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Gênero: Drama
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Elenco:
Ator/Atriz Personagem Ator/Atriz Personagem – mais velho
Kevin Kline William Hundert Chris Morales Eugene Field
Emile Hirsch Sedgewick Bell Luca Bigini Copeland Gray
Embeth Davidtz Elizabeth Michael Coppola Russel Hall
Rob Morrow James Ellerby Joel Grestsch Sedgewich Bell
Edward Herrmann Woodbridge Steven Culp Martin Blythe
Harris Yulin Senador Bell Rahul Kahanna Deepak Mehta
Paul Dano Martin Blythe Patrick Dempsey Louis Massoudi
Rishi Mehta Deepak Mehta Anthony Vincent Bova Robert Brewster
Jesse Eisenberg Louis Massoudi Mark Nichols Copeland Gray
Gabriel Millman Robert Brewster George F. Miller Eugene Field
Chris Morales Eugene Field
Luca Bigini Copeland Gray
Michael Coppola Russel Hall
Jimmy Walsh Robert Bell
Elizabeth Hobgood Victoria Bell
1 Licenciado em Matemática pela Fundação Universidade do Tocantins: Data de Colação de Grau: 5.2.1999
(UNITINS) - Especialista em Matemática e Estatística pela Universidade Federal de Lavras do Estado de Minas
Gerais: Data da Conclusão: 5.7.2002 (UFLA/MG) - Especialista em Orientação Educacional pela Universidade
Salgado de Oliveira do Estado do Rio de janeiro: Data da Conclusão: 23.3.2002 (UNIVERSO/RJ) - Especialista em
Gestão Judiciária pela Faculdade Educacional da Lapa de São Paulo em convênio com Escola Superior da
Magistratura Tocantinense (FAEL/ESMAT) - Pós-graduando do Curso de MBA em Perícia Judicial e Auditoria
pela Pontifícia Católica de Goiás em convênio com Instituto de Organização de Eventos, Ensino e Consultora
S/A LTDA (PUC-GO/IPECON) - Mestrando em Matemática Financeira pela Rede Internacional de Ensino de Livre
(RIEL - ITUIUTABA/MG).
/
ROTEIRO
Análise sobre a ética, o poder e a concepção de incompletude com observação do modelo de
escola, perfil do professor, perfil dos alunos e a relação professor e aluno.
SCRIPT
Analysis on ethics, power and design of incompleteness observing the model school,
teacher profile, student profile and the relationship between teacher and student.
SINOPSE
William Hundert (Kevin Kline) é um professor de uma escola tradicional - St. Benedictus -
preparatória para jovem - rapazes - exclusiva que recebe como alunos a elite da sociedade
americana. Nesta escola, o professor Hundert dá lições de moral e ética para serem
aprendidas, por meio do estudo de filósofos gregos e imperadores romanos. O professor
Hundert está apaixonado por falar para os seus alunos que "O caráter de um homem é o seu
destino" e se esforça para impressioná-los sobre a importância de uma atitude coerente e
correta. Repentinamente algo perturba a rotina e a ordem da escola, com a chegada do aluno
Sedgewick Bell (Emile Hirsch), o filho de um influente político (senador) norte-americano. O
aluno Sedgewick entra em conflito - choque - com as posições e filosofias do professor
Hundert, que questiona a importância daquilo que é ensinado. Mas, apesar desta rebeldia e
indisciplina, o professor Hundert considera o aluno Sedgewick inteligente e com potencial e
acha que pode colocá-lo no caminho certo, inclusive na disputa para concorrer à prova final
do concurso “Senhor Júlio César”, chega a ponto de classificá-lo para a final do concurso
escolar sobre a Roma Antiga, preterindo outro aluno Martin Blythe (Paulo Dano) legalmente
classificado. O aluno Sedgewick trai a confiança do professor arrumando uma maneira de
trapacear na hora das respostas às perguntas do concurso, “colando” às respostas, ao perceber
o professor Hundert, mais uma vez, contraria seus princípios e valores, fazendo-lhe uma
pergunta que não tem nada a ver com as perguntas do concurso, e, Sedgewich diz não saber a
resposta, o outro concorrente, o aluno Rishi Mehta (Deepak Mehta) vence a disputa.
SYNOPSIS
William Hundert (Kevin Kline) is a teacher in a traditional school - St. Benedictus -
Preparatory young - boys - exclusive that students receive as the elite of American
society. In this school, the teacher gives lessons Hundert of morals and ethics to be
learned through the study of Greek philosophers and Roman emperors. Professor
Hundert is fond of talking to his students that "a man's character is his fate" and tries
to impress them on the importance of a coherent and correct attitude. Suddenly
something disrupts the routine and order of the school, with the arrival of the student
Sedgewick Bell (Emile Hirsch), the son of an influential politician (Senator) U.S.. The
student Sedgewick conflict - shock - with the positions and philosophies of Professor
Hundert, who questions the importance of what is taught. But despite this rebellion and
indiscipline, the teacher considers the student Hundert and Sedgewick intelligent
potential and think you can put it in the right way, even in contention to compete for the
final trial of the contest "Mr. Julius Caesar", arrives at the point of classify it for the
end of school competition on Ancient Rome, passing over another student Martin Blythe
(Paul Damage) legally classified. The student Sedgewick betrays the trust of the teacher
arranging a way to cheat at the time of the answers to the contest questions, "pasting"
responses, realizing Professor Hundert, again, contrary to its principles and values,
making him a question has nothing to do with the questions of the contest, and says
Sedgewich not know the answer, the other competitor, the student Rishi Mehta (Deepak
Mehta) wins the contest.
RESUMO
O filme se passa no colégio interno e o professor tenta moldar o caráter e personalidade de
seus alunos, baseando na história da cultura grego-romana. Tudo transcorria bem, nas regras e
padrões da escola, até a chegada de um aluno indisciplinado e rebelde - Sedgewick Bell - filho
de um político influente - senador norte-americano. O professor tenta modificar o caráter
deste aluno e ganhar sua confiança. No colégio existia um concurso para escolha do melhor
aluno do ano, “Senhor Júlio César”, uma disputa entre os alunos da classe deste professor. O
professor observa a mudança repentina comportamental do obstinado aluno e vislumbra um
futuro promissor para o jovem, embora com pouco interesse e esforço nos estudos, mas
durante a fase de classificação, percebeu certa determinação, por isso, desclassificou
injustamente outro aluno para colocá-lo na prova final do concurso. O professor não contava
que o aluno Sedgewick fosse desonesto e praticasse uma conduta antiética - “colar” - às
respostas das perguntas e ao perceber essa conduta, fez uma pergunta que não estava entre as
questões escolhidas, por saber, que não acertaria a resposta, isso aconteceu. A decepção foi
enorme por ter contrariado seus princípios, por classificá-lo, preterindo injustamente outro
aluno.
ABSTRACT
The film is set in boarding school and the teacher tries to shape the character and
personality of its students, based on the history of Greek and Roman culture. All wore
on well, the rules and standards of the school, until the arrival of a rebellious and
undisciplined student - Sedgewick Bell - son of an influential politician - U.S. Senator.
The teacher tries to modify the character of this student and gain their trust. In high
school there was a contest to choose the best student of the year, "Mr. Julius Caesar", a
contest between students of this class teacher. The teacher observes the sudden change
behavioral stubborn student and sees a bright future for the young, though with little
interest and effort in the studies, but during the qualifying round, saw some
determination, so unjustly disqualified another student to put it showdown in the
contest. The teacher did not tell the student Sedgewick was dishonest and unethical
conduct practiced - "paste" - the answers to the questions and realize that behavior,
asked a question that was not among the chosen questions, knowing that the answer
would not hit, this happened. The disappointment was huge because it contradicted his
principles, to classify it, away unjustly another student.
Palavras-chave: Aprendizagem, caráter, educação, ensino, moral.
Keywords: Learning, character, education, teaching, moral.
RESENHA DESCRITIVA E CRÍTICA
Racionalidade da educação e do ensino
A história passa-se em uma conceituada escola tradicionalista para jovens - St.
Benedictus - esses alunos pertencem à alta sociedade norte-americana. William Hundert
(Kevin Kline) é um professor de história e tem grande preocupação em passar lições de moral
e princípios éticos por meio de estudos acerca da filosofia greco-romana e seus grandes
pensadores.
A instituição acreditava em sua metodologia de ensino, principalmente nos valores que
apregoava. Como professor de história, Hundert era aplicado e buscava ensinar aos seus
alunos valores por meio de ensinamentos de notáveis filósofos da antiguidade. Para o
professor, o mais importante era viver uma vida com caráter, ética, moral e retidão. Afirmava
que “a ambição e conquista sem contribuição não tem significado”, ou seja, de nada adiantaria
o homem almejar grandes conquistas para si, se esta não trouxesse grande contribuição para a
sociedade.
A sua rotina muda repentinamente quando Sedgewick Bell (Emile Hirsch), filho do
Senador Bell (Harris Yulin) - senador norte-americano - passa a estudar na escola e os
ensinamentos do professor divergem do comportamento deste recém-chegado aluno.
De início, Sedgewick chegou a afetar o cotidiano e a ordem dos demais alunos, já que
não enxergava nenhum valor no que era ensinado pelo prof. Hundert. O obstinado aluno
tentou corromper os costumes e tradições da escola. O prof. Hundert voltou a sua atenção para
o filho do senador com o intuito de tentar ganhar à sua confiança e conquistá-lo para fazer
com que se interessasse pelos estudos.
