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São Paulo, 24 de abril de 2014
Semana do Projeto Libolo
CEA | Universidade de São Paulo
Semana do Projeto Libolo
Centro de Estudos Africanos
Universidade de São Paulo
São Paulo, 24 de abril de 2014
Maria Clara Paixão de Sousa
Grupo de Pesquisas Humanidades Digitais
Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas
Uma Ferramenta para as
Humanidades Digitaisdictore
dictore
Como se faz?
>
Para que serve?
O que me importa?
O que é?
dictore
Como funciona?>
Para que serve?
O que me importa?
O que é?
dictore
Como funciona?
> Para que serve?
O que me importa?
O que é?
dictore
Como funciona?
>
Para que serve?
O que é?
dictore
> Uma ferramenta para
edição filológica eletrônica
e análise linguística
automática
dictore
> É um software livre,
atualmente com duas
versões:
dictore
> Versão 1.0 Beta 10
dictore
>
Versão 1.0 Beta 10
dictore
Versão Web – em teste
> Versão 1.0 Beta 10
dictore
Versão Web – em teste
> Versão 1.0 Beta 10
dictore
Disponível para windows,
por download em
http://edictor.net
http://edictor.net
eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Transcrição
eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Transcrição
eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Edição
eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Etiquetação
> Versão 1.0 Beta 10
dictore
Usada atualmente por seis
grupos de pesquisa no
Brasil e em Portugal
> Versão 1.0 Beta 10
dictore
Usada atualmente por seis
grupos de pesquisa no
Brasil e em Portugal
Corpus Anotado do Português
Histórico Tycho Brahe,
(Universidade Estadual de Campinas)
Grupo de Pesquisas
Humanidades Digitais
(Universidade de São Paulo)
P.S. Arquivo Digital de Escrita Quotidiana em
Portugal e Espanha na Época Moderna
(Universidade de Lisboa)
Corpus Eletrônico de
Documentos Históricos do Sertão,
CEDOHS (Universidade Federal de Feira de Santana)
Laboratório de História do Português Brasileiro
(Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Memória Conquistense
(Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia)
> Versão 1.0 Beta 10
dictore
Exemplo de aplicação: edição
de obras raras digitalizadas
- Projeto Edições Filológicas na
Brasiliana Digital, 2009-2013
Bibioteca Brasiliana Guita e José Mindlin,
doada à Universidade de São Paulo em 2006:
40.000 obras dos séculos XVI a XXI…
Oba!
Tudo
“digitalizado...”
“digitalizado...”
i
m
a
g
e
m
=
“digitalizado...”
RELAÇAÕPA ENTRJDJ QUE FEZO
EXCELI, ENTlSSIMO, E
REVERENDÍSSIMO SENHORD. F
RANTONIO DO DESTERRO
MALHEYROAiſpoào Rio de Janeiro, em
o primeiro dia defle prtzente Anno de
1747,havendo fidoſeis Annos Biſpo do B,
eyno de Angola, donde por no-miacaõ de
Sua Mageftade, e Bulla Pontificia, foy
promovidopara ella Diocefi.
COMPOSTA PELO DOUTORLÜIZ
ANTONIO ROSADODA CUNHA£
fm de Fora, e Provedor dos defuntos, e
au-Z$nte$ y Capella*, c ReJĩdos do Rio
de Janeiro. RIO DE JANEIRO tía
Segunda Officina de ANTONIO ISID.
ORO DAĩONCECA, Anno de M. CC.
XLVII. Com licenças do Senhor Bijfo,
OCR
“Optical
Character
Recognition”
texto
i
m
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g
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RELAÇAÕPA ENTRJDJ QUE FEZO
EXCELI, ENTlSSIMO, E REVERENDÍSSIMO
SENHORD. F RANTONIO DO DESTERRO
MALHEYROAiſpoào Rio de Janeiro, em o
primeiro dia defle prtzente Anno de 1747,havendo
fidoſeis Annos Biſpo do B, eyno de Angola, donde
por no-miacaõ de Sua Mageftade, e Bulla Pontificia,
foy promovidopara ella Diocefi. COMPOSTA
PELO DOUTORLÜIZ ANTONIO ROSADODA
CUNHA£ fm de Fora, e Provedor dos defuntos, e
au-Z$nte$ y Capella*, c ReJĩdos do Rio de Janeiro.
RIO DE JANEIRO tía Segunda Officina de
ANTONIO ISID. ORO DAĩONCECA, Anno de
M. CC. XLVII. Com licenças do Senhor Bijfo,?
Relação da entrada que fez o excelentíssimo,
e reverendíssimo senhor Dom Frei Antonio
do Desterro Malheiro, Bispo do Rio de
Janeiro, em o primeiro dia deste presente
Ano de 1747 havendo sido seis Anos Bispo
do Reino de Angola, donde por nomeação de
Sua Majestade, e Bula Pontifícia, foi
promovido para esta Diocese. Composta pelo
doutor Luiz Antonio Rosado da Cunha Juiz
de Fora, e Provedor dos defuntos, e ausentes,
Capelas, e Residos do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro, Na Segunda Oficina de Antonio
Isidoro da Fonseca, Ano de MCCXLVII.
Com licenças do Senhor Bispo.
!
CUNHA, Luís Antonio Rosado
da. Relaçãoo da entrada que fez o
excellentissimo, e reverendissimo
senhor D. Fr. Antonio [...].Rio de
Janeiro : Na Segunda Oficina de
Antonio Isidoro da Fonseca,
1747.
