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11/11/2014 Micronutrientes em cana-de-açúcar: a fome oculta dos canaviais 
Infobibos - Informações Tecnológicas - www.infobibos.com 
MICRONUTRIENTES EM CANA-DE-AÇÚCAR: A FOME OCULTA DOS CANAVIAIS 
Estêvão V. Mellis 
José A. Quaggio 
O agronegócio canavieiro desempenha papel importante na economia do Brasil, colocando o País em 
posição de destaque internacional em programas de substituição de combustíveis fósseis. A produtividade 
agrícola da cana-de-açúcar tem apresentado aumentos expressivos no País, mas a produtividade média de 
80 t ha-1 ainda é baixa e poderá ser melhorada. Um dos fatores que contribui para essa baixa 
produtividade é a expansão da cultura em áreas com solos de baixa fertilidade, especialmente no Estado de 
São Paulo. Esses solos exigem manejo mais aprimorado da fertilidade para se obter produções 
economicamente viáveis. Portanto, além da correção da acidez do solo com a calagem, adubação NPK e 
rotação de culturas com leguminosas como a soja, amendoim ou adubos verdes, os micronutrientes boro, 
cobre, manganês, molibdênio e zinco estão se tornando a cada dia mais necessários à produtividade e 
qualidade da cana. 
O IAC foi pioneiro na pesquisa com micronutrientes em cana-de-açúcar no Brasil no início dos anos 
60. Porém, naquela época não foi observado ganho de produtividade. A partir de 1975, com a criação do 
pró-álcool, a pesquisa com micronutrientes começou a despertar maior interesse. Naquela época a cultura 
da cana teve grande expansão no país, especialmente no Estado de São Paulo, passando a ser cultivada não 
somente em áreas tradicionais, mas também em solos de baixa fertilidade. Embora as pesquisas com 
micronutrientes em cana tenham aumentado nesse período, pouquíssimos trabalhos apresentaram 
resultados positivos à aplicação de micronutrientes. Caso raro de resposta, com ganhos de produtividade 
de até 40 toneladas por hectare, foi obtido com a adubação da cana-planta com cobre em solos de tabuleiro 
costeiro, que têm baixíssima fertilidade natural. Porém, esses resultados ficaram restritos a essa região e 
não ocorreram nos demais estados produtores, bem como em outros países, onde foram conduzidos 
também ensaios com objetivos semelhantes. Isso fez com que essa prática ficasse esquecida nos 
programas de adubação da cana-de-açúcar em todo o mundo. 
Novas variedades e melhorias no manejo da cultura têm proporcionado ganhos expressivos de 
produtividade na cana-planta que, em alguns casos, chegam a ultrapassar 200 t.ha-1. Com a intensificação 
da produção, mesmo em áreas tradicionais, com solos mais férteis, as reservas de micronutrientes do solo 
estão sendo exauridas principalmente devido à generalização da prática do uso de fertilizantes químicos 
concentrados, sem reposição dos micronutrientes que são removidos com as colheitas. Além disso, a cana-de- 
açúcar apresenta freqüentemente o fenômeno da “fome oculta” em relação aos micronutrientes, ou seja, 
a deficiência existe, limitando economicamente a produtividade, mas a planta não mostra sintomas visíveis. 
Ao analisar grande número de amostras de solo de canaviais de diversas regiões tradicionais de 
produção de cana, os responsáveis pelo Laboratório de Análises de Solo do IAC, bem preparado para 
analisar os micronutrientes em solos, concluíram que os teores de micronutrientes estavam extremamente 
baixos na maioria das áreas de produção. Esses fatos associados à baixa produtividade da cana-de-açúcar 
nesses solos foram a motivação para o início do projeto “Micronutrientes em Cana-de-Açúcar”, 
coordenado pelos Pesquisadores José A. Quaggio e Estevão V. Mellis, do Centro de Solos e Recursos 
http://www.infobibos.com/artigos/2009_3/micronutrientescana/index.htm 1/4
11/11/2014 Micronutrientes em cana-de-açúcar: a fome oculta dos canaviais 
Ambientais do IAC e que conta com apoio financeiro da FAPESP. 
