SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 50
O Assédio Moral entre Alunos
Marcelo da Rocha Carvalho

Psicoterapeuta Comportamental e Cognitivo, Especialista pela
USP, Professor Convidado da Pós-Graduação em Terapia
Comportamental e Cognitiva pela FMUSP/AMBAN/HC.
Especialista em Terapia Racional Emotiva Comportamental
pelo Albert Ellis Institute.

marcelodarocha@globo.com
 Dos 6 aos 18 anos – permanecem no mínimo ¼ da

vida na escola.

 A escola é o eixo em torno do qual ocorre o

desenvolvimento e o crescimento cognitivo,
emocional, interpessoal e de personalidade.

 Maioria

das crises
detectadas na escola.

 Há

estão

associadas

ou

são

necessidade de instrumentalização para o
pessoal da escola.
Bullying não é fácil de definir:
conceituação
 Algumas vezes envolve bater, empurrar ou chutar.

Mas ameaças, gozações e zombarias são mais
comuns e podem causar grandes danos.

 Bullying é uma violência continuada, física ou mental,

praticada por um indivíduo ou grupo, diretamente
contra um outro indivíduo que não é capaz de se
defender por si só, na situação atual.

 Bullying é uma forma de agressão que ocorre nas

escolas, caracterizada pelas ações de dominação de um
indivíduo (bully) sobre outro (vítima), através de
repetido comportamento agressivo.
Bullying
 Bullying são atos repetidos de

intimidação, deliberados, de um
indivíduo mais forte contra outro mais
fraco, objetivando dominação. Pode ser
físico (com ou sem contato), verbal,
emocional, racista ou sexual.

 Bullying é uma forma de abuso de poder,

de crianças contra crianças.
Características
As técnicas de tortura...
História dos Estudos sobre
Bullying
• Os primeiros trabalhos sobre bullying
nas escolas vieram dos países
nórdicos, a partir dos anos 60, por
Dan Olweus, na Noruega, e Heinz
Leymann, na Suécia.
Nomenclatura

• Bullying-Bully-Bullied (victim/target)
• Agression in School: Bullies and Whipping
Boys - Dan Olweus, 1978 (Scapegoat - Bode
Expiatório)
• Mobbing in the School(anos 60)
• Mobbing in the Worplace(anos 80)
• Bullying in the School
Indicadores de pessoas alvo de
Bullying
Demonstrar falta de vontade de ir à escola.
Sentir-se mal perto da hora de sair de casa.
Pedir para trocar de escola.
Revelar medo de ir ou voltar da escola.
Pedir sempre para ser levado à escola.
Mudar freqüentemente o trajeto entre a casa e a escola.
Apresentar baixo rendimento escolar.
Voltar da escola, repetidamente, com roupas ou livros
rasgados.
 Chegar muitas vezes em casa com machucados
inexplicáveis.








Indicadores de pessoas alvo de
Bullying
 









Tornar-se uma pessoa fechada, arredia.
Parecer angustiado, ansioso, deprimido.
Apresentar manifestações de baixa auto-estima.
Ter pesadelos freqüentes, chegando a gritar "socorro"
ou "me deixa" durante o sono.
"Perder", repetidas vezes, seus pertences, seu dinheiro.
Pedir sempre mais dinheiro ou tirar dinheiro da
família.
Evitar falar sobre o que está acontecendo, ou dar
desculpas pouco convincentes para tudo.
Tentar ou cometer suicídio.
A Escola

• Bullying na escola é muito mais comum
do que pensam professores e pais.
• Bullying não é um problema novo, mas a
sua extensão só começou a ser
pesquisada e divulgado nos últimos
anos.
Escola e o Bullying
Escola e o Bullying
Escola e o Bullying
Internet e o
Bullying
Veja.com.br
Respeito Social
Incômodo
atual
Modificação do Comportamento

 “O ponto de vista da relação na modificação do

comportamento implica também em que nenhuma
modificação significativa permanente no comportamento
social pode ser obtida, a não ser que uma relação social seja
firmemente estabelecida.”
Albert Bandura
O que é o Bullying?
 É a intimidação física ou psicológica que ocorre de

forma repetitiva por um longo período,
normalmente em ambiente educacional.

 O Bullying pode ser um comportamento aberto:

ridicularizar, humilhar, bater ou roubar, sendo mais
visível nos meninos.

 Mas pode ser também encoberto: espalhando

rumores ou mentiras e causando exclusão, quase
sempre silenciosa. Estes comportamentos são mais
freqüentes nas meninas.
Quem faz o Bullying?
 Crianças que

aparentam forte
senso de autoestima.