CUNHA, Luís Antonio Rosado
da. Relaçãoo da entrada que fez o
excellentissimo, e reverendissimo
senhor D. Fr. Antonio [...].Rio de
Janeiro : Na Segunda Oficina de
Antonio Isidoro da Fonseca,
1747.
O primeiro
livro impresso
no Brasil !
>
O Projeto Edições Filológicas na
Brasiliana Digital (2009-2013)
criou, com o eDictor, edições
corrigidas e modernizadas para
algumas obras do acervo, além de
um banco de dados de erros de
reconhecimento automático
(OCR).
eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Transcrição
eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Edição
eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Etiquetação
Apresentação Diplomática
textoimagem
Apresentação Modernizada
Apresentação Modernizada
RELAÇÃO/NPR DA/P+D-F ENTRADA/NPR QUE/WPRO FEZ/NPR O/D
EXCELENTÍSSIMO/NPR ,/, E/CONJ REVERENDÍSSIMO/NPR SENHOR/NPR
DOM/NPR FREI/NPR ANTONIO/NPR DO/P+D DESTERRO/NPR MALHEYRO/NPR
Bispo/NPR do/P+D Rio/NPR de/P Janeiro/NPR ,/, em/P o/D
primeiro/ADJ dia/N deste/P+D presente/ADJ-G Ano/NPR de/P
1747/NUM havendo/HV-G sido/SR-PP seis/NUM Anos/N-P Bispo/NPR
do/P+D Reino/NPR de/P Angola/NPR ,/, donde/P+WADV por/P
nomeação/N de/P Sua/PRO$-F Magestade/NPR ,/, e/CONJ Bula/NPR
Pontifícia/N ,/, foi/SR-D promovido/VB-AN para/P esta/D-F
Diocese/NPR ./. 06_Realacao,2.7/ID
COMPOSTA/NPR PELO/NPR DOUTOR/NPR LUIZ/NPR ANTONIO/NPR
ROSADO/NPR DA/P+D-F CUNHA/NPR Juíz/NPR de/P Fora/NPR ,/,
e/CONJ Provedor/NPR dos/P+D-P defuntos/ADJ-P ,/, e/CONJ
ausentes/ADJ-G-P ,/, Capelas/NPR-P ,/, e/CONJ Residos/NPR-P
do/P+D Rio/NPR de/P Janeiro/NPR ./. 06_Realacao,2.8/ID
RIO/NPR DE/P JANEIRO/ADJ 06_Realacao,2.9/ID
Na/P+D-F Segunda/ADJ-F Oficina/NPR de/P ANTONIO/NPR
ISIDORO/NPR DA/P+D-F FONCECA/NPR ./. 06_Realacao,2.10/ID
Ano/NPR de/P M./NPR CC./. XLVII./. 06_Realacao,2.11/ID
Com/P licenças/N-P do/P+D Senhor/NPR Bispo/NPR ./.
06_Realacao,2.12/ID
Texto
anotado:
P.O.S.
Léxico das edições
> Versão 1.0 Beta 10
dictore
Outro exemplo de aplicação:
edição de manuscritos
(LaborHistórico e CEDOHS)
LaborHistorico
Laboratório de História do Português Brasileiro
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Coord. Célia Lopes
http://www.letras.ufrj.br/laborhistorico/
>
LaborHistorico
Corpus de cartas pessoais brasileiras – Acervo Cupertino do Amaral
http://www.letras.ufrj.br/laborhistorico/
LaborHistorico
Corpus de cartas pessoais brasileiras – Acervo Cupertino do Amaral
http://www.letras.ufrj.br/laborhistorico/
CEDOHS
Corpus Eletrônico de Documentos
Históricos do Sertão,
Coord. Zenaide Carneiro
http://www2.uefs.br/cedohs/
>
CEDOHS
Acervo - Cartas particulares do Recôncavo da Bahia (1818-1886))
http://www2.uefs.br/cedohs/
>
Versão 1.0 Beta 10
dictore
Versão Web – em teste
http://www.tycho.iel.unicamp.br/workflow/index.action
<page data-uid="1">
RELAÇÃO DA ENTRADA QUE FEZ O
EXCELENTÍSSIMO, E REVERENDÍSSIMO SENHOR
DOM FREI ANTONIO DO DESTERRO MALHEYRO
Bispo do Rio de Janeiro, em o primeiro dia deste presente
Ano de 1747 havendo sido seis Anos Bispo do Reino de
Angola, donde por nomeação de Sua Magestade, e Bula
Pontifícia, foi promovido para esta Diocese. COMPOSTA
PELO DOUTOR LUIZ ANTONIO ROSADO DA
CUNHA Juiz de Fora, e Provedor dos defuntos, e ausentes,
Capelas, e Residos do Rio de Janeiro. RIO DE JANEIRO
Na Segunda Oficina de ANTONIO ISIDORO DA
FONCECA. Ano de M. CC. XLVII. Com licenças do
Senhor Bispo.
</page>
Como funciona?>
Para que serve?
O que é?
dictore
A interface do eDictor simula um
editor de textos normal, mas a
ferramenta é em essência um
anotador linguístico, que aplica
uma linguagem de marcação
sobre os textos
>
dictore
A interface do eDictor simula um
editor de textos normal, mas a
ferramenta é em essência um
anotador linguístico, que aplica
uma linguagem de marcação
sobre os textos?