Além dos pesquisadores do IAC participam também do projeto treze unidades produtoras de açúcar e 
álcool do Estado de São Paulo: Usina Branco Peres, Usina Moema, Usina Batatais, Usina São João, Usina da 
Pedra, Usina Nova América, Usina Cocal, Usina Guaíra, Usina Colorado, Grupo Virgulino Oliveira (Unidades 
José Bonifácio e Itapira), Usina Guarani, Usina Vista Alegre e Grupo Cosan (Unidade Costa Pinto). 
O objetivo da pesquisa é avaliar a resposta da cultura da cana-de-açúcar à adubação com 
micronutrientes (boro, cobre, manganês, molibdênio e zinco) em solos do Estado de São Paulo, 
especialmente em solos de baixa fertilidade. Foi adotada uma nova estratégia de experimentação em 
relação às pesquisas anteriores, baseada em doses mais elevadas (suficientes para 3 a 4 anos) e fontes 
solúveis desses micronutrientes e, portanto, prontamente disponíveis para as plantas. Assim, entre 2006 e 
2008 foi instalada uma rede de quinze ensaios em diferentes ambientes de produção de cana, das mais 
importantes regiões canavieiras do Estado de São Paulo. 
Os tratamentos foram constituídos por doses de micronutrientes que, com exceção do boro, foram 
aplicados no sulco de plantio da cana, utilizando-se os sulfatos como fonte dos micronutrientes cobre, 
manganês e zinco, bórax como fonte de boro e molibdato de amônio como fonte de molibdênio. 
Independente do tipo de solo e variedade empregada, a cana-planta apresentou ganhos expressivos 
de produtividade com a aplicação de micronutrientes, principalmente para zinco, molibdênio e manganês. 
O zinco foi o micronutriente que proporcionou os maiores ganhos de produtividade ‑ média de 17 % de 
aumento ‑, em relação às parcelas que não receberam aplicação de micronutrientes. Para o molibdênio e o 
manganês, os ganhos médios de produtividade foram de 14 % e 12 % respectivamente. 
http://www.infobibos.com/artigos/2009_3/micronutrientescana/index.htm 2/4
11/11/2014 Micronutrientes em cana-de-açúcar: a fome oculta dos canaviais 
Figura 1 – Efeito da aplicação de micronutrientes em cana-de-açúcar. 
Os resultados econômicos podem ser exemplificados com o zinco, cuja dose aplicada é suficiente 
para 3 a 4 safras. A aplicação de 10 kg ha-1 de zinco no sulco de plantio proporcionou, em média, um lucro 
de R$ 567,00 por hectare em relação à testemunha, somente na primeira safra. Com a agregação de valor 
com a atividade industrial, verifica-se que o uso desse micronutriente proporciona ganhos adicionais 
consideráveis, com incremento de receita de R$ 2.455,00 em açúcar ou de R$ 953,00 em etanol por hectare 
de cana plantado. Considerando os ganhos nos cortes futuros, o retorno econômico será ainda maior, pois 
em alguns ensaios já foram colhidas as primeiras soqueiras, as quais mantiveram as respostas observadas 
como a cana-planta. 
Embora o ganho marginal com o aumento da produtividade da cana-planta não tenha apresentado 
grande lucratividade para os tratamentos com cobre e molibdênio, o ganho estimado com o incremento da 
produção de açúcar e etanol mostra-se vantajoso em relação à testemunha, mesmo para os tratamentos 
que não apresentaram diferença estatística significativa na produção de colmos. Isso demonstra a 
necessidade de realização de mais estudos com micronutrientes em cana-de-açúcar que possibilitem 
estabelecer recomendações de adubação mais precisas para esses nutrientes. 
Tabela 1 - Produtividade média de cana (colmos, açúcar e etanol), qualidade e viabilidade econômica 
em resposta à aplicação de micronutrientes em oito locais. 
