3. • É melhor prevenir do que tratar
• Gastos com tratamento
• Perdas de produtividade
• Aumento da mortalidade
• Executar um calendário profilático adaptado
• Funcionar em conjunto com os manejos reprodutivo e
nutricional
4.
5. Sinais de saúde
• Ruminação normal
• Olhos vivos e brilhantes
• Mucosas rosadas, úmidas e brilhantes
• Pelos lisos e sedosos
• Boa condição corporal
• Comportamento ativo
• Temperatura corporal normal
Até 1 ano: 38,5°C-39,5eC
> 1 ANO: 39°C-40°C
6. Medidas preventivas
• Anotações zootécnicas
• Identificação de enfermos e isolamento
• Alimentação
• Reprodução - andrológico e sorológico
• Instalações adequadas
• Medidas sanitárias
• Calendário profilático adaptado
• Destinação de cadáveres - higienização
7. Programa de saúde animal
Conjunto de medidas planejadas e executadas visando
à manutenção do estado sanitário do animal e do
rebanho, mantendo a produtividade em níveis ótimos
Preventivo
Curativo
8. Vacinação
• Objetivo: sistema imune
• Depende:
Estado fisiológico
Faixa etária
Necessidades especiais
• Considerar:
Risco
Ocorrência de surtos vizinhos
Criação de outras espécies
CUIDADO COM:
validade do lote;
integridade, limpeza
e temperatura do
frasco; transporte e
armazenamento
MATERIAIS:
esterilizados (água
fervente por 20 min)
ou descartáveis; para
via SC usar agulhas
10x10 ou 15x10
9. • Agitação do frasco
• Agulha fixa
• Exposição à luz e ao calor
• Mistura de vacinas
• Trocar os princípios ativos
16. Sinais de doença
• Rebanho
Baixos índices
Queda de
fertilidade
Alta mortalidade
17. • Animal:
Caquexia
Falta
de apetite
Comportamento anormal
Pelos ásperos e
Alteração de
Aumento
arrepiados
temperatura
dos linfonodos e lesões externas
Corrimentos anormais na
Alterações das mucosas
vulva, nariz e olhos
18. • Aumento de volume abdominal
• Articulação aumentada – artrite e artrose
• Presença de grumos e/ou sangue no leite
• Odor desagradável das secreções
• Micção ausente, diminuída ou aumentada
• Diarréias
• Abscessos
19. “Vigie seus pensamentos, porque eles se tornarão palavras;
vigie suas palavras, porque elas se tornarão atos; vigie seus
atos, porque eles se tornarão seus hábitos; vigie seus
hábitos porque eles se tornarão seu caráter; vigie seu
caráter porque ele se tornará seu destino”
Anônimo
21. LINFADENITE CASEOSA
• “Mal do Caroço” ou “Falsa Tuberculose”
• Agente: Corynebacterium pseudotuberculosis
• Enfermidade infectocontagiosa
• Crônica debilitante
• Linfonodos com abscessos
• Acomete caprinos e ovinos
• Alta incidência em animais > 1 ano
• Zoonose
22. Frequência de microorganismos isolados em cultura pura ou em
associação, de 100 ovinos com linfadenite criados no centro-oeste de São
Paulo, Botucatu, 2009-2010
Fonte: Ribeiro et al. (2011)
23. • Bactérias intracelulares - cocobacilos ou filamentos
• Possuem lipídeos tóxicos na membrana
• Aumentam a permeabilidade dos vasos
• Latência prolongada - queda de imunidade
• Sensíveis:
PenicilinasG
Macrolíticos
Cefalosporinas
Lincomicinas
Cloranfenicol
Sulfamina-trimetropina-rifampicina
24. • Maior freqüência:
Escapular
Auricular
Mandibular
Inguinal
Atinge
também os
testículos, úberes e
órgãos internos
25. • O contágio ocorre por:
Secreção purulenta
Alimento
Água
Fômites
Instalações
de doentes
27. Tratamento e controle
• Antibióticos não é recomendado
• Pouca habilidade de ultrapassar a cápsula do abscesso
• Isolamento do paciente
• Evitando o rompimento espontâneo
• Evitando a contaminação do ambiente e de outros animais
• Higienizar e desinfetar instalações e fômites
• Comprar animais de procedência
• Reincidentes por 3 vezes devem ser eliminados
30. Vacinação
• DOSE: 1 ml via SC, independente do
peso do animal
• CABRITOS E BORREGOS: a partir de
3 meses de idade, revacinar com 30
dias e anualmente
• ADULTOS NÃO VACINADOS: duas
doses
com
intervalo
revacinação anual
• EFICAZ EM OVINO
de
30,
31. PODODERMATITE
• Manqueira, podridão dos cascos, pododermatite necrótica
e “footrot”
• Crônica infecciosa
• Ferimento entre as unhas e deslocamento do casco
• Caracterizada pela formação de abscessos
Fusobacterium
necrophorum (trato digestivo)
Dichelobacter nodosus
(estrito de cascos)
• Maior ocorrência no período chuvoso - calor e umidade
• Solos com pH ácido
32. A enfermidade se inicia com a colonização do espaço
interdigital pelo Fusobacterium necrophorum, que
em condições de anaerobiose, desencadeia lesões
sobre o tecido interdigital, propiciando desta maneira
um
ambiente
propício
Dichelobacter nodosus
para
a
instalação
do
33. Sinais clínicos
• Apatia e perda de peso
• Claudicação
• Dificuldades reprodutivas
• Queda na produção
• Descolamento do estojo córneo
• Necrose do tecido
• Casos graves - pastejo ajoelhado
• Perda do casco
34.