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eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Edição
eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Edição
eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Edição
eDictor 1.0 Beta 10 – Configuração de preferências
eDictor 1.0 Beta 10 – Configuração de preferências
eDictor 1.0 Beta 10 – Configuração de preferências
eDictor 1.0 Beta 10 – Configuração de preferências
> XML
Código-base do
eDictor 1.0 Beta 10
> XML
Código-base do
eDictor Web
> XML
Código-base do
eDictor Web
XML - Código-base do eDictor Web
XML - Código-base do eDictor Web
XML - Código-base do eDictor Web
A interface do eDictor simula um
editor de textos normal, mas a
ferramenta é em essência um
anotador linguístico, que aplica
uma linguagem de marcação
sobre os textos!
dictore
Como funciona?
> Para que serve?
O que me importa?
O que é?
dictore
> Para que serve?
O que me importa?
dictore
>
O que me importa?
dictoreA principal finalidade do eDictor
é oferecer uma interface amigável
aliada a um alto nível de controle
e flexibilidade na codificação de
textos eletrônicos com finalidade
de pesquisa linguística.
?
O que me importa?
dictoreA principal finalidade do eDictor
é oferecer uma interface amigável
aliada a um alto nível de controle
e flexibilidade na codificação de
textos eletrônicos com finalidade
de pesquisa linguística.
mas... pra que a gente
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
1É bom lembrar que
todo editor de textos é uma
ferramenta de anotação…
… a diferença é que nós não
temos nenhum controle sobre a
anotação dos editores comuns!
mas... pra que a gente
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
1É bom lembrar que
todo editor de textos é uma
ferramenta de anotação…
… a diferença é que nós não
temos nenhum controle sobre a
anotação dos editores comuns!
mas... pra que a gente
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
É bom lembrar que
todo editor de textos é uma
ferramenta de anotação…
… a diferença é que nós não
temos nenhum controle sobre a
anotação dos editores comuns!
1
mas... pra que a gente
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
mas... pra que a gente
precisa de “controle”
mas... pra que a gente
precisa de “controle”
Ou seja – o “texto digital”, i.e., o
arquivo eletrônico de texto, é
sempre um banco de dados, um
objeto lógico codificado por
alguma linguagem artificial.
1
mas... pra que a gente
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
Ou seja – o “texto digital”, i.e., o
arquivo eletrônico de texto, é
sempre um banco de dados, um
objeto lógico codificado por
alguma linguagem artificial.
1
mas... pra que a gente
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
Para algumas disciplinas, os
textos em sua materialidade são o
objeto de estudo; e nesses casos,
depender de codificações sobre
as qual não se tem controle pode
ser prejudicial à pesquisa.
1
mas... pra que a gente
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
2
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
Além disso, construir a própria
anotação abre um leque de
possibilidades impensáveis nos
processadores comuns.
2
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
De fato, isso proporciona novas
abordagens sobre a língua e
sobre o texto
2
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
De fato, isso proporciona novas
abordagens sobre a língua e
sobre o texto – ou seja,
abordagens que seriam
impossíveis fora do meio digital.
2
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
Um exemplo de abordagem
exclusiva do meio digital é a
análise linguística automática,
objeto da Linguística
Computacional.
2
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
Um exemplo de abordagem
exclusiva do meio digital é a
análise linguística automática,
objeto da Linguística
Computacional. A próxima
palestra falará sobre isso!
2
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
2
Há vários outros exemplos de
abordagens próprias do meio digital,
e elas vem sendo exploradas em
corpora construídos desde a década
de 1970.
2
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
Há vários outros exemplos de
abordagens próprias do meio digital,
e elas vem sendo exploradas em
corpora construídos desde a década
de 1970. Vamos ver alguns casos
interessantes.
2
precisa de “controle”
e “flexibilidade” ?
esse exemplo é para
animar filólogos ...( )
Projeto DigiPal – Digital Paleography
http://www.digipal.eu/
Projeto DigiPal – Digital Paleography
http://www.digipal.eu/
esse exemplo é para
animar latinistas ...( )
Corpus Thomisticum
http://www.corpusthomisticum.org/
Corpus Thomisticum
http://www.corpusthomisticum.org/
Corpus Thomisticum
http://www.corpusthomisticum.org/
esse exemplo é para
animar o pessoal de
linguística histórica( )
Anglo Saxon Cluster: Projeto LangScape
http://www.langscape.org.uk
Anglo Saxon Cluster: Projeto LangScape
http://www.langscape.org.uk
Anglo Saxon Cluster: Projeto LangScape
http://www.langscape.org.uk
Anglo Saxon Cluster: Projeto Anglo Saxon Charters
http://www.aschart.kcl.ac.uk
Anglo Saxon Cluster: Projeto Anglo Saxon Charters
http://www.aschart.kcl.ac.uk
Anglo Saxon Cluster: Projeto Anglo Saxon Charters
http://www.aschart.kcl.ac.uk
Anglo Saxon Cluster: Projeto Anglo Saxon Charters
http://www.aschart.kcl.ac.uk
esse exemplo é para
animar o pessoal da
língua falada !( )
British National Corpus
http://www.natcorp.ox.ac.uk/XMLedition/
British National Corpus
http://www.natcorp.ox.ac.uk/XMLedition/
Um ponto em comum liga todos
os exemplos mostrados:
>
Um ponto em comum liga todos
os exemplos mostrados:
todos tem por base uma
anotação XML, adaptada caso
a caso, segundo as diferentes
necessidades das pesquisas.
