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Sanidade e enfermidade
em ovinos e caprinos

Marília Gomes Ismar
Pós-graduanda em Zootecnia
Introdução
• É melhor prevenir do que tratar
• Gastos com tratamento
• Perdas de produtividade
• Aumento da mortalidade
• Executar um calendário profilático adaptado
• Funcionar em conjunto com os manejos reprodutivo e
nutricional
Sinais de saúde
• Ruminação normal
• Olhos vivos e brilhantes
• Mucosas rosadas, úmidas e brilhantes
• Pelos lisos e sedosos
• Boa condição corporal
• Comportamento ativo
• Temperatura corporal normal


Até 1 ano: 38,5°C-39,5eC



> 1 ANO: 39°C-40°C
Medidas preventivas
• Anotações zootécnicas
• Identificação de enfermos e isolamento
• Alimentação
• Reprodução - andrológico e sorológico
• Instalações adequadas
• Medidas sanitárias
• Calendário profilático adaptado
• Destinação de cadáveres - higienização
Programa de saúde animal
Conjunto de medidas planejadas e executadas visando
à manutenção do estado sanitário do animal e do
rebanho, mantendo a produtividade em níveis ótimos
Preventivo
Curativo
Vacinação
• Objetivo: sistema imune
• Depende:


Estado fisiológico



Faixa etária



Necessidades especiais

• Considerar:


Risco



Ocorrência de surtos vizinhos



Criação de outras espécies

CUIDADO COM:
validade do lote;
integridade, limpeza
e temperatura do
frasco; transporte e
armazenamento
MATERIAIS:
esterilizados (água
fervente por 20 min)
ou descartáveis; para
via SC usar agulhas
10x10 ou 15x10
• Agitação do frasco
• Agulha fixa
• Exposição à luz e ao calor
• Mistura de vacinas
• Trocar os princípios ativos
Problemas
reprodutivos

Baixa
produtividade
Problemas
reprodutivos
Mortes

Gastos
medicamentos
10 REGRAS
1. Aquisição de animais
2. Quarentena
3. Isolamento - individual ou grupo
4. Limpeza das instalações - desinfecção
5. Esterqueiras - chorumeiras
6. Pedilúvios
7. Ordenha
8. Ferimentos - limpeza e curativos
9. Vacinação
10. Mineralização
Fonte: Adaptado do farmpoint
Frequência de enfermidades relatadas por produtores na
Microrregião de Patos, Paraíba, 2008
Sinais de doença
• Rebanho
 Baixos índices
 Queda de

fertilidade

 Alta mortalidade
• Animal:
 Caquexia
 Falta

de apetite

 Comportamento anormal
 Pelos ásperos e
 Alteração de
 Aumento

arrepiados

temperatura

dos linfonodos e lesões externas

 Corrimentos anormais na
 Alterações das mucosas

vulva, nariz e olhos
• Aumento de volume abdominal
• Articulação aumentada – artrite e artrose
• Presença de grumos e/ou sangue no leite
• Odor desagradável das secreções
• Micção ausente, diminuída ou aumentada
• Diarréias
• Abscessos
“Vigie seus pensamentos, porque eles se tornarão palavras;
vigie suas palavras, porque elas se tornarão atos; vigie seus
atos, porque eles se tornarão seus hábitos; vigie seus
hábitos porque eles se tornarão seu caráter; vigie seu
caráter porque ele se tornará seu destino”
Anônimo
DOENÇAS BACTERIANAS
Linfadenite caseosa, pododermatite,
ceratoconjuntivite infecciosa, clostridiose,
mastite, broncopneumonia,
pneumonia, epididimite infecciosa,
leptospirose, diarréia aguda
LINFADENITE CASEOSA
• “Mal do Caroço” ou “Falsa Tuberculose”
• Agente: Corynebacterium pseudotuberculosis
• Enfermidade infectocontagiosa
• Crônica debilitante
• Linfonodos com abscessos
• Acomete caprinos e ovinos
• Alta incidência em animais > 1 ano
• Zoonose
Frequência de microorganismos isolados em cultura pura ou em
associação, de 100 ovinos com linfadenite criados no centro-oeste de São
Paulo, Botucatu, 2009-2010

Fonte: Ribeiro et al. (2011)
• Bactérias intracelulares - cocobacilos ou filamentos
• Possuem lipídeos tóxicos na membrana
• Aumentam a permeabilidade dos vasos
• Latência prolongada - queda de imunidade
• Sensíveis:
 PenicilinasG
 Macrolíticos
 Cefalosporinas
 Lincomicinas
 Cloranfenicol
 Sulfamina-trimetropina-rifampicina
• Maior freqüência:
 Escapular
 Auricular
 Mandibular
 Inguinal
 Atinge

também os

testículos, úberes e
órgãos internos
• O contágio ocorre por:
 Secreção purulenta
 Alimento
 Água
 Fômites
 Instalações

de doentes
Persistência do microorganismo:

Material

Persistência (dias)

Madeira

7

Palha

15

Feno

56

Solo

240
Tratamento e controle
• Antibióticos não é recomendado
• Pouca habilidade de ultrapassar a cápsula do abscesso
• Isolamento do paciente
• Evitando o rompimento espontâneo
• Evitando a contaminação do ambiente e de outros animais
• Higienizar e desinfetar instalações e fômites
• Comprar animais de procedência
• Reincidentes por 3 vezes devem ser eliminados
tratamento
Vacinação

