2. O DESENVOLVIMENTO DA SEXUALIDADE NA CRIANÇA A sexualidade é de suma importância para o desenvolvimento humano, pois esta relacionada diretamente com a reprodução e com o prazer. Está presente desde o momento do nascimento, porem sofre influências da sociedade em que o indivíduo esta inserido. Para muitos pais e professores as manifestações da sexualidade são vistas como “problemas sexuais”, desconsiderando a naturalidade com que o assunto deve ser encarado.
3. A criança desenvolve sua sexualidade desde seu nascimento, passando por diversas fases. A fase oral acontece geralmente durante seu primeiro ano de vida, sendo que a boca é a principal fonte de exploração e satisfação
4. Correspondente ao segundo ano de vida, a fase anal é quando a criança passa a ter o domínio sobre a eliminação e retenção das fezes e da urina.
5. A fase que prioriza a curiosidade infantil, é a fálica, acontece dos dois anos de idade aos seis anos, priorizado o conhecimento dos órgãos genitais e da diferenciação com o sexo oposto.
6. A fase de latência antecede a adolescência sendo um período de calmaria, onde os impulsos sexuais estão adormecidos. A censura na fase anterior, seria a responsável por esta manifestação.
7. A fase que compreende a adolescência é a genital, sendo que o sujeito passa a desenvolver maior interesse por outras pessoas, priorizando o sexo oposto.
8. Muitos pais e professores, não aceitam que o desenvolvimento sexual na criança seja saudável e natural, causando nela certo sentimento que impede suas manifestações sexuais futuramente. Portanto, “O tratamento autoritário e rígido sobre o comportamento e interesse sexual da criança podem levá-la a bloqueios futuros, perversões e transtornos mentais.” (TELES 1988, p. 122). Os pais devem agir de forma natural, respondendo as perguntas e curiosidades que surgem no dia-a-dia da criança.
9. Segundo Teles (1988, p. 121) quando a criança confia em seus pais, começa a fazer perguntas relacionadas ao sexo. Os pais devem fornecer-lhe respostas de acordo com a compreensão da criança, priorizando a neutralidade, a simplicidade e a franqueza em suas respostas. Assim os pais auxiliarão no desenvolvimento de uma personalidade equilibrada, harmoniosa e saudável, oferecendo maior segurança psicológica, um desempenho normal das suas funções vitais e segurança na expressão dos seus desejos.
10. O diálogo entre adultos e crianças sobre a sexualidade, oferece certa autonomia a criança, evitando que futuramente passe por constrangimentos relacionados a falta de informações necessárias para o conhecimento do próprio corpo e também do sexo oposto.
11. Fatores sociais tendem a relacionar meninos e meninas de maneiras diferentes. Desde o nascimento, a diferenciação é visível, pois para Paechter (2009, p. 28) os pais tendem a seguir a tradição de decorar quartos e usar roupas de cores diferentes em meninos e meninas. As brincadeiras infantis também são determinantes na diferenciação de meninos e meninas, pois “os meninos tendem a estar escalando ou jogando futebol; as meninas estão pulando corda, fantasiando ou conversando. Os meninos ocupam mais espaço; as meninas ficam nas laterais”. (PAECHTER 2009, p.28).
12. O desenvolvimento sexual vem sofrendo profundas transformações. Enquanto que há alguns anos passados a sexualidade era duramente punida e reprimida, hoje as crianças são estimuladas a desenvolvê-la precocemente seguindo modelos a elas propostos. A mídia e a própria sociedade vem provocando essa antecipação quando estimulam carinhos ousados entre crianças do sexo oposto, que na maioria das vezes reproduzem as cenas acompanhadas em programas da televisão e no seu dia-a-dia.
13. O desenvolvimento da sexualidade na criança deve acontecer de forma natural, seguindo as funções vitais do seu organismo, priorizando e vivenciando todas as fases. Cabe ao adulto oferecer informações e valores necessários com tranqüilidade e naturalidade, não transmitindo mais a ansiedade ou a repressão ao dialogar referente ao assunto.
14. REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos de Psicologia Escolar . 5.ed. São Paulo: Ática, 2000. TELES, Maria Luiza Silveira. Uma Introdução a Psicologia da Educação. 7.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1988. PACHTER, C. Como meninos e meninas aprendem gênero. Pátio Educação Infantil. Porto Alegre, ano VII, n.20, jul./ out.2009. p. 28-31. BRASIL, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Formação Pessoal e Social. Brasília: MEC/SEF, 1998. 2.v.