O documento discute as áreas de Filologia e Linguística Histórica, definindo-as como áreas de estudo das línguas humanas com objetos distintos. A Filologia tem um escopo mais amplo no estudo de textos e língua, enquanto a Linguística Histórica foca nas mudanças linguísticas ao longo do tempo.
1. O FAZER TERMINOGRÁFICO: DEFINIÇÃO
CONCEITUAL DE ÁREAS AFINS
Márcio Issamu Yamamoto
Orientador: Guilherme Fromm
2. Objetivos
1. Apresentar aspectos teóricos e metodológicos da
Terminologia - definição conceitual.
2. Expor a metodologia para o estabelecimento das
subáreas da LH –> árvore de domínio
3. Diferenciação de subáreas: Filologia, Linguística
Histórica - Iordan (1982), Basseto (2001), Faraco
(2005) e Mattos e Silva (2008)
22/11/2013
XIV SILEL - Uberlândia - MG - Brasil
2
3. Terminologia - Terminografia
Lidia Almeida Barros (2004), Finatto e Krieger (2004)
Unidade padrão: Unidade terminológica/termo
técnico-científico – sentido, domínio específico
TCT – termo < função uso em contexto determinado
(laranja)
Situa-se no nível da(s) norma(s) do universo de
discurso = domínios especializados, profissionais,
científicos e técnicos ≠ sistema língua geral.
Estatuto do termo -> face conceitual –>
conceitualização ( Etimologia, Filologia, LH)
Terminografia: vocabulários técnicos, científicos,
especializados.
22/11/2013
XIV SILEL - Uberlândia - MG - Brasil
3
4. Terminografia
Barros (2004) - Critérios estatísticos
(quantitativos e qualitativos)
Lexicometria: frequência de realização
(estatítico e percentual)
Análise qualitativa (objetiva, científica e
indutiva)- recorrência, correspondência port.-ing.
Mais frequentes, representativas -> substantivos
(delimitação da nomenclatura).
Sistema conceptual: Lista sistemática, árvore de
conceitos/domínio, árvore de características,
diagrama.
22/11/2013
XIV SILEL - Uberlândia - MG - Brasil
4
5. Árvore de domínio
Áreas contempladas para o dicionário
Árvore de domínio da Linguística segundo
Fromm (2013) – em construção
22/11/2013
XIV SILEL - Uberlândia - MG - Brasil
5
6. Filologia - Faraco, Basseto e Iordan
Basseto (2001) - filologar (séc. V a.C.) + filólogo
(oralidade -> escrita = sábio) -> Filologia (séc.3 a.C)
Bopp - filólogo, enquanto Faraco (2005) parte dos
intelectuais alemães da época.
Obra de Saussure - Basseto a concepção de
linguista e filólogo era indissociável.
Faraco (2005) - neogramáticos = linguistas
Basseto - neogramático = estudiosos da linguagem
Iordan (1962) – Gustav Gröber – Filologia = as ciências da
língua e da literatura.
Bopp e Ascoli: filólogos, romanistas, linguistas (p.32).
Linguistas x gramáticos (p. 363; linguística românica).
22/11/2013
XIV SILEL - Uberlândia - MG - Brasil
6
7. Filologia - Faraco, Basseto e Iordan
Definição:
a área da ciência que busca estudar,
analisar, e explicar os textos a partir de
seu contexto linguístico, histórico, político,
e social de produção, e os explica num
dado momento da história humana, numa
perspectiva
sincrônica
(língua
e
literatura).
22/11/2013
XIV SILEL - Uberlândia - MG - Brasil
7
8. LH – Faraco e Mattos e Silva
Faraco (2005) a LH tem como objeto de estudo as
mudanças que ocorrem numa língua numa
perspectiva diacrônica, que se vale de um método
comparativo-histórico.
Mattos e Silva (2008) - um campo da linguística que
busca “interpretar mudanças – fônicas, mórficas,
sintáticas e semântico-lexicais – ao longo do tempo
histórico, em que uma língua [...] é utilizada por
seus utentes em determinável espaço geográfico
[...]” (p.8).
22/11/2013
XIV SILEL - Uberlândia - MG - Brasil
8
9. LH –Mattos e Silva
1. LH lato sensu: trabalha com “dados datados e
localizados [...] tal como os estudos descritivos,
sobretudo do estruturalismo americano, que teve
seguidores no Brasil, além de incluir as “teorias do texto,
do discurso e da conversação” baseados em corpora.
(MATTOS E SILVA, p.9)
2. LH stricto sensu : estuda as mudanças nas línguas no
tempo, à medida que são usadas.
Duas orientações: (i) a LH sócio-histórica - que leva em
consideração fatores intra e extralinguísticos - como em
Labov, e em S. Romaine; e (ii) a diacrônica associal, que valese somente de fatores intralinguísticos, presente nos
estruturalistas diacrônicos, exemplificada por A. Martinet, e
nos gerativistas diacrônicos como em D. Lightfoot.
22/11/2013
XIV SILEL - Uberlândia - MG - Brasil
9
10. Conclusão
Filologia & LH: áreas de conhecimento que
estudam línguas humanas, porém com objetos
de estudo diferentes. A Filologia tem caráter
mais abrangente no estudo de textos e língua e
serve como provedora de corpus de estudo para
a LH. A LH como disciplina aborda um aspecto
linguístico analítico mais pontual nas línguas,
que são as mudanças linguísticas.
22/11/2013
XIV SILEL - Uberlândia - MG - Brasil
10
11. Referências Bibliográficas
BARROS, L. A. Curso básico de terminologia. São Paulo: EDUSP,
2004.
BASSETO, Bruno Fregni. Elementos de filologia românica: história
externa das línguas. São Paulo: EDUSP, 2001, p.17-42.
FARACO, Carlos Alberto. Linguística Histórica: uma introdução ao
estudo da história das línguas. São Paulo: Parábola editorial, 2005.
IORDAN, Iorgu. Introdução à Linguística Românica. Trad. De Júlia D.
Ferreira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1982.
KRIEGER, M. G.; FINATTO, M. J. B. Introdução à terminologia: teoria
e prática. São Paulo: Contexto, 2004.
MATTOS E SILVA, Rosa Virgínia. Caminhos da linguística histórica –
“ouvir o inaudível”. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
22/11/2013
XIV SILEL - Uberlândia - MG - Brasil
11