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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

                                  ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES

                                         SISTEMAS DE INFORMAÇÃO




 COMPOSIÇÃO DE UMA CARTEIRA DE AÇÕES
      COM RISCO MÍNIMO E RETORNO
  ESPECIFICADO: UM ESTUDO UTILIZANDO
 ALGORITMO GENÉTICO E A FUNÇÃO SOLVER




Disciplina: ACH2036 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas
Orientador: Fernando Fagundes Ferreira

Autores:
Mário Januário Filho - 5365372
Pedro Felipe do Prado - 5365643
São Paulo
                                                           Dezembro / 2009


Sumário
2. Composição do portfólio com risco mínimo............................................................................ 4
   2.1 Seleção dos dados .............................................................................................................. 4

   2.2 Indicadores......................................................................................................................... 5

   2.3 Capital Asset Price Model - CAPM................................................................................... 6

   2.4 Seleção das Empresas que irão compor o Portfólio ....................................................... 7

3. Utilização do Solver................................................................................................................... 9
   3.1 Resultados – Solver .......................................................................................................... 10

4. Algoritmo Genético ................................................................................................................ 11
   4.1 Operadores Genéticos....................................................................................................... 11

       4.1.1 Taxas de Crossover e Mutação.................................................................................. 11

       4.1.2 População inicial e numero de gerações .................................................................. 11

   4.2 Modos de seleção............................................................................................................. 11

       4.2.1 Roleta......................................................................................................................... 11

       4.2.2 Torneio....................................................................................................................... 11

   4.3 Modos de crossover ......................................................................................................... 11

       4.3.1 Um ponto ................................................................................................................... 11

       4.3.2 Dois pontos ................................................................................................................ 12

       4.3.3 Uniforme.................................................................................................................... 12

   4.4 Modos de mutação........................................................................................................... 12

       4.4.1 Um bit ........................................................................................................................ 12

   4.3 Elitismo ............................................................................................................................. 12

5. Análise dos resultados............................................................................................................ 12
6. Considerações finais................................................................................................................ 23
7. Referencias Bibliográficas ...................................................................................................... 24
8. Bibliografia.............................................................................................................................. 24
Anexo A....................................................................................................................................... 25


ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas                                                                       2
1. Introdução

          O presente trabalho visa calcular a composição de uma carteira de ações que
minimiza o risco para um retorno especificado. Para tal, são realizadas comparações
entre a função solver do Microsoft Excel e a codificação, em linguagem Java, de um
Algoritmo Genético (AG).
          A primeira parte do trabalho apresenta o pré-processamento, ou seja, a seleção
dos ativos através de cálculos do risco, retorno e de indicadores que quantificam os
valores e comportamentos financeiros.
          Estão detalhadas e justificadas as técnicas utilizadas de modelagem de
cromossomo e de função fitness consideradas adequadas ao problema.
          São apresentados e confrontados os diferentes resultados obtidos através da
aplicação de diferentes técnicas de seleção, mutação e técnicas de crossover, uso de
diferentes percentuais de mutação e crossover, além da utilização da estratégia de
elitismo para a preservação dos elementos mais aptos de uma população após os ciclos
de recombinação.
          Assim o presente trabalho tem por objetivo comparar e estudar os resultados
obtidos com o cálculo da carteira ótima pela função solver e pelo AG.




ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas                3
2. Composição do portfólio com risco mínimo

2.1 Seleção dos dados

          Para a seleção das empresas foram realizadas pesquisas bibliográficas e
selecionadas empresas que obtiveram um bom desempenho na bolsa de valores de São
Paulo em 2008, conforme SALLES (2008) e CAMARGO (2009).
          Os dados foram coletados no sítio www.yahoo.com.br/finance. O período
selecionado para a realização deste trabalho foi de 01/agosto/2008 a 01/setembro/2009,
onde foram considerados os valores de fechamento ajustados mensais das empresas
citadas, conforme tabela 1.




              Tabela 1. Valores de fechamento das empresas e índice bovespa.

                         Brasil                             Nossa                    Souza
             ibovespa           Cosan CSN Eletrobrás Natura              Petrobrás          Telesp      Usiminas
   Date                 Telecom                             Caixa                     Cruz
               Close*           Close* Close* Close* Close*               Close*            Close*       Close*
                         Close*                             Close*                   Close*

01/09/2009    55815      13,5    20,81   48,6    27,23   30,4    75,4      37,15     59,25   42,77        44,5
03/08/2009    56489      13,65   21,11   49,02   27,55   30,49   75,73     37,35     59,84   43,49       44,44
01/07/2009    54766      13,4    17,01   48,06   28,7    26,65   74,72     38,36     61,06   43,18       45,93
01/06/2009    51465      13,05   14,4    43,62   28,65   25,81   73,32     39,58     53,67   43,85        41,3
04/05/2009    53198       14     15,85   48,5    26,84   25,84   73,06     42,61     49,42   45,59       37,59
01/04/2009    47290      13,53   13,46   39,92   28,8    25,94   71,72     36,37     44,99   47,78       30,19
02/03/2009    40926      12,9    9,64    34,1    25,92   22,6    70,85     34,6      41,98   48,19        26,4
02/02/2009    38183      11,69   10,29   30,26   26,2    21,06   69,9      31,98     43,97   44,19       24,06
02/01/2009    39301      11,88   10,49   33,96   26,16   19,32   68,45     29,7      42,87   44,3        26,39
01/12/2008    37550      13,64   11,23    28     25,89   18,43   67,71     26,89      40,4   45,71       25,27
03/11/2008    36596      14,8    11,19   24,99    27     19,99   62,97     23,19     41,86   44,5        20,31
01/10/2008    37257      12,58   10,54   27,72   26,25   18,15   32,03     27,94     36,54    48         24,16
01/09/2008    49541      15,74   12,69   39,34   28,3    17,96   39,57     41,23     41,57   44,69        36,4
01/08/2008    55680      16,76   25,96   54,54   29,5    18,42   38,12     41,66     38,89   46,5        53,25


                                  Fonte: Yahoo Finance (2009)



       Mediante aos dados da tabela 1, calculou-se a variação percentual mensal de
cada empresa, conforme tabela 2.




ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas                               4
Tabela 2. Variação Percentual.

              Brasil                                                  Nossa                    Souza
ibovespa                Cosan      CSN      Eletrobrás    Natura                Petrobrás                 Telesp     Usiminas
             Telecom                                                  Caixa                     Cruz
  1,21%       1,11%     1,44%     0,86%       1,18%        0,30%      0,44%      0,54%         1,00%      1,68%         -0,13%
 -3,05%      -1,83%     -19,42%   -1,96%      4,17%       -12,59%     -1,33%     2,70%         2,04%      -0,71%        3,35%
 -6,03%      -2,61%     -15,34%   -9,24%     -0,17%       -3,15%      -1,87%     3,18%        -12,10%     1,55%         -10,08%
  3,37%       7,28%     10,07%    11,19%     -6,32%        0,12%      -0,35%     7,66%         -7,92%     3,97%         -8,98%
                                     -
 -11,11%     -3,36%     -15,08%               7,30%        0,39%      -1,83%     -14,64%       -8,96%     4,80%         -19,69%
                                  17,69%
                                     -
 -13,46%     -4,66%     -28,38%              -10,00%      -12,88%     -1,21%     -4,87%        -6,69%     0,86%         -12,55%
                                  14,58%
                                     -
 -6,70%      -9,38%     6,74%                 1,08%       -6,81%      -1,34%     -7,57%        4,74%      -8,30%        -8,86%
                                  11,26%
  2,93%       1,63%     1,94%     12,23%     -0,15%       -8,26%      -2,07%     -7,13%        -2,50%     0,25%         9,68%
                                     -
 -4,46%      14,81%     7,05%                -1,03%       -4,61%      -1,08%     -9,46%        -5,76%     3,18%         -4,24%
                                  17,55%
                                     -
 -2,54%       8,50%     -0,36%                4,29%        8,46%      -7,00%     -13,76%       3,61%      -2,65%        -19,63%
                                  10,75%
                                                                         -
  1,81%      -15,00%    -5,81%    10,92%     -2,78%       -9,20%                 20,48%       -12,71%     7,87%         18,96%
                                                                      49,13%
 32,97%      25,12%     20,40%    41,92%      7,81%       -1,05%      23,54%     47,57%       13,77%      -6,90%        50,66%
 12,39%       6,48%     104,57% 38,64%        4,24%        2,56%      -3,66%     1,04%         -6,45%     4,05%         46,29%




2.2 Indicadores

           Com os dados levantados foram calculados os indicadores que serviram como
base para o estudo do desempenho dos papeis das empresas. A tabela 3 apresenta o
retorno esperado (E(R)), risco (desvio-padrão) e o índice Beta (β).


