4. • De inicio, são textos que utilizam a norma culta da língua além de serem claros e objetivos. Podemos
caracterizar textos desse gênero como injuntivos, ou seja, enunciam informações instrucionais a qual sua
construção verbal geralmente é apresentada na forma imperativa (ordenando o receptor a realizar uma
determinada sequência de ações). Em alguns casos, o infinitivo entra em cena e substitui o modo imperativo.
Exemplo:
Adicione 300 ml de trigo Adicionar 300 ml de trigo
• Pode ser apresentado basicamente em três partes: título, ingredientes necessários para o processo e como fazer
todo o processo obtendo seu produto final.
Ingredientes: apresenta substantivos concretos e numerais indicando quantidade.
Como fazer: indica palavras que devem ser seguidas de forma precisa (dizem o que querem dizer) com o acréscimo
de instruções que desenvolvem todo o processo.
O gênero textual receita não aborda somente o preparo de alimentos, podendo atuar com a mesma estrutura na
confecção de objetos por exemplo.
5. Basicamente apresenta: Título, Ingredientes e modo de fazer.
Título
Ingredientes
Modo de
preparo
Verbos
conjugados
no
imperativo
Forma culta
da língua,
clara e
objetiva
Indicação da
quantidade
referida a cada
ingrediente
7. Cuidado Com O Menino! – Capítulo 1
[...]
Sopa de menino
Ingredientes
(para servir um lobo faminto)
Um menino (de tamanho médio)
Um caldeirão de ferro bem grande
Uma tonelada de batatas
Um montão de cebolas
Uma tina de rabanetes
Uma carroça cheia de cenouras
Balas de frutas
Um poço cheio de água
Um barril de tijolos
Uma colher de pedreiro
Modo de fazer
1. Primeiro, pegue o menino.
2. Lave-o bem, principalmente atrás das orelhas.
3. Coloque-o firmemente dentro do caldeirão de
ferro.
4. Acrescente água, batatas, cebolas, rabanetes,
cenouras e mais as balas de frutas para temperar.
5. Sente-se no barril de tijolos e mexa bem, até
quinta-feira, usando a colher de pedreiro.
[...]
8.
9. • Apresenta particularidades bem distintas mesmo se assemelhando a outros como a carta. Em tradução livre, tal termo
significa “mensagem eletrônica”, tal gênero é bastante emergente nos dias de hoje com a maior inclusão de pessoas à
tecnologia. Sua linguagem geralmente é padrão à normal culta. Entretanto, por se tratar de um meio virtual e do grau de
intimidade entre ambas as partes (quem produz e quem recebe), a linguagem pode apresentar traços de informalidade.
• Apresenta estruturas padrões como: Vocativo, texto, despedida e assinatura. Tal estrutura apresenta graus de variações
dependendo do grau de formalidade e/ou do destinatário.
• A situação a qual é estabelecida entre os interlocutores determina a variação da linguagem.
• Apresenta curtos parágrafos objetivando um texto claro e objetivo para o receptor.
• Tal gênero ainda apresenta um endereço virtual (atua como uma espécie de identificação e é obrigatório) representado
esquematicamente a seguir:
fulano@provedor.com
1. Nome do
usuário
2. Significa “em”. Informa ao
sistema o nome de usuário ao
referido domínio.
3. Refere-se a
empresa
prestadora do
serviço (domínio)
4. Com: Comercial
1
2
3
4
10. Título da
mensagem
Mensagem
caracterizada pela
norma culta da língua.
Vocativo, texto curto,
claro e objetivo,
despedida e assinatura
do emissor
Endereço de e-
mail do
destinatário
Outros recursos que
podem ser
incrementados a
mensagem como:
Imagens, arquivos, links
e etc.
Obs: O destinatário também recebe informações temporais (data e hora)
11. Em 30 de julho de 2015 20:40, Fernanda escreveu:
Giovanna,
Eu nem acredito que vc passou todas as suas férias longe de mim!!!!!!
Você aproveitou bastante todos os momentos e acredito que nem tenha ficado chateada quando acabou
a luz na casa da sua colega né? rs Você sabe nadar bem? Quem te levou lá pro fundão na praia?
