Comunicação apresentada no IX Congresso da Geografia Portuguesa na Universidade de Évora (28 Novembro 2013) cuja temática aborda as energias renováveis e o seu aproveitamento em meio urbano. A metodologia proposta nesta comunicação é apenas teórica.
Esta comunicação é baseada num artigo realizado pelos mesmo autores cujo título é igual à da presente comunicação.
1. IX Congresso da Geografia Portuguesa
Geografia: Espaço, Natureza, Sociedade e Ciência
Autores:
Marc Valente
Rui Pedro Julião
2.
As cidades não são energeticamente
autossustentáveis:
Potenciais locais de produção de energia.
(m/s)
Simulação do comportamento do vento
(Sandberg et. al. 2005)
Aproveitamento da cobertura do edificado
(Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, E.U.A., 2010)
3.
Portugal não possui fontes fósseis de energia;
Segundo a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o
petróleo é a fonte de energia mais importada no país.
Consumo de energias fósseis
em Portugal em 2012 (Balanço Energético:
Sintético, DGEG)
4.
Contexto geográfico proporciona quantitativos
elevado de produção de energias renováveis.
Velocidades de vento obtidas para
a cota de 50m (adaptado de Troen,
et. al., 1989)
Valores médios anuais de insolação (adaptado de
Gomes, 2011)
5.
Diminuição da importação das energias fósseis:
Incentivos por parte do Estado e de diversas empresas
privadas;
Renováveis representam entre 40 a 50% do total
da energia consumida (DGEG – Estatísticas
Rápidas de Fevereiro 2013):
As mais representativas são: hídrica e eólica (75%);
Subida anual da energia fotovoltaica.
6.
Metodologia adaptada de:
Wind Atlas Analysis and Application Program (WAsP) –
Laboratório Nacional RISØ, Dinamarca:
1) Avaliação do meio (recolha de dados);
2) Aplicação do método estatístico (distribuição de Weibull);
3) Análise do potencial económico:
▪
▪
Bruto;
Efetivo;
4) Complementaridade solar.
7.
Estações meteorológicas (idealmente
normais de 30 anos):
Simulação do comportamento do vento
(mesoescala);
Simulação para a baixa da cidade de Montreal, Canadá
(adaptado de Gousseau, et. al. 2010)
8.
Dados de vento em séries temporais;
Adaptado de Seguro, et. al. (1999)
Dados de vento formatados em distribuição
de frequência.
Adaptado de Seguro, et. al. (1999)
9.
Fórmula do cálculo do potencial energético (WAsP):
En – Produção energética anual (MW/hano);
8760 – Número de horas num ano;
f (ū) – Frequência de ocorrência de classe de vento;
(Pwt(ū)) – Potência nominal da turbina.
Potencial económico bruto= En x Valor(€) do MW/h
10.
Escala de produção de energia:
Microgeração;
Minigeração;
Tipos de regimes de remuneração:
Geral (estável);
Bonificado:
▪ Aumento de 20%/ano, no entanto possui um limite
estabelecido anualmente;
▪ Contrato acaba ao fim de 15 anos.
11.
Avaliação do potencial solar:
Mapa de valores radiométricos;
Cruzamento da informação:
Mapa de valores radiométricos críticos;
Mapa dos locais-ótimos de produção de
energia eólica;
Avaliação de cada local à instalação
das infraestruturas.
12.
Eólica:
Visuais:
▪ Diluídos pelo design;
Sonoros:
▪ Mitigados pela evolução tecnológica no sentido de
diminuir o ruído das hélices;
Solar:
Espaço:
▪ Necessita de grandes áreas;
Custos;
13.
Ambientes urbanos são grandes consumidores de
energia;
De uma forma geral, são os energeticamente menos
autossustentáveis;
A complexidade do meio altera o fluxo natural do
vento;
Criação involuntária de locais potenciadores de energia;
Aumenta da sustentabilidade energética urbana;
Diminuição da dependência energética nacional.
14.
BIBLIOGRAFIA
Costa P A (2004) Atlas do Potencial Eólico para Portugal Continental. Dissertação de Mestrado, Universidade de Lisboa, Lisboa.
Decreto-Lei nº 25/2013 de 19 de Fevereiro, Diário da República - Ministério da Economia e do Emprego. [Acedido em Maio 2013].
http://www.edpsu.pt/pt/PRE/Microproducao/RegulamentaoDocs/Decreto-Lei%2025_2013.pdf
Direcção-Geral de Energia e Geologia, Ministério da Economia e do Emprego (2013). Estatísticas Rápidas de Fevereiro de 2013.
Lisboa [Acedido em Maio 2013].http://www.dgeg.pt/
Fuglsang P, Bak, C (2004) Development of the Riso wind turbine airfoils. Wind Energy, 7 (2): 145-162.
Gomes N M (2011) Integração de Dados LiDAR com Imagens de Muito Alta Resolução Espacial para Determinação de Áreas
Urbanas com Potencial Solar. Dissertação de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa.
Gousseau, P., Blocken, B., et. al. (2010) CFD Simulation of Polltant Gas Dispersion in Downtown Montreal, Canada.
Departamento do Meio Urbanizado da Universidade Tecnológica de Eidhoven, Holanda. [Acedido em Maio 2013].
http://sts.bwk.tue.nl/urbanphysics/Gas%20dispersion%20in%20downtown%20Montreal.htm
Martins J S, Moreira M, Afonso J l (2004) Medidas reguladoras, normas e legislação portugesa aplicável às enegias renováveis e
sugestões. Simpósio sobre Energias Renováveis em Portugal 2: 25-30.
Seguro, J. V., Lambert, T. W. (2000) Modern Estimation of the Parameters of the Weibull Wind Distribution for Wind Energy
Analysis. Journal of Wind Engineering and Industrial Aerdynamics 85: 75-84
Shigetomi, A., Murai, Y., Tasaka, Y., Takeda, Y., (2011) Interactive flow field around two Savonius turbines. Renewable Energy
36: 536-545.
Troen L, et. al. (1989) European Wind Atlas. Riso National Laboratory, Bruxelas.