                        Tabela 3. Indicadores - E(R), Risco e índice Beta (β).

              Brasil                                                Nossa                  Souza
                         Cosan    CSN      Eletrobrás    Natura              Petrobrás               Telesp     Usiminas
             Telecom                                                Caixa                   Cruz
E(R)            2,16%    5,22%    2,52%        0,74%     -3,59%     -3,61%      1,98%       -2,92%      0,74%      3,44%
Risco          10,48% 32,76% 19,85%            5,10%      6,24% 15,49%         16,67%       7,62%       4,56%      22,78%
Beta (β)       0,6958    0,1854   0,5022      0,9091     0,5037     0,2390      0,5366      0,7698   -0,6504       0,4175




           Os retornos de mercado podem ser representados pelo retorno de um índice de
ações, no caso o índice Bovespa. O β de mercado é igual a 1. Ativos com β maior que 1
possuem risco maior que o de mercado, e conseqüentemente maior retorno esperado,
sendo denominados ativos agressivos. Ativos com β menor que 1 possuem risco menor
que o do mercado, e conseqüentemente menor retorno esperado, sendo denominados
ativos defensivos (ROSS, 2002 apud OLIVEIRA, 2004).
           Todos os ativos selecionados para este trabalho possuem β menor que 1,
portanto todos os ativos são defensivos, conforme demonstra a tabela 4.

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Tabela 4. Ativos defensivos.

                                              Ativos Defensivos
             Brasil                                         Nossa                Souza
                      Cosan   CSN      Eletrobrás Natura             Petrobrás           Telesp     Usiminas
            Telecom                                          Caixa                Cruz
Beta (β)     0,69577 0,18537 0,50220     0,90907 0,50372 0,23897       0,53657 0,76981   -0,65041    0,41748




2.3 Capital Asset Price Model - CAPM

           A teoria básica que associa o risco e o retorno para todos os ativos é comumente
chamada de modelo de formação de preços de ativos de capital (CAPM) (GITMAN,
2002 apud OLIVEIRA, 2004).
           Esse modelo é baseado em valores esperados (modelo expectacional) em que o
retorno esperado do ativo é a soma de dois fatores. O primeiro refere-se à rentabilidade
dos ativos ou das aplicações sem risco, e o segundo, ao chamado prêmio de risco. O
CAPM considera que os investidores sejam racionais e diversifiquem seus
investimentos, a fim de evitar o risco especifico (diversificado), que pode ser cancelado
por meio da diversificação primária da carteira de investimentos (SAMANEZ, 2006).

           Partindo deste principio, o modelo foi calculado neste trabalho da seguinte
forma:



                                       Rmi = Rf + βi(Rm – Rf)



Onde:
Rmi = retorno esperado do ativo i;
Rf = rentabilidade dos ativos sem risco;

Rm = rentabilidade esperada da carteira de mercado;
βi = beta do ativo i.


      A taxa livre de risco utilizada foi de 0,6% (HSBC, 2009) e assim foi aplicada a
equação do CAPM, conforme tabela 5.




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Tabela 5. Retorno exigido através do CAPM.

                                                   CAPM

       Brasil                                            Nossa                Souza
                 Cosan     CSN     Eletrobrás   Natura           Petrobrás          Telesp Usiminas
      Telecom                                            Caixa                 Cruz

       0,57%     0,59%    0,58%      0,57%      0,58%    0,59%    0,58%       0,57%     0,62%     0,58%




2.4 Seleção das Empresas que irão compor o Portfólio



       O primeiro critério para seleção das empresas que irão compor o portfólio, foi a
análise do retorno esperado (E(R)). Nota-se que algumas das empresas selecionadas
possuem retorno esperado negativo, o que não é desejável, conforme tabela 6.



                             Tabela 6. Análise do retorno esperado

                                                   E(R)
  Brasil                                         Nossa
         Cosan     CSN    Eletrobrás Natura                  Petrobrás       Souza Cruz       Telesp   Usiminas
 Telecom                                         Caixa
   2,16%   5,22% 2,52%           0,74% -3,59%      -3,61%          1,98%             -2,92%   0,74%       3,44%



       Assim os papeis das empresas Natura, Nossa Caixa e Souza Cruz foram
eliminados na faze de pré-seleção, por apresentarem retornos esperado negativo.

       Vale citar, que foi comparado o retorno esperado E(R) com o retorno exigido
(CAPM) com as empresas restantes, contudo nenhuma empresa foi eliminada com este
critério, pois todos os papéis apresentaram retorno esperado superior ao retorno exigido,
conforme tabela 7.



                             Tabela 7. Análise do retorno esperado

                             Retorno Esperado E(R ) X Retorno Exigido CAPM
                        Brasil
                                 Cosan CSN Eletrobrás Petrobrás Telesp                Usiminas
                       Telecom
                E(R)     2,16%     5,22% 2,52%      0,74%        1,98%       0,74%      3,44%
                CAPM     0,57%     0,59% 0,58%      0,57%        0,58%       0,62%      0,58%




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O segundo critério para seleção das empresas para compor o portfólio, foi uma
   análise do E(R), Risco (desvio-padrão) e a covariância entre as empresas. Analisando a
   Tabela 3, nota-se que a Eletrobrás possui o mesmo retorno esperado que a Telesp,
   contudo apresenta um risco maior. Analisando a Tabela 8, observa-se que a Telesp
   possui covariância negativa (o que é desejável em uma carteira com risco reduzido) com
   5 empresa, enquanto a Eletrobrás apenas com uma.



                                      Tabela 8. Matriz de Covariância

                                               Matriz de Covariância

                   Brasil Telecom     Cosan          CSN           Eletrobrás        Petrobrás      Telesp     Usiminas

Brasil Telecom        0,01013        0,01158        0,00831            0,00173        0,00581       -0,00135   0,00877
   Cosan              0,01158        0,09907        0,04203            0,00462        0,00796       0,00069    0,04707
    CSN               0,00831        0,04203        0,03637            0,00258        0,02221       -0,00051   0,03867
  Eletrobrás          0,00173        0,00462        0,00258            0,00240        0,00114       -0,00069   0,00361
  Petrobrás           0,00581        0,00796        0,02221            0,00114        0,02564       -0,00119   0,02557
   Telesp             -0,00135       0,00069        -0,00051           -0,00069      -0,00119       0,00192    -0,00070
  Usiminas            0,00877        0,04707        0,03867            0,00361        0,02557       -0,00070   0,04792




              Assim o papel da empresa Eletrobrás foi eliminado na faze de pré-seleção, por
   não ser rentável no conjunto da carteira.




              O ultimo critério para seleção das empresas para compor o portfólio, foi o
   cálculo e análise dos indicadores de Sharpe, Treynor. Dentre os ativos restantes, a
   Telesp é o que apresenta os índices de Sharpe e Treynor menores, conforme tabela 9.



                                 Tabela 9. Indicadores de Sharpe e Treynor

                             Brasil
                                         Cosan         CSN      Petrobrás         Telesp   Usiminas
                            Telecom
                 Sharpe     14,93%       14,10%       9,68%       8,29%           3,18%     12,49%
                 Treynor     2,25%       24,92%       3,82%       2,58%           -0,22%        6,82%




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Assim o papel da empresa Telesp foi eliminado, compondo por fim a carteira
com as empresas cinco empresas:

    •      Brasil Telecom;

    •      Cosan;

    •      CSN;

    •      Petrobrás e

    •      Usiminas.




3. Utilização do Solver


          Após a pré-seleção dos das empresas utilizando heurísticas, este item abordará a
utilização da função Solver do MS Excel para efetuar o cálculo de minimização do risco
da carteira baseados em restrições adotadas.

          A Função Objetivo será minimizar o risco conjunto entre as ações dado retorno
esperado, com as restrições de que a soma das porcentagens das ações na carteira é igual
a 100%, o retorno encontrado deve ser maior ou igual ao desejado e o valor percentual
de cada empresa que faz parte do portfólio deve ser maior ou igual a zero. As Células
variáveis serão as referentes à composição percentual de ações de cada empresa no
portfólio.