 Que gostam de se

sentir poderosos e
no controle,
procurando ser um
modelo social de
força e destaque
para o grupo.
Motivos para que essas crianças
se tornem agressores crônicos,
autores de Bullying.
 Porque foram mal acostumadas e por isso esperam que todo








mundo faça todas as suas vontades e atenda sempre às suas ordens.
Gostam de experimentar a sensação de poder.
Não se sentem bem com outras crianças, tendo dificuldade de
relacionamento.
Sentem-se inseguras e inadequadas.
Sofrem intimidações ou são tratados como bodes expiatórios em
suas casas.
Já foram vítimas de algum tipo de abuso.
São freqüentemente humilhadas pelos adultos.
Vivem sob constante e intensa pressão para que tenham sucesso
em suas atividades.
Negação e problema
Características dos
incitadores
 Provem de casas onde a punição física está

presente ou em constante ameaça.

 Seus cuidadores ou responsáveis são

distantes e não demonstram adequadamente
emoções positivas(carinho).

 São desafiadoras quanto as figuras de

autoridade e constantemente testam e
desobedecem regras.
Quem são as vítimas?
 São crianças ou adolescentes inseguros, com

baixas habilidades sociais, que procuram
isolamento à integração e demonstram baixa
estima.

 Tem dificuldade para se defender e lidar com

retalições.

 Tendência a ser mais vulneráveis fisicamente

que seus pares ou com dificuldades
destacáveis(uma miopia importante, p.ex.).
Mais sobre as vítimas…
 Apresentam cuidadores ou responsáveis

superprotetores e não estimulam sua independência.

 Estes acreditam que os adultos são ineficientes para

intervir em seus problemas com as pessoas de sua
idade. Acreditam também que é vergonhoso pedir
ajuda.
Como os adultos lidam com o
Bullying?
 Eles vem como inofensivo e passageiro, onde todos

passam por isso enquanto crianças ou adolescentes.

 Alguns acreditam que é uma forma de aprender a

ser mais forte no grupo social e perder a “inocência”
da educação do seio familiar(pois o mundo é cruel).

 Adultos também acreditam que crianças e jovens

devem reslver entre si, sem a intervenção deles.
Implicações no longo
prazo do Bullying
 Estatísticas destacam a grande possibilidade dos

encitadores de bullying para problemas legais ou
criminais, abuso do álcool e drogas, controle da
raiva, dificuldades sociais e transtornos de
personalidade antissocial na vida adulta.

 Mas principalmente há uma grande dificuldade na

manutenção de relacionamentos interpessoais.
Implicações no longo prazo
para quem sofre de Bullying
 Problemas com autoestima, desamparo, depressão,

ansiedade social, Transtorno do Corpo Dismórfico,
Transtornos Alimentares e mesmo características de
TEPT na vida adulta.

 Percebem a escola como um lugar inseguro, são

propensas a perder mais aulas que seus pares, à
problemas escolares, aumentam seus comportamentos de
fuga e esquiva(perdendo aprendizagem de estratégias
sociais) e seus resultados escolares são impactados
negativamente.

 Suicídio.
Controlar o Bullying nas escolas não é
fácil.
Professores precisam tempo, paciência e
habilidade para lidar com crianças envolvidas
em Bullying e sua famílias. Neste contexto, é
fundamental que haja suporte adequado para
os professores, especialmente aqueles novos na
profissão.
O que orientar ao pai que tem
um filho que é agressivo?
Se você for informado de que seu(sua) filho(a) é um(a) autor(a) de
Bullying, converse com ele(a) e:
 Saiba que ele(a) está precisando de ajuda.
 Não tente ignorar a situação, nem procure fazer de conta que está
tudo bem.
 Procure manter a calma e controlar sua própria agressividade ao
falar com ele(a). Mostre que a violência deve ser sempre evitada.
 Não o(a) agrida, nem o(a) intimide; isso só iria tornar a situação
ainda pior.
 Mostre que você sabe o que está acontecendo, mas procure
demonstrar que você o(a) ama, apesar de não aprovar esse seu
comportamento.
O que orientar ao pai que tem
um filho que é agressivo?
 Converse com ele(a): procure saber porque ele(a) está







agindo assim e o que poderia ser feito para ajudá-lo(a).
Garanta a ele(a) que você quer ajudá-lo(a) e que vai buscar
alguma maneira de fazer isso.
Tente identificar algum problema atual que possa estar
desencadeando esse tipo de comportamento. Nesse caso,
ajude-o(a) a sair disso.
Com o consentimento dele, entre em contato com a escola;
converse com professores, funcionários e amigos que
possam ajudá-lo(a) a compreender a situação.
Dê orientações e limites firmes, capazes de ajudá-lo(a) a
controlar seu comportamento.
O que orientar ao pai que tem
um filho que é agressivo?
 Procure auxiliá-lo(a) a encontrar meios não agressivos para

expressar suas insatisfações.
 Encoraje-o(a) a pedir desculpas ao colega que ele(a) agrediu,
seja pessoalmente ou por carta.
 Tente descobrir alguma coisa positiva em que ele(a) se
destaque e que venha a melhorar sua auto-estima.
 Procure criar situações em que ele(a) possa se sair bem,
elogiando-o(a) sempre que isso ocorrer.
ABRANGÊNCIA DO
PROBLEMA com o Suicídio
 Suicídio – terceira causa de morte em adolescentes

com mais de 15anos (Blumenthal, 1990) e quarta causa
entre adolescentes de 14 anos ou menos.