• DOSE: 1 ml via SC, independente do
peso do animal
• CABRITOS E BORREGOS: a partir de
3 meses de idade, revacinar com 30
dias e anualmente
• ADULTOS NÃO VACINADOS: duas
doses

com

intervalo

revacinação anual
• EFICAZ EM OVINO

de

30,
PODODERMATITE
• Manqueira, podridão dos cascos, pododermatite necrótica
e “footrot”
• Crônica infecciosa
• Ferimento entre as unhas e deslocamento do casco
• Caracterizada pela formação de abscessos
 Fusobacterium

necrophorum (trato digestivo)

 Dichelobacter nodosus

(estrito de cascos)

• Maior ocorrência no período chuvoso - calor e umidade
• Solos com pH ácido
A enfermidade se inicia com a colonização do espaço
interdigital pelo Fusobacterium necrophorum, que
em condições de anaerobiose, desencadeia lesões
sobre o tecido interdigital, propiciando desta maneira
um

ambiente

propício

Dichelobacter nodosus

para

a

instalação

do
Sinais clínicos
• Apatia e perda de peso
• Claudicação
• Dificuldades reprodutivas
• Queda na produção
• Descolamento do estojo córneo
• Necrose do tecido
• Casos graves - pastejo ajoelhado
• Perda do casco
• Graus de classificação:
 0:

ausência da doença

 1:

lesão inicial no espaço interdigital

 2:

início de envolvimento com a sola

 3:

envolvimento da sola e parede abaxial do casco com

presença de exsudato fétido
Tratamento
• Evitar pastos encharcados e contaminados
• Limpar e lavar o casco, retirando todos os tecidos
necrosados
• Curativos diários com pomada antibiótica ou solução de
sulfato de zinco ou cobre 5% a 10 %
• Antibioticoterapia: penicilina G, ceftiofur,
procaína e estreptomicina
Controle
• Observar o crescimento dos
cascos
• Apará-los duas vezes ao ano
• Descartar

animais

com

doença crônica
• Usar pedilúvios: cal virgem
ou sulfato de zinco e de cobre
(1 vez por semana por 4 meses)
• Almofadas absorventes
• Anatomia do casco:
CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA
• Pinkeye ou doença do olho rosado
• Infectocontagiosa
• Caracterizada por inflamação aguda
da conjuntiva e da córnea
• Acomete ovinos, caprinos e bovinos
• Animais de todas as idades e sexos
• Agentes:

Moraxella

ovis,

Mycoplasma

spp.,

Chlamydophila spp., Moraxella bovis e Staphylococcus
aureus
• Diplococo aeróbico gram-negativo
• Produzem necrose epitelial e estromal
Fatores predisponetes
• Proliferação de moscas
• Traumatismo ocular
• Alta incidência de raios solares
• Genéticos (pigmentação ocular)
• Pastagens altas
• Vento e poeira
• Falta de higiene do colaborador
Transmissão
• Contato direto
• Moscas
• Contaminação ambiental:
 Aerossóis
 Poeira
 Fenos,

rações e sementes

 Cama dos animais
 Animais sadios podem

ser fontes de infecção
Sinais clínicos
• Hiperemia e congestão da conjuntiva
• Lacrimejamento excessivo
• Descarga ocular purulenta
• Opacidade da córnea
• Fotofobia
• Úlceras
• Cegueira
Tratamento
• Parenteral:
Tetraciclina
• Tópico:
 Limpeza dos olhos c/ soro fisiológico
 Pomadas oftálmicas
 Colírios à base de antibiótico - tetraciclina e tilosina
• Cirúrgico
Controle
• Isolamento e tratamento dos doentes
• Controle de moscas
• Limpeza e desinfecção das instalações
• Sombreamento
• Evitar pastos altos e poeira (estábulos)
• Não existe vacina específica
CLOSTRIDIOSES
• Causadas

por

bactérias

anaeróbias

do

gênero

Clostridium
• Cosmopolitas
• Encontrados no solo, nas pastagens, na água doce e
salgada, em alimentos e como parte da flora intestinal
normal dos animais e do homem
• Produzem toxinas
Frequentemente fatais
• Formam esporos
Resistência (até 40 anos)
• Maior perda econômica
Clostridium

Doença causada

C. tetani

Tétano

C. novyi Tipo B

Hepatite infecciosa necrosante

C. perfringens Tipo A

Enterotoxemia,
gangrena
hepatite infecciosa

C. perfringens Tipo B

Enterotoxemia/disenteria dos cordeiros

C. perfringens Tipo C

Enterotoxemia

C. perfringens Tipo D

Enterotoxemia/doença do rim polposo

C. septicum

Edema maligno ou gangrena gasosa

C. chauvoei

Carbúnculo sintomático

C. sordellii

Enterotoxemia
súbita

C. heamolyticum

Hemoglobinúria bacilar

hemorrágica,

gasosa,

morte
TÉTANO
• Conhecida como mal dos sete dias
• Neurotoxina - Clostridium tetani
• Acomete animais de qualquer idade
• Porta de entrada: feridas profundas, contaminadas por
fezes ou material contendo esporos
• Através dos nervos periféricos é transportada para o
sistema nervoso central e causam os sinais clínico
Sinais clínicos
• Resposta exagerada (sons e luz)
• Aumento rigidez muscular
• Travamento da mandíbula
• Timpanismo
• Opistótono
• Tremores
• Dispnéia
• Asfixia
• Morte
DISENTERIA DOS CORDEIROS
• Clostridium perfringens tipo B
• Mais frequente em cordeiros lactantes - 3 primeiros dias
• Desequilíbrio da microbiota intestinal - proliferação
exacerbada da bactéria no intestino
Sinais clínicos

