELEFÔNICA. Telefonia Móvel Celular. Disponível em
http://www.museudotelefone.org.br/celular.htm, acessado em 10 de novembro de 2004.
MULTIREDE. Evolução do serviço de telefonia móvel celular: da rede convencional à
integração com a internet. Disponível em http://www.multirede.com.br/pagina.php?
codigo=318, acessado em 11 de novembro de 2004.
3G AMÉRICAS. Nossa Tecnologia. Disponível em
http://www.3gamericas.org/Portuguese/Technology_Center, acessado em 11 de novembro de
2004.
PLANETA CELULAR. O que é 3G (Terceira Geração). Disponível em
http://www.planetacelular.com.br/3G.asp, acessado em 12 de novembro de 2004.
UMTS FORUM. What is UMTS? Disponível em http://www.umts-
forum.org/servlet/dycon/ztumts/umts/Live/en/umts/What+is+UMTS_index, acessado em 13
de novembro de 2004.
GUIMARÃES, Camila. Banda E? TDMA? GSM? Espectro?! Socorro! Revista Negócios
Exame, março de 2001.
NETO, Otávio. Banda C - 1,9 ou 1,8 GHz: A Razão da Polêmica. Disponível em
http://www.eletronica.org/modules.php?name=News&file=article&sid=185, acessado em 15
de novembro de 2004.

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  • 1. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO CÂMPUS CANOAS TELEFONIA MÓVEL Daniel Metz Felipe Griep Mauricio Astiazara Pesquisa desenvolvida durante a disciplina de Teoria Geral de Sistemas do Curso de Sistemas de Informação da Universidade Luterana do Brasil, câmpus Canoas. Prof. Mauro Erbert
  • 2. 2 Canoas, Novembro de 2004. Universidade Luterana do Brasil – ULBRA Curso de Sistemas de Informação – Câmpus Canoas CIP – Catalogação na Publicação Metz, Daniel. Griep, Felipe. Astiazara, Mauricio. Telefonia Móvel / Daniel Metz; Felipe Griep; Mauricio Astiazara. – Canoas: 2004. 26 p.: il. Universidade Luterana do Brasil, 2004. 1. Telefonia Móvel. 2. Telefone Celular. 3. Telecomunicação. Endereço: Universidade Luterana do Brasil – Câmpus Canoas Av. Miguel Tostes, 101 – Bairro São Luís CEP 92420-280 Canoas-RS – Brasil
  • 3.
  • 4. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................10 2 CONCEITO..........................................................................................................................11 3 HISTÓRIA............................................................................................................................13 4 GERAÇÕES.........................................................................................................................14 5 Evolução nos Principais Países Consumidores..................................................................16 6 CONCLUSÃO......................................................................................................................19
  • 7. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 1G Primeira Geração 2G Segunda Geração 3G Terceira Geração 8PSK 8 Bits quadrature Phase-Shift Keying AMPS Advanced Mobile Phone System Anatel Agência Nacional de Telecomunicações CCC Central de Comutação e Controle CDMA Code Division Multiple Access EDGE Enhanced Data GSM Environment ERB Estação Rádio Base Ev-DO Evolution Data Optmized Ev-DV Evolution Data and Voice FDMA Frequency Division Multiple Access GMSK Gaussian Minimum Shift Keying GPRS General Packet Radio Services GSM Global System for Mobile Communication IP Internet Protocol Kbps Quilobits por segundo MHz Mega Hertz NAMTS Nippon Advanced telephone System NMT Nordic Mobile telephone Service PDC Personal Digital Cellular TACS Total Access Communications Systems TCP Transmission Control Protocol TDMA Time Division Multiple Access UMTS Universal Mobile Telecommunications System WCDMA Wideband Code Division Multiple Access
  • 8. RESUMO Este trabalho tem como objetivo proporcionar um conhecimento básico sobre a as tecnologias de telefonia móvel atualmente em uso, quais suas características, a aplicação em cada país e as tendências para o futuro. Palavras-chaves: Telefonia Móvel; Telefone Celular; Telecomunicação.
  • 9. ABSTRACT Title: “Mobile telephony” This work has as objective to provide a basic knowledge on the currently technologies of mobile telephony, explain its characteristics, the application in each country and the trends for the future. Key-words: Mobile telephony; Cellular Telephone; Telecommunication.