Como desafio, a própria função de professor - educador - tenta criar vínculos com seus
alunos, assim foi à atitude do prof. Hundert com o aluno Sedgewick, para que o mesmo se
empenhasse nas suas aulas, vindo a conseguir êxito, depois de algumas tentativas e da
conversa que teve com o pai do aluno - senador.
O prof. Hundert compreendeu que o aluno Sedgewick tinha um relacionamento de
pouca afetividade e diálogo com seu pai. Percebeu também que apesar da distância que existia
entre os dois, Sedgewick tinha esperanças de ainda ser ouvido e compreendido por seu pai,
respondendo a sua indiferença por meio da sua rebeldia e indisciplina. Desta forma, o valor
que o senador não possuía, por isso, não podia passá-lo a seu filho. Hundert tentou imprimir
em seus ensinamentos para que fossem absorvidos por Sedgewick, percebe-se que conseguiu,
quando o aluno demonstra interesse e esforço nos estudos.
Ao perceber um crescimento nas avaliações de Sedgewick, acredita que levaria ao
final do tradicional concurso “Senhor Júlio César” - líder militar romano. Esse concurso, o
faria ser diferente, do que fora desde o inicio. Mesmo que isso retirasse a vaga de quem justo
e realmente a teria conseguido classificá-lo, por mérito e direito, para estar na disputa. O
professor preteriu outro aluno, ferindo-se seus princípios e valores quando deu a chance de
mudança para o aluno Sedgewick.
Contudo, o professor se decepcionou com o aluno que ajudara, notando que este
estava “colando” na prova final do concurso. Assim, fez com que o perdesse, por fazer-lhe
uma pergunta, que tinha a certeza que não saberia responder, assim aconteceu. A partir deste
momento, Sedgewick passou a ter novamente comportamento indisciplinado, seguido de
notas baixas, fazendo-o experimentar um forte sentimento de fracasso ao lhe entregar o
diploma.
Anos depois, Sedgewick se transformara em um grande e influente empresário norte-
americano. Depois que o pai faleceu, quis prestá-lo uma homenagem, fazendo uma
significante doação à escola St. Benedictus, sob a condição de programar a realização de uma
revanche do concurso “Senhor Júlio César”, por ter sido derrotado no passado, assim
providenciou o evento com a presença de todos os amigos da época e de seu antigo professor
de História.
O prof. Hundert, apesar de estar decepcionado por não ter sido escolhido para o cargo
de Diretor da escola (já que o antigo diretor falecera), foi preterido por um funcionário que no
passado havia sido indicado (pelo professor). O professor aceitou o convite e comparece ao
evento.
No caminho para o local do concurso, percebe-se que o professor abre um livro com
recortes de jornais sobre a vida do ex-aluno Sedgewick, com publicações desde o tempo em
que esteve na escola St. Benedictus até aquele dia. Percebe-se também uma esperança de que
o que lhe fora ensinado poderia estar sendo praticado. O professor ofereceu-lhe a
oportunidade de transformá-lo não só em um homem de sucesso, mas de se transformar em
um homem bem sucedido, correto e honesto diante de sua família e dos achegados amigos.
No entanto, no concurso, depois de verificar que mais uma vez, Sedgewick novamente
trapaceou, utilizando-se de um aparelho auricular para obter as respostas às perguntas, em que
um universitário lhe dizia as respostas. O prof. Hundert leva mais um golpe, mais uma vez,
faz com que seu ex-aluno perca a disputa da revanche. Depois do acontecido, Sedgewick
anuncia a sua candidatura ao Senado dos EUA.
Decepcionado, recebe uma surpresa e homenagem dos ex-alunos. Com isso, percebe
que mesmo não conseguindo sucesso para a construção do caráter e da personalidade de
Sedgewick, conseguiu com muitos outros que se tornaram importantes e referências em suas
áreas de atuação e profissão. Inclusive tal reconhecimento é percebido ao ver que um ex-aluno
matricula seu filho para estudar com o professor, cujo ex-aluno havia sido preterido na disputa
do concurso, por ter justa e legalmente sido classificado.
No filme podemos extrair algumas frases: “A sabedoria adquirida aqui deve ser usada
para ajudar os outros quanto a si próprios”; “Finis origie pent” - O fim depende do início;
“Por que grande ambição e conquista sem contribuição não têm significado”; “Um aviso do
grande sábio Aristófanes. Tradução aproximada: “A juventude envelhece, a imaturidade é
superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, porém a estupidez é eterna””;
“Pode ser um bom aluno, se quiser”; “Fez progressos, saiu da escuridão para a luz...”.
A respeito da ética: A relativização dos conceitos é algo muito comum. Dizer que o
mestre não foi ético ao alterar a nota de Sedgewick, para que o mesmo participasse da etapa
final do concurso, também o condenaria a não ser ético por não permitir que o aluno, partindo
da ignorância e rebeldia, da falta de esforço e interesse nos estudos, com notas mínimas,
chegasse a quase participar da última fase do concurso, depois dos esforços e vontades dos
conhecimentos aprendidos ao longo das aulas ministradas. Seria não reconhecer o esforço e a
vontade de crescer, mesmo que temporária.
Outro ponto a ser observado é a dependência dos alunos em relação ao professor. No
inicio do filme, logo depois da leitura de uma placa, afixada acima da porta de entrada da sala
de aula, o professor explica sobre os dizeres e alerta que não adiantava procurar em nenhum
livro. Atualmente esta dependência é, deve ser muito menor, isto porque os meios de
comunicação e os novos métodos de ensino e aprendizagem permitem que tanto alunos e
mestres tenham acesso as inovações e/ou mutações da cultura, simultaneamente ao cenário
contemporâneo que está marcado pela globalização das economias, pelos avanços
tecnológicos e das comunicações e na informática tem trazido estes novos modelos de ensino
e aprendizagem.
A respeito do poder: No decorrer das senas do filme, podemos assistir a busca
constante pelo poder. Como exemplo: o poder do professor dentro da sala aula, de certa
forma, fazendo com que seus alunos fossem submissos e subservientes, visto que quando o
novato aluno enfrenta o professor, fazendo pilhéria - anedota - na classe, de imediato, o
professor toma providência para conter o ato de rebeldia e recita ao aluno: “Um aviso do
grande sábio Aristófanes: “A juventude envelhece, a imaturidade é superada a ignorância
pode ser educada e a embriaguez passa, porém a estupidez é eterna””, demonstrando ao novo
aluno e a todos os outros, quem teria o poder.
A própria competição referente ao concurso “Senhor Júlio César” é uma forma de
poder, por meio de uma disputa para definir-se quem seria o melhor aluno do ano, a princípio
e depois, quem detiver maior conhecimento, detém o título de “Imperador”. Também a
própria educação promove a busca pelo poder. O poder do conhecimento, o poder da
conquista, o poder de ser o melhor, o próprio poder.
No cotidiano o poder está sempre a circular por nós. Quer seja no trabalho, na escola,
na vida política e social, até mesmo no seio familiar.
A respeito da concepção de incompletude: Se intimamente nos perguntarmos, se
estamos satisfeitos com o que aprendemos, até hoje, com toda a certeza, diríamos que poderia
ter aprendido mais e melhor, não só durante os anos de escolarização do ensino fundamental,
médio e superior, mas principalmente durante todas as aulas da pós-graduação ou de outro
curso qualquer.
Sempre queremos deter um maior conhecimento possível. Queremos ter ou ser algo
mais, sempre destacado dentre os outros. Neste caminho, nos deparamos com a ética e a
moral, sobretudo com o poder, com o certo e o errado. Ainda com os referenciais e as
relatividades que norteiam todo saber. Contudo, será incompleto, se estivermos sozinho em
nossos conceitos ou definições, discriminações ou preconceitos.
Concluímos e tiramos como lição para nós, do filme que, por melhor que seja a escola
e o professor, o caráter e a personalidade não serão moldados, exclusivamente pela escola ou
pelo bom professor, e, no decorrer da vida, os ambientes e meios em que vivemos podem
interferir, porém, o que de fato ficará e permanece, são os exemplos, bons ou ruins, que
recebemos - relativizados como verdadeiros.
RESENHA INTERPRETATIVA E CRÍTICA
Os desafios da educação e da docência
William Hundert (Kevin Kline) é um professor da St. Benedictus, uma escola
exclusiva, preparatória e tradicional que recebe como alunos, jovens da alta e elite sociedade
americana. Essa escola apresenta-se a lógica da escola brasileira com aspectos culturais e
socioeconômicos, com ensino tradicional, mecanizado, memorizante e livresca.
O professor Hundert dá aulas de história greco-romana referentes aos filósofos gregos
e imperadores romanos, com lições de ética e moral para serem aprendidas, visando moldar o
caráter e a personalidades dos alunos. O professor Hundert é reconhecido por suas boas
instruções em sala de aula. O professor Hundert demonstra muito entusiasmo ao falar para os
seus alunos e nas suas fala-explicações, faz questão de expressar algumas frases filosóficas,
inicialmente, frisou que "O caráter de um homem é o seu destino", também se esforça para
impressioná-los sobre a importância de uma atitude coerente e correta. As suas aulas e rotinas
diárias vêm ocorrendo com ordem e tranqüilidade, devido ao respeito e admiração que os
alunos têm pelo professor, em uma relação de obediência e submissão. O professor
tradicional, mas com valores progressistas, frisando que para entendermos o presente, temos
que relativizar o passado para buscarmos um futuro promissor.