>
Era isso o que eu queria dizer sobre
“controle” e “flexibilidade”.
>
Era isso o que eu queria dizer sobre
“controle” e “flexibilidade”.
>
Ah, tá!
Mas... E as tais das
Humanidades Digitais?
Todos esses projetos que vimos são
característicos desse campo
difusamente conhecido como
“Humanidades Digitais”…
>
Há muitas definições para esse
termo, e muito debate sobre elas.
>
Há muitas definições para esse
termo, e muito debate sobre elas.
(veja alguns exemplos em
http://humanidadesdigitais.org/
sobre-as-humanidades-digitais )
>
Aqui, nos interessam dois pontos:
essa incursão das humanidades pelo
reino da técnica digital não refluirá
para as próprias humanidades?
>
Nunca é demais lembrar que as
Humanidades Digitais são uma
maneira de fazer Humanidades – ou
seja, não se trata de uma invasão
tecnógica nas ciências humanas,
mas sim de uma incursão das
ciências humanas pelo reino da
computação.
1
Os projetos em Humanidades
Digitais pretendem continuar
fazendo o que as humanidades
sempre fizeram, mas com novas
ferramentas.
1
Assim, a anotação digital cumpre, na
base, a mesma função da anotação
não-digital:
1
Assim, a anotação digital cumpre, na
base, a mesma função da anotação
não-digital: é a aplicação de uma
camada de representação sobre o
texto.
1
Assim, a anotação digital cumpre, na
base, a mesma função da anotação
não-digital: é a aplicação de uma
camada de representação sobre o
texto. Nesse sentido, a anotação é a
explicitação da interpretação de um
texto.
1
Assim, a anotação digital cumpre, na
base, a mesma função da anotação
não-digital: é a aplicação de uma
camada de representação sobre o
texto. Nesse sentido, a anotação é a
explicitação da interpretação de um
texto.
1
de uma
O texto anotado eletronicamente,
entretanto, abre a possibilidade de
inúmeras novas formas de
representação, como vimos.
1
O texto anotado eletronicamente,
entretanto, abre a possibilidade de
inúmeras novas formas de
representação, como vimos. De fato,
os elementos que anotamos se
transformam em dados, que podem
passar a fazer parte de bases de
dados abertas a diferentes cálculos e
visualizações.
1
Isso é muito poderoso…
1
Isso é muito poderoso…
e nos leva a uma última observação,
em forma de pergunta:
1
A incursão das humanidades pelo
reino da técnica digital não acabará
refluindo para as próprias
humanidades?
2
Não poderá transformar,
lentamente, nossa abordagem do
texto, nos obrigando a tecer com
novos fios os tecidos das nossas
perguntas e interpretações?
2
E, se isso acontecer…
2
E, se isso acontecer…
– será bom ou ruim?
2
Era isso...
Era isso...
Obrigada!
Era isso.
Obrigada!
Universidade de São Paulo
Maria Clara Paixão de Sousa
humanidadesdigitais.org
mariaclara@usp.br
PAIXÃO DE SOUSA, M. C. eDictor: a chronology. Apresentação na mesa redonda “eDictor: advances
and perspectives”. Workshop Construction and use
of large annotated corpora. Campinas, Unicamp, 09/09/2013. [Slides - Slideshare]
PAIXÃO DE SOUSA, M. C.; KEPLER, F. N.; FARIA, P. P. F. E-Dictor: Novas perspectivas na codificação
e edição de corpora de textos históricos. In: Tania Shepherd; Tony Berber Sardinha; Marcia Veirano Pinto.
(Org.). Caminhos da linguística de corpus. Campinas: Mercado de Letras, 2010. [PDF]
FARIA, P. P. F.; PAIXÃO DE SOUSA, M. C.; KEPLER, F. N. An Integrated Tool for Annotating
Historical Corpora. The Fourth Linguistic Annotation Workshop (LAW IV) at The 48th Annual
Meeting of the Association for Computational Linguistics (ALC 2010), Uppsala, 2010.
(Congresso). [PDF (poster)]
PAIXÃO DE SOUSA, M. C.; KEPLER, F. N.; FARIA, P. P. F. O Processamento automático de textos
antigos: Desafios e Experiências. Workshop de Linguística de Corpus do Projeto Para a História do
Português Brasileiro (PHPB), São Paulo, 2010. (Conferência). [PDF (slides)]
PAIXÃO DE SOUSA, M. C. Desafios do processamento de textos antigos: primeiros experimentos na Brasiliana
Digital. I Workshop de Linguística Computacional da USP, 2009. (Conferência). [PDF(slides)]
PAIXÃO DE SOUSA, M. C.; KEPLER, F. N.; FARIA, P. E-dictor: Novas perspectivas na codificação e
edição de corpora de textos históricos. VIII Encontro de Linguística de Corpus, Rio de Janeiro, 2009.
(Comunicação).
PAIXÃO DE SOUSA, M. C.; KEPLER, F. N.; FARIA, P. E-dictor: Novas perspectivas na codificação e
edição de corpora de textos históricos. In: VIII Encontro de Linguística de Corpus, 2009, Rio de Janeiro.