  • 10. 1 INTRODUÇÃO Com o rápido avanço das telecomunicações no país, principalmente alavancadas pela privatização da estatal de telefonia, uma miscelânea de siglas e termos passou a fazer parte do dia a dia do brasileiro, proporcionando até mesmo uma confusão e desnorteamento. Através da leitura desse trabalho, será possível obter um nível de conhecimento suficiente para esclarecer essa babel de tecnologias de forma imparcial e não tendenciosa como as campanhas publicitárias das operadoras de telefonia. O primeiro capítulo explica o princípio básico de funcionamento da telefonia móvel de forma simplificada. Já no capítulo seguinte, um pouco da história do surgimento e aplicação no mundo e no Brasil. Em seguida, a evolução tecnológica da telefonia móvel é abordada geração a geração. Mais detalhes sobre os rumos do setor de cada país são levantados no próximo capítulo. Informações estatísticas sobre a telefonia móvel do Brasil estão anexas no final do trabalho.
  • 11. 2 CONCEITO Segundo a Anatel, “Serviço móvel celular é o serviço de telecomunicações móvel terrestre, aberto à correspondência pública, que utiliza sistema de radiocomunicações com técnica celular, interconectado à rede pública de telecomunicações, e acessado por meio de terminais portáteis, transportáveis ou veiculares, de uso individual”. O funcionamento da Telefonia Móvel baseia-se na divisão da área a ser coberta em áreas menores chamadas de células. Cada área é coberta por um transmissor de baixa potência chamado de Estação Rádio Base (ERB), cuja função é atender a demanda originada pelos usuários que estão dentro da sua área de cobertura. Cada ERB está conectada a uma Central de Comutação e Controle (CCC) que está conectada à Rede Pública de telefonia. A CCC é responsável pela interligação e controle de várias ERBs, pela monitoração de handoff (quando o usuário muda de uma ERB para outra à medida que se desloca) e pelo redirecionamento de chamada via roaming. Ao se conectar a uma ERB, o usuário recebe 2 faixas de freqüências diferentes, para que ele possa falar e ouvir ao mesmo tempo. Figura 1 – Funcionamento da telefonia móvel
  • 12. 12
  • 13. 3 HISTÓRIA Proposto no ano de 1945 pela AT&T Bell Labs, o conceito de telefonia celular se tornou a forma de comunicação sem fio mais conhecida do mundo. Nos anos 70, a mesma AT&T lança o sistema celular conhecido por AMPS (Advanced Mobile Phone System). A princípio, tal sistema destinava-se a automóveis e sua aplicação era limitada tendo em vista a baixa durabilidade das baterias, além de atender um baixo número de usuários. No final da década de 70, foi lançada no Japão a primeira rede de telefonia celular. No começo da década de 80, o sistema AMPS é melhorado, e a primeira rede americana baseada neste sistema é criada em Chicago e Baltimore. Na mesma época, outros sistemas similares entram em operação no mundo: TACS (Total Access Communications Systems) no Reino Unido; NMT (Nordic Mobile telephone Service) na Escandinávia, NAMTS (Nippon Advanced telephone System) no Japão. No Brasil, no início da década de 70, foi implantado em Brasília um serviço anterior à tecnologia celular, contando com apenas 150 terminais. E, em 1984, deu-se início à análise de sistemas de tecnologia celular, sendo definido o padrão americano, analógico AMPS, como modelo a ser introduzido (foi implantado, também, em todos os outros países do continente americano e em alguns países da Ásia e Austrália). A primeira cidade a usar o serviço foi o Rio da Janeiro, em 1990, seguido por Brasília. Em São Paulo, considerado o último dos grandes mercados do mundo, o serviço móvel celular foi inaugurado em 6 de agosto de 1993 numa área de concessão que envolveu 620 municípios, sendo 64 em sua região metropolitana e 556 no Interior. A partir de 31 de janeiro de 1998, o serviço celular passou a ser operado pela Telesp Celular S.A., na Banda A. No início, os aparelhos pesavam quase meio quilo, e os assinantes tinham que pagar uma caução de US$ 20 mil para entrar no sistema. Havia aparelhos veiculares que ficavam fixos no carro e outros que podiam ser carregados. Em 1997, com a liberação da Banda B para empresas privadas, o sistema aumentou as áreas de abrangência e o número de terminais. A telefonia móvel chegou ao Rio Grande do Sul em 18 dezembro de 1992. O sistema começou de forma limitada, abrangendo Porto Alegre, Guaíba, Eldorado do Sul, Gravataí e Litoral Norte do Estado, com uma capacidade inicial de 4 mil assinantes. Em 1993, a capacidade foi ampliada para 20 mil assinantes.