        Assim será considerada a matriz de covariância apenas com as empresas
restantes, conforme tabela 10.



                     Tabela 10. Matriz de covariância das empresas restantes

                         Brasil Telecom   Cosan      CSN      Eletrobrás   Petrobrás   Usiminas

   Brasil Telecom           0,01013       0,01158   0,00831     0,00173     0,00581    0,00877
         Cosan              0,01158       0,09907   0,04203     0,00462     0,00796    0,04707
          CSN               0,00831       0,04203   0,03637     0,00258     0,02221    0,03867
        Eletrobrás          0,00173       0,00462   0,00258     0,00240     0,00114    0,00361
        Petrobrás           0,00581       0,00796   0,02221     0,00114     0,02564    0,02557
        Usiminas            0,00877       0,04707   0,03867     0,00361     0,02557    0,04792




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Os termos de variância e de retorno são cálculos necessários para encontrar a
variância e o retorno da carteira. A somatória dos termos de variância de cada empresa
resulta na variância da carteira, enquanto a somatória dos termos de retorno resulta
retorno da carteira (OLIVEIRA, 2004), conforme tabela 11.


                         Tabela 11. Termos de variância e de retorno

                                     Brasil
                                    Telecom        Cosan        CSN        Petrobrás   Usiminas
           Termos de Variância       0,77%         0,00%        0,00%       0,17%       0,00%
            Termos do Retorno        7,88%         0,00%        0,00%       0,72%       0,00%




3.1 Resultados – Solver

       Com os dados das Tabelas 10 e 11, foi possível chegar a um resultado com a
função solver. A tabela 12 demonstra a composição do portfólio, com a porcentagem de
cada empresa na carteira e o seu retorno médio.

                         Tabela 12. Termos de variância e de retorno

                          Brasil
                                   Cosan     CSN    Petrobrás   Usiminas
                         Telecom                                                        TOTAL
           Portfolio %   82,12%    0,00%   0,00%     17,88%       0,00%                100,00%
           E(R) Medio     9,59%    5,18%   3,76%     4,01%        4,20%




       Por fim foram obtidos os dados da carteira através da função solver para um
retorno especificado de 6%, conforme tabela 13.



                                   Tabela 13. Dados da carteira

                                    Variância                0,0093593
                                    Desv. Padrão                9,67%
                                    Retorno Desejado            6,00%
                                    Retorno                     6,00%



       Conforme o escopo proposto do trabalho, a análise do resultado será feita mais
adiante quando comparada com o retorno do algoritmo genético.



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4. Algoritmo Genético

4.1 Operadores Genéticos

4.1.1 Taxas de Crossover e Mutação

       MIRANDA (1998), cita que na maioria das literaturas os valores encontrados
estão na faixa de 60% a 65% para a probabilidade de crossover e entre 0,1 e 5% para a
taxa de mutação. Neste trabalho adota-se essa faixa para probabilidade de crossover e
taxa de mutação.


4.1.2 População inicial e numero de gerações

       Para os casos de teste o grupo acordou em variar a quantidade de gerações entre
500 e 1000 gerações. Já a população inicial o grupo decidiu usar como mínimo 50
indivíduos, conforme citado em MIRANDA (1998), e máximo 100.



4.2 Modos de seleção

   4.2.1 Roleta

           O primeiro método de seleção de pais codificado neste trabalho é a maneira
   clássica que a grande maioria dos pesquisadores de GA utiliza que é o método da
   roleta viciada (LIDEN, 2008).


   4.2.2 Torneio

       LINDEN (2008), cita que existe a possibilidade de n elementos serem selecionados para
   torneio, porém o método de seleção por torneio utilizado neste trabalho foi o clássico, onde
   são selecionados dois elementos aleatoriamente da população, sendo que todos os elementos
   possuem igual probabilidade de serem escolhidos, e o elemento selecionado com melhor
   avaliação é escolhido para o crossover.

4.3 Modos de crossover

   4.3.1 Um ponto

       O crossover de um ponto utilizado divide o cromossomo em duas partes a partir de uma
   posição aleatória e cria filhos com os dados dos pais anteriores á posição de corte e com os
   dados posteriores invertidos, evitando assim que os filhos sejam cópias exatas dos pais.




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4.3.2 Dois pontos

       O crossover de dois pontos codificado corta os cromossomos pais em dois pontos
   aleatórios, o primeiro ponto varia de zero ao tamanho do cromossomo menos um, e o
   segundo ponto varia entre a posição do primeiro corte e a posição igual ao tamanho do
   cromossomo menos um. Os cromossomos filhos gerados possuem as partes anteriores ao
   primeiro corte e posteriores ao segundo idênticas às dos pais, sendo que as posições entre o
   intervalo dos cortes são invertidas, criando assim novos elementos.

   4.3.3 Uniforme

       O crossover uniforme implementado percorre um a um os genes dos cromossomos pai
   atribuindo aleatoriamente um valor entre 0 e 1, os cromossomos filhos serão formados da
   seguinte forma, quando for atribuído valor 1 ao gene do pai 1 este será o gene de mesma
   posição do filho 1, enquanto o gene do pai 2 será utilizado no filho 2, quando o valor
   atribuído ao gene do pai 1 for igual a 0 o filho 1 irá receber o gene do pai 2 e o filho 2 irá
   receber o gene do pai 1.



4.4 Modos de mutação

   4.4.1 Um bit

       O modo de mutação de um bit atribui um valor aleatório a um cromossomo e caso este
   valor seja maior que a probabilidade de mutação ele irá escolher uma posição aleatória do
   cromossomo e substituí-la por um valor também aleatório.



4.3 Elitismo


       De acordo com os resultados obtidos em trabalhos anteriores utilizando
algoritmos genéticos, os quais demonstraram resultados superiores utilizando a
estratégia de elitismo, o grupo acordou em utilizar essa estratégia para todos os casos de
teste selecionados.

5. Análise dos resultados

       Foram realizados diversos casos de testes, variando: (i) número de gerações; (ii)
tamanho da população; (iii) taxa de crossover; (iv) probabilidade de mutação e (v)



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método de seleção. É importante frisar que para todos os testes executados, foi definido
um retorno mínimo de 6%, exatamente como foi feito para a função Solver.

       Esse retorno mínimo é passado como parâmetro para a execução do algoritmo
genético, que continua sua iteração até que o resultado do melhor elemento da última
geração atenda ao retorno mínimo especificado.

       As tabelas contendo todos os casos de testes, com todos os elementos de cada
teste (não apenas o melhor de cada teste) podem ser visualizadas no Anexo I.

       Em todos os casos de teste executados, os parâmetros variaram de forma igual e
seus domínios podem ser observados na Tabela 14:

                             Tabela 14 – Parâmetros dos casos de teste

                   Parâmetro                               Domínio

              Número de gerações                         [ 500 , 1000 ]

             Tamanho da população                         [ 50 , 100 ]

                Taxa de crossover                        [ 60% , 65% ]

           Probabilidade de mutação                       [ 1% , 5% ]

               Método de seleção                       {roleta, torneio}

                Tipo de crossover            {um ponto, dois pontos, uniforme}

                Retorno mínimo                                6%




       O primeiro conjunto de testes foi realizado fixando-se os parâmetros: (i)
crossover de um ponto e (ii) método da roleta viciada. Os dados do melhor elemento
desse caso de teste podem ser observados na Tabela 15:




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Tabela 15 – Melhor elemento usando-se crossover de um ponto e roleta viciada.