 Os índices de co-morbidades entre transtornos de

abuso de substâncias, transtornos de humor e de
comportamento, semelhante aos de adultos (Kandel et
al, 1999).

 Exposição

a violência – desenvolvimento de
comportamentos anti-sociais (Schwab-Stone e cols.,
1999).
Os pais enquanto cientistas do
comportamento
 Não há resposta imediata para tudo.
 Não sabendo o que fazer apenas não reforce.
 Observar é tudo!
 “as palavras são de prata e o silêncio é de ouro.”
 Seu objetivo é melhorar seu filho e as trocas com o

ambiente.
Princípios básicos
 Não reforçar o inadequado.
 Procurar comportamentos adequados para serem

reforçados: competição de estruturas de
comportamentos, a mudança de paradigma.
 A criança como a responsável por sua punição.
 Criar o encadeamento das respostas.
Treino da assertividade

 Dizer não sem culpa.
 Apoio incondicional aos direitos pessoais.
 Assertividade: falar de forma apropriada a resolver um

problema ou impasse, respeitando a si e ao outro, sem se
comportar de forma passiva, nem tão pouco agressiva.
Treino de Habilidades Sociais
Bibliografia

 Bandura, Albert – Modificação do Comportamento.

Interamericana, Rio de Janeiro, 1979.
 Krumboltz, J. e Krumboltz, H. – Modificação do

Comportamento Infantil. EPU, São Paulo, 1977.
Bibliografia
 Hawton, K. e col – “Terapia Cognitiva-Comportamental dos

Transtornos Psiquiátrico – um guia prático”, Martins
Fontes, 1997;
 Lipp, M. E. N. & Malagris, L. E. N. (2001) O stress
emocional e seu tratamento. In.: Rangé, B. (Org.)
Psicoterapias Comportamentais e Cognitivas: um diálogo
com a psiquiatria, Artmed.
 Seligman, M. – “Aprenda a ser Otimista”. Nova Era e
Record, 1992.
 Seligman, M. – “Desamparo: sobre depressão,
desenvolvimento e morte”. Hucitec-Edusp, 1977.
marcelodarocha@globo.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

1 apostila metodologia de técnicas de exame psicológico prof. lele 12010
1 apostila metodologia de técnicas de exame  psicológico prof. lele 120101 apostila metodologia de técnicas de exame  psicológico prof. lele 12010
1 apostila metodologia de técnicas de exame psicológico prof. lele 12010Sarha Vasquez
 
Uso de ferramentas em zootecnia de precisão1
Uso de ferramentas em zootecnia de precisão1Uso de ferramentas em zootecnia de precisão1
Uso de ferramentas em zootecnia de precisão1JC Campos
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaSafia Naser
 
Ciclo da assistência farmacêutica1
Ciclo da assistência farmacêutica1Ciclo da assistência farmacêutica1
Ciclo da assistência farmacêutica1Suzana Zaba Walczak
 
Etograma do estudo do comportamento de vespas Polistes Canadensis
Etograma do estudo do comportamento de vespas Polistes Canadensis Etograma do estudo do comportamento de vespas Polistes Canadensis
Etograma do estudo do comportamento de vespas Polistes Canadensis Priscila Oliveira Boralho
 
ICSC48 - Histórico do bioterismo
ICSC48 - Histórico do bioterismoICSC48 - Histórico do bioterismo
ICSC48 - Histórico do bioterismoRicardo Portela
 
Genética de populações - genética animal básica
Genética de populações - genética animal básicaGenética de populações - genética animal básica
Genética de populações - genética animal básicaMarília Gomes
 
Os mecanismos de defesa
Os mecanismos de defesa Os mecanismos de defesa
Os mecanismos de defesa MandyNeres7
 
Meio de cultura em microorganismos
Meio de cultura em microorganismosMeio de cultura em microorganismos
Meio de cultura em microorganismosUERGS
 
Fases do metabolismo da bilirrubina 2
 Fases do metabolismo da bilirrubina 2 Fases do metabolismo da bilirrubina 2
Fases do metabolismo da bilirrubina 2Isadora Siqueira
 

Mais procurados (20)

1 apostila metodologia de técnicas de exame psicológico prof. lele 12010
1 apostila metodologia de técnicas de exame  psicológico prof. lele 120101 apostila metodologia de técnicas de exame  psicológico prof. lele 12010
1 apostila metodologia de técnicas de exame psicológico prof. lele 12010
 
Fatores que influenciam o Desenvolvimento Infantil
Fatores que influenciam o Desenvolvimento InfantilFatores que influenciam o Desenvolvimento Infantil
Fatores que influenciam o Desenvolvimento Infantil
 