• Falta de apetite
• Abdômen dilatado e sensível à compressão
• Diarréia pastosa no início
• Evoluindo para fluida, em seguida hemorrágica
• Morte
ENTEROTOXEMIA
• Conhecida como morte súbita ou doença do rim
polposo
• Não contagiosa
• Produzida pelo Clostridium perfringens tipo D
• Enfermidade da superalimentação
Proliferação exagerada da bactéria e de toxina
• Mudanças bruscas na dieta alimentar
• Mudanças de pastagens pobres para luxuriantes
• Dietas muito ricas em proteínas e/ou carboidratos
• Dietas altamente energéticas e pobre em fibras
• Doenças debilitantes (verminose e coccidiose)
• Atinge a circulação geral e chega aos órgãos: cérebro,
rins, pulmões e coração
• Aguda, sub-aguda, crônica
• Rápida evolução - 6 a 24h
• Quadro agudo
• Colonização intestinal
Fatores predisponentes

• Baixa atividade proteolítica no intestino de neonatos
• Estabelecimento incompleto da microbiota intestinal
normal em neonatos
• Influências da dieta em animais mais velhos
Sinais clínicos
• Movimentos de pedalagem
• Incoordenação motora
• Convulsões
• Cegueira
• Opistótono
• Edema pulmonar
• Espuma pelo nariz
• Diarréia
Achados de necropsia em ovinos
• Alterações de necropsia patognomônicas no encéfalo
Herniação cerebelar (casos agudos o subagudos)
Encefalomalacia focal simétrica (casos crônicos)
• Rim polposo
a)
b)
c)
d)

rim normal
rim normal
rim polposo
rim autolizado
Achados de necropsia em caprinos
•

Forma

crônica

-

colite

fibrino-hemorrágica

(envolvimento ocasional do final do intestino delgado)
Vacina
DOENÇAS
PARASITÁRIAS
Helmintose, eimeriose,
sarnas, pediculose,
criptosporidiose, toxoplasmose,
sarcocistose, neosporose,
babesiose, berne, miíases,
anaplasmose, dermatite alérgica
HELMINTOSES
• Chamada de verminose gastrointestinal
• Aspectos determinantes da epidemiologia:
 Capacidade

do hospedeiro de desenvolver imunidade

 Condições climáticas
 Condições de
 Manejo

instalações e pastejo

dos animais - nutrição, saúde, idade

 Criações de diferentes espécies
• Parasitos de diferentes espécies
• Associados ou não
 Haemonchus

contortus - principal espécie parasita de

ovinos
 Trichostrongylus

colubriformis

 Oesophagostomum

columbianum

 Strongyloides papillosus
Ilustração do ciclo dos principais vermes de caprinos e
ovinos
Adulto

Ovos
existentes
nas fezes

Larva (L3)

Ovos contendo
larva

Larva (L2)
Larva (L1)
Sinais Clínicos
• Falta de apetite
• Emagrecimento
• Pelos arrepiados
• Anemia
• Diarréia
Coloração

Hematócrito (%)

Atitude

1

Vermelho
robusto

>27

Não tratar

2

Vermelho
rosado

23 a 27

Não tratar

3

Rosa

18 a 22

Tratar

4

Rosa pálido

13 a 17

Tratar

5

Branco

<13

Tratar
Profilaxia
• Medidas gerais de manejo e higiene
• Vermifugação
• Rotação de pastagens
• Controle de superlotação
Medidas de
controle
sanitário
Medidas de
controle
parasitário
Principais princípios ativos:
Princípio

Via

Ivermectin

Oral

Albendazol

Oral

Levamisol

Oral

Fenbendazol

Oral

Oxfendazol

Oral
Eimeriose (Coccidiose)
• Curso de sangue ou diarréia
vermelha
• Causada por um protozoário
• Ataca o epitélio digestivo
• Jovens e adultos (estressados)
• Responsável por consideráveis
perdas econômicas
• Ovinos:
 E. ahsata
 E. bakuensis
 E. ovinoidalis
• Caprinos:
 E. arloingi
 E. alijevi
 E. hirci
 E. christenseni
 E. ninakolhyakimovae
Patogenia
Sinais Clínicos
• Letargia
• Anorexia
• Desidratação
• Diarréia profusa e sanguinolenta
• Redução do ganho de peso
• Alta mortalidade
• Ovinos: sintomatologia nervosa
• Caprinos: sede, sonolência e pelos arrepiados
Tratamento
• Sulfas
• Amprólio
• Antibióticos ionofóricos
• Nitrofuranos
• Hidratação e reposição de eletrólitos (oral ou IV)
Profilaxia

• Manejo e higiene
• Limpeza de bebedouros e comedouros
• Evitar superlotação de pastos
• Separar lotes por idades
• Uso preventivo de drogas anticoccídicas
SARNAS
• Afecções cutâneas
Quadro 1: Ácaros causadores de sarna em caprinos e ovinos:
Agente etiológico

Hospedeiro

Sarcoptes scabiei var. caprae

Caprino

Sarcoptes scabiei var. ovis

Ovino

Psoroptes equi var. caprae

Caprino

Psoroptes equi var. ovis

Ovino

Psoroptes cuniculi

Caprino/ovino

Demodex caprae

Caprino
SARNA DEMODÉCICA

• Conhecida também como sarna folicular
• Ácaro Demodex caprae - 0,1 a 0,4mm
• Extremamente rara em ovinos
• Causam nódulos na pele - 2cm: região anterior
• Vive todo o ciclo no folículo piloso e nas glândulas
sebáceas
• Banhos e imersão em organofosforados ou piretróides
(repetindo no 10º dia) + ivermectin subcutâneo (0,2
mg/Kg)
SARNA SARCÓPTICA