                   Risco                          0,11200

                   Retorno                        0,0677

                   Brasil Telecom                 0,4896

                   Cosan                          0,0618

                   CSN                            0,1443

                   Petrobrás                      0,3041

                   Usiminas                       0,0000

                   Índice de Sharpe               0,5516

                   Índice de Treynor              0,0770




       O segundo conjunto de testes foi realizado fixando-se os parâmetros: (i)
crossover de dois pontos e (ii) método da roleta viciada. Os dados do melhor elemento
desse caso de teste podem ser observados na Tabela 16:




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Tabela 16 – Melhor elemento usando-se crossover de um ponto e roleta viciada

                 Risco                           0,11311

                 Retorno                         0,0705

                 Brasil Telecom                  0,5569

                 Cosan                           0,0000

                 CSN                             0,2658

                 Petrobrás                       0,1329

                 Usiminas                        0,0443

                 Índice de Sharpe                0,5710

                 Índice de Treynor               0,0805




       O terceiro conjunto de testes foi realizado fixando-se os parâmetros: (i)
crossover uniforme e (ii) método da roleta viciada. Os dados do melhor elemento desse
caso de teste podem ser observados na Tabela 17:




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Tabela 17 – Melhor elemento usando-se crossover uniforme e roleta viciada

                 Risco                           0,10543

                 Retorno                         0,07575

                 Brasil Telecom                  0,6356

                 Cosan                           0,0000

                 CSN                             0,0232

                 Petrobrás                       0,2170

                 Usiminas                        0,1240

                 Índice de Sharpe                0,661570059

                 Índice de Treynor               0,087008199




       O quarto conjunto de testes foi realizado fixando-se os parâmetros: (i) crossover
de um ponto e (ii) seleção por torneio. Os dados do melhor elemento desse caso de teste
podem ser observados na Tabela 18:




ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas                16
Tabela 18 – Melhor elemento usando-se crossover de um ponto e seleção por
                                           torneio

                 Risco                           0,10261

                 Retorno                         0,0742

                 Brasil Telecom                  0,6124

                 Cosan                           0,0155

                 CSN                             0,0697

                 Petrobrás                       0,3023

                 Usiminas                        0,0000

                 Índice de Sharpe                0,66540583

                 Índice de Treynor               0,08804181




       O quinto conjunto de testes foi realizado fixando-se os parâmetros: (i) crossover
de dois pontos e (ii) seleção por torneio. Os dados do melhor elemento desse caso de
teste podem ser observados na Tabela 19:




ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas                17
Tabela 19 – Melhor elemento usando-se crossover de dois pontos e seleção por
                                           torneio

                 Risco                           0,10219

                 Retorno                         0,0786

                 Brasil Telecom                  0,6789

                 Cosan                           0,0550

                 CSN                             0,0183

                 Petrobrás                       0,2110

                 Usiminas                        0,0367

                 Índice de Sharpe                0,710921223

                 Índice de Treynor               0,096234553




       O sexto conjunto de testes foi realizado fixando-se os parâmetros: (i) crossover
uniforme e (ii) seleção por torneio. Os dados do melhor elemento desse caso de teste
podem ser observados na Tabela 20:




ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas               18
Tabela 20 – Melhor elemento usando-se crossover uniforme e seleção por
                                           torneio

                 Risco                           0,11228

                 Retorno                         0,06684

                 Brasil Telecom                  0,4850

                 Cosan                           0,0100

                 CSN                             0,1850

                 Petrobrás                       0,3100

                 Usiminas                        0,0100

                 Índice de Sharpe                0,541837004

                 Índice de Treynor               0,068775396




       Para o sétimo conjunto de testes, foram utilizados os parâmetros dos seis
melhores elementos dos testes anteriores e foi-lhes aplicada à mutação dirigida. Os
resultados do melhor elemento podem ser observados na Tabela 21:




ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas               19
Tabela 21: Melhor elemento utilizando-se os parâmetros dos testes anteriores e
                               aplicando-se mutação dirigida

                   Risco                              0,11293

                   Retorno                            0,06929

                   Tipo de crossover                  Crossover uniforme

                   Método de seleção                  Roleta

                   Índice de Sharpe                   0,613547879




       Observando-se uma comparação entre o melhor resultado obtido utilizando-se os
algoritmos genéticos e a resposta da função Solver, temos os seguintes valores que
podem ser visualizados na Figura 1:




          Solver                              0,0967




            AG                                                                           0,102191996




              0,093   0,094   0,095   0,096   0,097     0,098   0,099   0,1   0,101   0,102   0,103




        Figura 1 – Risco da Carteira definida pelo AG e Risco da Carteira definida pela
                              função Solver do Microsoft Excel

       Através desse gráfico, observa-se que o Solver obteve um desempenho melhor
na tarefa de minimizar o risco, que no problema em questão, trata-se da função objetivo.

       Entretanto, é interessante utilizar alguns índices de avaliação de desempenho de
carteiras, como Índice de Sharpe e Índice de Treynor. A Figura 2 mostra a comparação




ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas                           20
do Índice de Sharpe da carteira gerada pelo algoritmo genético e da carteira gerada pela
função Solver:




           Solver                                                       0,558428128




             AG                                                                             0,710921223




                    0    0,1        0,2     0,3       0,4      0,5        0,6         0,7         0,8




           Figura 2 – Índices de Sharpe da carteira gerada pelo algoritmo genético e da
                               carteira gerada pela função Solver




       Pôde-se observar através da Figura 2 que o algoritmo genético obteve um
desempenho melhor, de acordo com o Índice de Sharpe, do que a função Solver. Na
Figura 3, podemos observar o desempenho das carteiras em relação ao Índice de
Treynor:




ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas                             21
Solver                              0,084714447




             AG                                                                               0,096234553




               0,078   0,08    0,082   0,084    0,086   0,088    0,09      0,092   0,094    0,096     0,098




          Figura 3 – Índices de Treynor da carteira gerada pelo algoritmo genético e da
                               carteira gerada pela função Solver




       Assim como o índice de Sharpe, o índice de Treynor também aponta para um
melhor desempenho da carteira gerada pelo algoritmo genético.

       O VaR (value at risk) determina a perda máxima de uma carteira, dado uma
confiança definida. Para realizar uma comparação, este trabalho utilizou uma confiança
de 97,5% e um investimento inicial 100.000 unidades monetárias. A perda máxima para
as carteiras do Algoritmo Genético e da função Solver podem ser visualizados na Figura
4:




                                                                      -18953,2                      Solver




        -20029,63121                                                                                   AG




          -20200    -20000    -19800   -19600     -19400     -19200      -19000    -18800    -18600      -18400




         Figura 4: Value at Risk para as carteiras geradas pelo algoritmo genético e pela
                                          função Solver
ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas                                         22
6. Considerações finais


       A carteira ótima de ativos pode ser calculada de diferentes formas. O trabalho de
pré-processamento executado em uma planilha eletrônica permitiu restringir o número
de ativos que seriam analisados para a composição da carteira ótima, utilizando-se de
parâmetros como o retorno esperado até índices de avaliação de desempenho de ativos
como Sharpe e Treynor.
       Depois de selecionados quais seriam os ativos que fariam parte da carteira, a
segunda tarefa executada foi a utilização da função Solver do Microsoft Excel para o
cálculo da carteira ótima, que minimiza o risco, dada uma restrição de retorno mínimo
igual à 6%.
       Neste trabalho também foi desenvolvido um algoritmo genético, modelado para
encontrar a carteira ótima, sendo necessário fornecer-lhe dados sobre o retorno dos
ativos, risco de cada ativo, entre outros dados, exatamente como foi feito para a função
Solver do Microsoft Excel. É importante frisar que ele foi codificado de forma a
encontrar a carteira que minimiza o risco e atende a um retorno mínimo especificado.
       O melhor resultado obtido utilizando-se o algoritmo genético (a carteira que
possui o menor desvio-padrão) obteve um risco maior do que o encontrado pelo Solver,
porém também obteve um melhor retorno.
       As duas carteiras (a melhor gerada pelo algoritmo genético e a carteira gerada
pelo Solver) foram comparadas utilizando-se o índice de Sharpe e o índice de Treynor.
Em ambos os casos, a carteira desenvolvida pelo algoritmo genético mostrou-se
superior a carteira desenvolvida pelo Solver.
       O Var também foi calculado para a carteira gerada pelo algoritmo genético e a
carteira gerada pela função Solver, demonstrando que a perda máxima da carteira
gerada pelo algoritmo genético é maior do que a perda máxima da carteira gerada pela
função Solver, já que o ultimo método encontrou um risco menor.
       Levando-se em conta tais fatos, podemos dizer que o perfil do investidor deve
ser levado em conta na avaliação dos resultados obtidos pelo algoritmo genético e a
função Solver. Se o investidor é totalmente avesso ao risco, o resultado obtido
utilizando a função Solver será mais satisfatório, pois o risco da carteira gerada pelo
Solver é menor. Por outro lado, se o investidor busca um equilíbrio entre risco e retorno,




ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas                  23
o resultado obtido pelo algoritmo genético é melhor, tendo em vista melhor desempenho
segundo os índices de Sharpe e Treynor.


7. Referencias Bibliográficas


SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson,
2006.

SALLES, Y. Onze ações do Ibovespa se salvam das perdas em 2008. Disponível em:
< http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u365536.shtml> Acesso em: 29 de
outubro 2009.