Plano de ação 6º ano ferraz
Plano de ação 6º ano ferrazPlano de ação 6º ano ferraz
Plano de ação 6º ano ferraz
 
Uso de ferramentas em zootecnia de precisão1
Uso de ferramentas em zootecnia de precisão1Uso de ferramentas em zootecnia de precisão1
Uso de ferramentas em zootecnia de precisão1
 
Doença de chagas
Doença de chagasDoença de chagas
Doença de chagas
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a Parasitologia
 
Endometriose
Endometriose Endometriose
Endometriose
 
Eletiva - Horta
Eletiva - HortaEletiva - Horta
Eletiva - Horta
 
Desenvolvimento infantil
Desenvolvimento infantilDesenvolvimento infantil
Desenvolvimento infantil
 
Fungos e doenças relacionadas
Fungos e doenças relacionadas Fungos e doenças relacionadas
Fungos e doenças relacionadas
 
Ciclo da assistência farmacêutica1
Ciclo da assistência farmacêutica1Ciclo da assistência farmacêutica1
Ciclo da assistência farmacêutica1
 
Etograma do estudo do comportamento de vespas Polistes Canadensis
Etograma do estudo do comportamento de vespas Polistes Canadensis Etograma do estudo do comportamento de vespas Polistes Canadensis
Etograma do estudo do comportamento de vespas Polistes Canadensis
 
ICSC48 - Histórico do bioterismo
ICSC48 - Histórico do bioterismoICSC48 - Histórico do bioterismo
ICSC48 - Histórico do bioterismo
 
Aula Hanseníase
Aula Hanseníase Aula Hanseníase
Aula Hanseníase
 
Farmacobotânica parte1
Farmacobotânica parte1Farmacobotânica parte1
Farmacobotânica parte1
 
Genética de populações - genética animal básica
Genética de populações - genética animal básicaGenética de populações - genética animal básica
Genética de populações - genética animal básica
 
Os mecanismos de defesa
Os mecanismos de defesa Os mecanismos de defesa
Os mecanismos de defesa
 
Meio de cultura em microorganismos
Meio de cultura em microorganismosMeio de cultura em microorganismos
Meio de cultura em microorganismos
 
Fases do metabolismo da bilirrubina 2
 Fases do metabolismo da bilirrubina 2 Fases do metabolismo da bilirrubina 2
Fases do metabolismo da bilirrubina 2
 
Manejo de pastagem
Manejo de pastagemManejo de pastagem
Manejo de pastagem
 

Destaque (13)

Bullying cyberbullying
Bullying cyberbullyingBullying cyberbullying
Bullying cyberbullying
 
História em quadrinhos
História em quadrinhosHistória em quadrinhos
História em quadrinhos
 
Gibi bullying escolar
Gibi bullying escolarGibi bullying escolar
Gibi bullying escolar
 
Projeto "Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças"
Projeto "Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças"Projeto "Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças"
Projeto "Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças"
 
Folder bullyng da EEOIRVB
Folder bullyng da EEOIRVBFolder bullyng da EEOIRVB
Folder bullyng da EEOIRVB
 
Revista Infanitl Chega de Violencia
Revista Infanitl Chega de ViolenciaRevista Infanitl Chega de Violencia
Revista Infanitl Chega de Violencia
 
Bullying
Bullying Bullying
Bullying
 
HISTÓRIA EM QUADRINHOS: ESTÍMULO E LIÇÕES DE CIDADANIA NO PROJETO DE FORMAÇÃ...
 HISTÓRIA EM QUADRINHOS: ESTÍMULO E LIÇÕES DE CIDADANIA NO PROJETO DE FORMAÇÃ... HISTÓRIA EM QUADRINHOS: ESTÍMULO E LIÇÕES DE CIDADANIA NO PROJETO DE FORMAÇÃ...
HISTÓRIA EM QUADRINHOS: ESTÍMULO E LIÇÕES DE CIDADANIA NO PROJETO DE FORMAÇÃ...
 
Turma da Mônica - "Pela ética e cidadania"
Turma da Mônica - "Pela ética e cidadania"Turma da Mônica - "Pela ética e cidadania"
Turma da Mônica - "Pela ética e cidadania"
 
Turma Da Monica Cidadania
Turma Da Monica   CidadaniaTurma Da Monica   Cidadania
Turma Da Monica Cidadania
 
Campanha educativa bullying
Campanha educativa bullyingCampanha educativa bullying
Campanha educativa bullying
 
Bullying
BullyingBullying
Bullying
 
Pambubulas / bullying
Pambubulas / bullyingPambubulas / bullying
Pambubulas / bullying
 

Semelhante a Assédio entre alunos e Bullying na escola

Semelhante a Assédio entre alunos e Bullying na escola (20)

Bullying na escola
Bullying na escolaBullying na escola
Bullying na escola
 
Violência em meio escolar
Violência em meio escolarViolência em meio escolar
Violência em meio escolar
 