Na escola tudo sempre transcorreu com normalidade, quando em um dia,
repentinamente, chega à escola o aluno Sedgewick Bell (Emile Hirsch), filho de um
importante e influente político norte-americano (Senador), logo à sua entrada na sala de aula,
perturba aquela rotina de ordem e tranquilidade por entrar em conflito - choque - com as
ideologias e posições do professor Hundert. O aluno novato faz questão de revelar à sua
arrogância.
O professor Hundert vê-se desafiado por aquele jovem que, inicialmente, demonstra
ser desinteressado pelos estudos e indisciplinado, aliado à agravante de ser filho de um
Senador relativamente influente nos Estados Unidos. Esse jovem demonstra também que não
mantinha um relacionamento de afetividade, carinho e diálogo com o pai, apesar de suas
tentativas de aproximação, tendo o pai matriculado o filho na escola, porque essa instituição
de ensino atendia a elite americana (impressão pessoal nesta última parte). O perfil dos alunos
é demonstrado pela boa vida socioeconômica, por serem da elite norte-americana e respeitosa
- obediência.
Percebe-se que a arrogância era um traço visível na postura do aluno Sedgewick Bell e
o professor Hundert, que na mais clara tendência behaviorista2
, acreditava ter também como
missão a de moldar o caráter dos seus alunos, tentou utilizar-se dessa moldagem. Em certa
aula o professor, chamou o aluno novato à frente, fazendo algumas perguntas, que o aluno não
sabia responder, então o professor fizera as mesmas perguntas para a turma, tendo os demais
alunos, em coro, respondidos aquelas perguntas.
2 O comportamento humano tem sua complexidade revelada nas atitudes que o ser humano pratica no seu dia
a dia. A interação com o meio ambiente e com os outros de sua espécie pode revelar muito da personalidade
de uma pessoa. Behaviorismo é o estudo do comportamento humano por meio do método de estudo da
extrospecção que analisa as manifestações exteriores do ser humano.
Naquela oportunidade, o professor aproveitou para fazer a sua colocação ideológica e
repreensão, com refinamentos morais e humilhação para o aluno indisciplinado, que ficou
visivelmente envergonhado. Logo, depois disso o professor procura o jovem, diz acreditar no
seu potencial e o desafia a ingressar em uma competição - concurso anual “Senhor Júlio
César” - de perguntas e respostas sobre os temas ministrados em aula, que disputam uma
prova oral final, dentre os três melhores classificados e o aluno vitorioso tem à sua imagem
afixada na parede da escola como o melhor aluno do ano.
Diante do conflito, o aluno Sedgewick Bell, imediatamente questiona ao professor
Hundert, qual a importância daquilo que é ensinado, demonstrando à sua rebeldia, mas o
professor Hundert, sem expressar nada - silenciosamente - porém, mentalmente considera esse
aluno inteligente e acha que pode colocá-lo no caminho adequado e certo para ter uma
formação baseada nos princípios acadêmicos da escola.
Surge imediatamente a indagação: Mas o que fazer com um aluno com este tipo de
conduta escolar e comportamental?
Os outros alunos da classe seguiam aos padrões desejados pela instituição de ensino e
obedeciam às regras docentes e as orientações do professor, sempre havia algumas diversões
típicas de adolescentes, mas essas brincadeiras, nada que beirasse a “marginalidade” do aluno
recém-chegado. A relação entre professor e estes alunos eram de obediência e submissão.
As aulas seguiam um padrão de instrução tradicional, baseada no livro texto e lições
complementares de outros livros com avaliações escritas e repetitivas como também durante
as aulas de algumas perguntas orais. O professor se colocava como detentor do conhecimento
e procurava explorar a memória dos seus alunos com questionamentos sobre a história da
Roma Antiga, que tinham que decorar ou memorizar nomes, datas e fatos históricos, sem
fazer análises e reflexões críticas dos conteúdos que eram ensinados, assim não se interligava
aos conteúdos o sentido de sua importância para educação e formação profissional do aluno.
A transmissão de conhecimento não é um ritual, uma vez que o ensino não é mecanizado, mas
é ritmo que caminha harmoniosamente com o que convém elucidar o que é aprendizagem
para a formação da cidadania. A relação professor e alunos são de muita interatividade de
formação do caráter, do cultivo de valores ético e princípios morais para conduzir-se à
formação da cidadania.
Em um momento do filme surgiu uma discussão sobre o conteúdo ministrado e
trabalhado com aquela classe de alunos, exatamente no momento em que o aluno novato e
indisciplinado emitiu sua opinião sobre os fatos tratados e a postura da prática docente do
professor, que era um mero transmissor de conhecimentos.
Naquele instante o aluno teve a coragem de dizer que discordava do professor. O
conflito estava estabelecido. O professor fora desafiado em um dos pontos que mais prezava -
o domínio do conteúdo. Para piorar a relação entre professor e aluno recém-ingressado, este
professor foi queixar-se do comportamento estudantil do aluno “problemático” ao pai,
alegando que “não se esforça, não presta atenção a aula, não estuda a matéria”, oportunidade,
em que o pai do aluno (Senador) questiona ao professor: “qual é o valor do que ensina para
esses meninos?” Isto é, qual a real importância dos conhecimentos que são transmitidos para a
vida dos alunos, com esse questionamento, o pai faz com o professor possa refletir sobre a sua
prática docente.
Depois, o Senador finaliza dizendo que a função do professor é ensinar, não mudar o
caráter do aluno. O professor se retira da sala em que se encontrou com o Senador - pai do
aluno - desapontado. Observa-se que uma crise se formou na cabeça do professor.
A postura de um professor também não é um mero transmissor de conhecimentos ou
informações. O professor deve ser um educador facilitador, mediador e orientador do
conhecimento, porque antes de tudo deve abandonar a ideia de ser um detentor do
conhecimento para passar a ser este facilitador e orientador, adotando atividade e estratégia
que possa favorecer a apreensão de competências e habilidades por parte do aluno. Como diz
Perrenoud3
, o professor deve entender que “ensinar, hoje, significa conceber, encaixar e
regular situações de aprendizagem, seguindo os princípios pedagógicos ativos
construtivistas”.
Na realização anual do concurso escolar, intitulado “Senhor Júlio César” a respeito da
Roma Antiga, o professor Hundert, pensativamente por alguns instantes, depois da correção
da prova da última etapa classificatória da competição, resolve “quebrar” silenciosamente
seus princípios éticos e rígidos de tratamento igualitário de seus alunos, por acreditar no
potencial de inteligência e de mudança comportamental do aluno Sedgewick Bell, chega a
ponto de colocá-lo na final do concurso escolar “Senhor Júlio César”, preterindo o aluno que
fora classificado.
Nesse desafio, o professor acaba, desonestamente, forjando uma classificação no
concurso escolar, desviando-se de seu caráter ímprobo e reto para tentar aproximar-se do
aluno e passar-lhe seus conceitos. Percebendo, porém, que apesar de alguns poucos avanços
não consegue mudar o caráter do aluno, o professor entra em um conflito interno sobre o que
são vitórias e derrotas na docência.
3 PERRENOUD, Philippe. Dez Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre (Brasil), Artmed Editora, 2000.
O professor passou Sedgewick Bell na frente de outro candidato, com esperança de se
surpreender, confiando que conseguiria mudar o caráter deste aluno e também que o novato
aluno poderia vencer a competição escolar por seus próprios méritos, porém na realização da
prova final entre os três melhores alunos, o aluno Sedgewick Bell trai a confiança e a
credibilidade que fora depositada pelo professor, consegue arrumar uma maneira de trapacear
- “colar” - na prova oral da tríplice concorrência, porém o professor, a tempo, percebe a
ilicitude estudantil do aluno, relata instantaneamente para o Diretor da Escola, o qual pede e
exige que o professor ignore a conduta praticada pelo aluno.
No início o aluno sentindo-se com o orgulho ferido, pelo que se percebe no desenrolar
do filme, mas o professor busca a mudança de caráter deste aluno, com isso, ganhou sua
confiança, convencendo-o de que era capaz, por esses motivos o aluno, aceita o desafio e
passa a se dedicar aos estudos, inclusive procura um livro comum e único para todos os
alunos na biblioteca para estudar, cujo livro não poderia ser retirado.
Na realização da competência estudantil, percebe-se claramente que o aluno trapaceia
ilicitamente ao “colar” as respostas das perguntas, por ter escritos possíveis respostas em
folha manuscrita e afixado-as na veste - túnica - mas não conseguiu lograr êxito na
competição - ser vitorioso - por ter o professor, ao descobrir a ilicitude na competência, fiz-
lhe uma pergunta que não se relacionava à história da Roma Antiga, sabendo que o aluno não
conseguiria responder corretamente à pergunta, mais uma vez, o professor rompe seus
padrões éticos e morais, por sentir-se obrigado.
Este foi um erro crucial do professor, porque o verdadeiro estímulo para os alunos está
alicerçado no professor conseguir tornar o conhecimento contextualizado, envolvente,
intrigante e interdisciplinar, mostrando para o aluno a importância daquele conteúdo para a
sua formação tanto de vida como de cidadania, não apenas para servir como ferramenta de
engrandecimento pessoal (do ego) e acadêmico (da profissão).
Na escola, colocar os alunos para competirem em um concurso estudantil na forma
como fora vista no filme, não contribui para a convivência escolar harmônica e sadia, porque
se deve estimular a fraternidade. Por outro lado, este tipo de competição, não se desenvolve a
cidadania, por despertar o senso de rivalidade, um com outro, inclusive, foi isso que produziu,
depois de 25 anos, o aluno rebelde procurou uma revanche, mas com objetivo escuso. Em um
contexto de competição intelectual, naturalmente os alunos que possuem dificuldades de
aprendizado, sentem-se menosprezados e rebaixados, certamente vivem momentos infelizes
durante sua escolarização, enquanto que os alunos mais capazes poderão sentir-se como se
fossem seres humanos superiores. A escola é um espaço para transformação do educando para
educado e cidadão.