Resumos, 2009. [PDF (slides)]
PAIXÃO DE SOUSA, M. C.; KEPLER, F. N. E-Dictor: Uma ferramenta integrada para a anotação de
edição e classe de palavras. VI Encontro de Lingüística de Corpus, São Paulo, 2007. [abrir página]

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e-dictor - uma ferramenta para as humanidades digitais

  • 1. São Paulo, 24 de abril de 2014 Semana do Projeto Libolo CEA | Universidade de São Paulo
  • 2. Semana do Projeto Libolo Centro de Estudos Africanos Universidade de São Paulo São Paulo, 24 de abril de 2014
  • 3. Maria Clara Paixão de Sousa Grupo de Pesquisas Humanidades Digitais Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas Uma Ferramenta para as Humanidades Digitaisdictore
  • 5. Como se faz? > Para que serve? O que me importa? O que é? dictore
  • 6. Como funciona?> Para que serve? O que me importa? O que é? dictore
  • 7. Como funciona? > Para que serve? O que me importa? O que é? dictore
  • 8. Como funciona? > Para que serve? O que é? dictore
  • 9. > Uma ferramenta para edição filológica eletrônica e análise linguística automática dictore
  • 10. > É um software livre, atualmente com duas versões: dictore
  • 11. > Versão 1.0 Beta 10 dictore
  • 12. > Versão 1.0 Beta 10 dictore Versão Web – em teste
  • 13. > Versão 1.0 Beta 10 dictore Versão Web – em teste
  • 14. > Versão 1.0 Beta 10 dictore Disponível para windows, por download em http://edictor.net
  • 16. eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Transcrição
  • 17. eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Transcrição
  • 18. eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Edição
  • 19. eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Etiquetação
  • 20. > Versão 1.0 Beta 10 dictore Usada atualmente por seis grupos de pesquisa no Brasil e em Portugal
  • 21. > Versão 1.0 Beta 10 dictore Usada atualmente por seis grupos de pesquisa no Brasil e em Portugal
  • 22. Corpus Anotado do Português Histórico Tycho Brahe, (Universidade Estadual de Campinas) Grupo de Pesquisas Humanidades Digitais (Universidade de São Paulo) P.S. Arquivo Digital de Escrita Quotidiana em Portugal e Espanha na Época Moderna (Universidade de Lisboa) Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão, CEDOHS (Universidade Federal de Feira de Santana) Laboratório de História do Português Brasileiro (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Memória Conquistense (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia)
  • 23. > Versão 1.0 Beta 10 dictore Exemplo de aplicação: edição de obras raras digitalizadas - Projeto Edições Filológicas na Brasiliana Digital, 2009-2013
  • 24. Bibioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, doada à Universidade de São Paulo em 2006: 40.000 obras dos séculos XVI a XXI…
  • 28. RELAÇAÕPA ENTRJDJ QUE FEZO EXCELI, ENTlSSIMO, E REVERENDÍSSIMO SENHORD. F RANTONIO DO DESTERRO MALHEYROAiſpoào Rio de Janeiro, em o primeiro dia defle prtzente Anno de 1747,havendo fidoſeis Annos Biſpo do B, eyno de Angola, donde por no-miacaõ de Sua Mageftade, e Bulla Pontificia, foy promovidopara ella Diocefi. COMPOSTA PELO DOUTORLÜIZ ANTONIO ROSADODA CUNHA£ fm de Fora, e Provedor dos defuntos, e au-Z$nte$ y Capella*, c ReJĩdos do Rio de Janeiro. RIO DE JANEIRO tía Segunda Officina de ANTONIO ISID. ORO DAĩONCECA, Anno de M. CC. XLVII. Com licenças do Senhor Bijfo, OCR “Optical Character Recognition” texto i m a g e m
  • 29. RELAÇAÕPA ENTRJDJ QUE FEZO EXCELI, ENTlSSIMO, E REVERENDÍSSIMO SENHORD. F RANTONIO DO DESTERRO MALHEYROAiſpoào Rio de Janeiro, em o primeiro dia defle prtzente Anno de 1747,havendo fidoſeis Annos Biſpo do B, eyno de Angola, donde por no-miacaõ de Sua Mageftade, e Bulla Pontificia, foy promovidopara ella Diocefi. COMPOSTA PELO DOUTORLÜIZ ANTONIO ROSADODA CUNHA£ fm de Fora, e Provedor dos defuntos, e au-Z$nte$ y Capella*, c ReJĩdos do Rio de Janeiro. RIO DE JANEIRO tía Segunda Officina de ANTONIO ISID. ORO DAĩONCECA, Anno de M. CC. XLVII. Com licenças do Senhor Bijfo,?
  • 30. Relação da entrada que fez o excelentíssimo, e reverendíssimo senhor Dom Frei Antonio do Desterro Malheiro, Bispo do Rio de Janeiro, em o primeiro dia deste presente Ano de 1747 havendo sido seis Anos Bispo do Reino de Angola, donde por nomeação de Sua Majestade, e Bula Pontifícia, foi promovido para esta Diocese. Composta pelo doutor Luiz Antonio Rosado da Cunha Juiz de Fora, e Provedor dos defuntos, e ausentes, Capelas, e Residos do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Na Segunda Oficina de Antonio Isidoro da Fonseca, Ano de MCCXLVII. Com licenças do Senhor Bispo. !
  • 31. CUNHA, Luís Antonio Rosado da. Relaçãoo da entrada que fez o excellentissimo, e reverendissimo senhor D. Fr. Antonio [...].Rio de Janeiro : Na Segunda Oficina de Antonio Isidoro da Fonseca, 1747.