• Sarcoptes scabiei - variação caprae e ovis
• Conhecida como escabiose
• Zoonose
• Sinais: coceira intensa, escoriações, prurido, pápulas
avermelhadas, corrimento seroso e crostas
• Predileção: cabeça - olhos e narina
• Tratamento: retirar as crostas e utilizar sarnicidas
associados à solução oleosa (1:3) de 3 em 3 dias
• Casos extremos: banhos e imersão em organofosforados
ou piretróides (repetindo no 10º dia)
SARNA PSORÓTICA
• Conhecida como escabiose
• Psoroptes equi - variação caprae e ovis
• Psoroptes cuniculi
• Ácaro não escavador
• Sinais: inquietude, pequenas vesículas, prurido intenso,
coceira, crostas brancas e queda de lã, isolamento
• Pode levar a otite e meningite séptica
• Predileção: conduto auditivo externo, as vezes, axila,
virilha e superfície interna do pavilhão auricular
• Banhos de imersão: organofosforados, diamidínicos,
piretróides, amitraz e ivermectina - 2 banhos/ano e 10 a
12 dias após tosquia
PEDICULOSE
• Parasitismo por piolho
• Ordem Mallophaga – mastigador
• Ordem Anoplura – sugador
• Sinais: inquietação, prurido, pelos eriçados e escoriação
da pele
• Vivem todas as fases no hospedeiro
• Ocorrem em todas as estações – seca
• Ciclo não identificado
• Infecção bacteriana secundária
• Míiases
• Predileção: dorso e garupa
• Controle: pulverização ou banho (piretróide)
DOENÇAS VIRAIS
Ectima contagioso, raiva, febre aftosa,
lentiviroses de pequenos ruminantes,
broncopneumonia, língua azul,
herpesvírus, tumor etmoidal
ECTIMA CONTAGIOSO
• Também conhecido como dermatite pustular contagiosa,
dermatite labial infecciosa, boca crostosa ou boqueira
• Gênero: Paropoxvirus
• Acomete ovino, caprino e eventualmente o homem
• Porta de entrada: pele, mucosa, órgão genitais
• Eliminação: pústulas, vesículas e crostas
• Alta morbidade
• Curso agudo - 50% do rebanho
• Tem afinidade pelo epitélio de origem ectodérmica
• Sinais:

anorexia,

perda

de

peso,

desidratação

e

claudicação
• Controle: vacinação - vacina viva preparada em culturas
celulares; quarentena; isolamento e higienização
Tratamento

• Solução de permanganato de potássio a 3% ou solução de
iodo a 10% acrescido de glicerina (1:3)


Ideal pulverizar áreas afetadas duas vezes ao dia, por sete
dias

• Auto-hemoterapia
• Repelentes de moscas nas bordas das feridas
RAIVA
• Enfermidade infecto-contagiosa
• Aguda
• Quase sempre fatal
• A ocorrência em pequenos ruminantes parece estar
associada a surtos epizoóticos em populações de animais
selvagens
• Reservatórios

selvagens

no

Brasil:

morcegos

hematófagos, cachorro-do-mato, raposa-do-campo
Transmissão
• Mordida ou do contato de ferimentos por saliva de
animais infectados
• Vírus em alta concentração:


Saliva



Excreções e secreções



Sangue

• Sinais:

apatia

ou

excitação,

muscular, agressividade

nistagmo,

espasmo
 A doença evolui na forma de paralisia ascendente que
inicialmente pode parecer déficit proprioceptivo
 Ataxia e paralisia de pênis e cauda
 Paralisia de faringe resultando em sialorréia
 Evolução para decúbito, convulsões e morte dentro de 7
a 10 dias
Tratamento

Prevenção
FEBRE AFTOSA
• Família Picornaviridae
• Enfermidade infecto-contagiosa
• Transmissão:
 Animais doentes
 Secreções respiratórias e
 Fezes e
 Leite
 Sêmen

urinas

salivares
Sinais clínicos
• Língua - Gengiva - Espaços interdigitais - Tetos
• Sialorréia
• Febre
• Apatia
• Infecções secundárias
Tratamento e controle
• Tratamento contra-indicado
• Controle baseia-se na eliminação dos animais doentes
ESQUEMA DE VACINAÇÃO
Doença

Esquema de Vacinação

Categoria Animal

Raiva

Anual / a partir de 4 meses de idade (só em Jovens, Repro.,
regiões em que haja casos confirmados)
Matrizes

Clostridiose
(onde ocorra
a doença)

Animais não vacinados: aplicar 2 doses de vacina
com um intervalo de 4 a 6 semanas entre as
vacinações. Em filhos de mães não vacinadas, a
primeira dose deve ser efetuada a partir da 3a Animais Jovens,
semana de idade e a partir da 9a semana de idade Reprodutores,
em filhos de mães que foram vacinadas. Animais Matrizes
já vacinados: revaciná-los a cada ano. Em fêmeas
gestantes, fazer a revacinação anual de 4 a 6
semanas antes do parto.

Linfadenite
Caseosa

A partir de três meses com reforço aos 30 dias e
Animais Jovens
repetir anualmente.