Paralelo relevante, coincidência à parte, este tipo de aluno (Sedgewick Bell) é cada
vez mais comum nas salas de aula das escolas brasileiras, porque infelizmente, a entidade
basilar da sociedade, a família, encontra-se em um contínuo processo de degradação, em
função de alguns desajustes, devido à proliferação das drogas entre os jovens, de vícios de
bebidas e fumos, de violências por descontroles emocionais e pelo elevado número de
separações ou divórcios das famílias.
O professor percebe que se enganou, descobrindo no futuro que, ajudar quem não quer
ser ajudado, é uma missão destinada ao fracasso e à frustração.
Na continuidade da competência estudantil o professor lhe fez uma pergunta sobre
certa pessoa: “Quem foi Amilcar Barca?”, sabendo que o aluno não conseguiria responder
corretamente a pergunta, isso foi o que aconteceu, ao dizer que não sabia a resposta.
A respeito da decepção da confiança e credibilidade depositada no aluno, o professor,
antes de qualquer coisa, é um ser humano, portanto está sujeito a acertos e erros no
desempenho de sua profissão. A imagem do professor como detentor da razão e da moral é
um paradigma que somente deve existir na imaginação, porque ninguém é guardião destes
princípios. João Guimarães Rosa dizia: “Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de
repente aprende” e também disse: “O homem nasceu para aprender, aprender tanto
quanto a vida lhe permita”.
O filme nos mostra que a história de um bom educador se prolonga e se imortaliza nas
vidas de seus alunos, conduzidas no caminho da aprendizagem. Sabemos que a demanda de
alunos arrogantes e indisciplinados sempre existirá, porém a esperança na educação deve
persistir para que o professor possa também refletir e repensar à sua prática docente. Nesse
sentido o professor expressa o conselho de Aristófanes citado em um dos empolgantes
diálogos do filme: "A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode
ser educada e a embriaguez passa, mas a estupidez dura para sempre".
A escola tradicional (St. Benedictus) não havia avançado para os verdadeiros valores
de uma sociedade moderna, onde todos tinham que seguir os mesmos padrões e regras. Ser
um "Senhor Júlio César" na competição escolar era para o aluno, como se fosse um “céu”,
pois sua foto iria permanecer eternamente afixada na parede da escola. A competição escolar,
de certa forma, mostra o individual sobressaindo ao coletivo.
No filme, a ética era esquecida quando os seus “próprios” valores eram colocados
como prioridade. Uma boa educação como um bom educador, na prática não está em torno de
padrões e regras rígidas e também da absorção de informações como se o aluno fosse apenas
um recipiente passivo, mas por valores determinantes para o progresso de uma sociedade, pois
todas as estruturas de educação e tipos de educadores deixam marcas e rastros no intimo de
cada aluno, seja para o bem ou para o mal, podendo facilitar ou dificultar a aprendizagem do
aluno.
Segundo, Paulo Freire, todos devem ter a consciência da importância da escola e do
educador na formação de cidadãos conscientes e de suas responsabilidades políticas e sociais.
No caso da situação do professor Hundert, o fato de ter dado uma oportunidade a um
aluno arrogante e indisciplinado, por acreditar na esperança de uma mudança pode até, ser
correta, porém se analisarmos que implica em uma negligência de uma conduta ética ou
moral, no momento em que nega ao verdadeiro classificado, o direito de participar da prova
final do concurso, incorre em erro, pois outras formas poderiam ser adotadas, sem o
comprometimento de outro, honestamente classificado.
No filme, ao evidenciar na escola que existe uma disputa que valoriza apenas a glória
individual - vencedor da competição - tem sua imagem afixada na parede da escola para que
os outros vejam que o vencedor é o melhor aluno do ano da escola, ao mesmo tempo, mostra
que educar é ampliar horizontes éticos, filosóficos, morais, políticos e sociais; redefinir metas
e padrões acadêmicos e profissionais; aguçar a sensibilidade; formar para a cidadania e não
simplesmente obter um certificado de conclusão de curso.
O conflito se torna mais profundo quando o professor deposita a sua confiança e
credibilidade em um aluno, posteriormente se decepciona, ao perceber que, tanto aluno como
professor, utiliza-se da esperteza que se sobrepõe a retidão de caráter e a honestidade.
No filme, essa decepção resta evidenciada quando chega à oportunidade do professor,
galgar o cargo de Diretor da Escola, porém é preterido. A escolha recai sobre alguém bem
mais jovem e que tinha como principal habilidade conseguir dinheiro (arrecadar fundos) para
sustentar o colégio.
Depois de 25 anos, Sedgewick Bell deseja repetir aquele concurso estudantil em sua
cidade e convida o professor e todos os seus antigos colegas que são recebidos com carinho.
Entretanto, no decorrer da competição, o professor descobre, novamente, que seu antigo aluno
continuava a praticar ilicitude - infligir o princípio de moral - e mais uma vez não se dado por
vencido. A revanche da competição tinha apenas a finalidade de anunciar aos colegas de que
era candidato ao senado no lugar de seu pai e queria pedir apoio de todos. O aluno e o
professor discutem, quando estava no toalete. Durante a discussão, o filho de Sedgewick Bell
ouve tudo e compreende ostensivamente e vira as costas para o pai.
O professor revela ao seu antigo aluno que foi desclassificado injustamente, quando
deu à sua vaga na competição ao aluno Sedgewick Bell, no passado, mas o aluno
desclassificado o perdoa. Como prova de seu perdão, coloca seu filho para estudar na escola
com o Professor Hundert, pois apesar de tudo via uma honradez. Ainda tinha muito apreço
pelo professor.
A educação de nada serve se não puder ser revertida em crescimento e
desenvolvimento pessoal e coletivo, pois o educador na medida do possível, de acordo com
Paulo Freire, deve educar para as mudanças na busca da autonomia e da liberdade para
promover as capacidades de aprendizagem, propiciando uma formação direcionada à
cidadania consciente e às responsabilidades políticas e sociais, por ser um ser social,
educando e educador, ao mesmo tempo.
O filme nos mostra a importância da didática na educação, por ser um instrumento que
faz com que busquemos soluções para resolver os problemas em salas de aulas. Assim, vem
nos despertar para uma real importância de uma educação verdadeira direcionada à cidadania.
Podemos comparar essa escola com a tendência liberal tradicional, pois ela está
baseada na mesmice com atividades repetitivas e avaliações escritas com perguntas e
respostas. Para participar do concurso escolar, os alunos eram obrigados a passar por uma
avaliação, somente três dos alunos eram classificados para a prova final que era oral. O
professor desclassificou injustamente um aluno para classificar Sedgewick Bell. O professor
se decepciona por perceber que a confiança depositada em seu aluno, não foi correspondida,
quando percebeu ter usado de artifício para trapacear na prova final, algumas respostas (cola
afixada na túnica).
Concluímos que o filme “O Clube do Imperador” nos transmite mensagens relevantes
a respeito da importância da ética e da honestidade, atualmente valores que são deixados de
lado na sociedade brasileira, apenas predominando o capitalismo, o egoísmo, o
individualismo e a prepotência. Porém estas circunstâncias e motivos nos fazem ainda
refletirmos e repensarmos que não se deve desistir de nossos objetivos e ideais, mesmo
existindo alguns contratempos que parecerem impedi-los. No caso do professor, deve-se
espelhar em cada um dos resultados bons e positivos de nossos esforços, não frustrar-se com
os objetivos que não foram alcançados e conquistados, preocupando-se, sempre em fazer o
melhor possível para que cada um dos objetivos desejados possa ser alcançado, mais do que
isso, que contribuam para o bem da sociedade e para a formação da cidadania.
O papel do educador é redimensionar o sentido do aprendizado acentuando valores e
culturas que a sociedade detém. O sentido das buscas e das descobertas implicam em novos
conhecimentos, conforme afirmação de João Guimarães Rosa, novamente, citada: “Mestre
não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende”.
Ressaltamos uma crítica, a educação de base e a educação familiar devem vir de berço,
porque a escola repassa e transmite conhecimentos e pode educar, mas não muda o caráter das
pessoas, apenas pode adequar ou melhorá-lo se quiser e o educando com sua família
permitirem.
Concluímos que o professor deve ser, o docente que se sinta responsável por colaborar
com a formação de um profissional (educação integral: informal, formal e não-formal) e não
apenas transmissor de informações e conhecimentos e ministrador de uma disciplina; repensar
sua participação e presença na instituição de ensino, buscando meios para continuar trazendo
suas colaborações e refletir (pensar) como planejar sua disciplina de modo a interagir com as
demais e com outras atividades da série ou curso.
O professor deve ser um educa-comunicador, facilitador, mediador e orientador,
sobretudo pesquisador do ensino e da aprendizagem - destacando-se pelo que produz (faz),
domina e transforma - para que o aluno também seja pesquisador, aquele que elabora e
produz.
A relação professor e aluno têm que sofrer influência da concepção de sociedade, de
homem e de educação que está subjacente a prática.