SALLES, Y. Ações que dispararam em 2008 perdem fôlego em 2009. Disponível
em:                          <http://economia.uol.com.br/financas/investimentos/ultimas-
noticias/2009/06/25/acoes-que-dispararam-em-2008-perdem-folego-em-2009.jhtm>
Acesso em: 29 de outubro 2009.


LINDEN, R. Algoritmos Genéticos. Rio de Janeiro: Brasport, 2008.


MIRANDA, M. N.Algoritmos Genéticos: Fundamentos e Aplicações. Disponível em:
< http://www.gta.ufrj.br/~marcio/genetic.html#Escolha> Acesso em: 20 outubro 2009.


OLIVEIRA, M. H. F. Cálculo da Composição de uma Carteira de Ações que
Minimiza o Risco para um Retorno Especificado. Minas Gerais: Universidade
Federal de Itajubá, 2004.




8. Bibliografia


GOLDSCHMIDT, R. & PASSOS, E. Data Mining: um Guia Prático. São Paulo:
Campus, 2005.

LIMA, E. O. Algoritmo Genético híbrido aplicado à otimização de funções. Lavras:
Universidade Federal de Lavras, 2008.



ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas                24
Anexo A




ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas   25

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COMPOSIÇÃO DE UMA CARTEIRA DE AÇÕES COM RISCO MÍNIMO E RETORNO ESPECIFICADO: UM ESTUDO UTILIZANDO ALGORITMO GENÉTICO E A FUNÇÃO SOLVER