Violnciaemmeioescolar 150918234327-lva1-app6892 (2)
Violnciaemmeioescolar 150918234327-lva1-app6892 (2)Violnciaemmeioescolar 150918234327-lva1-app6892 (2)
Violnciaemmeioescolar 150918234327-lva1-app6892 (2)
 
Bullying
BullyingBullying
Bullying
 
O que é bullying
O que é bullyingO que é bullying
O que é bullying
 
O que é bullying
O que é bullyingO que é bullying
O que é bullying
 
Bullying
BullyingBullying
Bullying
 
Bullying não tem graça
Bullying não tem graçaBullying não tem graça
Bullying não tem graça
 
Bullying
BullyingBullying
Bullying
 
Bullying área de projecto
Bullying   área de projectoBullying   área de projecto
Bullying área de projecto
 
A para quem ainda não sabe
A para quem ainda não sabeA para quem ainda não sabe
A para quem ainda não sabe
 
Textos sobre bullying
Textos sobre bullyingTextos sobre bullying
Textos sobre bullying
 
Não ao bullying (1)
Não ao bullying (1)Não ao bullying (1)
Não ao bullying (1)
 
Aula 8 adolescência e bullying
Aula 8   adolescência e bullyingAula 8   adolescência e bullying
Aula 8 adolescência e bullying
 
Bullying liliana (1)
Bullying liliana (1)Bullying liliana (1)
Bullying liliana (1)
 
Bullying área de projecto
Bullying   área de projectoBullying   área de projecto
Bullying área de projecto
 
Cartilha sobre o bullyng[1]
Cartilha sobre o bullyng[1]Cartilha sobre o bullyng[1]
Cartilha sobre o bullyng[1]
 
Projeto bullying
Projeto bullyingProjeto bullying
Projeto bullying
 
Esteja atentoaobullyingescolar
Esteja atentoaobullyingescolarEsteja atentoaobullyingescolar
Esteja atentoaobullyingescolar
 
Cartilha Bullying CNJ
Cartilha Bullying CNJCartilha Bullying CNJ
Cartilha Bullying CNJ
 

Mais de Marcelo da Rocha Carvalho

Psicoterapia orientações aos psicoterapeutas
Psicoterapia orientações aos psicoterapeutasPsicoterapia orientações aos psicoterapeutas
Psicoterapia orientações aos psicoterapeutasMarcelo da Rocha Carvalho
 
Treino de habilidades sociais e terapia de casais
Treino de habilidades sociais e terapia de casaisTreino de habilidades sociais e terapia de casais
Treino de habilidades sociais e terapia de casaisMarcelo da Rocha Carvalho
 
Acompanhamento Terapêutico, Transtornos Alimentares e Terapia Cognitiva
Acompanhamento Terapêutico, Transtornos Alimentares e Terapia CognitivaAcompanhamento Terapêutico, Transtornos Alimentares e Terapia Cognitiva
Acompanhamento Terapêutico, Transtornos Alimentares e Terapia CognitivaMarcelo da Rocha Carvalho
 
É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?
É possível reduzir o impacto das adversidades na infância? É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?
É possível reduzir o impacto das adversidades na infância? Marcelo da Rocha Carvalho
 
COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO ENTRE OS PAIS PARA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENT...
COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO ENTRE OS PAIS PARA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENT...COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO ENTRE OS PAIS PARA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENT...
COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO ENTRE OS PAIS PARA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENT...Marcelo da Rocha Carvalho
 
Anorexia, bulimia e os Transtornos Alimentares: psicoterapia comportamental e...
Anorexia, bulimia e os Transtornos Alimentares: psicoterapia comportamental e...Anorexia, bulimia e os Transtornos Alimentares: psicoterapia comportamental e...
Anorexia, bulimia e os Transtornos Alimentares: psicoterapia comportamental e...Marcelo da Rocha Carvalho
 
Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016
Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016
Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016Marcelo da Rocha Carvalho
 
Psicoterapia para funcionários a pedido da empresa
Psicoterapia para funcionários a pedido da empresaPsicoterapia para funcionários a pedido da empresa
Psicoterapia para funcionários a pedido da empresaMarcelo da Rocha Carvalho
 
Terapia Racional Emotiva Comportamental: visão geral.
Terapia Racional Emotiva Comportamental: visão geral.Terapia Racional Emotiva Comportamental: visão geral.
Terapia Racional Emotiva Comportamental: visão geral.Marcelo da Rocha Carvalho
 
Terapia Comportamental e Cognitiva, uma introdução.
Terapia Comportamental e Cognitiva, uma introdução.Terapia Comportamental e Cognitiva, uma introdução.
Terapia Comportamental e Cognitiva, uma introdução.Marcelo da Rocha Carvalho
 

Mais de Marcelo da Rocha Carvalho (20)

Psicoterapia orientações aos psicoterapeutas
Psicoterapia orientações aos psicoterapeutasPsicoterapia orientações aos psicoterapeutas
Psicoterapia orientações aos psicoterapeutas
 