Ectima
contagioso

Jovens, Matrizes
Autovacina, única dose repetindo-se nas matrizes
(terço final de
na próxima parição.
gestação)
ESQUEMA DE VERMIFUGAÇÃO
Doses

Época

1ª Vermifugação: MAIO

SECA

2ª Vermifugação: AGOSTO

SECA

3ª Vermifugação: NOVEMBRO

CHUVA

4ª Vermifugação: JANEIRO

CHUVA

5ª Vermifugação: MARÇO

CHUVA

*Vermifugar aos 30 dias e após 30 dias
conclusão
OBRIGADA!

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Saúde e doenças em ovinos e caprinos

  • 1. Sanidade e enfermidade em ovinos e caprinos Marília Gomes Ismar Pós-graduanda em Zootecnia
  • 3. • É melhor prevenir do que tratar • Gastos com tratamento • Perdas de produtividade • Aumento da mortalidade • Executar um calendário profilático adaptado • Funcionar em conjunto com os manejos reprodutivo e nutricional
  • 4.
  • 5. Sinais de saúde • Ruminação normal • Olhos vivos e brilhantes • Mucosas rosadas, úmidas e brilhantes • Pelos lisos e sedosos • Boa condição corporal • Comportamento ativo • Temperatura corporal normal  Até 1 ano: 38,5°C-39,5eC  > 1 ANO: 39°C-40°C
  • 6. Medidas preventivas • Anotações zootécnicas • Identificação de enfermos e isolamento • Alimentação • Reprodução - andrológico e sorológico • Instalações adequadas • Medidas sanitárias • Calendário profilático adaptado • Destinação de cadáveres - higienização
  • 7. Programa de saúde animal Conjunto de medidas planejadas e executadas visando à manutenção do estado sanitário do animal e do rebanho, mantendo a produtividade em níveis ótimos Preventivo Curativo
  • 8. Vacinação • Objetivo: sistema imune • Depende:  Estado fisiológico  Faixa etária  Necessidades especiais • Considerar:  Risco  Ocorrência de surtos vizinhos  Criação de outras espécies CUIDADO COM: validade do lote; integridade, limpeza e temperatura do frasco; transporte e armazenamento MATERIAIS: esterilizados (água fervente por 20 min) ou descartáveis; para via SC usar agulhas 10x10 ou 15x10
  • 9. • Agitação do frasco • Agulha fixa • Exposição à luz e ao calor • Mistura de vacinas • Trocar os princípios ativos
  • 10.
  • 13. 1. Aquisição de animais 2. Quarentena 3. Isolamento - individual ou grupo 4. Limpeza das instalações - desinfecção 5. Esterqueiras - chorumeiras 6. Pedilúvios 7. Ordenha 8. Ferimentos - limpeza e curativos 9. Vacinação 10. Mineralização
  • 14. Fonte: Adaptado do farmpoint
  • 15. Frequência de enfermidades relatadas por produtores na Microrregião de Patos, Paraíba, 2008
  • 16. Sinais de doença • Rebanho  Baixos índices  Queda de fertilidade  Alta mortalidade
  • 17. • Animal:  Caquexia  Falta de apetite  Comportamento anormal  Pelos ásperos e  Alteração de  Aumento arrepiados temperatura dos linfonodos e lesões externas  Corrimentos anormais na  Alterações das mucosas vulva, nariz e olhos
  • 18. • Aumento de volume abdominal • Articulação aumentada – artrite e artrose • Presença de grumos e/ou sangue no leite • Odor desagradável das secreções • Micção ausente, diminuída ou aumentada • Diarréias • Abscessos
  • 19. “Vigie seus pensamentos, porque eles se tornarão palavras; vigie suas palavras, porque elas se tornarão atos; vigie seus atos, porque eles se tornarão seus hábitos; vigie seus hábitos porque eles se tornarão seu caráter; vigie seu caráter porque ele se tornará seu destino” Anônimo
  • 20. DOENÇAS BACTERIANAS Linfadenite caseosa, pododermatite, ceratoconjuntivite infecciosa, clostridiose, mastite, broncopneumonia, pneumonia, epididimite infecciosa, leptospirose, diarréia aguda
  • 21. LINFADENITE CASEOSA • “Mal do Caroço” ou “Falsa Tuberculose” • Agente: Corynebacterium pseudotuberculosis • Enfermidade infectocontagiosa • Crônica debilitante • Linfonodos com abscessos • Acomete caprinos e ovinos • Alta incidência em animais > 1 ano • Zoonose
  • 22. Frequência de microorganismos isolados em cultura pura ou em associação, de 100 ovinos com linfadenite criados no centro-oeste de São Paulo, Botucatu, 2009-2010 Fonte: Ribeiro et al. (2011)
  • 23. • Bactérias intracelulares - cocobacilos ou filamentos • Possuem lipídeos tóxicos na membrana • Aumentam a permeabilidade dos vasos • Latência prolongada - queda de imunidade • Sensíveis:  PenicilinasG  Macrolíticos  Cefalosporinas  Lincomicinas  Cloranfenicol  Sulfamina-trimetropina-rifampicina
  • 24. • Maior freqüência:  Escapular  Auricular  Mandibular  Inguinal  Atinge também os testículos, úberes e órgãos internos
  • 25. • O contágio ocorre por:  Secreção purulenta  Alimento  Água  Fômites  Instalações de doentes
  • 26. Persistência do microorganismo: Material Persistência (dias) Madeira 7 Palha 15 Feno 56 Solo 240
