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ECONOMIA POLÍTICA<br />PROF.ROSSAL<br />FRASE DE EFEITO: A estabilidade plena na economia não é a regra, esta é a instabilidade. O sistema econômico funciona em movimentos de desajustes e correção. Às vezes a correção passa do ponto e é preciso fazer novo ajuste.<br />Possibilidades: INFLAÇÃO, DESINFLAÇÃO, DEFLAÇÃO e REFLAÇÃO<br />INFLAÇÃO: persistentes altas de preço. Embora seja um fenômeno monetário, pode ter várias causas. Tanto oriundas do setor privado quanto do setor público. Aumento generalizado dos preços associado ao aumento da disponibilidade de moeda ofertada. Um governo emite moeda demais sem o correspondente lastro real (contrapartida da economia real) como a oferta de moeda é abundante, a pessoas começam a competir e se dispõem a pagar mais pelos produtos.<br />Exemplo de causa pública da inflação: o aumento da dívida pública. O governo pode pagá-la cobrando maiores impostos, ou emite mais títulos públicos.<br />NOTAS DA CRISE DE 2008: Os países desenvolvidos com uma enorme dívida pública aplicaram à crise de 2008 uma solução keynesianista, resolveram investir em obras públicas para manter as pessoas empregadas e gerar com o dinheiro emitido (controlada ou descontroladamente pelo governo) o reaquecimento da economia, contudo, isso não ocorreu (PIGS).<br />Instrumentos Básicos do Governo Para Controlar a Inflação (MOEDA > JUROS >  CÂMBIO):<br />Controle da emissão de moeda através do Banco Central<br />Taxa básica de juros fixada pelo Banco Central que a cobra ao emitir moeda. Diminuindo a taxa de juros, sobra mais dinheiro para empréstimos. Elevando a taxa de juros, há um desaquecimento da economia e uma baixa da inflação<br />Os depósitos compulsórios dos bancos e encaixes.<br />Políticas Cambiais: e tem um lugar menos valorizado, se diminui as importações para valorizá-lo. <br />No setor público:<br />Controle da dívida Pública e de Investimento Estatal: quando o governo faz muitas obras públicas, precisa contratar empreiteiras... Assim, o Estado coloca mais dinheiro no mercado de construção. Assim, o ritmo os investimentos públicos pode aumentar a inflação, pois há mais dinheiro colocado em determinado setor.<br />Corrupção: quem corrompe o setor público é o setor privado. Todo deputado corrupto tem um empresário corrupto (corruptor), mas ninguém fala mal deles, e sim do setor público. A corrupção ataca a eficácia alocativa. A burocracia e a falta de transparência que geram a corrupção. Esta acaba até acelerando os processos porque basta pagar uma propina que a coisa anda.<br />Custos da Inflação:<br />Redução da Moeda Retida: para que uma economia seja sadia ela deve ter equilíbrio (isso significa ter um pouco de poupança) com a inflação as trocas se aceleram e o equilíbrio sofre um baque.<br />Reajuste Frequente dos Preços: maior variabilidade dos preços relativos. Quando tem muita inflação, o consumidor fica desprotegido porque há maior dificuldade em se realizar o efeito substituição, ele não sabe quanto realmente vale certo produto. O efeito substituição é essencial à livre concorrência.<br />Distorções Tributárias: Com a inflação o governo arrecada menos sobre os valores nominais. Se o governo não corrigir os tributos, pagaremos menos impostos. A data do fato gerador não coincide com o pagamento do imposto. Assim, em suma, a distorções tributárias ocorres porque a data de geração ocorre muito antes do pagamento do imposto. Para que isso não aconteça, o governo faz correções tributárias.<br />Redistribuição Arbitrária da Riqueza entre Credores e Devedores: é agravada nos caso de hiperinflação. Os mais pobres sofrem mais com a inflação, os mais ricos colocam o dinheiro no banco e conseguem superar a inflação com os juros e as correções monetárias.