  • 32. CUNHA, Luís Antonio Rosado da. Relaçãoo da entrada que fez o excellentissimo, e reverendissimo senhor D. Fr. Antonio [...].Rio de Janeiro : Na Segunda Oficina de Antonio Isidoro da Fonseca, 1747. O primeiro livro impresso no Brasil !
  • 33. > O Projeto Edições Filológicas na Brasiliana Digital (2009-2013) criou, com o eDictor, edições corrigidas e modernizadas para algumas obras do acervo, além de um banco de dados de erros de reconhecimento automático (OCR).
  • 34. eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Transcrição
  • 35. eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Edição
  • 36. eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Etiquetação
  • 38.
  • 42. RELAÇÃO/NPR DA/P+D-F ENTRADA/NPR QUE/WPRO FEZ/NPR O/D EXCELENTÍSSIMO/NPR ,/, E/CONJ REVERENDÍSSIMO/NPR SENHOR/NPR DOM/NPR FREI/NPR ANTONIO/NPR DO/P+D DESTERRO/NPR MALHEYRO/NPR Bispo/NPR do/P+D Rio/NPR de/P Janeiro/NPR ,/, em/P o/D primeiro/ADJ dia/N deste/P+D presente/ADJ-G Ano/NPR de/P 1747/NUM havendo/HV-G sido/SR-PP seis/NUM Anos/N-P Bispo/NPR do/P+D Reino/NPR de/P Angola/NPR ,/, donde/P+WADV por/P nomeação/N de/P Sua/PRO$-F Magestade/NPR ,/, e/CONJ Bula/NPR Pontifícia/N ,/, foi/SR-D promovido/VB-AN para/P esta/D-F Diocese/NPR ./. 06_Realacao,2.7/ID COMPOSTA/NPR PELO/NPR DOUTOR/NPR LUIZ/NPR ANTONIO/NPR ROSADO/NPR DA/P+D-F CUNHA/NPR Juíz/NPR de/P Fora/NPR ,/, e/CONJ Provedor/NPR dos/P+D-P defuntos/ADJ-P ,/, e/CONJ ausentes/ADJ-G-P ,/, Capelas/NPR-P ,/, e/CONJ Residos/NPR-P do/P+D Rio/NPR de/P Janeiro/NPR ./. 06_Realacao,2.8/ID RIO/NPR DE/P JANEIRO/ADJ 06_Realacao,2.9/ID Na/P+D-F Segunda/ADJ-F Oficina/NPR de/P ANTONIO/NPR ISIDORO/NPR DA/P+D-F FONCECA/NPR ./. 06_Realacao,2.10/ID Ano/NPR de/P M./NPR CC./. XLVII./. 06_Realacao,2.11/ID Com/P licenças/N-P do/P+D Senhor/NPR Bispo/NPR ./. 06_Realacao,2.12/ID Texto anotado: P.O.S.
  • 44. > Versão 1.0 Beta 10 dictore Outro exemplo de aplicação: edição de manuscritos (LaborHistórico e CEDOHS)
  • 45. LaborHistorico Laboratório de História do Português Brasileiro Universidade Federal do Rio de Janeiro. Coord. Célia Lopes http://www.letras.ufrj.br/laborhistorico/ >
  • 46. LaborHistorico Corpus de cartas pessoais brasileiras – Acervo Cupertino do Amaral http://www.letras.ufrj.br/laborhistorico/
  • 47. LaborHistorico Corpus de cartas pessoais brasileiras – Acervo Cupertino do Amaral http://www.letras.ufrj.br/laborhistorico/
  • 48. CEDOHS Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão, Coord. Zenaide Carneiro http://www2.uefs.br/cedohs/ >
  • 49. CEDOHS Acervo - Cartas particulares do Recôncavo da Bahia (1818-1886)) http://www2.uefs.br/cedohs/
  • 50.
  • 51. > Versão 1.0 Beta 10 dictore Versão Web – em teste
  • 53.
  • 54.
  • 55. <page data-uid="1"> RELAÇÃO DA ENTRADA QUE FEZ O EXCELENTÍSSIMO, E REVERENDÍSSIMO SENHOR DOM FREI ANTONIO DO DESTERRO MALHEYRO Bispo do Rio de Janeiro, em o primeiro dia deste presente Ano de 1747 havendo sido seis Anos Bispo do Reino de Angola, donde por nomeação de Sua Magestade, e Bula Pontifícia, foi promovido para esta Diocese. COMPOSTA PELO DOUTOR LUIZ ANTONIO ROSADO DA CUNHA Juiz de Fora, e Provedor dos defuntos, e ausentes, Capelas, e Residos do Rio de Janeiro. RIO DE JANEIRO Na Segunda Oficina de ANTONIO ISIDORO DA FONCECA. Ano de M. CC. XLVII. Com licenças do Senhor Bispo. </page>
  • 56. Como funciona?> Para que serve? O que é? dictore
  • 57. A interface do eDictor simula um editor de textos normal, mas a ferramenta é em essência um anotador linguístico, que aplica uma linguagem de marcação sobre os textos > dictore
  • 58. A interface do eDictor simula um editor de textos normal, mas a ferramenta é em essência um anotador linguístico, que aplica uma linguagem de marcação sobre os textos? dictore
  • 59. > XML
  • 64. >
  • 65. eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Edição
  • 66. eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Edição
  • 67. eDictor 1.0 Beta 10 – Módulo Edição
  • 68. eDictor 1.0 Beta 10 – Configuração de preferências
  • 69. eDictor 1.0 Beta 10 – Configuração de preferências
  • 70. eDictor 1.0 Beta 10 – Configuração de preferências
  • 71. eDictor 1.0 Beta 10 – Configuração de preferências
  • 75. XML - Código-base do eDictor Web
  • 76. XML - Código-base do eDictor Web
  • 77. XML - Código-base do eDictor Web
  • 78. A interface do eDictor simula um editor de textos normal, mas a ferramenta é em essência um anotador linguístico, que aplica uma linguagem de marcação sobre os textos! dictore
  • 79. Como funciona? > Para que serve? O que me importa? O que é? dictore
  • 80. > Para que serve? O que me importa? dictore
  • 81. > O que me importa? dictoreA principal finalidade do eDictor é oferecer uma interface amigável aliada a um alto nível de controle e flexibilidade na codificação de textos eletrônicos com finalidade de pesquisa linguística.