Adorei saber como foram suas férias... As minhas foram boas tbm, mas não consegui aproveitar tanto
como você, o Enem está chegando né. Quero ver meu nome na lista dos aprovados. #FeraENEM
Bjoes
Fernanda
12.
13.
14. • O gênero é executado por leitores que tecem comentários sobre determinado assunto, enriquecendo a matéria
com informações adicionais, opiniões e elogios ao corpo de edição. Em contrapartida, observamos um
levantamento de argumentos, duvidas e críticas (não em todos eles) a cerca da equipe editora da matéria. Este
gênero geralmente é encontrado em revistas e jornais, tanto no meio físico quanto virtual.
• Mas por que estes, revistas e jornais, destinam um espaço exclusivo para a publicação de cartas desses leitores?
A resposta é simples: É uma estratégia bastante eficiente. As informações fornecidas por partes dos leitores
acabam gerando adaptações e aprimoramentos utilizados pelos editores a fim de agradar a opinião pública.
• Geralmente os textos são elaborados na 1ª pessoa, também podendo ir para a 3ª.
Exemplo:
“Olá Jornal X,
Eu venho comunicar minha opinião acerca...”
• Apresenta estruturas padrões de uma carta como: data, título, vocativo, texto exprimindo ponto de vista,
despedida, assinatura e em alguns casos, a localização do leitor.
• Obs: Nem sempre as cartas dos leitores são destinadas a um assunto contido no jornal/revista. O texto pode
abordar um tema recorrente da sociedade como a violência, por exemplo.
“Olá Jornal X,
Nós, Recifenses, viemos comunicar nossa opinião acerca...”
15. Texto
referindo-se a
uma matéria
da revista
Texto redigido na forma
culta da língua
Exposição de seu ponto
de vista sobre o
bullying.
Título
Nome do emissor da
mensagem, localização e
data
16.
17.
18.
19. • É um gênero onde o escritor irá desenvolver uma serie de fatos históricos ou de temas atuais, fundamentados no âmbito
cronológico. O texto promove uma reflexão e interpretação dos fatos abrangendo fatos do dia a dia, ou algo não tão
relevante, por exemplo. É um gênero construído de forma informal. Os textos podem ser escritos na 1ª e 3ª pessoa,
apresentando marcas da subjetividade pois o texto é redigido de acordo com a ótica do autor.
• É encontrado em jornais , revistas e textos literários.
• Apresenta um discurso direto, indireto ou misto.
Exemplos
Você falou bem de mim pra ele, André? – Perguntou Mariana. / Mariana perguntou para André se ele tinha falado bem dela
para ele. / Mariana pergunta para André algo. Você falou bem de mim pra ele? Ela estava angustiada.
• Pode fazer uso da ironia, duplos sentidos, jogos de palavras, conotações, fatos reais e etc.
As crônicas podem ser: Jornalísticas, históricas, narrativas, líricas, descritivas e etc.
Apresenta como padrão uma estrutura que contém: Introdução, argumentos e conclusão.
20. A luta e a lição!
Texto redigido de forma
informal, não
preocupando-se com
dados técnicos
Retratação de fatos reais,
apresentando quando e
onde o fato ocorre
Apresenta sua visão
própria em relação ao
fato
Título
Apresenta uma reflexão
geral e universal para os
leitores.
21. Os anos passaram e o marido de Marisa já não mais morria de ciúmes. Até que um dia
descobriu num canto da lavanderia, rosas vermelhas com um cartão: Amo você. Assinado:
“Reginaldo”.
Reginaldo? O vizinho? O vizinho está enviando flores para minha esposa? Cretino!
João ficou desesperado. Chegava cedo do trabalho e procurava nas gavetas por alguma carta,
por algum sinal de adultério.
Um dia encontrou o vizinho na rua e avançou com o punho fechado. O homem correu para sua
casa, mas João, furioso, foi atrás dele. Reginaldo colocou a chave na fechadura, enquanto repetia:
- Você não entende... não é como você pensa, vizinho. João nem escutou e lhe deu vários socos
no nariz.
A irmã de Marisa ligou preocupada: “Encontrei sua vizinha fofoqueira, a Ritinha, e ela falou que
seu marido sabe que você tem um amante.”
Marisa, feliz, confessou: “Querida, paguei R$1.000 ao vizinho desempregado para que mandasse
flores, e mais R$ 2.000 para a cirurgia, mas valeu cada centavo. Meu marido me ama
novamente.”