  • 27. Tratamento e controle • Antibióticos não é recomendado • Pouca habilidade de ultrapassar a cápsula do abscesso • Isolamento do paciente • Evitando o rompimento espontâneo • Evitando a contaminação do ambiente e de outros animais • Higienizar e desinfetar instalações e fômites • Comprar animais de procedência • Reincidentes por 3 vezes devem ser eliminados
  • 29.
  • 30. Vacinação • DOSE: 1 ml via SC, independente do peso do animal • CABRITOS E BORREGOS: a partir de 3 meses de idade, revacinar com 30 dias e anualmente • ADULTOS NÃO VACINADOS: duas doses com intervalo revacinação anual • EFICAZ EM OVINO de 30,
  • 31. PODODERMATITE • Manqueira, podridão dos cascos, pododermatite necrótica e “footrot” • Crônica infecciosa • Ferimento entre as unhas e deslocamento do casco • Caracterizada pela formação de abscessos  Fusobacterium necrophorum (trato digestivo)  Dichelobacter nodosus (estrito de cascos) • Maior ocorrência no período chuvoso - calor e umidade • Solos com pH ácido
  • 32. A enfermidade se inicia com a colonização do espaço interdigital pelo Fusobacterium necrophorum, que em condições de anaerobiose, desencadeia lesões sobre o tecido interdigital, propiciando desta maneira um ambiente propício Dichelobacter nodosus para a instalação do
  • 33. Sinais clínicos • Apatia e perda de peso • Claudicação • Dificuldades reprodutivas • Queda na produção • Descolamento do estojo córneo • Necrose do tecido • Casos graves - pastejo ajoelhado • Perda do casco
  • 34.
  • 35. • Graus de classificação:  0: ausência da doença  1: lesão inicial no espaço interdigital  2: início de envolvimento com a sola  3: envolvimento da sola e parede abaxial do casco com presença de exsudato fétido
  • 36. Tratamento • Evitar pastos encharcados e contaminados • Limpar e lavar o casco, retirando todos os tecidos necrosados • Curativos diários com pomada antibiótica ou solução de sulfato de zinco ou cobre 5% a 10 % • Antibioticoterapia: penicilina G, ceftiofur, procaína e estreptomicina
  • 37. Controle • Observar o crescimento dos cascos • Apará-los duas vezes ao ano • Descartar animais com doença crônica • Usar pedilúvios: cal virgem ou sulfato de zinco e de cobre (1 vez por semana por 4 meses) • Almofadas absorventes
  • 38.
  • 39. • Anatomia do casco:
  • 40. CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA • Pinkeye ou doença do olho rosado • Infectocontagiosa • Caracterizada por inflamação aguda da conjuntiva e da córnea • Acomete ovinos, caprinos e bovinos • Animais de todas as idades e sexos
  • 41. • Agentes: Moraxella ovis, Mycoplasma spp., Chlamydophila spp., Moraxella bovis e Staphylococcus aureus • Diplococo aeróbico gram-negativo • Produzem necrose epitelial e estromal
  • 42. Fatores predisponetes • Proliferação de moscas • Traumatismo ocular • Alta incidência de raios solares • Genéticos (pigmentação ocular) • Pastagens altas • Vento e poeira • Falta de higiene do colaborador
  • 43. Transmissão • Contato direto • Moscas • Contaminação ambiental:  Aerossóis  Poeira  Fenos, rações e sementes  Cama dos animais  Animais sadios podem ser fontes de infecção
  • 44. Sinais clínicos • Hiperemia e congestão da conjuntiva • Lacrimejamento excessivo • Descarga ocular purulenta • Opacidade da córnea • Fotofobia • Úlceras • Cegueira
  • 45. Tratamento • Parenteral: Tetraciclina • Tópico:  Limpeza dos olhos c/ soro fisiológico  Pomadas oftálmicas  Colírios à base de antibiótico - tetraciclina e tilosina • Cirúrgico
  • 46. Controle • Isolamento e tratamento dos doentes • Controle de moscas • Limpeza e desinfecção das instalações • Sombreamento • Evitar pastos altos e poeira (estábulos) • Não existe vacina específica
  • 47. CLOSTRIDIOSES • Causadas por bactérias anaeróbias do gênero Clostridium • Cosmopolitas • Encontrados no solo, nas pastagens, na água doce e salgada, em alimentos e como parte da flora intestinal normal dos animais e do homem
  • 48. • Produzem toxinas Frequentemente fatais • Formam esporos Resistência (até 40 anos) • Maior perda econômica
  • 49. Clostridium Doença causada C. tetani Tétano C. novyi Tipo B Hepatite infecciosa necrosante C. perfringens Tipo A Enterotoxemia, gangrena hepatite infecciosa C. perfringens Tipo B Enterotoxemia/disenteria dos cordeiros C. perfringens Tipo C Enterotoxemia C. perfringens Tipo D Enterotoxemia/doença do rim polposo C. septicum Edema maligno ou gangrena gasosa C. chauvoei Carbúnculo sintomático C. sordellii Enterotoxemia súbita C. heamolyticum Hemoglobinúria bacilar hemorrágica, gasosa, morte
  • 50. TÉTANO • Conhecida como mal dos sete dias • Neurotoxina - Clostridium tetani • Acomete animais de qualquer idade • Porta de entrada: feridas profundas, contaminadas por fezes ou material contendo esporos • Através dos nervos periféricos é transportada para o sistema nervoso central e causam os sinais clínico