Uma dimensão relevante aos principais sujeitos da educação - professor e aluno - tem
que ser o processo de construção do conhecimento que se realiza entre estes sujeitos, fazendo-
se com que a formação para a cidadania se construa pelo planejamento das práticas
pedagógicas por meio do exercício de responsabilidade social, política, filosófica e ética para
que o professor preste atenção especial em si mesmo, para reconhecer suas reais
possibilidades, como tal.

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Resenha critica do filme o clube do imperador

  • 1. Mário Ferreira Neto, netoferreiramario@hotmail.com1 MBA em Perícia Judicial e Auditoria: IPECON - PUC/GO TRABALHO DA DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR Orientador Prof. MSc. Antônio Evaldo de Oliveira, Antonio.evaldo@uol.com.br RESENHA DESCRITIVA, INTERPRETATIVA E CRÍTICA FILME: O CLUBE DO IMPERADOR The Emperor's Club Diretor: Michael Hoffman Ano/Local: 2002, Los Angeles - EUA Gênero: Drama Duração: 109 min. Elenco: Ator/Atriz Personagem Ator/Atriz Personagem – mais velho Kevin Kline William Hundert Chris Morales Eugene Field Emile Hirsch Sedgewick Bell Luca Bigini Copeland Gray Embeth Davidtz Elizabeth Michael Coppola Russel Hall Rob Morrow James Ellerby Joel Grestsch Sedgewich Bell Edward Herrmann Woodbridge Steven Culp Martin Blythe Harris Yulin Senador Bell Rahul Kahanna Deepak Mehta Paul Dano Martin Blythe Patrick Dempsey Louis Massoudi Rishi Mehta Deepak Mehta Anthony Vincent Bova Robert Brewster Jesse Eisenberg Louis Massoudi Mark Nichols Copeland Gray Gabriel Millman Robert Brewster George F. Miller Eugene Field Chris Morales Eugene Field Luca Bigini Copeland Gray Michael Coppola Russel Hall Jimmy Walsh Robert Bell Elizabeth Hobgood Victoria Bell 1 Licenciado em Matemática pela Fundação Universidade do Tocantins: Data de Colação de Grau: 5.2.1999 (UNITINS) - Especialista em Matemática e Estatística pela Universidade Federal de Lavras do Estado de Minas Gerais: Data da Conclusão: 5.7.2002 (UFLA/MG) - Especialista em Orientação Educacional pela Universidade Salgado de Oliveira do Estado do Rio de janeiro: Data da Conclusão: 23.3.2002 (UNIVERSO/RJ) - Especialista em Gestão Judiciária pela Faculdade Educacional da Lapa de São Paulo em convênio com Escola Superior da Magistratura Tocantinense (FAEL/ESMAT) - Pós-graduando do Curso de MBA em Perícia Judicial e Auditoria pela Pontifícia Católica de Goiás em convênio com Instituto de Organização de Eventos, Ensino e Consultora S/A LTDA (PUC-GO/IPECON) - Mestrando em Matemática Financeira pela Rede Internacional de Ensino de Livre (RIEL - ITUIUTABA/MG). /
  • 2. ROTEIRO Análise sobre a ética, o poder e a concepção de incompletude com observação do modelo de escola, perfil do professor, perfil dos alunos e a relação professor e aluno. SCRIPT Analysis on ethics, power and design of incompleteness observing the model school, teacher profile, student profile and the relationship between teacher and student. SINOPSE William Hundert (Kevin Kline) é um professor de uma escola tradicional - St. Benedictus - preparatória para jovem - rapazes - exclusiva que recebe como alunos a elite da sociedade americana. Nesta escola, o professor Hundert dá lições de moral e ética para serem aprendidas, por meio do estudo de filósofos gregos e imperadores romanos. O professor Hundert está apaixonado por falar para os seus alunos que "O caráter de um homem é o seu destino" e se esforça para impressioná-los sobre a importância de uma atitude coerente e correta. Repentinamente algo perturba a rotina e a ordem da escola, com a chegada do aluno Sedgewick Bell (Emile Hirsch), o filho de um influente político (senador) norte-americano. O aluno Sedgewick entra em conflito - choque - com as posições e filosofias do professor Hundert, que questiona a importância daquilo que é ensinado. Mas, apesar desta rebeldia e indisciplina, o professor Hundert considera o aluno Sedgewick inteligente e com potencial e acha que pode colocá-lo no caminho certo, inclusive na disputa para concorrer à prova final do concurso “Senhor Júlio César”, chega a ponto de classificá-lo para a final do concurso escolar sobre a Roma Antiga, preterindo outro aluno Martin Blythe (Paulo Dano) legalmente classificado. O aluno Sedgewick trai a confiança do professor arrumando uma maneira de trapacear na hora das respostas às perguntas do concurso, “colando” às respostas, ao perceber o professor Hundert, mais uma vez, contraria seus princípios e valores, fazendo-lhe uma pergunta que não tem nada a ver com as perguntas do concurso, e, Sedgewich diz não saber a resposta, o outro concorrente, o aluno Rishi Mehta (Deepak Mehta) vence a disputa. SYNOPSIS William Hundert (Kevin Kline) is a teacher in a traditional school - St. Benedictus - Preparatory young - boys - exclusive that students receive as the elite of American society. In this school, the teacher gives lessons Hundert of morals and ethics to be learned through the study of Greek philosophers and Roman emperors. Professor Hundert is fond of talking to his students that "a man's character is his fate" and tries to impress them on the importance of a coherent and correct attitude. Suddenly something disrupts the routine and order of the school, with the arrival of the student Sedgewick Bell (Emile Hirsch), the son of an influential politician (Senator) U.S.. The student Sedgewick conflict - shock - with the positions and philosophies of Professor Hundert, who questions the importance of what is taught. But despite this rebellion and indiscipline, the teacher considers the student Hundert and Sedgewick intelligent potential and think you can put it in the right way, even in contention to compete for the final trial of the contest "Mr. Julius Caesar", arrives at the point of classify it for the end of school competition on Ancient Rome, passing over another student Martin Blythe (Paul Damage) legally classified. The student Sedgewick betrays the trust of the teacher arranging a way to cheat at the time of the answers to the contest questions, "pasting" responses, realizing Professor Hundert, again, contrary to its principles and values, making him a question has nothing to do with the questions of the contest, and says Sedgewich not know the answer, the other competitor, the student Rishi Mehta (Deepak Mehta) wins the contest.
  • 3. RESUMO O filme se passa no colégio interno e o professor tenta moldar o caráter e personalidade de seus alunos, baseando na história da cultura grego-romana. Tudo transcorria bem, nas regras e padrões da escola, até a chegada de um aluno indisciplinado e rebelde - Sedgewick Bell - filho de um político influente - senador norte-americano. O professor tenta modificar o caráter deste aluno e ganhar sua confiança. No colégio existia um concurso para escolha do melhor aluno do ano, “Senhor Júlio César”, uma disputa entre os alunos da classe deste professor. O professor observa a mudança repentina comportamental do obstinado aluno e vislumbra um futuro promissor para o jovem, embora com pouco interesse e esforço nos estudos, mas durante a fase de classificação, percebeu certa determinação, por isso, desclassificou injustamente outro aluno para colocá-lo na prova final do concurso. O professor não contava que o aluno Sedgewick fosse desonesto e praticasse uma conduta antiética - “colar” - às respostas das perguntas e ao perceber essa conduta, fez uma pergunta que não estava entre as questões escolhidas, por saber, que não acertaria a resposta, isso aconteceu. A decepção foi enorme por ter contrariado seus princípios, por classificá-lo, preterindo injustamente outro aluno. ABSTRACT The film is set in boarding school and the teacher tries to shape the character and personality of its students, based on the history of Greek and Roman culture. All wore on well, the rules and standards of the school, until the arrival of a rebellious and undisciplined student - Sedgewick Bell - son of an influential politician - U.S. Senator. The teacher tries to modify the character of this student and gain their trust. In high school there was a contest to choose the best student of the year, "Mr. Julius Caesar", a contest between students of this class teacher. The teacher observes the sudden change behavioral stubborn student and sees a bright future for the young, though with little interest and effort in the studies, but during the qualifying round, saw some determination, so unjustly disqualified another student to put it showdown in the contest. The teacher did not tell the student Sedgewick was dishonest and unethical conduct practiced - "paste" - the answers to the questions and realize that behavior, asked a question that was not among the chosen questions, knowing that the answer would not hit, this happened. The disappointment was huge because it contradicted his principles, to classify it, away unjustly another student. Palavras-chave: Aprendizagem, caráter, educação, ensino, moral. Keywords: Learning, character, education, teaching, moral. RESENHA DESCRITIVA E CRÍTICA Racionalidade da educação e do ensino A história passa-se em uma conceituada escola tradicionalista para jovens - St. Benedictus - esses alunos pertencem à alta sociedade norte-americana. William Hundert (Kevin Kline) é um professor de história e tem grande preocupação em passar lições de moral e princípios éticos por meio de estudos acerca da filosofia greco-romana e seus grandes pensadores.