<br />Com a inflação persistente ocorre uma hipertrofia do setor financeiro. Isso porque a VCM aumenta com a inflação o que eleva o caráter especulativo da moeda (pessoas usam a moeda para ganhos especulativos) com isso, o setor real sofre um desestímulo à produção, e o mercado perde a sua característica de balizador de preços. Ainda hoje, alguns contratos do interior do RS são feitos em safra de soja, bois... Em casos de hiperinflação, a sociedade volta a utilizar a mercadoria-moeda, meio comum de troca se torna mais estável do que a moeda hiperinflacionada: soja, arroz... <br />Com a inflação a moeda perde seu valor de referencial do mercado.<br />A inflação exacerba o conflito de classes, aumenta a pobreza (pobres têm menos meios de se defender da inflação em comparação aos ricos) e corrói as bases morais da economia e da convivência civilizada.<br />Final dos anos 80, início dos anos 90: caso de hiperinflação no BR. Dentre as tentativas de controlar a inflação, a mais bem sucedida foi a do Plano Real. Como o BR conseguiu superar esse período¿ Através de 4 medidas:<br /> Lei da Responsabilidade Legal: não se pode gastar mais do que se ganha.<br />Retorno à um padrão monetário confiável: o governo cria uma URV (unidade de referência de valor) que é uma média do valor inflacionado para retirar a inércia inflacionária e posterior conversão das URVs em reais.<br />Independência do Banco Central: emissão de moeda corresponde a fatores puramente técnicos e econômicos. O presidente do Banco Central precisa ser autônomo, mas estar em harmonia com o Estado.<br />Mentalidade de Aversão Social à Inflação: grande virtude do governo Lula. A Estabilidade se torna um patrimônio de toda a nação, um bem público. Essa mentalidade e forma através da mídia (publicidade e propaganda).<br />DESINFLAÇÃO: volta à linha de estabilidade<br />DEFLAÇÃO: queda generalizada dos preços associada à estagnação econômica (é a crise econômica)<br />REFLAÇÃO: volta à estabilidade geral após a deflação.<br />Uma economia de um país está em recessão quando seu PIB tem taxas negativas (queda contínua) em tempos superiores a um trimestre.<br />GPM é uma das taxas de inflação. Uma coisa é inflação na capital e outra é no interior. Inflação dos gêneros alimentícios, por exemplo, é mais sentida pelas pessoas que ganham remuneração mais baixa. O aumento das coisas não tem o mesmo impacto para todos os setores da população.<br />Nas épocas de alta inflação, os economistas sugeriram bens mais estáveis. <br />
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O governo pode pagá-la cobrando maiores impostos, ou emite mais títulos públicos.<br />NOTAS DA CRISE DE 2008: Os países desenvolvidos com uma enorme dívida pública aplicaram à crise de 2008 uma solução keynesianista, resolveram investir em obras públicas para manter as pessoas empregadas e gerar com o dinheiro emitido (controlada ou descontroladamente pelo governo) o reaquecimento da economia, contudo, isso não ocorreu (PIGS).<br />Instrumentos Básicos do Governo Para Controlar a Inflação (MOEDA > JUROS > CÂMBIO):<br />Controle da emissão de moeda através do Banco Central<br />Taxa básica de juros fixada pelo Banco Central que a cobra ao emitir moeda. Diminuindo a taxa de juros, sobra mais dinheiro para empréstimos. Elevando a taxa de juros, há um desaquecimento da economia e uma baixa da inflação<br />Os depósitos compulsórios dos bancos e encaixes.<br />Políticas Cambiais: e tem um lugar menos valorizado, se diminui as importações para valorizá-lo. <br />No setor público:<br />Controle da dívida Pública e de Investimento Estatal: quando o governo faz muitas obras públicas, precisa contratar empreiteiras... Assim, o Estado coloca mais dinheiro no mercado de construção. Assim, o ritmo os investimentos públicos pode aumentar a inflação, pois há mais dinheiro colocado em determinado setor.<br />Corrupção: quem corrompe o setor público é o setor privado. Todo deputado corrupto tem um empresário corrupto (corruptor), mas ninguém fala mal deles, e sim do setor público. A corrupção ataca a eficácia alocativa. A burocracia e a falta de transparência que geram a corrupção. 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