  • 1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES SISTEMAS DE INFORMAÇÃO COMPOSIÇÃO DE UMA CARTEIRA DE AÇÕES COM RISCO MÍNIMO E RETORNO ESPECIFICADO: UM ESTUDO UTILIZANDO ALGORITMO GENÉTICO E A FUNÇÃO SOLVER Disciplina: ACH2036 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas Orientador: Fernando Fagundes Ferreira Autores: Mário Januário Filho - 5365372 Pedro Felipe do Prado - 5365643
  • 2. São Paulo Dezembro / 2009 Sumário 2. Composição do portfólio com risco mínimo............................................................................ 4 2.1 Seleção dos dados .............................................................................................................. 4 2.2 Indicadores......................................................................................................................... 5 2.3 Capital Asset Price Model - CAPM................................................................................... 6 2.4 Seleção das Empresas que irão compor o Portfólio ....................................................... 7 3. Utilização do Solver................................................................................................................... 9 3.1 Resultados – Solver .......................................................................................................... 10 4. Algoritmo Genético ................................................................................................................ 11 4.1 Operadores Genéticos....................................................................................................... 11 4.1.1 Taxas de Crossover e Mutação.................................................................................. 11 4.1.2 População inicial e numero de gerações .................................................................. 11 4.2 Modos de seleção............................................................................................................. 11 4.2.1 Roleta......................................................................................................................... 11 4.2.2 Torneio....................................................................................................................... 11 4.3 Modos de crossover ......................................................................................................... 11 4.3.1 Um ponto ................................................................................................................... 11 4.3.2 Dois pontos ................................................................................................................ 12 4.3.3 Uniforme.................................................................................................................... 12 4.4 Modos de mutação........................................................................................................... 12 4.4.1 Um bit ........................................................................................................................ 12 4.3 Elitismo ............................................................................................................................. 12 5. Análise dos resultados............................................................................................................ 12 6. Considerações finais................................................................................................................ 23 7. Referencias Bibliográficas ...................................................................................................... 24 8. Bibliografia.............................................................................................................................. 24 Anexo A....................................................................................................................................... 25 ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 2
  • 3. 1. Introdução O presente trabalho visa calcular a composição de uma carteira de ações que minimiza o risco para um retorno especificado. Para tal, são realizadas comparações entre a função solver do Microsoft Excel e a codificação, em linguagem Java, de um Algoritmo Genético (AG). A primeira parte do trabalho apresenta o pré-processamento, ou seja, a seleção dos ativos através de cálculos do risco, retorno e de indicadores que quantificam os valores e comportamentos financeiros. Estão detalhadas e justificadas as técnicas utilizadas de modelagem de cromossomo e de função fitness consideradas adequadas ao problema. São apresentados e confrontados os diferentes resultados obtidos através da aplicação de diferentes técnicas de seleção, mutação e técnicas de crossover, uso de diferentes percentuais de mutação e crossover, além da utilização da estratégia de elitismo para a preservação dos elementos mais aptos de uma população após os ciclos de recombinação. Assim o presente trabalho tem por objetivo comparar e estudar os resultados obtidos com o cálculo da carteira ótima pela função solver e pelo AG. ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 3
  • 4. 2. Composição do portfólio com risco mínimo 2.1 Seleção dos dados Para a seleção das empresas foram realizadas pesquisas bibliográficas e selecionadas empresas que obtiveram um bom desempenho na bolsa de valores de São Paulo em 2008, conforme SALLES (2008) e CAMARGO (2009). Os dados foram coletados no sítio www.yahoo.com.br/finance. O período selecionado para a realização deste trabalho foi de 01/agosto/2008 a 01/setembro/2009, onde foram considerados os valores de fechamento ajustados mensais das empresas citadas, conforme tabela 1. Tabela 1. Valores de fechamento das empresas e índice bovespa. Brasil Nossa Souza ibovespa Cosan CSN Eletrobrás Natura Petrobrás Telesp Usiminas Date Telecom Caixa Cruz Close* Close* Close* Close* Close* Close* Close* Close* Close* Close* Close* 01/09/2009 55815 13,5 20,81 48,6 27,23 30,4 75,4 37,15 59,25 42,77 44,5 03/08/2009 56489 13,65 21,11 49,02 27,55 30,49 75,73 37,35 59,84 43,49 44,44 01/07/2009 54766 13,4 17,01 48,06 28,7 26,65 74,72 38,36 61,06 43,18 45,93 01/06/2009 51465 13,05 14,4 43,62 28,65 25,81 73,32 39,58 53,67 43,85 41,3 04/05/2009 53198 14 15,85 48,5 26,84 25,84 73,06 42,61 49,42 45,59 37,59 01/04/2009 47290 13,53 13,46 39,92 28,8 25,94 71,72 36,37 44,99 47,78 30,19 02/03/2009 40926 12,9 9,64 34,1 25,92 22,6 70,85 34,6 41,98 48,19 26,4 02/02/2009 38183 11,69 10,29 30,26 26,2 21,06 69,9 31,98 43,97 44,19 24,06 02/01/2009 39301 11,88 10,49 33,96 26,16 19,32 68,45 29,7 42,87 44,3 26,39 01/12/2008 37550 13,64 11,23 28 25,89 18,43 67,71 26,89 40,4 45,71 25,27 03/11/2008 36596 14,8 11,19 24,99 27 19,99 62,97 23,19 41,86 44,5 20,31 01/10/2008 37257 12,58 10,54 27,72 26,25 18,15 32,03 27,94 36,54 48 24,16 01/09/2008 49541 15,74 12,69 39,34 28,3 17,96 39,57 41,23 41,57 44,69 36,4 01/08/2008 55680 16,76 25,96 54,54 29,5 18,42 38,12 41,66 38,89 46,5 53,25 Fonte: Yahoo Finance (2009) Mediante aos dados da tabela 1, calculou-se a variação percentual mensal de cada empresa, conforme tabela 2. ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 4
  • 5. Tabela 2. Variação Percentual. Brasil Nossa Souza ibovespa Cosan CSN Eletrobrás Natura Petrobrás Telesp Usiminas Telecom Caixa Cruz 1,21% 1,11% 1,44% 0,86% 1,18% 0,30% 0,44% 0,54% 1,00% 1,68% -0,13% -3,05% -1,83% -19,42% -1,96% 4,17% -12,59% -1,33% 2,70% 2,04% -0,71% 3,35% -6,03% -2,61% -15,34% -9,24% -0,17% -3,15% -1,87% 3,18% -12,10% 1,55% -10,08% 3,37% 7,28% 10,07% 11,19% -6,32% 0,12% -0,35% 7,66% -7,92% 3,97% -8,98% - -11,11% -3,36% -15,08% 7,30% 0,39% -1,83% -14,64% -8,96% 4,80% -19,69% 17,69% - -13,46% -4,66% -28,38% -10,00% -12,88% -1,21% -4,87% -6,69% 0,86% -12,55% 14,58% - -6,70% -9,38% 6,74% 1,08% -6,81% -1,34% -7,57% 4,74% -8,30% -8,86% 11,26% 2,93% 1,63% 1,94% 12,23% -0,15% -8,26% -2,07% -7,13% -2,50% 0,25% 9,68% - -4,46% 14,81% 7,05% -1,03% -4,61% -1,08% -9,46% -5,76% 3,18% -4,24% 17,55% - -2,54% 8,50% -0,36% 4,29% 8,46% -7,00% -13,76% 3,61% -2,65% -19,63% 10,75% - 1,81% -15,00% -5,81% 10,92% -2,78% -9,20% 20,48% -12,71% 7,87% 18,96% 49,13% 32,97% 25,12% 20,40% 41,92% 7,81% -1,05% 23,54% 47,57% 13,77% -6,90% 50,66% 12,39% 6,48% 104,57% 38,64% 4,24% 2,56% -3,66% 1,04% -6,45% 4,05% 46,29% 2.2 Indicadores Com os dados levantados foram calculados os indicadores que serviram como base para o estudo do desempenho dos papeis das empresas. A tabela 3 apresenta o retorno esperado (E(R)), risco (desvio-padrão) e o índice Beta (β). Tabela 3. Indicadores - E(R), Risco e índice Beta (β). Brasil Nossa Souza Cosan CSN Eletrobrás Natura Petrobrás Telesp Usiminas Telecom Caixa Cruz E(R) 2,16% 5,22% 2,52% 0,74% -3,59% -3,61% 1,98% -2,92% 0,74% 3,44% Risco 10,48% 32,76% 19,85% 5,10% 6,24% 15,49% 16,67% 7,62% 4,56% 22,78% Beta (β) 0,6958 0,1854 0,5022 0,9091 0,5037 0,2390 0,5366 0,7698 -0,6504 0,4175 Os retornos de mercado podem ser representados pelo retorno de um índice de ações, no caso o índice Bovespa. O β de mercado é igual a 1. Ativos com β maior que 1 possuem risco maior que o de mercado, e conseqüentemente maior retorno esperado, sendo denominados ativos agressivos. Ativos com β menor que 1 possuem risco menor que o do mercado, e conseqüentemente menor retorno esperado, sendo denominados ativos defensivos (ROSS, 2002 apud OLIVEIRA, 2004). Todos os ativos selecionados para este trabalho possuem β menor que 1, portanto todos os ativos são defensivos, conforme demonstra a tabela 4. ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 5
  • 6. Tabela 4. Ativos defensivos. Ativos Defensivos Brasil Nossa Souza Cosan CSN Eletrobrás Natura Petrobrás Telesp Usiminas Telecom Caixa Cruz Beta (β) 0,69577 0,18537 0,50220 0,90907 0,50372 0,23897 0,53657 0,76981 -0,65041 0,41748 2.3 Capital Asset Price Model - CAPM A teoria básica que associa o risco e o retorno para todos os ativos é comumente chamada de modelo de formação de preços de ativos de capital (CAPM) (GITMAN, 2002 apud OLIVEIRA, 2004). Esse modelo é baseado em valores esperados (modelo expectacional) em que o retorno esperado do ativo é a soma de dois fatores. O primeiro refere-se à rentabilidade dos ativos ou das aplicações sem risco, e o segundo, ao chamado prêmio de risco. O CAPM considera que os investidores sejam racionais e diversifiquem seus investimentos, a fim de evitar o risco especifico (diversificado), que pode ser cancelado por meio da diversificação primária da carteira de investimentos (SAMANEZ, 2006). Partindo deste principio, o modelo foi calculado neste trabalho da seguinte forma: Rmi = Rf + βi(Rm – Rf) Onde: Rmi = retorno esperado do ativo i; Rf = rentabilidade dos ativos sem risco; Rm = rentabilidade esperada da carteira de mercado; βi = beta do ativo i. A taxa livre de risco utilizada foi de 0,6% (HSBC, 2009) e assim foi aplicada a equação do CAPM, conforme tabela 5. ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 6