Tratamentos Produtividade da 
Cana Açúcar total Açúcar Etanol 
Custo 
do 
Adubo 
Lucro na 
cana 
Lucro 
com o 
açúcar 
Lucro 
com o 
etanol 
t/ha Kg/t cana t/ha L/ha ‑------------------R$ /ha ‑‑‑‑‑‑----------- 
Controle 106 154 16,4 8520 
0 
0 
0 
0 
Zn 126 * 154 ns 19,5 * 10093 * 
63 
567 
2455 
953 
Mn 119 * 152 ns 18,1 * 9568 * 
85 
325 
1296 
592 
Cu 117 * 152 ns 18,0 * 9411 * 
158 
188 
1142 
414 
B 114 ns 152 ns 17,5 ns 9133 ns 
46 
206 
847 
350 
Mo 117 * 154 ns 17,8 ns 9221 * 
174 
167 
963 
279 
Completo 114 ns 153 ns 17,6 ns 9159 ns 
531 
279 
444 
118 
Média 116 153 17,8 9286 - - - - 
CV % 10,50 5,08 11,16 10,50 - - - - 
Médias seguidas de asterisco (*) diferem estatisticamente em relação ao tratamento controle; ns= não diferem estatisticamente. 
Base de dados: Litros de etanol por hectare considerando-se rendimento médio de 85 litros por tonelada de cana; Custo do Adubo =R$ 
31,5; Preço médio do açúcar R$ 41,1 por saca de 50 kg; Preço médio do etanol R$ 0,64. 
Pretende-se agora na segunda etapa deste projeto, refinar essa tecnologia, buscando doses ótimas e 
formas mais eficientes de aplicação desses nutrientes. 
http://www.infobibos.com/artigos/2009_3/micronutrientescana/index.htm 3/4
11/11/2014 Micronutrientes em cana-de-açúcar: a fome oculta dos canaviais 
Os ganhos de produtividade proporcionados pelos micronutrientes na cana-de-açúcar vão além do 
simples fato de se produzir mais e aumentar a rentabilidade da cultura. Atualmente com o interesse 
crescente por biocombustíveis no mundo, há uma grande demanda pela produção de etanol de cana-de-açúcar 
no País, o que tem feito com que a área ocupada pela cultura cresça a cada dia. Essa expansão tem 
gerado crítica por parte da comunidade internacional, que chegou a considerar o Brasil como o principal 
responsável pela crise mundial de alimentos, alegando-se que a cana-de-açúcar tem ocupado áreas antes 
destinadas à produção de grãos. Essa expansão também é apontada como uma das principais causas do 
desmatamento da Amazônia. 
Portanto, o uso de micronutrientes na cana-de-açúcar poderá vir a ser uma solução eficaz para frear 
essa expansão, evitando assim restrições de exportação ao etanol brasileiro por barreiras não tarifárias. 
Os ganhos de produtividade com a adoção desta nova tecnologia proporcionará também ganhos de 
eficiência na logística de transporte até às unidades de produção. Portanto, com balanço energético ainda 
mais favorável e competitivo, comparado a outras fontes de energia renovável, como por exemplo, o etanol 
de milho, tornará a produção de etanol de cana-de-açúcar ainda mais sustentável. 
Origem: Instituto Agronômico - IAC - www.iac.sp.gov.br 
Estêvão Vicari Mellis possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal 
de São Carlos (2000), mestrado em Pós-graduação em Ciência do Solo pela Faculdade de 
Ciências Agrária e Veterinárias de Jaboticabal, UNESP (2002) e doutorado em Pós-graduação 
em Solos e Nutrição de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP 
(2006). Atualmente é pesquisador científico nível II do Instituto Agronômico de Campinas. 
Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Nutrição de 
Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: micronutrientes, adsorção e 
dessorção de metais, nutrição de plantas e qualidade do produto. 
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/0817817761324793 
Contato: evmellis@iac.sp.gov.br 
Jose Antonio Quaggio Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras 
(1977), mestrado em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade de São Paulo (1983) e 
doutorado em Solo Nutrição de Plantas pela Universidade de São Paulo (1991). Atualmente é 
professor titular do Instituto Agronômico de Campinas. Tem experiência na área de 
Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Adubação, atuando principalmente nos 
seguintes temas: análise de solo, citros, calagem, adubação e adubação de citros. 
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/7522535401526607 
Contato: quaggio@iac.sp.gov.br 
Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte 
Dados para citação bibliográfica(ABNT): 
MELLIS, E.V.; QUAGGIO, J.A. Micronutrientes em cana-de-açúcar: a fome oculta dos canaviais. 2009. Artigo em Hypertexto. 
Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2009_3/MicronutrientesCana/index.htm>. Acesso em: 11/11/2014 
Publicado no Infobibos em 01/09/2009 
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Micronutrientes aumentam produtividade da cana-de-açúcar em 17

  • 1. 11/11/2014 Micronutrientes em cana-de-açúcar: a fome oculta dos canaviais Infobibos - Informações Tecnológicas - www.infobibos.com MICRONUTRIENTES EM CANA-DE-AÇÚCAR: A FOME OCULTA DOS CANAVIAIS Estêvão V. Mellis José A. Quaggio O agronegócio canavieiro desempenha papel importante na economia do Brasil, colocando o País em posição de destaque internacional em programas de substituição de combustíveis fósseis. A produtividade agrícola da cana-de-açúcar tem apresentado aumentos expressivos no País, mas a produtividade média de 80 t ha-1 ainda é baixa e poderá ser melhorada. Um dos fatores que contribui para essa baixa produtividade é a expansão da cultura em áreas com solos de baixa fertilidade, especialmente no Estado de São Paulo. Esses solos exigem manejo mais aprimorado da fertilidade para se obter produções economicamente viáveis. Portanto, além da correção da acidez do solo com a calagem, adubação NPK e rotação de culturas com leguminosas como a soja, amendoim ou adubos verdes, os micronutrientes boro, cobre, manganês, molibdênio e zinco estão se tornando a cada dia mais necessários à produtividade e qualidade da cana. O IAC foi pioneiro na pesquisa com micronutrientes em cana-de-açúcar no Brasil no início dos anos 60. Porém, naquela época não foi observado ganho de produtividade. A partir de 1975, com a criação do pró-álcool, a pesquisa com micronutrientes começou a despertar maior interesse. Naquela época a cultura da cana teve grande expansão no país, especialmente no Estado de São Paulo, passando a ser cultivada não somente em áreas tradicionais, mas também em solos de baixa fertilidade. Embora as pesquisas com micronutrientes em cana tenham aumentado nesse período, pouquíssimos trabalhos apresentaram resultados positivos à aplicação de micronutrientes. Caso raro de resposta, com ganhos de produtividade de até 40 toneladas por hectare, foi obtido com a adubação da cana-planta com cobre em solos de tabuleiro costeiro, que têm baixíssima fertilidade natural. Porém, esses resultados ficaram restritos a essa região e não ocorreram nos demais estados produtores, bem como em outros países, onde foram conduzidos também ensaios com objetivos semelhantes. Isso fez com que essa prática ficasse esquecida nos programas de adubação da cana-de-açúcar em todo o mundo. Novas variedades e melhorias no manejo da cultura têm proporcionado ganhos expressivos de produtividade na cana-planta que, em alguns casos, chegam a ultrapassar 200 t.ha-1. Com a intensificação da produção, mesmo em áreas tradicionais, com solos mais férteis, as reservas de micronutrientes do solo estão sendo exauridas principalmente devido à generalização da prática do uso de fertilizantes químicos concentrados, sem reposição dos micronutrientes que são removidos com as colheitas. Além disso, a cana-de- açúcar apresenta freqüentemente o fenômeno da “fome oculta” em relação aos micronutrientes, ou seja, a deficiência existe, limitando economicamente a produtividade, mas a planta não mostra sintomas visíveis. Ao analisar grande número de amostras de solo de canaviais de diversas regiões tradicionais de produção de cana, os responsáveis pelo Laboratório de Análises de Solo do IAC, bem preparado para analisar os micronutrientes em solos, concluíram que os teores de micronutrientes estavam extremamente baixos na maioria das áreas de produção. Esses fatos associados à baixa produtividade da cana-de-açúcar nesses solos foram a motivação para o início do projeto “Micronutrientes em Cana-de-Açúcar”, coordenado pelos Pesquisadores José A. Quaggio e Estevão V. Mellis, do Centro de Solos e Recursos http://www.infobibos.com/artigos/2009_3/micronutrientescana/index.htm 1/4