  • 4. A instituição acreditava em sua metodologia de ensino, principalmente nos valores que apregoava. Como professor de história, Hundert era aplicado e buscava ensinar aos seus alunos valores por meio de ensinamentos de notáveis filósofos da antiguidade. Para o professor, o mais importante era viver uma vida com caráter, ética, moral e retidão. Afirmava que “a ambição e conquista sem contribuição não tem significado”, ou seja, de nada adiantaria o homem almejar grandes conquistas para si, se esta não trouxesse grande contribuição para a sociedade. A sua rotina muda repentinamente quando Sedgewick Bell (Emile Hirsch), filho do Senador Bell (Harris Yulin) - senador norte-americano - passa a estudar na escola e os ensinamentos do professor divergem do comportamento deste recém-chegado aluno. De início, Sedgewick chegou a afetar o cotidiano e a ordem dos demais alunos, já que não enxergava nenhum valor no que era ensinado pelo prof. Hundert. O obstinado aluno tentou corromper os costumes e tradições da escola. O prof. Hundert voltou a sua atenção para o filho do senador com o intuito de tentar ganhar à sua confiança e conquistá-lo para fazer com que se interessasse pelos estudos. Como desafio, a própria função de professor - educador - tenta criar vínculos com seus alunos, assim foi à atitude do prof. Hundert com o aluno Sedgewick, para que o mesmo se empenhasse nas suas aulas, vindo a conseguir êxito, depois de algumas tentativas e da conversa que teve com o pai do aluno - senador. O prof. Hundert compreendeu que o aluno Sedgewick tinha um relacionamento de pouca afetividade e diálogo com seu pai. Percebeu também que apesar da distância que existia entre os dois, Sedgewick tinha esperanças de ainda ser ouvido e compreendido por seu pai, respondendo a sua indiferença por meio da sua rebeldia e indisciplina. Desta forma, o valor que o senador não possuía, por isso, não podia passá-lo a seu filho. Hundert tentou imprimir em seus ensinamentos para que fossem absorvidos por Sedgewick, percebe-se que conseguiu, quando o aluno demonstra interesse e esforço nos estudos. Ao perceber um crescimento nas avaliações de Sedgewick, acredita que levaria ao final do tradicional concurso “Senhor Júlio César” - líder militar romano. Esse concurso, o faria ser diferente, do que fora desde o inicio. Mesmo que isso retirasse a vaga de quem justo e realmente a teria conseguido classificá-lo, por mérito e direito, para estar na disputa. O
  • 5. professor preteriu outro aluno, ferindo-se seus princípios e valores quando deu a chance de mudança para o aluno Sedgewick. Contudo, o professor se decepcionou com o aluno que ajudara, notando que este estava “colando” na prova final do concurso. Assim, fez com que o perdesse, por fazer-lhe uma pergunta, que tinha a certeza que não saberia responder, assim aconteceu. A partir deste momento, Sedgewick passou a ter novamente comportamento indisciplinado, seguido de notas baixas, fazendo-o experimentar um forte sentimento de fracasso ao lhe entregar o diploma. Anos depois, Sedgewick se transformara em um grande e influente empresário norte- americano. Depois que o pai faleceu, quis prestá-lo uma homenagem, fazendo uma significante doação à escola St. Benedictus, sob a condição de programar a realização de uma revanche do concurso “Senhor Júlio César”, por ter sido derrotado no passado, assim providenciou o evento com a presença de todos os amigos da época e de seu antigo professor de História. O prof. Hundert, apesar de estar decepcionado por não ter sido escolhido para o cargo de Diretor da escola (já que o antigo diretor falecera), foi preterido por um funcionário que no passado havia sido indicado (pelo professor). O professor aceitou o convite e comparece ao evento. No caminho para o local do concurso, percebe-se que o professor abre um livro com recortes de jornais sobre a vida do ex-aluno Sedgewick, com publicações desde o tempo em que esteve na escola St. Benedictus até aquele dia. Percebe-se também uma esperança de que o que lhe fora ensinado poderia estar sendo praticado. O professor ofereceu-lhe a oportunidade de transformá-lo não só em um homem de sucesso, mas de se transformar em um homem bem sucedido, correto e honesto diante de sua família e dos achegados amigos. No entanto, no concurso, depois de verificar que mais uma vez, Sedgewick novamente trapaceou, utilizando-se de um aparelho auricular para obter as respostas às perguntas, em que um universitário lhe dizia as respostas. O prof. Hundert leva mais um golpe, mais uma vez, faz com que seu ex-aluno perca a disputa da revanche. Depois do acontecido, Sedgewick anuncia a sua candidatura ao Senado dos EUA. Decepcionado, recebe uma surpresa e homenagem dos ex-alunos. Com isso, percebe que mesmo não conseguindo sucesso para a construção do caráter e da personalidade de
  • 6. Sedgewick, conseguiu com muitos outros que se tornaram importantes e referências em suas áreas de atuação e profissão. Inclusive tal reconhecimento é percebido ao ver que um ex-aluno matricula seu filho para estudar com o professor, cujo ex-aluno havia sido preterido na disputa do concurso, por ter justa e legalmente sido classificado. No filme podemos extrair algumas frases: “A sabedoria adquirida aqui deve ser usada para ajudar os outros quanto a si próprios”; “Finis origie pent” - O fim depende do início; “Por que grande ambição e conquista sem contribuição não têm significado”; “Um aviso do grande sábio Aristófanes. Tradução aproximada: “A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, porém a estupidez é eterna””; “Pode ser um bom aluno, se quiser”; “Fez progressos, saiu da escuridão para a luz...”. A respeito da ética: A relativização dos conceitos é algo muito comum. Dizer que o mestre não foi ético ao alterar a nota de Sedgewick, para que o mesmo participasse da etapa final do concurso, também o condenaria a não ser ético por não permitir que o aluno, partindo da ignorância e rebeldia, da falta de esforço e interesse nos estudos, com notas mínimas, chegasse a quase participar da última fase do concurso, depois dos esforços e vontades dos conhecimentos aprendidos ao longo das aulas ministradas. Seria não reconhecer o esforço e a vontade de crescer, mesmo que temporária. Outro ponto a ser observado é a dependência dos alunos em relação ao professor. No inicio do filme, logo depois da leitura de uma placa, afixada acima da porta de entrada da sala de aula, o professor explica sobre os dizeres e alerta que não adiantava procurar em nenhum livro. Atualmente esta dependência é, deve ser muito menor, isto porque os meios de comunicação e os novos métodos de ensino e aprendizagem permitem que tanto alunos e mestres tenham acesso as inovações e/ou mutações da cultura, simultaneamente ao cenário contemporâneo que está marcado pela globalização das economias, pelos avanços tecnológicos e das comunicações e na informática tem trazido estes novos modelos de ensino e aprendizagem. A respeito do poder: No decorrer das senas do filme, podemos assistir a busca constante pelo poder. Como exemplo: o poder do professor dentro da sala aula, de certa forma, fazendo com que seus alunos fossem submissos e subservientes, visto que quando o novato aluno enfrenta o professor, fazendo pilhéria - anedota - na classe, de imediato, o professor toma providência para conter o ato de rebeldia e recita ao aluno: “Um aviso do grande sábio Aristófanes: “A juventude envelhece, a imaturidade é superada a ignorância
  • 7. pode ser educada e a embriaguez passa, porém a estupidez é eterna””, demonstrando ao novo aluno e a todos os outros, quem teria o poder. A própria competição referente ao concurso “Senhor Júlio César” é uma forma de poder, por meio de uma disputa para definir-se quem seria o melhor aluno do ano, a princípio e depois, quem detiver maior conhecimento, detém o título de “Imperador”. Também a própria educação promove a busca pelo poder. O poder do conhecimento, o poder da conquista, o poder de ser o melhor, o próprio poder. No cotidiano o poder está sempre a circular por nós. Quer seja no trabalho, na escola, na vida política e social, até mesmo no seio familiar. A respeito da concepção de incompletude: Se intimamente nos perguntarmos, se estamos satisfeitos com o que aprendemos, até hoje, com toda a certeza, diríamos que poderia ter aprendido mais e melhor, não só durante os anos de escolarização do ensino fundamental, médio e superior, mas principalmente durante todas as aulas da pós-graduação ou de outro curso qualquer. Sempre queremos deter um maior conhecimento possível. Queremos ter ou ser algo mais, sempre destacado dentre os outros. Neste caminho, nos deparamos com a ética e a moral, sobretudo com o poder, com o certo e o errado. Ainda com os referenciais e as relatividades que norteiam todo saber. Contudo, será incompleto, se estivermos sozinho em nossos conceitos ou definições, discriminações ou preconceitos. Concluímos e tiramos como lição para nós, do filme que, por melhor que seja a escola e o professor, o caráter e a personalidade não serão moldados, exclusivamente pela escola ou pelo bom professor, e, no decorrer da vida, os ambientes e meios em que vivemos podem interferir, porém, o que de fato ficará e permanece, são os exemplos, bons ou ruins, que recebemos - relativizados como verdadeiros. RESENHA INTERPRETATIVA E CRÍTICA Os desafios da educação e da docência William Hundert (Kevin Kline) é um professor da St. Benedictus, uma escola exclusiva, preparatória e tradicional que recebe como alunos, jovens da alta e elite sociedade americana. Essa escola apresenta-se a lógica da escola brasileira com aspectos culturais e socioeconômicos, com ensino tradicional, mecanizado, memorizante e livresca.