  • 82. ? O que me importa? dictoreA principal finalidade do eDictor é oferecer uma interface amigável aliada a um alto nível de controle e flexibilidade na codificação de textos eletrônicos com finalidade de pesquisa linguística. mas... pra que a gente precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 83. 1É bom lembrar que todo editor de textos é uma ferramenta de anotação… … a diferença é que nós não temos nenhum controle sobre a anotação dos editores comuns! mas... pra que a gente precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 84. 1É bom lembrar que todo editor de textos é uma ferramenta de anotação… … a diferença é que nós não temos nenhum controle sobre a anotação dos editores comuns! mas... pra que a gente precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 85. É bom lembrar que todo editor de textos é uma ferramenta de anotação… … a diferença é que nós não temos nenhum controle sobre a anotação dos editores comuns! 1 mas... pra que a gente precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 86. mas... pra que a gente precisa de “controle”
  • 87. mas... pra que a gente precisa de “controle”
  • 88.
  • 89. Ou seja – o “texto digital”, i.e., o arquivo eletrônico de texto, é sempre um banco de dados, um objeto lógico codificado por alguma linguagem artificial. 1 mas... pra que a gente precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 90. Ou seja – o “texto digital”, i.e., o arquivo eletrônico de texto, é sempre um banco de dados, um objeto lógico codificado por alguma linguagem artificial. 1 mas... pra que a gente precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 91. Para algumas disciplinas, os textos em sua materialidade são o objeto de estudo; e nesses casos, depender de codificações sobre as qual não se tem controle pode ser prejudicial à pesquisa. 1 mas... pra que a gente precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 92. 2 precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 93. Além disso, construir a própria anotação abre um leque de possibilidades impensáveis nos processadores comuns. 2 precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 94. De fato, isso proporciona novas abordagens sobre a língua e sobre o texto 2 precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 95. De fato, isso proporciona novas abordagens sobre a língua e sobre o texto – ou seja, abordagens que seriam impossíveis fora do meio digital. 2 precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 96. Um exemplo de abordagem exclusiva do meio digital é a análise linguística automática, objeto da Linguística Computacional. 2 precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 97. Um exemplo de abordagem exclusiva do meio digital é a análise linguística automática, objeto da Linguística Computacional. A próxima palestra falará sobre isso! 2 precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 98. 2
  • 99. Há vários outros exemplos de abordagens próprias do meio digital, e elas vem sendo exploradas em corpora construídos desde a década de 1970. 2 precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 100. Há vários outros exemplos de abordagens próprias do meio digital, e elas vem sendo exploradas em corpora construídos desde a década de 1970. Vamos ver alguns casos interessantes. 2 precisa de “controle” e “flexibilidade” ?
  • 101. esse exemplo é para animar filólogos ...( )
  • 102. Projeto DigiPal – Digital Paleography http://www.digipal.eu/
  • 103. Projeto DigiPal – Digital Paleography http://www.digipal.eu/
  • 104. esse exemplo é para animar latinistas ...( )
  • 108. esse exemplo é para animar o pessoal de linguística histórica( )
  • 109. Anglo Saxon Cluster: Projeto LangScape http://www.langscape.org.uk
  • 110. Anglo Saxon Cluster: Projeto LangScape http://www.langscape.org.uk
  • 111. Anglo Saxon Cluster: Projeto LangScape http://www.langscape.org.uk
  • 112. Anglo Saxon Cluster: Projeto Anglo Saxon Charters http://www.aschart.kcl.ac.uk
  • 113. Anglo Saxon Cluster: Projeto Anglo Saxon Charters http://www.aschart.kcl.ac.uk
  • 114. Anglo Saxon Cluster: Projeto Anglo Saxon Charters http://www.aschart.kcl.ac.uk
  • 115. Anglo Saxon Cluster: Projeto Anglo Saxon Charters http://www.aschart.kcl.ac.uk
  • 116. esse exemplo é para animar o pessoal da língua falada !( )
  • 119. Um ponto em comum liga todos os exemplos mostrados: >
  • 120. Um ponto em comum liga todos os exemplos mostrados: todos tem por base uma anotação XML, adaptada caso a caso, segundo as diferentes necessidades das pesquisas. >
  • 121. Era isso o que eu queria dizer sobre “controle” e “flexibilidade”. >
  • 122. Era isso o que eu queria dizer sobre “controle” e “flexibilidade”. > Ah, tá!