35. • Graus de classificação:
0:
ausência da doença
1:
lesão inicial no espaço interdigital
2:
início de envolvimento com a sola
3:
envolvimento da sola e parede abaxial do casco com
presença de exsudato fétido
36. Tratamento
• Evitar pastos encharcados e contaminados
• Limpar e lavar o casco, retirando todos os tecidos
necrosados
• Curativos diários com pomada antibiótica ou solução de
sulfato de zinco ou cobre 5% a 10 %
• Antibioticoterapia: penicilina G, ceftiofur,
procaína e estreptomicina
37. Controle
• Observar o crescimento dos
cascos
• Apará-los duas vezes ao ano
• Descartar
animais
com
doença crônica
• Usar pedilúvios: cal virgem
ou sulfato de zinco e de cobre
(1 vez por semana por 4 meses)
• Almofadas absorventes
40. CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA
• Pinkeye ou doença do olho rosado
• Infectocontagiosa
• Caracterizada por inflamação aguda
da conjuntiva e da córnea
• Acomete ovinos, caprinos e bovinos
• Animais de todas as idades e sexos
42. Fatores predisponetes
• Proliferação de moscas
• Traumatismo ocular
• Alta incidência de raios solares
• Genéticos (pigmentação ocular)
• Pastagens altas
• Vento e poeira
• Falta de higiene do colaborador
43. Transmissão
• Contato direto
• Moscas
• Contaminação ambiental:
Aerossóis
Poeira
Fenos,
rações e sementes
Cama dos animais
Animais sadios podem
ser fontes de infecção
44. Sinais clínicos
• Hiperemia e congestão da conjuntiva
• Lacrimejamento excessivo
• Descarga ocular purulenta
• Opacidade da córnea
• Fotofobia
• Úlceras
• Cegueira
46. Controle
• Isolamento e tratamento dos doentes
• Controle de moscas
• Limpeza e desinfecção das instalações
• Sombreamento
• Evitar pastos altos e poeira (estábulos)
• Não existe vacina específica
49. Clostridium
Doença causada
C. tetani
Tétano
C. novyi Tipo B
Hepatite infecciosa necrosante
C. perfringens Tipo A
Enterotoxemia,
gangrena
hepatite infecciosa
C. perfringens Tipo B
Enterotoxemia/disenteria dos cordeiros
C. perfringens Tipo C
Enterotoxemia
C. perfringens Tipo D
Enterotoxemia/doença do rim polposo
C. septicum
Edema maligno ou gangrena gasosa
C. chauvoei
Carbúnculo sintomático
C. sordellii
Enterotoxemia
súbita
C. heamolyticum
Hemoglobinúria bacilar
hemorrágica,
gasosa,
morte
50. TÉTANO
• Conhecida como mal dos sete dias
• Neurotoxina - Clostridium tetani
• Acomete animais de qualquer idade
• Porta de entrada: feridas profundas, contaminadas por
fezes ou material contendo esporos
• Através dos nervos periféricos é transportada para o
sistema nervoso central e causam os sinais clínico
51. Sinais clínicos
• Resposta exagerada (sons e luz)
• Aumento rigidez muscular
• Travamento da mandíbula
• Timpanismo
• Opistótono
• Tremores
• Dispnéia
• Asfixia
• Morte
52. DISENTERIA DOS CORDEIROS
• Clostridium perfringens tipo B
• Mais frequente em cordeiros lactantes - 3 primeiros dias
• Desequilíbrio da microbiota intestinal - proliferação
exacerbada da bactéria no intestino
53. Sinais clínicos
• Falta de apetite
• Abdômen dilatado e sensível à compressão
• Diarréia pastosa no início
• Evoluindo para fluida, em seguida hemorrágica
• Morte
54. ENTEROTOXEMIA
• Conhecida como morte súbita ou doença do rim
polposo
• Não contagiosa
• Produzida pelo Clostridium perfringens tipo D
• Enfermidade da superalimentação