  • 51. Sinais clínicos • Resposta exagerada (sons e luz) • Aumento rigidez muscular • Travamento da mandíbula • Timpanismo • Opistótono • Tremores • Dispnéia • Asfixia • Morte
  • 52. DISENTERIA DOS CORDEIROS • Clostridium perfringens tipo B • Mais frequente em cordeiros lactantes - 3 primeiros dias • Desequilíbrio da microbiota intestinal - proliferação exacerbada da bactéria no intestino
  • 53. Sinais clínicos • Falta de apetite • Abdômen dilatado e sensível à compressão • Diarréia pastosa no início • Evoluindo para fluida, em seguida hemorrágica • Morte
  • 54. ENTEROTOXEMIA • Conhecida como morte súbita ou doença do rim polposo • Não contagiosa • Produzida pelo Clostridium perfringens tipo D • Enfermidade da superalimentação Proliferação exagerada da bactéria e de toxina
  • 55. • Mudanças bruscas na dieta alimentar • Mudanças de pastagens pobres para luxuriantes • Dietas muito ricas em proteínas e/ou carboidratos • Dietas altamente energéticas e pobre em fibras • Doenças debilitantes (verminose e coccidiose)
  • 56. • Atinge a circulação geral e chega aos órgãos: cérebro, rins, pulmões e coração • Aguda, sub-aguda, crônica • Rápida evolução - 6 a 24h • Quadro agudo • Colonização intestinal
  • 57. Fatores predisponentes • Baixa atividade proteolítica no intestino de neonatos • Estabelecimento incompleto da microbiota intestinal normal em neonatos • Influências da dieta em animais mais velhos
  • 58. Sinais clínicos • Movimentos de pedalagem • Incoordenação motora • Convulsões • Cegueira • Opistótono • Edema pulmonar • Espuma pelo nariz • Diarréia
  • 59. Achados de necropsia em ovinos • Alterações de necropsia patognomônicas no encéfalo Herniação cerebelar (casos agudos o subagudos) Encefalomalacia focal simétrica (casos crônicos) • Rim polposo
  • 60. a) b) c) d) rim normal rim normal rim polposo rim autolizado
  • 61. Achados de necropsia em caprinos • Forma crônica - colite fibrino-hemorrágica (envolvimento ocasional do final do intestino delgado)
  • 63. DOENÇAS PARASITÁRIAS Helmintose, eimeriose, sarnas, pediculose, criptosporidiose, toxoplasmose, sarcocistose, neosporose, babesiose, berne, miíases, anaplasmose, dermatite alérgica
  • 64. HELMINTOSES • Chamada de verminose gastrointestinal • Aspectos determinantes da epidemiologia:  Capacidade do hospedeiro de desenvolver imunidade  Condições climáticas  Condições de  Manejo instalações e pastejo dos animais - nutrição, saúde, idade  Criações de diferentes espécies
  • 65. • Parasitos de diferentes espécies • Associados ou não  Haemonchus contortus - principal espécie parasita de ovinos  Trichostrongylus colubriformis  Oesophagostomum columbianum  Strongyloides papillosus
  • 66. Ilustração do ciclo dos principais vermes de caprinos e ovinos Adulto Ovos existentes nas fezes Larva (L3) Ovos contendo larva Larva (L2) Larva (L1)
  • 67. Sinais Clínicos • Falta de apetite • Emagrecimento • Pelos arrepiados • Anemia • Diarréia
  • 68. Coloração Hematócrito (%) Atitude 1 Vermelho robusto >27 Não tratar 2 Vermelho rosado 23 a 27 Não tratar 3 Rosa 18 a 22 Tratar 4 Rosa pálido 13 a 17 Tratar 5 Branco <13 Tratar
  • 69. Profilaxia • Medidas gerais de manejo e higiene • Vermifugação • Rotação de pastagens • Controle de superlotação
  • 70.
  • 71.
  • 73.
  • 76. Eimeriose (Coccidiose) • Curso de sangue ou diarréia vermelha • Causada por um protozoário • Ataca o epitélio digestivo • Jovens e adultos (estressados) • Responsável por consideráveis perdas econômicas
  • 77. • Ovinos:  E. ahsata  E. bakuensis  E. ovinoidalis • Caprinos:  E. arloingi  E. alijevi  E. hirci  E. christenseni  E. ninakolhyakimovae
  • 79. Sinais Clínicos • Letargia • Anorexia • Desidratação • Diarréia profusa e sanguinolenta • Redução do ganho de peso • Alta mortalidade • Ovinos: sintomatologia nervosa • Caprinos: sede, sonolência e pelos arrepiados
  • 80. Tratamento • Sulfas • Amprólio • Antibióticos ionofóricos • Nitrofuranos • Hidratação e reposição de eletrólitos (oral ou IV)
  • 81. Profilaxia • Manejo e higiene • Limpeza de bebedouros e comedouros • Evitar superlotação de pastos • Separar lotes por idades • Uso preventivo de drogas anticoccídicas
  • 82. SARNAS • Afecções cutâneas Quadro 1: Ácaros causadores de sarna em caprinos e ovinos: Agente etiológico Hospedeiro Sarcoptes scabiei var. caprae Caprino Sarcoptes scabiei var. ovis Ovino Psoroptes equi var. caprae Caprino Psoroptes equi var. ovis Ovino Psoroptes cuniculi Caprino/ovino Demodex caprae Caprino
  • 83. SARNA DEMODÉCICA • Conhecida também como sarna folicular • Ácaro Demodex caprae - 0,1 a 0,4mm • Extremamente rara em ovinos • Causam nódulos na pele - 2cm: região anterior • Vive todo o ciclo no folículo piloso e nas glândulas sebáceas
  • 84.
  • 85. • Banhos e imersão em organofosforados ou piretróides (repetindo no 10º dia) + ivermectin subcutâneo (0,2 mg/Kg)