  • 14. 4 GERAÇÕES Os marcos tecnológicos que aconteceram na telefonia celular serviram para a definição de gerações que são vistas a seguir. 4.1 PRIMEIRA GERAÇÃO A primeira geração de telefonia móvel, apelidada 1G, utilizava a modulação analógica de sinais em uma onda portadora de rádio frequência, e operava sobre redes com tecnologia de comutação de circuito. Neste tipo de rede, um circuito de voz é alocado permanentemente enquanto dura a chamada. Trata-se de um serviço orientado a conexão. Para a modulação do sinal analógico na portadora de rádio freqüência foi adotado o FDMA, Frequency Division Multiple Access (Acesso Múltiplo por Divisão de Freqüência). Um exemplo de sistema de telefonia móvel que opera na geração 1G é o AMPS, Advanced Mobile Phone Service. 4.2 SEGUNDA GERAÇÃO Com a demanda de novos usuários, o sistema de telefonia analógico foi rapidamente exaurido. Novos sistemas com novas tecnologias seriam necessários. Assim surgiu a segunda geração, 2G. Na 2G, um sinal, agora digital, é modulado na onda de rádio freqüência. O sinal digital modulado é ainda transportado sobre rede com tecnologia comutada a circuito, assim como na 1G. Algumas vantagens imediatas do sistema 2G sobre o 1G foram: a acomodação de maior número de usuários numa mesma faixa de frequência, possibilidade de conferência entre usuários e sistema de mensagens. Com a 2G, o FDMA é ainda usado para a divisão da faixa de frequência em pequenos blocos, porém a utilização de tais blocos é feita com a adoção de duas novas, até então, tecnologias de acesso digital: TDMA, Time Division Multiple Access (Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo), e CDMA, Code Division Multiple Access (Acesso Múltiplo por Divisão de Código). Estas tecnologias são classificadas como “air interface”: uma forma de manipular os sinais de forma a maximizar o uso da faixa de frequência disponível. Assim, FDMA é uma tecnologia air interface analógica, enquanto que TDMA e CDMA são digitais. Outras tecnologias da segunda geração são GSM, Global System for Mobile Communication (Sistema Global para Comunicação Móvel) e PDC, Personal Digital Cellular (Celular Digital
  • 15. 15 Pessoal). Serviços 2G “puros” podem ofertar uma taxa de transmissão de dados de até 14 Kbps. 4.3 SEGUNDA GERAÇÃO E MEIA Um novo degrau da evolução do padrão 2G foi sua integração com transmissão de pacotes de dados, muito devido à forte demanda de serviços de acesso à internet para ambiente wireless. Esta nova capacidade recebeu o nome de sistemas 2,5G. O maior incremento que o 2,5G trouxe foi uma técnica avançada de modulação (comparado ao 2G), permitindo a comutação de pacotes ao invés de circuitos, a mesma técnica de transmissão adotada pelo IP da arquitetura TCP/IP. Diferentemente da comutação por circuito que aloca um circuito fim-a-fim durante a transmissão, a comutação de pacotes só utiliza o caminho quando de fato há dados para transmitir. Assim, a tecnologia 2,5G trouxe um uso mais eficiente do espectro de frequência e da banda disponível, promovendo o meio de transporte mais apropriado para a navegação de aplicações na internet a partir de dispositivos wireless, notadamente com o surgimento de aparelhos celulares com esta capacidade. Com 2,5G puro, pode-se atingir a taxa de transmissão de dados de até 144 Kbps. Na maioria dos casos, os sistemas 2,5G são implementados diretamente sobre as redes 2G existentes. Como resultado, um sistema 2,5G não é uma rede comutada a pacotes “pura”. Na verdade, pacotes de dados são transmitidos sobre redes de circuitos comutados. Redes wireless comutadas puras para pacotes somente serão mesmo disponibilizadas com o advento da geração 3G. A rede digital 2,5G no Brasil é pelo protocolo GPRS, General Packet Radio Services, sobre redes GSM e pelo CDMA 1x (evolução do CDMA). 4.4 TERCEIRA GERAÇÃO Uma segunda evolução para redes 2G GSM, após o GPRS, é a técnica de modulação denominada EDGE, Enhanced Data GSM Environment. Enquanto GPRS utiliza a modulação GMSK (Gaussian Minimum Shift Keying), EDGE utiliza a 8PSK (8 Bits quadrature Phase- Shift Keying) que possibilita um incremento na velocidade de transmissão de três vezes sobre o GPRS. A geração 3G adotada na Europa, onde a Anatel alinha-se para definir os padrões no Brasil, como evolução para o GSM é denominada UMTS, Universal Mobile Telecommunications System, que utiliza a tecnologia de acesso WCDMA, Wideband Code Division Multiple Access. Já para redes CDMA1x, a evolução para 3G são o CDMA 2000, Ev-DO (Evolution Data Optmized) e Ev-DV (Evolution Data and Voice), que possuem velocidades de banda larga. Esta geração é, já na sua essência, uma rede de comutação de pacotes (e não de circuitos) para acesso wireless. Com esta geração vislumbra-se alcançar de forma plena a convergência da internet com a mobilidade.