Proliferação exagerada da bactéria e de toxina
55. • Mudanças bruscas na dieta alimentar
• Mudanças de pastagens pobres para luxuriantes
• Dietas muito ricas em proteínas e/ou carboidratos
• Dietas altamente energéticas e pobre em fibras
• Doenças debilitantes (verminose e coccidiose)
56. • Atinge a circulação geral e chega aos órgãos: cérebro,
rins, pulmões e coração
• Aguda, sub-aguda, crônica
• Rápida evolução - 6 a 24h
• Quadro agudo
• Colonização intestinal
57. Fatores predisponentes
• Baixa atividade proteolítica no intestino de neonatos
• Estabelecimento incompleto da microbiota intestinal
normal em neonatos
• Influências da dieta em animais mais velhos
58. Sinais clínicos
• Movimentos de pedalagem
• Incoordenação motora
• Convulsões
• Cegueira
• Opistótono
• Edema pulmonar
• Espuma pelo nariz
• Diarréia
59. Achados de necropsia em ovinos
• Alterações de necropsia patognomônicas no encéfalo
Herniação cerebelar (casos agudos o subagudos)
Encefalomalacia focal simétrica (casos crônicos)
• Rim polposo
64. HELMINTOSES
• Chamada de verminose gastrointestinal
• Aspectos determinantes da epidemiologia:
Capacidade
do hospedeiro de desenvolver imunidade
Condições climáticas
Condições de
Manejo
instalações e pastejo
dos animais - nutrição, saúde, idade
Criações de diferentes espécies
65. • Parasitos de diferentes espécies
• Associados ou não
Haemonchus
contortus - principal espécie parasita de
ovinos
Trichostrongylus
colubriformis
Oesophagostomum
columbianum
Strongyloides papillosus
66. Ilustração do ciclo dos principais vermes de caprinos e
ovinos
Adulto
Ovos
existentes
nas fezes
Larva (L3)
Ovos contendo
larva
Larva (L2)
Larva (L1)
76. Eimeriose (Coccidiose)
• Curso de sangue ou diarréia
vermelha
• Causada por um protozoário
• Ataca o epitélio digestivo
• Jovens e adultos (estressados)
• Responsável por consideráveis
perdas econômicas
77. • Ovinos:
E. ahsata
E. bakuensis
E. ovinoidalis
• Caprinos:
E. arloingi
E. alijevi
E. hirci
E. christenseni
E. ninakolhyakimovae
81. Profilaxia
• Manejo e higiene
• Limpeza de bebedouros e comedouros
• Evitar superlotação de pastos
• Separar lotes por idades
• Uso preventivo de drogas anticoccídicas
82. SARNAS
• Afecções cutâneas
Quadro 1: Ácaros causadores de sarna em caprinos e ovinos:
Agente etiológico
Hospedeiro
Sarcoptes scabiei var. caprae
Caprino
Sarcoptes scabiei var. ovis
Ovino
Psoroptes equi var. caprae
Caprino
Psoroptes equi var. ovis
Ovino
Psoroptes cuniculi
Caprino/ovino
Demodex caprae
Caprino
83. SARNA DEMODÉCICA
• Conhecida também como sarna folicular
• Ácaro Demodex caprae - 0,1 a 0,4mm
• Extremamente rara em ovinos
• Causam nódulos na pele - 2cm: região anterior
• Vive todo o ciclo no folículo piloso e nas glândulas
sebáceas
84.
85. • Banhos e imersão em organofosforados ou piretróides
(repetindo no 10º dia) + ivermectin subcutâneo (0,2
mg/Kg)
86. SARNA SARCÓPTICA
• Sarcoptes scabiei - variação caprae e ovis
• Conhecida como escabiose
• Zoonose
• Sinais: coceira intensa, escoriações, prurido, pápulas
avermelhadas, corrimento seroso e crostas
87. • Predileção: cabeça - olhos e narina
• Tratamento: retirar as crostas e utilizar sarnicidas
associados à solução oleosa (1:3) de 3 em 3 dias
• Casos extremos: banhos e imersão em organofosforados
ou piretróides (repetindo no 10º dia)
88.