  • 7. Tabela 5. Retorno exigido através do CAPM. CAPM Brasil Nossa Souza Cosan CSN Eletrobrás Natura Petrobrás Telesp Usiminas Telecom Caixa Cruz 0,57% 0,59% 0,58% 0,57% 0,58% 0,59% 0,58% 0,57% 0,62% 0,58% 2.4 Seleção das Empresas que irão compor o Portfólio O primeiro critério para seleção das empresas que irão compor o portfólio, foi a análise do retorno esperado (E(R)). Nota-se que algumas das empresas selecionadas possuem retorno esperado negativo, o que não é desejável, conforme tabela 6. Tabela 6. Análise do retorno esperado E(R) Brasil Nossa Cosan CSN Eletrobrás Natura Petrobrás Souza Cruz Telesp Usiminas Telecom Caixa 2,16% 5,22% 2,52% 0,74% -3,59% -3,61% 1,98% -2,92% 0,74% 3,44% Assim os papeis das empresas Natura, Nossa Caixa e Souza Cruz foram eliminados na faze de pré-seleção, por apresentarem retornos esperado negativo. Vale citar, que foi comparado o retorno esperado E(R) com o retorno exigido (CAPM) com as empresas restantes, contudo nenhuma empresa foi eliminada com este critério, pois todos os papéis apresentaram retorno esperado superior ao retorno exigido, conforme tabela 7. Tabela 7. Análise do retorno esperado Retorno Esperado E(R ) X Retorno Exigido CAPM Brasil Cosan CSN Eletrobrás Petrobrás Telesp Usiminas Telecom E(R) 2,16% 5,22% 2,52% 0,74% 1,98% 0,74% 3,44% CAPM 0,57% 0,59% 0,58% 0,57% 0,58% 0,62% 0,58% ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 7
  • 8. O segundo critério para seleção das empresas para compor o portfólio, foi uma análise do E(R), Risco (desvio-padrão) e a covariância entre as empresas. Analisando a Tabela 3, nota-se que a Eletrobrás possui o mesmo retorno esperado que a Telesp, contudo apresenta um risco maior. Analisando a Tabela 8, observa-se que a Telesp possui covariância negativa (o que é desejável em uma carteira com risco reduzido) com 5 empresa, enquanto a Eletrobrás apenas com uma. Tabela 8. Matriz de Covariância Matriz de Covariância Brasil Telecom Cosan CSN Eletrobrás Petrobrás Telesp Usiminas Brasil Telecom 0,01013 0,01158 0,00831 0,00173 0,00581 -0,00135 0,00877 Cosan 0,01158 0,09907 0,04203 0,00462 0,00796 0,00069 0,04707 CSN 0,00831 0,04203 0,03637 0,00258 0,02221 -0,00051 0,03867 Eletrobrás 0,00173 0,00462 0,00258 0,00240 0,00114 -0,00069 0,00361 Petrobrás 0,00581 0,00796 0,02221 0,00114 0,02564 -0,00119 0,02557 Telesp -0,00135 0,00069 -0,00051 -0,00069 -0,00119 0,00192 -0,00070 Usiminas 0,00877 0,04707 0,03867 0,00361 0,02557 -0,00070 0,04792 Assim o papel da empresa Eletrobrás foi eliminado na faze de pré-seleção, por não ser rentável no conjunto da carteira. O ultimo critério para seleção das empresas para compor o portfólio, foi o cálculo e análise dos indicadores de Sharpe, Treynor. Dentre os ativos restantes, a Telesp é o que apresenta os índices de Sharpe e Treynor menores, conforme tabela 9. Tabela 9. Indicadores de Sharpe e Treynor Brasil Cosan CSN Petrobrás Telesp Usiminas Telecom Sharpe 14,93% 14,10% 9,68% 8,29% 3,18% 12,49% Treynor 2,25% 24,92% 3,82% 2,58% -0,22% 6,82% ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 8
  • 9. Assim o papel da empresa Telesp foi eliminado, compondo por fim a carteira com as empresas cinco empresas: • Brasil Telecom; • Cosan; • CSN; • Petrobrás e • Usiminas. 3. Utilização do Solver Após a pré-seleção dos das empresas utilizando heurísticas, este item abordará a utilização da função Solver do MS Excel para efetuar o cálculo de minimização do risco da carteira baseados em restrições adotadas. A Função Objetivo será minimizar o risco conjunto entre as ações dado retorno esperado, com as restrições de que a soma das porcentagens das ações na carteira é igual a 100%, o retorno encontrado deve ser maior ou igual ao desejado e o valor percentual de cada empresa que faz parte do portfólio deve ser maior ou igual a zero. As Células variáveis serão as referentes à composição percentual de ações de cada empresa no portfólio. Assim será considerada a matriz de covariância apenas com as empresas restantes, conforme tabela 10. Tabela 10. Matriz de covariância das empresas restantes Brasil Telecom Cosan CSN Eletrobrás Petrobrás Usiminas Brasil Telecom 0,01013 0,01158 0,00831 0,00173 0,00581 0,00877 Cosan 0,01158 0,09907 0,04203 0,00462 0,00796 0,04707 CSN 0,00831 0,04203 0,03637 0,00258 0,02221 0,03867 Eletrobrás 0,00173 0,00462 0,00258 0,00240 0,00114 0,00361 Petrobrás 0,00581 0,00796 0,02221 0,00114 0,02564 0,02557 Usiminas 0,00877 0,04707 0,03867 0,00361 0,02557 0,04792 ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 9
  • 10. Os termos de variância e de retorno são cálculos necessários para encontrar a variância e o retorno da carteira. A somatória dos termos de variância de cada empresa resulta na variância da carteira, enquanto a somatória dos termos de retorno resulta retorno da carteira (OLIVEIRA, 2004), conforme tabela 11. Tabela 11. Termos de variância e de retorno Brasil Telecom Cosan CSN Petrobrás Usiminas Termos de Variância 0,77% 0,00% 0,00% 0,17% 0,00% Termos do Retorno 7,88% 0,00% 0,00% 0,72% 0,00% 3.1 Resultados – Solver Com os dados das Tabelas 10 e 11, foi possível chegar a um resultado com a função solver. A tabela 12 demonstra a composição do portfólio, com a porcentagem de cada empresa na carteira e o seu retorno médio. Tabela 12. Termos de variância e de retorno Brasil Cosan CSN Petrobrás Usiminas Telecom TOTAL Portfolio % 82,12% 0,00% 0,00% 17,88% 0,00% 100,00% E(R) Medio 9,59% 5,18% 3,76% 4,01% 4,20% Por fim foram obtidos os dados da carteira através da função solver para um retorno especificado de 6%, conforme tabela 13. Tabela 13. Dados da carteira Variância 0,0093593 Desv. Padrão 9,67% Retorno Desejado 6,00% Retorno 6,00% Conforme o escopo proposto do trabalho, a análise do resultado será feita mais adiante quando comparada com o retorno do algoritmo genético. ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 10
  • 11. 4. Algoritmo Genético 4.1 Operadores Genéticos 4.1.1 Taxas de Crossover e Mutação MIRANDA (1998), cita que na maioria das literaturas os valores encontrados estão na faixa de 60% a 65% para a probabilidade de crossover e entre 0,1 e 5% para a taxa de mutação. Neste trabalho adota-se essa faixa para probabilidade de crossover e taxa de mutação. 4.1.2 População inicial e numero de gerações Para os casos de teste o grupo acordou em variar a quantidade de gerações entre 500 e 1000 gerações. Já a população inicial o grupo decidiu usar como mínimo 50 indivíduos, conforme citado em MIRANDA (1998), e máximo 100. 4.2 Modos de seleção 4.2.1 Roleta O primeiro método de seleção de pais codificado neste trabalho é a maneira clássica que a grande maioria dos pesquisadores de GA utiliza que é o método da roleta viciada (LIDEN, 2008). 4.2.2 Torneio LINDEN (2008), cita que existe a possibilidade de n elementos serem selecionados para torneio, porém o método de seleção por torneio utilizado neste trabalho foi o clássico, onde são selecionados dois elementos aleatoriamente da população, sendo que todos os elementos possuem igual probabilidade de serem escolhidos, e o elemento selecionado com melhor avaliação é escolhido para o crossover. 4.3 Modos de crossover 4.3.1 Um ponto O crossover de um ponto utilizado divide o cromossomo em duas partes a partir de uma posição aleatória e cria filhos com os dados dos pais anteriores á posição de corte e com os dados posteriores invertidos, evitando assim que os filhos sejam cópias exatas dos pais. ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 11
  • 12. 4.3.2 Dois pontos O crossover de dois pontos codificado corta os cromossomos pais em dois pontos aleatórios, o primeiro ponto varia de zero ao tamanho do cromossomo menos um, e o segundo ponto varia entre a posição do primeiro corte e a posição igual ao tamanho do cromossomo menos um. Os cromossomos filhos gerados possuem as partes anteriores ao primeiro corte e posteriores ao segundo idênticas às dos pais, sendo que as posições entre o intervalo dos cortes são invertidas, criando assim novos elementos. 4.3.3 Uniforme O crossover uniforme implementado percorre um a um os genes dos cromossomos pai atribuindo aleatoriamente um valor entre 0 e 1, os cromossomos filhos serão formados da seguinte forma, quando for atribuído valor 1 ao gene do pai 1 este será o gene de mesma posição do filho 1, enquanto o gene do pai 2 será utilizado no filho 2, quando o valor atribuído ao gene do pai 1 for igual a 0 o filho 1 irá receber o gene do pai 2 e o filho 2 irá receber o gene do pai 1. 4.4 Modos de mutação 4.4.1 Um bit O modo de mutação de um bit atribui um valor aleatório a um cromossomo e caso este valor seja maior que a probabilidade de mutação ele irá escolher uma posição aleatória do cromossomo e substituí-la por um valor também aleatório. 4.3 Elitismo De acordo com os resultados obtidos em trabalhos anteriores utilizando algoritmos genéticos, os quais demonstraram resultados superiores utilizando a estratégia de elitismo, o grupo acordou em utilizar essa estratégia para todos os casos de teste selecionados. 5. Análise dos resultados Foram realizados diversos casos de testes, variando: (i) número de gerações; (ii) tamanho da população; (iii) taxa de crossover; (iv) probabilidade de mutação e (v) ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 12