  • 8. O professor Hundert dá aulas de história greco-romana referentes aos filósofos gregos e imperadores romanos, com lições de ética e moral para serem aprendidas, visando moldar o caráter e a personalidades dos alunos. O professor Hundert é reconhecido por suas boas instruções em sala de aula. O professor Hundert demonstra muito entusiasmo ao falar para os seus alunos e nas suas fala-explicações, faz questão de expressar algumas frases filosóficas, inicialmente, frisou que "O caráter de um homem é o seu destino", também se esforça para impressioná-los sobre a importância de uma atitude coerente e correta. As suas aulas e rotinas diárias vêm ocorrendo com ordem e tranqüilidade, devido ao respeito e admiração que os alunos têm pelo professor, em uma relação de obediência e submissão. O professor tradicional, mas com valores progressistas, frisando que para entendermos o presente, temos que relativizar o passado para buscarmos um futuro promissor. Na escola tudo sempre transcorreu com normalidade, quando em um dia, repentinamente, chega à escola o aluno Sedgewick Bell (Emile Hirsch), filho de um importante e influente político norte-americano (Senador), logo à sua entrada na sala de aula, perturba aquela rotina de ordem e tranquilidade por entrar em conflito - choque - com as ideologias e posições do professor Hundert. O aluno novato faz questão de revelar à sua arrogância. O professor Hundert vê-se desafiado por aquele jovem que, inicialmente, demonstra ser desinteressado pelos estudos e indisciplinado, aliado à agravante de ser filho de um Senador relativamente influente nos Estados Unidos. Esse jovem demonstra também que não mantinha um relacionamento de afetividade, carinho e diálogo com o pai, apesar de suas tentativas de aproximação, tendo o pai matriculado o filho na escola, porque essa instituição de ensino atendia a elite americana (impressão pessoal nesta última parte). O perfil dos alunos é demonstrado pela boa vida socioeconômica, por serem da elite norte-americana e respeitosa - obediência. Percebe-se que a arrogância era um traço visível na postura do aluno Sedgewick Bell e o professor Hundert, que na mais clara tendência behaviorista2 , acreditava ter também como missão a de moldar o caráter dos seus alunos, tentou utilizar-se dessa moldagem. Em certa aula o professor, chamou o aluno novato à frente, fazendo algumas perguntas, que o aluno não sabia responder, então o professor fizera as mesmas perguntas para a turma, tendo os demais alunos, em coro, respondidos aquelas perguntas. 2 O comportamento humano tem sua complexidade revelada nas atitudes que o ser humano pratica no seu dia a dia. A interação com o meio ambiente e com os outros de sua espécie pode revelar muito da personalidade de uma pessoa. Behaviorismo é o estudo do comportamento humano por meio do método de estudo da extrospecção que analisa as manifestações exteriores do ser humano.
  • 9. Naquela oportunidade, o professor aproveitou para fazer a sua colocação ideológica e repreensão, com refinamentos morais e humilhação para o aluno indisciplinado, que ficou visivelmente envergonhado. Logo, depois disso o professor procura o jovem, diz acreditar no seu potencial e o desafia a ingressar em uma competição - concurso anual “Senhor Júlio César” - de perguntas e respostas sobre os temas ministrados em aula, que disputam uma prova oral final, dentre os três melhores classificados e o aluno vitorioso tem à sua imagem afixada na parede da escola como o melhor aluno do ano. Diante do conflito, o aluno Sedgewick Bell, imediatamente questiona ao professor Hundert, qual a importância daquilo que é ensinado, demonstrando à sua rebeldia, mas o professor Hundert, sem expressar nada - silenciosamente - porém, mentalmente considera esse aluno inteligente e acha que pode colocá-lo no caminho adequado e certo para ter uma formação baseada nos princípios acadêmicos da escola. Surge imediatamente a indagação: Mas o que fazer com um aluno com este tipo de conduta escolar e comportamental? Os outros alunos da classe seguiam aos padrões desejados pela instituição de ensino e obedeciam às regras docentes e as orientações do professor, sempre havia algumas diversões típicas de adolescentes, mas essas brincadeiras, nada que beirasse a “marginalidade” do aluno recém-chegado. A relação entre professor e estes alunos eram de obediência e submissão. As aulas seguiam um padrão de instrução tradicional, baseada no livro texto e lições complementares de outros livros com avaliações escritas e repetitivas como também durante as aulas de algumas perguntas orais. O professor se colocava como detentor do conhecimento e procurava explorar a memória dos seus alunos com questionamentos sobre a história da Roma Antiga, que tinham que decorar ou memorizar nomes, datas e fatos históricos, sem fazer análises e reflexões críticas dos conteúdos que eram ensinados, assim não se interligava aos conteúdos o sentido de sua importância para educação e formação profissional do aluno. A transmissão de conhecimento não é um ritual, uma vez que o ensino não é mecanizado, mas é ritmo que caminha harmoniosamente com o que convém elucidar o que é aprendizagem para a formação da cidadania. A relação professor e alunos são de muita interatividade de formação do caráter, do cultivo de valores ético e princípios morais para conduzir-se à formação da cidadania. Em um momento do filme surgiu uma discussão sobre o conteúdo ministrado e trabalhado com aquela classe de alunos, exatamente no momento em que o aluno novato e indisciplinado emitiu sua opinião sobre os fatos tratados e a postura da prática docente do professor, que era um mero transmissor de conhecimentos.
  • 10. Naquele instante o aluno teve a coragem de dizer que discordava do professor. O conflito estava estabelecido. O professor fora desafiado em um dos pontos que mais prezava - o domínio do conteúdo. Para piorar a relação entre professor e aluno recém-ingressado, este professor foi queixar-se do comportamento estudantil do aluno “problemático” ao pai, alegando que “não se esforça, não presta atenção a aula, não estuda a matéria”, oportunidade, em que o pai do aluno (Senador) questiona ao professor: “qual é o valor do que ensina para esses meninos?” Isto é, qual a real importância dos conhecimentos que são transmitidos para a vida dos alunos, com esse questionamento, o pai faz com o professor possa refletir sobre a sua prática docente. Depois, o Senador finaliza dizendo que a função do professor é ensinar, não mudar o caráter do aluno. O professor se retira da sala em que se encontrou com o Senador - pai do aluno - desapontado. Observa-se que uma crise se formou na cabeça do professor. A postura de um professor também não é um mero transmissor de conhecimentos ou informações. O professor deve ser um educador facilitador, mediador e orientador do conhecimento, porque antes de tudo deve abandonar a ideia de ser um detentor do conhecimento para passar a ser este facilitador e orientador, adotando atividade e estratégia que possa favorecer a apreensão de competências e habilidades por parte do aluno. Como diz Perrenoud3 , o professor deve entender que “ensinar, hoje, significa conceber, encaixar e regular situações de aprendizagem, seguindo os princípios pedagógicos ativos construtivistas”. Na realização anual do concurso escolar, intitulado “Senhor Júlio César” a respeito da Roma Antiga, o professor Hundert, pensativamente por alguns instantes, depois da correção da prova da última etapa classificatória da competição, resolve “quebrar” silenciosamente seus princípios éticos e rígidos de tratamento igualitário de seus alunos, por acreditar no potencial de inteligência e de mudança comportamental do aluno Sedgewick Bell, chega a ponto de colocá-lo na final do concurso escolar “Senhor Júlio César”, preterindo o aluno que fora classificado. Nesse desafio, o professor acaba, desonestamente, forjando uma classificação no concurso escolar, desviando-se de seu caráter ímprobo e reto para tentar aproximar-se do aluno e passar-lhe seus conceitos. Percebendo, porém, que apesar de alguns poucos avanços não consegue mudar o caráter do aluno, o professor entra em um conflito interno sobre o que são vitórias e derrotas na docência. 3 PERRENOUD, Philippe. Dez Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre (Brasil), Artmed Editora, 2000.