  • 16. 16 5 Evolução nos Principais Países Consumidores Por várias razões, a evolução da telefonia celular para a 3G segue caminhos diferentes nas maiores regiões usuárias do mundo: Europa , Estados Unidos e Japão. Como a Anatel brasileira tradicionalmente segue padrões definidos na Europa, os comentários realizados para aquele continente também são válidos aqui para o Brasil. Todas as três regiões começaram com o seu próprio padrão analógico, não vislumbrando que seu padrão de telefonia celular de então pudesse ser usado/aproveitado em outra região do mundo. Uma vez surgindo as tecnologias digitais, o serviço de telefonia celular apresentou espantoso crescimento, onde usuários do “mundo globalizado” cruzavam fronteiras de seus países cada vez mais freqüentemente. Daí que o sistema de telefonia celular começou a ter que atender novas demandas de tais usuários. Alguém teve a idéia de que seria realmente muito bom se um único padrão digital mundial pudesse ser implantado comercialmente. Este alguém foi o ITU, International Telecommunications Union. O ITU, orgão subjugado às Nações Unidas, então iniciou o programa denominado IMT-2000 (International Mobile Telephone). O objetivo de tal programa é desenvolver um único padrão digital de serviço de telefonia móvel para operar em todo o mundo. Assim, o IMT-2000 começou seus trabalhos alocando para a 3G o espectro de freqüência entre 1885 e 2200 MHz. Daí em diante, cada região do mundo encontrou diferentes obstáculos para chegar a 3G. 5.1 EUROPA A Europa começou com vários sistemas analógicos 1G como o TACS na Inglaterra e o NMT nos países escandinavos. Estes sistemas não operavam na mesma faixa de freqüência o que não era um grande problema pois ainda não havia demanda para a interconexão entre eles. Quando o upgrade para a segunda geração (já digital) começou, a Europa decidiu que um único padrão em todo o continente seria adotado: GSM. O GSM europeu usa o TDMA como air interface e opera em duas bandas: 800 MHz e 1800 MHz. Razões comerciais não deram tempo para que a 3G européia ficasse madura e disponível comercialmente. Antes disso, passos intermediários entre a 2G e a 3G foram
  • 17. 17 adotados. O primeiro destes passos, denominado 2,5G, foi a implantação do GPRS, General Packet Radio Services. Em termos simples, o GPRS é o uso de pacotes comutados sobre os serviços de circuitos comutados do GSM. Note que até então, o 2,5G ainda não implementava uma rede pura e nativa de pacotes comutados, que seria o ambiente ideal para a transmissão de dados TCP/IP. O próximo passo intermediário foi a adoção do protocolo EDGE, Enhanced Data GSM Enviroment. EDGE incorpora a modulação 8PSK (enquanto que GSM usa a GMSK), incrementando a taxa de transmissão do 2,5G. Finalmente, o padrão 3G “oficial” europeu foi definido e denominado UMTS, Universal Mobile Telecommunications System. A boa notícia sobre o UMTS é que ele provê uma rede verdadeiramente orientada a pacotes