  • 86. SARNA SARCÓPTICA • Sarcoptes scabiei - variação caprae e ovis • Conhecida como escabiose • Zoonose • Sinais: coceira intensa, escoriações, prurido, pápulas avermelhadas, corrimento seroso e crostas
  • 87. • Predileção: cabeça - olhos e narina • Tratamento: retirar as crostas e utilizar sarnicidas associados à solução oleosa (1:3) de 3 em 3 dias • Casos extremos: banhos e imersão em organofosforados ou piretróides (repetindo no 10º dia)
  • 88.
  • 89.
  • 90. SARNA PSORÓTICA • Conhecida como escabiose • Psoroptes equi - variação caprae e ovis • Psoroptes cuniculi • Ácaro não escavador • Sinais: inquietude, pequenas vesículas, prurido intenso, coceira, crostas brancas e queda de lã, isolamento • Pode levar a otite e meningite séptica
  • 91. • Predileção: conduto auditivo externo, as vezes, axila, virilha e superfície interna do pavilhão auricular • Banhos de imersão: organofosforados, diamidínicos, piretróides, amitraz e ivermectina - 2 banhos/ano e 10 a 12 dias após tosquia
  • 92. PEDICULOSE • Parasitismo por piolho • Ordem Mallophaga – mastigador • Ordem Anoplura – sugador • Sinais: inquietação, prurido, pelos eriçados e escoriação da pele • Vivem todas as fases no hospedeiro
  • 93. • Ocorrem em todas as estações – seca • Ciclo não identificado • Infecção bacteriana secundária • Míiases • Predileção: dorso e garupa • Controle: pulverização ou banho (piretróide)
  • 94. DOENÇAS VIRAIS Ectima contagioso, raiva, febre aftosa, lentiviroses de pequenos ruminantes, broncopneumonia, língua azul, herpesvírus, tumor etmoidal
  • 95. ECTIMA CONTAGIOSO • Também conhecido como dermatite pustular contagiosa, dermatite labial infecciosa, boca crostosa ou boqueira • Gênero: Paropoxvirus • Acomete ovino, caprino e eventualmente o homem • Porta de entrada: pele, mucosa, órgão genitais • Eliminação: pústulas, vesículas e crostas
  • 96. • Alta morbidade • Curso agudo - 50% do rebanho • Tem afinidade pelo epitélio de origem ectodérmica
  • 97. • Sinais: anorexia, perda de peso, desidratação e claudicação • Controle: vacinação - vacina viva preparada em culturas celulares; quarentena; isolamento e higienização
  • 98. Tratamento • Solução de permanganato de potássio a 3% ou solução de iodo a 10% acrescido de glicerina (1:3)  Ideal pulverizar áreas afetadas duas vezes ao dia, por sete dias • Auto-hemoterapia • Repelentes de moscas nas bordas das feridas
  • 99. RAIVA • Enfermidade infecto-contagiosa • Aguda • Quase sempre fatal • A ocorrência em pequenos ruminantes parece estar associada a surtos epizoóticos em populações de animais selvagens • Reservatórios selvagens no Brasil: morcegos hematófagos, cachorro-do-mato, raposa-do-campo
  • 100. Transmissão • Mordida ou do contato de ferimentos por saliva de animais infectados • Vírus em alta concentração:  Saliva  Excreções e secreções  Sangue • Sinais: apatia ou excitação, muscular, agressividade nistagmo, espasmo
  • 101.  A doença evolui na forma de paralisia ascendente que inicialmente pode parecer déficit proprioceptivo  Ataxia e paralisia de pênis e cauda  Paralisia de faringe resultando em sialorréia  Evolução para decúbito, convulsões e morte dentro de 7 a 10 dias
  • 103. FEBRE AFTOSA • Família Picornaviridae • Enfermidade infecto-contagiosa • Transmissão:  Animais doentes  Secreções respiratórias e  Fezes e  Leite  Sêmen urinas salivares
  • 104. Sinais clínicos • Língua - Gengiva - Espaços interdigitais - Tetos
  • 105. • Sialorréia • Febre • Apatia • Infecções secundárias
  • 106. Tratamento e controle • Tratamento contra-indicado • Controle baseia-se na eliminação dos animais doentes
  • 107.
  • 109. Doença Esquema de Vacinação Categoria Animal Raiva Anual / a partir de 4 meses de idade (só em Jovens, Repro., regiões em que haja casos confirmados) Matrizes Clostridiose (onde ocorra a doença) Animais não vacinados: aplicar 2 doses de vacina com um intervalo de 4 a 6 semanas entre as vacinações. Em filhos de mães não vacinadas, a primeira dose deve ser efetuada a partir da 3a Animais Jovens, semana de idade e a partir da 9a semana de idade Reprodutores, em filhos de mães que foram vacinadas. Animais Matrizes já vacinados: revaciná-los a cada ano. Em fêmeas gestantes, fazer a revacinação anual de 4 a 6 semanas antes do parto. Linfadenite Caseosa A partir de três meses com reforço aos 30 dias e Animais Jovens repetir anualmente. Ectima contagioso Jovens, Matrizes Autovacina, única dose repetindo-se nas matrizes (terço final de na próxima parição. gestação)
  • 111. Doses Época 1ª Vermifugação: MAIO SECA 2ª Vermifugação: AGOSTO SECA 3ª Vermifugação: NOVEMBRO CHUVA 4ª Vermifugação: JANEIRO CHUVA 5ª Vermifugação: MARÇO CHUVA *Vermifugar aos 30 dias e após 30 dias