  • 123. Mas... E as tais das Humanidades Digitais?
  • 124. Todos esses projetos que vimos são característicos desse campo difusamente conhecido como “Humanidades Digitais”… >
  • 125. Há muitas definições para esse termo, e muito debate sobre elas. >
  • 126. Há muitas definições para esse termo, e muito debate sobre elas. (veja alguns exemplos em http://humanidadesdigitais.org/ sobre-as-humanidades-digitais ) >
  • 127. Aqui, nos interessam dois pontos: essa incursão das humanidades pelo reino da técnica digital não refluirá para as próprias humanidades? >
  • 128. Nunca é demais lembrar que as Humanidades Digitais são uma maneira de fazer Humanidades – ou seja, não se trata de uma invasão tecnógica nas ciências humanas, mas sim de uma incursão das ciências humanas pelo reino da computação. 1
  • 129. Os projetos em Humanidades Digitais pretendem continuar fazendo o que as humanidades sempre fizeram, mas com novas ferramentas. 1
  • 130. Assim, a anotação digital cumpre, na base, a mesma função da anotação não-digital: 1
  • 131. Assim, a anotação digital cumpre, na base, a mesma função da anotação não-digital: é a aplicação de uma camada de representação sobre o texto. 1
  • 132. Assim, a anotação digital cumpre, na base, a mesma função da anotação não-digital: é a aplicação de uma camada de representação sobre o texto. Nesse sentido, a anotação é a explicitação da interpretação de um texto. 1
  • 133. Assim, a anotação digital cumpre, na base, a mesma função da anotação não-digital: é a aplicação de uma camada de representação sobre o texto. Nesse sentido, a anotação é a explicitação da interpretação de um texto. 1 de uma
  • 134. O texto anotado eletronicamente, entretanto, abre a possibilidade de inúmeras novas formas de representação, como vimos. 1
  • 135. O texto anotado eletronicamente, entretanto, abre a possibilidade de inúmeras novas formas de representação, como vimos. De fato, os elementos que anotamos se transformam em dados, que podem passar a fazer parte de bases de dados abertas a diferentes cálculos e visualizações. 1
  • 136. Isso é muito poderoso… 1
  • 137. Isso é muito poderoso… e nos leva a uma última observação, em forma de pergunta: 1
  • 138. A incursão das humanidades pelo reino da técnica digital não acabará refluindo para as próprias humanidades? 2
  • 139. Não poderá transformar, lentamente, nossa abordagem do texto, nos obrigando a tecer com novos fios os tecidos das nossas perguntas e interpretações? 2
  • 140. E, se isso acontecer… 2
  • 141. E, se isso acontecer… – será bom ou ruim? 2
  • 144. Era isso. Obrigada! Universidade de São Paulo Maria Clara Paixão de Sousa humanidadesdigitais.org mariaclara@usp.br
  • 145.
  • 146. PAIXÃO DE SOUSA, M. C. eDictor: a chronology. Apresentação na mesa redonda “eDictor: advances and perspectives”. Workshop Construction and use of large annotated corpora. Campinas, Unicamp, 09/09/2013. [Slides - Slideshare] PAIXÃO DE SOUSA, M. C.; KEPLER, F. N.; FARIA, P. P. F. E-Dictor: Novas perspectivas na codificação e edição de corpora de textos históricos. In: Tania Shepherd; Tony Berber Sardinha; Marcia Veirano Pinto. (Org.). Caminhos da linguística de corpus. Campinas: Mercado de Letras, 2010. [PDF] FARIA, P. P. F.; PAIXÃO DE SOUSA, M. C.; KEPLER, F. N. An Integrated Tool for Annotating Historical Corpora. The Fourth Linguistic Annotation Workshop (LAW IV) at The 48th Annual Meeting of the Association for Computational Linguistics (ALC 2010), Uppsala, 2010. (Congresso). [PDF (poster)] PAIXÃO DE SOUSA, M. C.; KEPLER, F. N.; FARIA, P. P. F. O Processamento automático de textos antigos: Desafios e Experiências. Workshop de Linguística de Corpus do Projeto Para a História do Português Brasileiro (PHPB), São Paulo, 2010. (Conferência). [PDF (slides)] PAIXÃO DE SOUSA, M. C. Desafios do processamento de textos antigos: primeiros experimentos na Brasiliana Digital. I Workshop de Linguística Computacional da USP, 2009. (Conferência). [PDF(slides)] PAIXÃO DE SOUSA, M. C.; KEPLER, F. N.; FARIA, P. E-dictor: Novas perspectivas na codificação e edição de corpora de textos históricos. VIII Encontro de Linguística de Corpus, Rio de Janeiro, 2009. (Comunicação). PAIXÃO DE SOUSA, M. C.; KEPLER, F. N.; FARIA, P. E-dictor: Novas perspectivas na codificação e edição de corpora de textos históricos. In: VIII Encontro de Linguística de Corpus, 2009, Rio de Janeiro. Resumos, 2009. [PDF (slides)] PAIXÃO DE SOUSA, M. C.; KEPLER, F. N. E-Dictor: Uma ferramenta integrada para a anotação de edição e classe de palavras. VI Encontro de Lingüística de Corpus, São Paulo, 2007. [abrir página]

Notas do Editor

  1. https://www.dropbox.com/sh/pnxotfuab574owe/v0H5Eeux72/2010_PAIXAODESOUSA_KEPLER_FARIA_EDictor.pdf