Transtornos Alimentares e Psicoterapia
Transtornos Alimentares e PsicoterapiaTranstornos Alimentares e Psicoterapia
Transtornos Alimentares e Psicoterapia
 
Treino de habilidades sociais e terapia de casais
Treino de habilidades sociais e terapia de casaisTreino de habilidades sociais e terapia de casais
Treino de habilidades sociais e terapia de casais
 
Suicídio: aspectos preventivos e TCC
Suicídio: aspectos preventivos e TCCSuicídio: aspectos preventivos e TCC
Suicídio: aspectos preventivos e TCC
 
Acompanhamento Terapêutico, Transtornos Alimentares e Terapia Cognitiva
Acompanhamento Terapêutico, Transtornos Alimentares e Terapia CognitivaAcompanhamento Terapêutico, Transtornos Alimentares e Terapia Cognitiva
Acompanhamento Terapêutico, Transtornos Alimentares e Terapia Cognitiva
 
É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?
É possível reduzir o impacto das adversidades na infância? É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?
É possível reduzir o impacto das adversidades na infância?
 
COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO ENTRE OS PAIS PARA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENT...
COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO ENTRE OS PAIS PARA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENT...COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO ENTRE OS PAIS PARA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENT...
COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO ENTRE OS PAIS PARA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENT...
 
Anorexia, bulimia e os Transtornos Alimentares: psicoterapia comportamental e...
Anorexia, bulimia e os Transtornos Alimentares: psicoterapia comportamental e...Anorexia, bulimia e os Transtornos Alimentares: psicoterapia comportamental e...
Anorexia, bulimia e os Transtornos Alimentares: psicoterapia comportamental e...
 
Conceitualização em Terapia Cognitiva
Conceitualização em Terapia CognitivaConceitualização em Terapia Cognitiva
Conceitualização em Terapia Cognitiva
 
Acompanhamento Terapêutico
Acompanhamento TerapêuticoAcompanhamento Terapêutico
Acompanhamento Terapêutico
 
Depressão Infância e Adolescência
Depressão Infância e AdolescênciaDepressão Infância e Adolescência
Depressão Infância e Adolescência
 
Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016
Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016
Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016
 
Psicoterapia para funcionários a pedido da empresa
Psicoterapia para funcionários a pedido da empresaPsicoterapia para funcionários a pedido da empresa
Psicoterapia para funcionários a pedido da empresa
 
Obesidade
ObesidadeObesidade
Obesidade
 
Ansiedade estratégias de tratamento em TCC
Ansiedade estratégias de tratamento em TCCAnsiedade estratégias de tratamento em TCC
Ansiedade estratégias de tratamento em TCC
 
Terapia Racional Emotiva Comportamental: visão geral.
Terapia Racional Emotiva Comportamental: visão geral.Terapia Racional Emotiva Comportamental: visão geral.
Terapia Racional Emotiva Comportamental: visão geral.
 
Karen horney e o pré-cognitivismo clínico
Karen horney e o pré-cognitivismo clínicoKaren horney e o pré-cognitivismo clínico
Karen horney e o pré-cognitivismo clínico
 
Terapia Comportamental e Cognitiva, uma introdução.
Terapia Comportamental e Cognitiva, uma introdução.Terapia Comportamental e Cognitiva, uma introdução.
Terapia Comportamental e Cognitiva, uma introdução.
 
Terapia casal e TREC
Terapia casal e TRECTerapia casal e TREC
Terapia casal e TREC
 
CONCRIAD 2004, Limites nos tempos modernos.
CONCRIAD 2004, Limites nos tempos modernos.CONCRIAD 2004, Limites nos tempos modernos.
CONCRIAD 2004, Limites nos tempos modernos.
 