89.
90. SARNA PSORÓTICA
• Conhecida como escabiose
• Psoroptes equi - variação caprae e ovis
• Psoroptes cuniculi
• Ácaro não escavador
• Sinais: inquietude, pequenas vesículas, prurido intenso,
coceira, crostas brancas e queda de lã, isolamento
• Pode levar a otite e meningite séptica
91. • Predileção: conduto auditivo externo, as vezes, axila,
virilha e superfície interna do pavilhão auricular
• Banhos de imersão: organofosforados, diamidínicos,
piretróides, amitraz e ivermectina - 2 banhos/ano e 10 a
12 dias após tosquia
92. PEDICULOSE
• Parasitismo por piolho
• Ordem Mallophaga – mastigador
• Ordem Anoplura – sugador
• Sinais: inquietação, prurido, pelos eriçados e escoriação
da pele
• Vivem todas as fases no hospedeiro
93. • Ocorrem em todas as estações – seca
• Ciclo não identificado
• Infecção bacteriana secundária
• Míiases
• Predileção: dorso e garupa
• Controle: pulverização ou banho (piretróide)
94. DOENÇAS VIRAIS
Ectima contagioso, raiva, febre aftosa,
lentiviroses de pequenos ruminantes,
broncopneumonia, língua azul,
herpesvírus, tumor etmoidal
95. ECTIMA CONTAGIOSO
• Também conhecido como dermatite pustular contagiosa,
dermatite labial infecciosa, boca crostosa ou boqueira
• Gênero: Paropoxvirus
• Acomete ovino, caprino e eventualmente o homem
• Porta de entrada: pele, mucosa, órgão genitais
• Eliminação: pústulas, vesículas e crostas
96. • Alta morbidade
• Curso agudo - 50% do rebanho
• Tem afinidade pelo epitélio de origem ectodérmica
98. Tratamento
• Solução de permanganato de potássio a 3% ou solução de
iodo a 10% acrescido de glicerina (1:3)
Ideal pulverizar áreas afetadas duas vezes ao dia, por sete
dias
• Auto-hemoterapia
• Repelentes de moscas nas bordas das feridas
99. RAIVA
• Enfermidade infecto-contagiosa
• Aguda
• Quase sempre fatal
• A ocorrência em pequenos ruminantes parece estar
associada a surtos epizoóticos em populações de animais
selvagens
• Reservatórios
selvagens
no
Brasil:
morcegos
hematófagos, cachorro-do-mato, raposa-do-campo
100. Transmissão
• Mordida ou do contato de ferimentos por saliva de
animais infectados
• Vírus em alta concentração:
Saliva
Excreções e secreções
Sangue
• Sinais:
apatia
ou
excitação,
muscular, agressividade
nistagmo,
espasmo
101. A doença evolui na forma de paralisia ascendente que
inicialmente pode parecer déficit proprioceptivo
Ataxia e paralisia de pênis e cauda
Paralisia de faringe resultando em sialorréia
Evolução para decúbito, convulsões e morte dentro de 7
a 10 dias
109. Doença
Esquema de Vacinação
Categoria Animal
Raiva
Anual / a partir de 4 meses de idade (só em Jovens, Repro.,
regiões em que haja casos confirmados)
Matrizes
Clostridiose
(onde ocorra
a doença)
Animais não vacinados: aplicar 2 doses de vacina
com um intervalo de 4 a 6 semanas entre as
vacinações. Em filhos de mães não vacinadas, a
primeira dose deve ser efetuada a partir da 3a Animais Jovens,
semana de idade e a partir da 9a semana de idade Reprodutores,
em filhos de mães que foram vacinadas. Animais Matrizes
já vacinados: revaciná-los a cada ano. Em fêmeas
gestantes, fazer a revacinação anual de 4 a 6
semanas antes do parto.
Linfadenite
Caseosa
A partir de três meses com reforço aos 30 dias e
Animais Jovens
repetir anualmente.
Ectima
contagioso
Jovens, Matrizes
Autovacina, única dose repetindo-se nas matrizes
(terço final de
na próxima parição.
gestação)
111. Doses
Época
1ª Vermifugação: MAIO
SECA
2ª Vermifugação: AGOSTO
SECA
3ª Vermifugação: NOVEMBRO
CHUVA
4ª Vermifugação: JANEIRO
CHUVA
5ª Vermifugação: MARÇO
CHUVA
*Vermifugar aos 30 dias e após 30 dias