comutados, e não o overlay visto no 2,5G. A má notícia sobre o UMTS é que ele opera em uma faixa de freqüência (2000 MHz) diferente do 2G, o que significa a exigência que grandes investimentos por parte das Operadoras para o upgrade do sistema. Outro aspecto que chama atenção no UMTS é que ele não usa o TDMA como air interface (como o GSM). Ele usa o WCDMA, Wideband CDMA. 5.2 ESTADOS UNIDOS Os Estados Unidos começaram a 1G com um padrão diferente do europeu. O AMPS norte-americano opera a 900 MHz. Quando aconteceu a evolução para a 2G, os Estados Unidos deram uma guinada e adotam três diferentes sistemas: IS-95, IS-54 e IS-136. O IS-95, também denominado CDMA-One tem seu air interface baseado no CDMA. O IS-54 tem seu air interface no GSM TDMA e o IS-136 no D-AMPS. Estes três sistemas adotaram duas diferentes freqüências: 900 MHz e 1900 MHz. Eles evoluiram por dois diferentes caminhos na direção da 3G e, pior ainda, findando em dois diferentes sistemas 3G. O caminho TDMA adota o protocolo EDGE europeu. Então, neste ponto da evolução há compatibilidade entre o 2,5G norte-americano e europeu, apesar da faixa de freqüência ser um pouco diferente. Infelizmente, ao finalizar no 3G, este caminho norte-americano não termina no UMTS europeu porque os Estados Unidos não adotaram a faixa de freqüência de 2000 MHz (já previamente alocada para outros propósitos) para a sua 3G. O caminho CDMA passou por uma série de evoluções. A versão 2,5G é chamada CDMA 2000 1X, enquanto a versão 3G é chamada de CDMA 2000 3X. Cada um destes pontos da evolução do CDMA significam incremento no processamento digital do sinal, na taxa de transmissão e na modulação. 5.3 JAPÃO O sistema 1G japonês operou com o sistema analógico JTACS e a sua 2G digital foi implementada via PDC, cujo air interface é baseado no conhecido TDMA. Devido a esta uniformidade, foi possível ao Japão pular do 2G direto ao 3G, não passando pelo 2,5G. Como resultado, a Operadora NTT DoCoMo japonesa foi a primeira no mundo a adotar comercialmente o 3G, em outubro de 2001. O sistema é baseado no air interface WCDMA, similar ao UMTS.
  • 18. 18 A Figura a seguir resume os caminhos discutidos em direção a 3G Figura 2 – Evolução para 3G
  • 19. 19 6 CONCLUSÃO Com tudo o que foi visto, verificou-se que a adoção de uma ou outra tecnologia não depende somente de fatores técnicos. A decisão é influenciada por fatores como compatibilidade, atendimento das necessidades do usuário, reaproveitamento de recursos já existentes e as próprias tendências e maturidade do mercado. No caso específico da telefonia móvel, foi constatado que a tecnologia GSM continua sendo utilizada por uma questão de compatibilidade, uma vez que possui uma ampla base de usuários a nível mundial.Novas tecnologias melhores que o GSM já estão disponíveis e podem levar o Brasil e o resto do mundo para a terceira geração de telefonia móvel, mas ainda não foram adotadas pelos motivos que foram citados anteriormente.