Assédio entre alunos e Bullying na escola

  • 1. O Assédio Moral entre Alunos
  • 2. Marcelo da Rocha Carvalho Psicoterapeuta Comportamental e Cognitivo, Especialista pela USP, Professor Convidado da Pós-Graduação em Terapia Comportamental e Cognitiva pela FMUSP/AMBAN/HC. Especialista em Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute. marcelodarocha@globo.com
  • 3.  Dos 6 aos 18 anos – permanecem no mínimo ¼ da vida na escola.  A escola é o eixo em torno do qual ocorre o desenvolvimento e o crescimento cognitivo, emocional, interpessoal e de personalidade.  Maioria das crises detectadas na escola.  Há estão associadas ou são necessidade de instrumentalização para o pessoal da escola.
  • 4. Bullying não é fácil de definir: conceituação  Algumas vezes envolve bater, empurrar ou chutar. Mas ameaças, gozações e zombarias são mais comuns e podem causar grandes danos.  Bullying é uma violência continuada, física ou mental, praticada por um indivíduo ou grupo, diretamente contra um outro indivíduo que não é capaz de se defender por si só, na situação atual.  Bullying é uma forma de agressão que ocorre nas escolas, caracterizada pelas ações de dominação de um indivíduo (bully) sobre outro (vítima), através de repetido comportamento agressivo.
  • 5. Bullying  Bullying são atos repetidos de intimidação, deliberados, de um indivíduo mais forte contra outro mais fraco, objetivando dominação. Pode ser físico (com ou sem contato), verbal, emocional, racista ou sexual.  Bullying é uma forma de abuso de poder, de crianças contra crianças.
  • 7. As técnicas de tortura...
  • 8. História dos Estudos sobre Bullying • Os primeiros trabalhos sobre bullying nas escolas vieram dos países nórdicos, a partir dos anos 60, por Dan Olweus, na Noruega, e Heinz Leymann, na Suécia.
  • 9. Nomenclatura • Bullying-Bully-Bullied (victim/target) • Agression in School: Bullies and Whipping Boys - Dan Olweus, 1978 (Scapegoat - Bode Expiatório) • Mobbing in the School(anos 60) • Mobbing in the Worplace(anos 80) • Bullying in the School
  • 10. Indicadores de pessoas alvo de Bullying Demonstrar falta de vontade de ir à escola. Sentir-se mal perto da hora de sair de casa. Pedir para trocar de escola. Revelar medo de ir ou voltar da escola. Pedir sempre para ser levado à escola. Mudar freqüentemente o trajeto entre a casa e a escola. Apresentar baixo rendimento escolar. Voltar da escola, repetidamente, com roupas ou livros rasgados.  Chegar muitas vezes em casa com machucados inexplicáveis.        
  • 11. Indicadores de pessoas alvo de Bullying           Tornar-se uma pessoa fechada, arredia. Parecer angustiado, ansioso, deprimido. Apresentar manifestações de baixa auto-estima. Ter pesadelos freqüentes, chegando a gritar "socorro" ou "me deixa" durante o sono. "Perder", repetidas vezes, seus pertences, seu dinheiro. Pedir sempre mais dinheiro ou tirar dinheiro da família. Evitar falar sobre o que está acontecendo, ou dar desculpas pouco convincentes para tudo. Tentar ou cometer suicídio.
  • 12. A Escola • Bullying na escola é muito mais comum do que pensam professores e pais. • Bullying não é um problema novo, mas a sua extensão só começou a ser pesquisada e divulgado nos últimos anos.
  • 13. Escola e o Bullying
  • 14. Escola e o Bullying
  • 15. Escola e o Bullying
  • 16.
  • 20. Modificação do Comportamento  “O ponto de vista da relação na modificação do comportamento implica também em que nenhuma modificação significativa permanente no comportamento social pode ser obtida, a não ser que uma relação social seja firmemente estabelecida.” Albert Bandura
  • 21.
  • 22. O que é o Bullying?  É a intimidação física ou psicológica que ocorre de forma repetitiva por um longo período, normalmente em ambiente educacional.  O Bullying pode ser um comportamento aberto: ridicularizar, humilhar, bater ou roubar, sendo mais visível nos meninos.  Mas pode ser também encoberto: espalhando rumores ou mentiras e causando exclusão, quase sempre silenciosa. Estes comportamentos são mais freqüentes nas meninas.
  • 23. Quem faz o Bullying?  Crianças que aparentam forte senso de autoestima.  Que gostam de se sentir poderosos e no controle, procurando ser um modelo social de força e destaque para o grupo.
  • 24. Motivos para que essas crianças se tornem agressores crônicos, autores de Bullying.  Porque foram mal acostumadas e por isso esperam que todo        mundo faça todas as suas vontades e atenda sempre às suas ordens. Gostam de experimentar a sensação de poder. Não se sentem bem com outras crianças, tendo dificuldade de relacionamento. Sentem-se inseguras e inadequadas. Sofrem intimidações ou são tratados como bodes expiatórios em suas casas. Já foram vítimas de algum tipo de abuso. São freqüentemente humilhadas pelos adultos. Vivem sob constante e intensa pressão para que tenham sucesso em suas atividades.
  • 26.
  • 27. Características dos incitadores  Provem de casas onde a punição física está presente ou em constante ameaça.  Seus cuidadores ou responsáveis são distantes e não demonstram adequadamente emoções positivas(carinho).  São desafiadoras quanto as figuras de autoridade e constantemente testam e desobedecem regras.