Rosas
- Isabel F. Furini
22. ISSO É MUITA SABEDORIA
Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um
último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o
amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e
procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços
inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de
imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes,
nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma
surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor
concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem
melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um
amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.
Clarice Lispector
23. Preciso voltar ao mercado de trabalho!
Por que me puseram para fora? Por qual razão o desemprego bateu à minha porta?
O que fiz para merecer isso? Será que vai demorar muito a aparecer uma
oportunidade? Então, que surja logo, meu Deus!
Contas chegam sem parar. Água, luz, condomínio, cartões, impostos... São tantos,
sem tê-los como honrar. E agora, não tenho mais unhas para roer, nem cabelos para
arrancar de minha cabeça que não para de pensar numa saída.
Saída e a única coisa que busco neste momento. Palavra com hiato, acentuada, que
significa uma escapatória. Assim define-se saída. O desemprego parece um hiato na
nossa carreira, nas nossas pretensões. Parece muito mais longo do que imaginamos.
Sentimos nas dificuldades que passamos e na angústia que sentimos que se trata de
uma pausa nada agradável e salutar. Ou pode ser?
[...]
Jornal do leitor(crônicas) – Por Carlos Delano Rebouças
24. • É um gênero textual a qual presenciamos a fusão entra a dissertação e argumentação. De grosso modo explanando, a
dissertação é responsável pela explicação sobre um determinado assunto, bastante aplicado nos meios informacionais.
Quanto a argumentação, vemos a inserção de seu ponto de vista e a elaboração da persuasão, tentando convencer o leitor do
texto sobre determinada(o) atitude/posicionamento do assunto. Tal fusão ocasiona um texto desenvolvido a fim de explicar
um acontecimento/tema e ao mesmo tempo convencer o leitor a mudar suas opiniões e até mesmo suas práticas.
• Os textos são redigidos na forma culta da língua. São proferidos na 3ª pessoa.
• Apresentam ideias claras e objetivas, um posicionamento por parte do autor e uma proposta de intervenção.
• Apresenta as seguintes estruturas: Introdução, desenvolvimento e sua conclusão – todos apresentando parágrafos.
Introdução: Retrata o tema da maneira mais geral possível, apresentando-o afim de despertar a atenção do leitor. Apropria-se de
vários recursos como as perguntas (as quais serão respondidas ao longo do texto), estabelecimento de seu raciocínio diante o
assunto que será “desenrolado” diante as outras estruturas e etc. O fundamental aqui é ser o mais claro e direto possível,
alimentando o desejo de se continuar a ler (o leitor).
Desenvolvimento: Aqui o autor irá reforçar o seu posicionamento, já existente na introdução. Diante o assunto, desenvolverá sua
tese de forma consciente com suas devidas justificativas. Deverá ser claro e objetivo. O objetivo aqui é não gerar duvida alguma
em relação aos seus argumentos defendidos para quem recebe a mensagem, promovendo meios que convençam-no de que sua
tese está correta, sendo assim, persuadindo-o.
25. Conclusão: Aqui o autor deve concluir todas as suas ideias de modo que nenhuma tenha gerado reflexões ambíguas. Inicia-se a
possível solução para o tema abordado, a chamada proposta de intervenção. A proposta deve abranger todo o Estado em
relação as estruturas sociais e politicas. Pode haver a sintetização dos principais argumentos abordados no texto. Cabe ao autor
verificar se seu encerramento resultou em alguma contradição com alguma ideia a qual foi abordada durante sua obra.
Parágrafo: Está visível em toda a obra. Pode ser formado por vários períodos e seu tamanho varia. Cada parágrafo deve estar
conectado aos outros em relação a tese elaborada – geralmente, essa ligação é dada por meio de conectivos e pronomes. Tais
parágrafos podem exibir ideias secundárias as quais devem estar ligadas a uma ideia geral, chamada de ideia-núcleo.
26. Matheus Phelipe, 17 anos – Recife
O governo federal, visando reduzir os números de acidentes de trânsito e a fim de conscientizar a população sobre o uso de
bebidas alcoólicas por parte dos motoristas, promoveu a implantação da Lei Seca. Tal medida acarreta na prisão de motoristas
que apresentem altas quantidades de álcool em seu organismo.