  • 11. O professor passou Sedgewick Bell na frente de outro candidato, com esperança de se surpreender, confiando que conseguiria mudar o caráter deste aluno e também que o novato aluno poderia vencer a competição escolar por seus próprios méritos, porém na realização da prova final entre os três melhores alunos, o aluno Sedgewick Bell trai a confiança e a credibilidade que fora depositada pelo professor, consegue arrumar uma maneira de trapacear - “colar” - na prova oral da tríplice concorrência, porém o professor, a tempo, percebe a ilicitude estudantil do aluno, relata instantaneamente para o Diretor da Escola, o qual pede e exige que o professor ignore a conduta praticada pelo aluno. No início o aluno sentindo-se com o orgulho ferido, pelo que se percebe no desenrolar do filme, mas o professor busca a mudança de caráter deste aluno, com isso, ganhou sua confiança, convencendo-o de que era capaz, por esses motivos o aluno, aceita o desafio e passa a se dedicar aos estudos, inclusive procura um livro comum e único para todos os alunos na biblioteca para estudar, cujo livro não poderia ser retirado. Na realização da competência estudantil, percebe-se claramente que o aluno trapaceia ilicitamente ao “colar” as respostas das perguntas, por ter escritos possíveis respostas em folha manuscrita e afixado-as na veste - túnica - mas não conseguiu lograr êxito na competição - ser vitorioso - por ter o professor, ao descobrir a ilicitude na competência, fiz- lhe uma pergunta que não se relacionava à história da Roma Antiga, sabendo que o aluno não conseguiria responder corretamente à pergunta, mais uma vez, o professor rompe seus padrões éticos e morais, por sentir-se obrigado. Este foi um erro crucial do professor, porque o verdadeiro estímulo para os alunos está alicerçado no professor conseguir tornar o conhecimento contextualizado, envolvente, intrigante e interdisciplinar, mostrando para o aluno a importância daquele conteúdo para a sua formação tanto de vida como de cidadania, não apenas para servir como ferramenta de engrandecimento pessoal (do ego) e acadêmico (da profissão). Na escola, colocar os alunos para competirem em um concurso estudantil na forma como fora vista no filme, não contribui para a convivência escolar harmônica e sadia, porque se deve estimular a fraternidade. Por outro lado, este tipo de competição, não se desenvolve a cidadania, por despertar o senso de rivalidade, um com outro, inclusive, foi isso que produziu, depois de 25 anos, o aluno rebelde procurou uma revanche, mas com objetivo escuso. Em um contexto de competição intelectual, naturalmente os alunos que possuem dificuldades de aprendizado, sentem-se menosprezados e rebaixados, certamente vivem momentos infelizes durante sua escolarização, enquanto que os alunos mais capazes poderão sentir-se como se
  • 12. fossem seres humanos superiores. A escola é um espaço para transformação do educando para educado e cidadão. Paralelo relevante, coincidência à parte, este tipo de aluno (Sedgewick Bell) é cada vez mais comum nas salas de aula das escolas brasileiras, porque infelizmente, a entidade basilar da sociedade, a família, encontra-se em um contínuo processo de degradação, em função de alguns desajustes, devido à proliferação das drogas entre os jovens, de vícios de bebidas e fumos, de violências por descontroles emocionais e pelo elevado número de separações ou divórcios das famílias. O professor percebe que se enganou, descobrindo no futuro que, ajudar quem não quer ser ajudado, é uma missão destinada ao fracasso e à frustração. Na continuidade da competência estudantil o professor lhe fez uma pergunta sobre certa pessoa: “Quem foi Amilcar Barca?”, sabendo que o aluno não conseguiria responder corretamente a pergunta, isso foi o que aconteceu, ao dizer que não sabia a resposta. A respeito da decepção da confiança e credibilidade depositada no aluno, o professor, antes de qualquer coisa, é um ser humano, portanto está sujeito a acertos e erros no desempenho de sua profissão. A imagem do professor como detentor da razão e da moral é um paradigma que somente deve existir na imaginação, porque ninguém é guardião destes princípios. João Guimarães Rosa dizia: “Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende” e também disse: “O homem nasceu para aprender, aprender tanto quanto a vida lhe permita”. O filme nos mostra que a história de um bom educador se prolonga e se imortaliza nas vidas de seus alunos, conduzidas no caminho da aprendizagem. Sabemos que a demanda de alunos arrogantes e indisciplinados sempre existirá, porém a esperança na educação deve persistir para que o professor possa também refletir e repensar à sua prática docente. Nesse sentido o professor expressa o conselho de Aristófanes citado em um dos empolgantes diálogos do filme: "A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, mas a estupidez dura para sempre". A escola tradicional (St. Benedictus) não havia avançado para os verdadeiros valores de uma sociedade moderna, onde todos tinham que seguir os mesmos padrões e regras. Ser um "Senhor Júlio César" na competição escolar era para o aluno, como se fosse um “céu”, pois sua foto iria permanecer eternamente afixada na parede da escola. A competição escolar, de certa forma, mostra o individual sobressaindo ao coletivo. No filme, a ética era esquecida quando os seus “próprios” valores eram colocados como prioridade. Uma boa educação como um bom educador, na prática não está em torno de
  • 13. padrões e regras rígidas e também da absorção de informações como se o aluno fosse apenas um recipiente passivo, mas por valores determinantes para o progresso de uma sociedade, pois todas as estruturas de educação e tipos de educadores deixam marcas e rastros no intimo de cada aluno, seja para o bem ou para o mal, podendo facilitar ou dificultar a aprendizagem do aluno. Segundo, Paulo Freire, todos devem ter a consciência da importância da escola e do educador na formação de cidadãos conscientes e de suas responsabilidades políticas e sociais. No caso da situação do professor Hundert, o fato de ter dado uma oportunidade a um aluno arrogante e indisciplinado, por acreditar na esperança de uma mudança pode até, ser correta, porém se analisarmos que implica em uma negligência de uma conduta ética ou moral, no momento em que nega ao verdadeiro classificado, o direito de participar da prova final do concurso, incorre em erro, pois outras formas poderiam ser adotadas, sem o comprometimento de outro, honestamente classificado. No filme, ao evidenciar na escola que existe uma disputa que valoriza apenas a glória individual - vencedor da competição - tem sua imagem afixada na parede da escola para que os outros vejam que o vencedor é o melhor aluno do ano da escola, ao mesmo tempo, mostra que educar é ampliar horizontes éticos, filosóficos, morais, políticos e sociais; redefinir metas e padrões acadêmicos e profissionais; aguçar a sensibilidade; formar para a cidadania e não simplesmente obter um certificado de conclusão de curso. O conflito se torna mais profundo quando o professor deposita a sua confiança e credibilidade em um aluno, posteriormente se decepciona, ao perceber que, tanto aluno como professor, utiliza-se da esperteza que se sobrepõe a retidão de caráter e a honestidade. No filme, essa decepção resta evidenciada quando chega à oportunidade do professor, galgar o cargo de Diretor da Escola, porém é preterido. A escolha recai sobre alguém bem mais jovem e que tinha como principal habilidade conseguir dinheiro (arrecadar fundos) para sustentar o colégio. Depois de 25 anos, Sedgewick Bell deseja repetir aquele concurso estudantil em sua cidade e convida o professor e todos os seus antigos colegas que são recebidos com carinho. Entretanto, no decorrer da competição, o professor descobre, novamente, que seu antigo aluno continuava a praticar ilicitude - infligir o princípio de moral - e mais uma vez não se dado por vencido. A revanche da competição tinha apenas a finalidade de anunciar aos colegas de que era candidato ao senado no lugar de seu pai e queria pedir apoio de todos. O aluno e o professor discutem, quando estava no toalete. Durante a discussão, o filho de Sedgewick Bell ouve tudo e compreende ostensivamente e vira as costas para o pai.
  • 14. O professor revela ao seu antigo aluno que foi desclassificado injustamente, quando deu à sua vaga na competição ao aluno Sedgewick Bell, no passado, mas o aluno desclassificado o perdoa. Como prova de seu perdão, coloca seu filho para estudar na escola com o Professor Hundert, pois apesar de tudo via uma honradez. Ainda tinha muito apreço pelo professor. A educação de nada serve se não puder ser revertida em crescimento e desenvolvimento pessoal e coletivo, pois o educador na medida do possível, de acordo com Paulo Freire, deve educar para as mudanças na busca da autonomia e da liberdade para promover as capacidades de aprendizagem, propiciando uma formação direcionada à cidadania consciente e às responsabilidades políticas e sociais, por ser um ser social, educando e educador, ao mesmo tempo. O filme nos mostra a importância da didática na educação, por ser um instrumento que faz com que busquemos soluções para resolver os problemas em salas de aulas. Assim, vem nos despertar para uma real importância de uma educação verdadeira direcionada à cidadania. Podemos comparar essa escola com a tendência liberal tradicional, pois ela está baseada na mesmice com atividades repetitivas e avaliações escritas com perguntas e respostas. Para participar do concurso escolar, os alunos eram obrigados a passar por uma avaliação, somente três dos alunos eram classificados para a prova final que era oral. O professor desclassificou injustamente um aluno para classificar Sedgewick Bell. O professor se decepciona por perceber que a confiança depositada em seu aluno, não foi correspondida, quando percebeu ter usado de artifício para trapacear na prova final, algumas respostas (cola afixada na túnica). Concluímos que o filme “O Clube do Imperador” nos transmite mensagens relevantes a respeito da importância da ética e da honestidade, atualmente valores que são deixados de lado na sociedade brasileira, apenas predominando o capitalismo, o egoísmo, o individualismo e a prepotência. Porém estas circunstâncias e motivos nos fazem ainda refletirmos e repensarmos que não se deve desistir de nossos objetivos e ideais, mesmo existindo alguns contratempos que parecerem impedi-los. No caso do professor, deve-se espelhar em cada um dos resultados bons e positivos de nossos esforços, não frustrar-se com os objetivos que não foram alcançados e conquistados, preocupando-se, sempre em fazer o melhor possível para que cada um dos objetivos desejados possa ser alcançado, mais do que isso, que contribuam para o bem da sociedade e para a formação da cidadania. O papel do educador é redimensionar o sentido do aprendizado acentuando valores e culturas que a sociedade detém. O sentido das buscas e das descobertas implicam em novos
  • 15. conhecimentos, conforme afirmação de João Guimarães Rosa, novamente, citada: “Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende”. Ressaltamos uma crítica, a educação de base e a educação familiar devem vir de berço, porque a escola repassa e transmite conhecimentos e pode educar, mas não muda o caráter das pessoas, apenas pode adequar ou melhorá-lo se quiser e o educando com sua família permitirem. Concluímos que o professor deve ser, o docente que se sinta responsável por colaborar com a formação de um profissional (educação integral: informal, formal e não-formal) e não apenas transmissor de informações e conhecimentos e ministrador de uma disciplina; repensar sua participação e presença na instituição de ensino, buscando meios para continuar trazendo suas colaborações e refletir (pensar) como planejar sua disciplina de modo a interagir com as demais e com outras atividades da série ou curso. O professor deve ser um educa-comunicador, facilitador, mediador e orientador, sobretudo pesquisador do ensino e da aprendizagem - destacando-se pelo que produz (faz), domina e transforma - para que o aluno também seja pesquisador, aquele que elabora e produz. A relação professor e aluno têm que sofrer influência da concepção de sociedade, de homem e de educação que está subjacente a prática. Uma dimensão relevante aos principais sujeitos da educação - professor e aluno - tem que ser o processo de construção do conhecimento que se realiza entre estes sujeitos, fazendo- se com que a formação para a cidadania se construa pelo planejamento das práticas pedagógicas por meio do exercício de responsabilidade social, política, filosófica e ética para que o professor preste atenção especial em si mesmo, para reconhecer suas reais possibilidades, como tal.