  • 2. 11/11/2014 Micronutrientes em cana-de-açúcar: a fome oculta dos canaviais Ambientais do IAC e que conta com apoio financeiro da FAPESP. Além dos pesquisadores do IAC participam também do projeto treze unidades produtoras de açúcar e álcool do Estado de São Paulo: Usina Branco Peres, Usina Moema, Usina Batatais, Usina São João, Usina da Pedra, Usina Nova América, Usina Cocal, Usina Guaíra, Usina Colorado, Grupo Virgulino Oliveira (Unidades José Bonifácio e Itapira), Usina Guarani, Usina Vista Alegre e Grupo Cosan (Unidade Costa Pinto). O objetivo da pesquisa é avaliar a resposta da cultura da cana-de-açúcar à adubação com micronutrientes (boro, cobre, manganês, molibdênio e zinco) em solos do Estado de São Paulo, especialmente em solos de baixa fertilidade. Foi adotada uma nova estratégia de experimentação em relação às pesquisas anteriores, baseada em doses mais elevadas (suficientes para 3 a 4 anos) e fontes solúveis desses micronutrientes e, portanto, prontamente disponíveis para as plantas. Assim, entre 2006 e 2008 foi instalada uma rede de quinze ensaios em diferentes ambientes de produção de cana, das mais importantes regiões canavieiras do Estado de São Paulo. Os tratamentos foram constituídos por doses de micronutrientes que, com exceção do boro, foram aplicados no sulco de plantio da cana, utilizando-se os sulfatos como fonte dos micronutrientes cobre, manganês e zinco, bórax como fonte de boro e molibdato de amônio como fonte de molibdênio. Independente do tipo de solo e variedade empregada, a cana-planta apresentou ganhos expressivos de produtividade com a aplicação de micronutrientes, principalmente para zinco, molibdênio e manganês. O zinco foi o micronutriente que proporcionou os maiores ganhos de produtividade ‑ média de 17 % de aumento ‑, em relação às parcelas que não receberam aplicação de micronutrientes. Para o molibdênio e o manganês, os ganhos médios de produtividade foram de 14 % e 12 % respectivamente. http://www.infobibos.com/artigos/2009_3/micronutrientescana/index.htm 2/4
  • 3. 11/11/2014 Micronutrientes em cana-de-açúcar: a fome oculta dos canaviais Figura 1 – Efeito da aplicação de micronutrientes em cana-de-açúcar. Os resultados econômicos podem ser exemplificados com o zinco, cuja dose aplicada é suficiente para 3 a 4 safras. A aplicação de 10 kg ha-1 de zinco no sulco de plantio proporcionou, em média, um lucro de R$ 567,00 por hectare em relação à testemunha, somente na primeira safra. Com a agregação de valor com a atividade industrial, verifica-se que o uso desse micronutriente proporciona ganhos adicionais consideráveis, com incremento de receita de R$ 2.455,00 em açúcar ou de R$ 953,00 em etanol por hectare de cana plantado. Considerando os ganhos nos cortes futuros, o retorno econômico será ainda maior, pois em alguns ensaios já foram colhidas as primeiras soqueiras, as quais mantiveram as respostas observadas como a cana-planta. Embora o ganho marginal com o aumento da produtividade da cana-planta não tenha apresentado grande lucratividade para os tratamentos com cobre e molibdênio, o ganho estimado com o incremento da produção de açúcar e etanol mostra-se vantajoso em relação à testemunha, mesmo para os tratamentos que não apresentaram diferença estatística significativa na produção de colmos. Isso demonstra a necessidade de realização de mais estudos com micronutrientes em cana-de-açúcar que possibilitem estabelecer recomendações de adubação mais precisas para esses nutrientes. Tabela 1 - Produtividade média de cana (colmos, açúcar e etanol), qualidade e viabilidade econômica em resposta à aplicação de micronutrientes em oito locais. Tratamentos Produtividade da Cana Açúcar total Açúcar Etanol Custo do Adubo Lucro na cana Lucro com o açúcar Lucro com o etanol t/ha Kg/t cana t/ha L/ha ‑------------------R$ /ha ‑‑‑‑‑‑----------- Controle 106 154 16,4 8520 0 0 0 0 Zn 126 * 154 ns 19,5 * 10093 * 63 567 2455 953 Mn 119 * 152 ns 18,1 * 9568 * 85 325 1296 592 Cu 117 * 152 ns 18,0 * 9411 * 158 188 1142 414 B 114 ns 152 ns 17,5 ns 9133 ns 46 206 847 350 Mo 117 * 154 ns 17,8 ns 9221 * 174 167 963 279 Completo 114 ns 153 ns 17,6 ns 9159 ns 531 279 444 118 Média 116 153 17,8 9286 - - - - CV % 10,50 5,08 11,16 10,50 - - - - Médias seguidas de asterisco (*) diferem estatisticamente em relação ao tratamento controle; ns= não diferem estatisticamente. Base de dados: Litros de etanol por hectare considerando-se rendimento médio de 85 litros por tonelada de cana; Custo do Adubo =R$ 31,5; Preço médio do açúcar R$ 41,1 por saca de 50 kg; Preço médio do etanol R$ 0,64. Pretende-se agora na segunda etapa deste projeto, refinar essa tecnologia, buscando doses ótimas e formas mais eficientes de aplicação desses nutrientes. http://www.infobibos.com/artigos/2009_3/micronutrientescana/index.htm 3/4
  • 4. 11/11/2014 Micronutrientes em cana-de-açúcar: a fome oculta dos canaviais Os ganhos de produtividade proporcionados pelos micronutrientes na cana-de-açúcar vão além do simples fato de se produzir mais e aumentar a rentabilidade da cultura. Atualmente com o interesse crescente por biocombustíveis no mundo, há uma grande demanda pela produção de etanol de cana-de-açúcar no País, o que tem feito com que a área ocupada pela cultura cresça a cada dia. Essa expansão tem gerado crítica por parte da comunidade internacional, que chegou a considerar o Brasil como o principal responsável pela crise mundial de alimentos, alegando-se que a cana-de-açúcar tem ocupado áreas antes destinadas à produção de grãos. Essa expansão também é apontada como uma das principais causas do desmatamento da Amazônia. Portanto, o uso de micronutrientes na cana-de-açúcar poderá vir a ser uma solução eficaz para frear essa expansão, evitando assim restrições de exportação ao etanol brasileiro por barreiras não tarifárias. Os ganhos de produtividade com a adoção desta nova tecnologia proporcionará também ganhos de eficiência na logística de transporte até às unidades de produção. Portanto, com balanço energético ainda mais favorável e competitivo, comparado a outras fontes de energia renovável, como por exemplo, o etanol de milho, tornará a produção de etanol de cana-de-açúcar ainda mais sustentável. Origem: Instituto Agronômico - IAC - www.iac.sp.gov.br Estêvão Vicari Mellis possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de São Carlos (2000), mestrado em Pós-graduação em Ciência do Solo pela Faculdade de Ciências Agrária e Veterinárias de Jaboticabal, UNESP (2002) e doutorado em Pós-graduação em Solos e Nutrição de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP (2006). Atualmente é pesquisador científico nível II do Instituto Agronômico de Campinas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: micronutrientes, adsorção e dessorção de metais, nutrição de plantas e qualidade do produto. CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/0817817761324793 Contato: evmellis@iac.sp.gov.br Jose Antonio Quaggio Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (1977), mestrado em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade de São Paulo (1983) e doutorado em Solo Nutrição de Plantas pela Universidade de São Paulo (1991). Atualmente é professor titular do Instituto Agronômico de Campinas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Adubação, atuando principalmente nos seguintes temas: análise de solo, citros, calagem, adubação e adubação de citros. CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/7522535401526607 Contato: quaggio@iac.sp.gov.br Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte Dados para citação bibliográfica(ABNT): MELLIS, E.V.; QUAGGIO, J.A. Micronutrientes em cana-de-açúcar: a fome oculta dos canaviais. 2009. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2009_3/MicronutrientesCana/index.htm>. Acesso em: 11/11/2014 Publicado no Infobibos em 01/09/2009 imprimir Envie para um amigo Veja Também... http://www.infobibos.com/artigos/2009_3/micronutrientescana/index.htm 4/4