  • 13. método de seleção. É importante frisar que para todos os testes executados, foi definido um retorno mínimo de 6%, exatamente como foi feito para a função Solver. Esse retorno mínimo é passado como parâmetro para a execução do algoritmo genético, que continua sua iteração até que o resultado do melhor elemento da última geração atenda ao retorno mínimo especificado. As tabelas contendo todos os casos de testes, com todos os elementos de cada teste (não apenas o melhor de cada teste) podem ser visualizadas no Anexo I. Em todos os casos de teste executados, os parâmetros variaram de forma igual e seus domínios podem ser observados na Tabela 14: Tabela 14 – Parâmetros dos casos de teste Parâmetro Domínio Número de gerações [ 500 , 1000 ] Tamanho da população [ 50 , 100 ] Taxa de crossover [ 60% , 65% ] Probabilidade de mutação [ 1% , 5% ] Método de seleção {roleta, torneio} Tipo de crossover {um ponto, dois pontos, uniforme} Retorno mínimo 6% O primeiro conjunto de testes foi realizado fixando-se os parâmetros: (i) crossover de um ponto e (ii) método da roleta viciada. Os dados do melhor elemento desse caso de teste podem ser observados na Tabela 15: ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 13
  • 14. Tabela 15 – Melhor elemento usando-se crossover de um ponto e roleta viciada. Risco 0,11200 Retorno 0,0677 Brasil Telecom 0,4896 Cosan 0,0618 CSN 0,1443 Petrobrás 0,3041 Usiminas 0,0000 Índice de Sharpe 0,5516 Índice de Treynor 0,0770 O segundo conjunto de testes foi realizado fixando-se os parâmetros: (i) crossover de dois pontos e (ii) método da roleta viciada. Os dados do melhor elemento desse caso de teste podem ser observados na Tabela 16: ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 14
  • 15. Tabela 16 – Melhor elemento usando-se crossover de um ponto e roleta viciada Risco 0,11311 Retorno 0,0705 Brasil Telecom 0,5569 Cosan 0,0000 CSN 0,2658 Petrobrás 0,1329 Usiminas 0,0443 Índice de Sharpe 0,5710 Índice de Treynor 0,0805 O terceiro conjunto de testes foi realizado fixando-se os parâmetros: (i) crossover uniforme e (ii) método da roleta viciada. Os dados do melhor elemento desse caso de teste podem ser observados na Tabela 17: ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 15
  • 16. Tabela 17 – Melhor elemento usando-se crossover uniforme e roleta viciada Risco 0,10543 Retorno 0,07575 Brasil Telecom 0,6356 Cosan 0,0000 CSN 0,0232 Petrobrás 0,2170 Usiminas 0,1240 Índice de Sharpe 0,661570059 Índice de Treynor 0,087008199 O quarto conjunto de testes foi realizado fixando-se os parâmetros: (i) crossover de um ponto e (ii) seleção por torneio. Os dados do melhor elemento desse caso de teste podem ser observados na Tabela 18: ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 16
  • 17. Tabela 18 – Melhor elemento usando-se crossover de um ponto e seleção por torneio Risco 0,10261 Retorno 0,0742 Brasil Telecom 0,6124 Cosan 0,0155 CSN 0,0697 Petrobrás 0,3023 Usiminas 0,0000 Índice de Sharpe 0,66540583 Índice de Treynor 0,08804181 O quinto conjunto de testes foi realizado fixando-se os parâmetros: (i) crossover de dois pontos e (ii) seleção por torneio. Os dados do melhor elemento desse caso de teste podem ser observados na Tabela 19: ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 17
  • 18. Tabela 19 – Melhor elemento usando-se crossover de dois pontos e seleção por torneio Risco 0,10219 Retorno 0,0786 Brasil Telecom 0,6789 Cosan 0,0550 CSN 0,0183 Petrobrás 0,2110 Usiminas 0,0367 Índice de Sharpe 0,710921223 Índice de Treynor 0,096234553 O sexto conjunto de testes foi realizado fixando-se os parâmetros: (i) crossover uniforme e (ii) seleção por torneio. Os dados do melhor elemento desse caso de teste podem ser observados na Tabela 20: ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 18
  • 19. Tabela 20 – Melhor elemento usando-se crossover uniforme e seleção por torneio Risco 0,11228 Retorno 0,06684 Brasil Telecom 0,4850 Cosan 0,0100 CSN 0,1850 Petrobrás 0,3100 Usiminas 0,0100 Índice de Sharpe 0,541837004 Índice de Treynor 0,068775396 Para o sétimo conjunto de testes, foram utilizados os parâmetros dos seis melhores elementos dos testes anteriores e foi-lhes aplicada à mutação dirigida. Os resultados do melhor elemento podem ser observados na Tabela 21: ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 19
  • 20. Tabela 21: Melhor elemento utilizando-se os parâmetros dos testes anteriores e aplicando-se mutação dirigida Risco 0,11293 Retorno 0,06929 Tipo de crossover Crossover uniforme Método de seleção Roleta Índice de Sharpe 0,613547879 Observando-se uma comparação entre o melhor resultado obtido utilizando-se os algoritmos genéticos e a resposta da função Solver, temos os seguintes valores que podem ser visualizados na Figura 1: Solver 0,0967 AG 0,102191996 0,093 0,094 0,095 0,096 0,097 0,098 0,099 0,1 0,101 0,102 0,103 Figura 1 – Risco da Carteira definida pelo AG e Risco da Carteira definida pela função Solver do Microsoft Excel Através desse gráfico, observa-se que o Solver obteve um desempenho melhor na tarefa de minimizar o risco, que no problema em questão, trata-se da função objetivo. Entretanto, é interessante utilizar alguns índices de avaliação de desempenho de carteiras, como Índice de Sharpe e Índice de Treynor. A Figura 2 mostra a comparação ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 20
  • 21. do Índice de Sharpe da carteira gerada pelo algoritmo genético e da carteira gerada pela função Solver: Solver 0,558428128 AG 0,710921223 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 Figura 2 – Índices de Sharpe da carteira gerada pelo algoritmo genético e da carteira gerada pela função Solver Pôde-se observar através da Figura 2 que o algoritmo genético obteve um desempenho melhor, de acordo com o Índice de Sharpe, do que a função Solver. Na Figura 3, podemos observar o desempenho das carteiras em relação ao Índice de Treynor: ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 21
  • 22. Solver 0,084714447 AG 0,096234553 0,078 0,08 0,082 0,084 0,086 0,088 0,09 0,092 0,094 0,096 0,098 Figura 3 – Índices de Treynor da carteira gerada pelo algoritmo genético e da carteira gerada pela função Solver Assim como o índice de Sharpe, o índice de Treynor também aponta para um melhor desempenho da carteira gerada pelo algoritmo genético. O VaR (value at risk) determina a perda máxima de uma carteira, dado uma confiança definida. Para realizar uma comparação, este trabalho utilizou uma confiança de 97,5% e um investimento inicial 100.000 unidades monetárias. A perda máxima para as carteiras do Algoritmo Genético e da função Solver podem ser visualizados na Figura 4: -18953,2 Solver -20029,63121 AG -20200 -20000 -19800 -19600 -19400 -19200 -19000 -18800 -18600 -18400 Figura 4: Value at Risk para as carteiras geradas pelo algoritmo genético e pela função Solver ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 22
  • 23. 6. Considerações finais A carteira ótima de ativos pode ser calculada de diferentes formas. O trabalho de pré-processamento executado em uma planilha eletrônica permitiu restringir o número de ativos que seriam analisados para a composição da carteira ótima, utilizando-se de parâmetros como o retorno esperado até índices de avaliação de desempenho de ativos como Sharpe e Treynor. Depois de selecionados quais seriam os ativos que fariam parte da carteira, a segunda tarefa executada foi a utilização da função Solver do Microsoft Excel para o cálculo da carteira ótima, que minimiza o risco, dada uma restrição de retorno mínimo igual à 6%. Neste trabalho também foi desenvolvido um algoritmo genético, modelado para encontrar a carteira ótima, sendo necessário fornecer-lhe dados sobre o retorno dos ativos, risco de cada ativo, entre outros dados, exatamente como foi feito para a função Solver do Microsoft Excel. É importante frisar que ele foi codificado de forma a encontrar a carteira que minimiza o risco e atende a um retorno mínimo especificado. O melhor resultado obtido utilizando-se o algoritmo genético (a carteira que possui o menor desvio-padrão) obteve um risco maior do que o encontrado pelo Solver, porém também obteve um melhor retorno. As duas carteiras (a melhor gerada pelo algoritmo genético e a carteira gerada pelo Solver) foram comparadas utilizando-se o índice de Sharpe e o índice de Treynor. Em ambos os casos, a carteira desenvolvida pelo algoritmo genético mostrou-se superior a carteira desenvolvida pelo Solver. O Var também foi calculado para a carteira gerada pelo algoritmo genético e a carteira gerada pela função Solver, demonstrando que a perda máxima da carteira gerada pelo algoritmo genético é maior do que a perda máxima da carteira gerada pela função Solver, já que o ultimo método encontrou um risco menor. Levando-se em conta tais fatos, podemos dizer que o perfil do investidor deve ser levado em conta na avaliação dos resultados obtidos pelo algoritmo genético e a função Solver. Se o investidor é totalmente avesso ao risco, o resultado obtido utilizando a função Solver será mais satisfatório, pois o risco da carteira gerada pelo Solver é menor. Por outro lado, se o investidor busca um equilíbrio entre risco e retorno, ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 23
  • 24. o resultado obtido pelo algoritmo genético é melhor, tendo em vista melhor desempenho segundo os índices de Sharpe e Treynor. 7. Referencias Bibliográficas SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson, 2006. SALLES, Y. Onze ações do Ibovespa se salvam das perdas em 2008. Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u365536.shtml> Acesso em: 29 de outubro 2009. SALLES, Y. Ações que dispararam em 2008 perdem fôlego em 2009. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/financas/investimentos/ultimas- noticias/2009/06/25/acoes-que-dispararam-em-2008-perdem-folego-em-2009.jhtm> Acesso em: 29 de outubro 2009. LINDEN, R. Algoritmos Genéticos. Rio de Janeiro: Brasport, 2008. MIRANDA, M. N.Algoritmos Genéticos: Fundamentos e Aplicações. Disponível em: < http://www.gta.ufrj.br/~marcio/genetic.html#Escolha> Acesso em: 20 outubro 2009. OLIVEIRA, M. H. F. Cálculo da Composição de uma Carteira de Ações que Minimiza o Risco para um Retorno Especificado. Minas Gerais: Universidade Federal de Itajubá, 2004. 8. Bibliografia GOLDSCHMIDT, R. & PASSOS, E. Data Mining: um Guia Prático. São Paulo: Campus, 2005. LIMA, E. O. Algoritmo Genético híbrido aplicado à otimização de funções. Lavras: Universidade Federal de Lavras, 2008. ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 24
  • 25. Anexo A ACH2016 – Métodos Quantitativos Aplicados à Administração de Empresas 25