Os acidentes de trânsito estão se tornando cada vez mais frequentes. Apesar da Lei Seca ter reduzido esse número,
observamos mais uma vez o tratamento do efeito e não da causa. Um motorista que bebe ao ser preso, dificilmente deixará de
ingerir tais bebidas. Outro fato é de que o sistema prisional é um local inapropriado para uma pessoa que deveria mudar seus
hábitos já que apresenta diversas fragilidades, tornando-se um local de aprendizado de maus hábitos.
A Lei Seca se torna desproporcional por punir um indivíduo que passou toda a noite bebendo na mesma dose que um cidadão
que bebeu um copo de vinho de forma casual, por exemplo. O sistema não deveria voltar-se para aqueles que realmente
precisam mudar suas práticas? Na teoria, sim. Porém não funciona conforme a mesma.
Com o advento da intensa campanha publicitária e com o aprimoramento da fiscalização, a lei consegue reduzir o número de
acidentes apesar deles ainda existirem. A Lei já existe, para se tornar completamente funcional, é necessária a mudança das
práticas dos motoristas e não somente suas prisões. É cabível ao Estado a reestruturação da lei – implementando novos recursos
de abrangência que sejam destinados à educação dos condutores.
27. É de conhecimento geral que o Brasil, em seu estado atual [atualmente], é um país laico, ou seja, ocupa uma posição
neutra no campo religioso. Isso leva [permite que] diversas pessoas a manifestarem [manifestem] suas crenças ou até
mesmo suas descrenças [sua descrença], que é o ateísmo. Contudo, esse direito leva algumas pessoas que dizem ser
religiosas a conflituarem [entrar em conflito] com pessoas de outra religião, devido a [à] falta de respeito que uma tem
[umas têm] com a outra [as outras].
Em consequência disso, vê-se a todo instante, por exemplo, casos de pessoas de outras crenças sendo contra as religiões
afro-brasileiras, o candomblé. Essa contraposição chega a tomar rumos violentos, não somente nesse caso, mas também
em outras situações que vão de insultos à violência física.
As críticas de crentes e descrentes é [são] um direito e deve ser respeitado [devem ser respeitadas]. Entretanto, a
violência verbal e/ou física contra aqueles que praticam certa religião é, de fato, extrema ignorância, o que passa a ser
crime.
Em vista dos argumentos apresentados, faz-se necessário a criação de uma lei de proteção religiosa em que cada crença
mereça ser igualmente valorizada como todas as outras religiões. Além disso, aqueles que entram em determinada seita,
primeiramente devem ser mostrados as religiões existentes e, logo em seguida, serem orientados que deve existir
respeito mútuo entre elas.
Nota: 3,5 – Redação sem título
http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/redacao/sem-titulo-078.jhtm
28. [Introdução]
Muito se discute acerca dos limites que devem ser impostos à publicidade e propaganda no Brasil - sobretudo em
relação ao público infantil. Com o advento do meio técnico-científico informacional, as crianças são inseridas de
maneira cada vez mais precoce ao consumismo imposto por uma economia capitalista globalizada - a qual preconiza
flexibilidade de produção, adequando-se às mais diversas demandas. Faz-se necessário, portanto, uma preparação
específica voltada para esse jovem público, a fim de tornar tal transição saudável e gerar futuros consumidores
conscientes.
[Fragmento de desenvolvimento – Primeiro parágrafo]
Um aspecto a ser considerado remete à evolução tecnológica vivenciada nas últimas décadas. Os carrinhos e
bonecas deram lugar aos "smartphones", videogames e outros aparatos que revolucionaram a infância das atuais
gerações. Logo, tornou-se essencial a produção de um marketing voltado especialmente para esse consumidor mirim
- objetivando cativá-lo por meio de músicas, personagens e outras estratégias persuasivas. Tal fator é corroborado
com a criação de programas e até mesmo canais voltados para crianças (como Disney, Cartoon Network e Discovery
Kids), expandindo o conceito de Indústria Cultural (defendido por filósofos como Theodor Adorno) - o qual aborda o
uso dos meios de comunicação de massa com fins propagandísticos.
Juan Costa da Costa, 16 anos – Belém do Pará