  • 20. ANEXO A – ESTATÍSTICAS DO BRASIL Para mostrar em termos mais concretos a realidade da telefonia móvel no Brasil, são apresentados dados estatísticos da Anatel. Tabela 1 – Operadoras atuantes Tecnologias Região Operadora TDMA GSM CDMA 1 2 3 Amazônia Celular X X X Vivo X X X X X Oi X X TIM X X X X X Claro X X X X X TELEMIG Celular X X X CTBC X X X X X BrT Celular X X Região 1 Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Maranhão, Bahia, Sergipe, Piauí, Ceará, R. G. do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas Região 2 Estados do Paraná, Santa Catarina, R. G. do Sul, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre e Distrito Federal Região 3 Estado de São Paulo
  • 21. 21 Tabela 2 – Acessos por região em Outubro de 2004 Densidade Região Acessos (milhares) (100 acessos por habitante) Norte 3 472,81 24,69 Nordeste 9 708,59 19,47 Sudeste 29 879,55 39,14 Sul 10 628,39 40,39 Centro Oeste 5 975,72 47,68 Tabela 3 – Acessos por Estado em Outubro de 2004 Acessos Densidade (100 Região Estado (milhares) acessos por habitante) Norte Rondônia 423,02 28,58 Norte Acre 155,27 25,28 Norte Amazonas 905,04 29,19 Norte Roraima 99,06 26,94 Norte Pará 1 459,73 21,80 Norte Amapá 195,01 35,26 Norte Tocantins 235,69 18,81 Nordeste Maranhão 730,70 12,29 Nordeste Piauí 367,66 12,47 Nordeste Ceará 1 581,90 20,12 Nordeste Rio Grande do Norte 717,74 24,55 Nordeste Paraíba 701,97 19,82 Nordeste Pernambuco 2 125,42 25,80 Nordeste Alagoas 622,23 21,11 Nordeste Sergipe 441,54 23,20 Nordeste Bahia 2 419,43 17,85 Sudeste Minas Gerais 5 812,51 30,98 Sudeste Espírito Santo 991,19 30,05 Sudeste Rio de Janeiro 7 601,97 50,57 Sudeste São Paulo 15 473,89 39,43 Sul Paraná 3 327,33 33,22 Sul Santa Catarina 2 082,03 36,61 Sul Rio Grande do Sul 5 219,03 49,18 Centro Oeste Mato Grosso do Sul 1 003,26 45,63 Centro Oeste Mato Grosso 1 038,96 38,51 Centro Oeste Goiás 1 909,20 35,34 Centro Oeste Distrito Federal 2 024,30 90,63
  • 22. 22 Tabela 4 – Acessos por tecnologia em Setembro de 2004 Banda Acessos Participação (%) AMPS 431 383 0,74 TDMA 24 634 676 42,36 CDMA 17 262 852 29,68 GSM 15 829 153 27,22 Tabela 5 – Acessos por banda em Setembro de 2004 Banda Acessos Participação (%) A 30 530 193 52,50 B 16 960 411 29,16 D 9 190 716 15,80 E 1 476 744 2,54 Tabela 6 – Acessos por plano de serviço em Setembro de 2004 Plano Acessos Participação (%) Pós-Pago 11 860 922 20,39 Pré-Pago 46 297 142 79,61 Tabela 7 – Novas ERBs instaladas em Setembro de 2004 Banda ERBs Participação (%) A 8 931 37,44 B 5 290 22,17 D 6 520 27,33 E 3 115 13,06
  • 23. 23 ANEXO B – MAPA DO BRASIL Distribuição das operadoras de telefonia móvel no Brasil segundo a Anatel. Figura 3 – Mapa das operadoras no Brasil
  • 24. 24
  • 25. 25 ANEXO C – APRESENTAÇÃO DE SLIDES Miniatura da apresentação de slides sobre telefonia móvel.
  • 26. REFERÊNCIAS ANATEL. Comunicação Móvel Celular. Disponível em http://www.anatel.gov.br/comunicacao_movel/smc/smc.asp?CodArea=31&CodTemplate=26, acessado em 10 de novembro de 2004. FUNDAÇÃO TELEFÔNICA. Telefonia Móvel Celular. Disponível em http://www.museudotelefone.org.br/celular.htm, acessado em 10 de novembro de 2004. MULTIREDE. Evolução do serviço de telefonia móvel celular: da rede convencional à integração com a internet. Disponível em http://www.multirede.com.br/pagina.php? codigo=318, acessado em 11 de novembro de 2004. 3G AMÉRICAS. Nossa Tecnologia. Disponível em http://www.3gamericas.org/Portuguese/Technology_Center, acessado em 11 de novembro de 2004. PLANETA CELULAR. O que é 3G (Terceira Geração). Disponível em http://www.planetacelular.com.br/3G.asp, acessado em 12 de novembro de 2004. UMTS FORUM. What is UMTS? Disponível em http://www.umts- forum.org/servlet/dycon/ztumts/umts/Live/en/umts/What+is+UMTS_index, acessado em 13 de novembro de 2004. GUIMARÃES, Camila. Banda E? TDMA? GSM? Espectro?! Socorro! Revista Negócios Exame, março de 2001. NETO, Otávio. Banda C - 1,9 ou 1,8 GHz: A Razão da Polêmica. Disponível em http://www.eletronica.org/modules.php?name=News&file=article&sid=185, acessado em 15 de novembro de 2004.