  • 28. Quem são as vítimas?  São crianças ou adolescentes inseguros, com baixas habilidades sociais, que procuram isolamento à integração e demonstram baixa estima.  Tem dificuldade para se defender e lidar com retalições.  Tendência a ser mais vulneráveis fisicamente que seus pares ou com dificuldades destacáveis(uma miopia importante, p.ex.).
  • 29. Mais sobre as vítimas…  Apresentam cuidadores ou responsáveis superprotetores e não estimulam sua independência.  Estes acreditam que os adultos são ineficientes para intervir em seus problemas com as pessoas de sua idade. Acreditam também que é vergonhoso pedir ajuda.
  • 30. Como os adultos lidam com o Bullying?  Eles vem como inofensivo e passageiro, onde todos passam por isso enquanto crianças ou adolescentes.  Alguns acreditam que é uma forma de aprender a ser mais forte no grupo social e perder a “inocência” da educação do seio familiar(pois o mundo é cruel).  Adultos também acreditam que crianças e jovens devem reslver entre si, sem a intervenção deles.
  • 31.
  • 32. Implicações no longo prazo do Bullying  Estatísticas destacam a grande possibilidade dos encitadores de bullying para problemas legais ou criminais, abuso do álcool e drogas, controle da raiva, dificuldades sociais e transtornos de personalidade antissocial na vida adulta.  Mas principalmente há uma grande dificuldade na manutenção de relacionamentos interpessoais.
  • 33. Implicações no longo prazo para quem sofre de Bullying  Problemas com autoestima, desamparo, depressão, ansiedade social, Transtorno do Corpo Dismórfico, Transtornos Alimentares e mesmo características de TEPT na vida adulta.  Percebem a escola como um lugar inseguro, são propensas a perder mais aulas que seus pares, à problemas escolares, aumentam seus comportamentos de fuga e esquiva(perdendo aprendizagem de estratégias sociais) e seus resultados escolares são impactados negativamente.  Suicídio.
  • 34. Controlar o Bullying nas escolas não é fácil. Professores precisam tempo, paciência e habilidade para lidar com crianças envolvidas em Bullying e sua famílias. Neste contexto, é fundamental que haja suporte adequado para os professores, especialmente aqueles novos na profissão.
  • 35. O que orientar ao pai que tem um filho que é agressivo? Se você for informado de que seu(sua) filho(a) é um(a) autor(a) de Bullying, converse com ele(a) e:  Saiba que ele(a) está precisando de ajuda.  Não tente ignorar a situação, nem procure fazer de conta que está tudo bem.  Procure manter a calma e controlar sua própria agressividade ao falar com ele(a). Mostre que a violência deve ser sempre evitada.  Não o(a) agrida, nem o(a) intimide; isso só iria tornar a situação ainda pior.  Mostre que você sabe o que está acontecendo, mas procure demonstrar que você o(a) ama, apesar de não aprovar esse seu comportamento.
  • 36. O que orientar ao pai que tem um filho que é agressivo?  Converse com ele(a): procure saber porque ele(a) está     agindo assim e o que poderia ser feito para ajudá-lo(a). Garanta a ele(a) que você quer ajudá-lo(a) e que vai buscar alguma maneira de fazer isso. Tente identificar algum problema atual que possa estar desencadeando esse tipo de comportamento. Nesse caso, ajude-o(a) a sair disso. Com o consentimento dele, entre em contato com a escola; converse com professores, funcionários e amigos que possam ajudá-lo(a) a compreender a situação. Dê orientações e limites firmes, capazes de ajudá-lo(a) a controlar seu comportamento.
  • 37. O que orientar ao pai que tem um filho que é agressivo?  Procure auxiliá-lo(a) a encontrar meios não agressivos para expressar suas insatisfações.  Encoraje-o(a) a pedir desculpas ao colega que ele(a) agrediu, seja pessoalmente ou por carta.  Tente descobrir alguma coisa positiva em que ele(a) se destaque e que venha a melhorar sua auto-estima.  Procure criar situações em que ele(a) possa se sair bem, elogiando-o(a) sempre que isso ocorrer.
  • 38. ABRANGÊNCIA DO PROBLEMA com o Suicídio  Suicídio – terceira causa de morte em adolescentes com mais de 15anos (Blumenthal, 1990) e quarta causa entre adolescentes de 14 anos ou menos.  Os índices de co-morbidades entre transtornos de abuso de substâncias, transtornos de humor e de comportamento, semelhante aos de adultos (Kandel et al, 1999).  Exposição a violência – desenvolvimento de comportamentos anti-sociais (Schwab-Stone e cols., 1999).
  • 39.
  • 40.
  • 41. Os pais enquanto cientistas do comportamento  Não há resposta imediata para tudo.  Não sabendo o que fazer apenas não reforce.  Observar é tudo!  “as palavras são de prata e o silêncio é de ouro.”  Seu objetivo é melhorar seu filho e as trocas com o ambiente.
  • 42. Princípios básicos  Não reforçar o inadequado.  Procurar comportamentos adequados para serem reforçados: competição de estruturas de comportamentos, a mudança de paradigma.  A criança como a responsável por sua punição.  Criar o encadeamento das respostas.
  • 43.
  • 44. Treino da assertividade  Dizer não sem culpa.  Apoio incondicional aos direitos pessoais.  Assertividade: falar de forma apropriada a resolver um problema ou impasse, respeitando a si e ao outro, sem se comportar de forma passiva, nem tão pouco agressiva.
  • 46.
  • 47.
  • 48. Bibliografia  Bandura, Albert – Modificação do Comportamento. Interamericana, Rio de Janeiro, 1979.  Krumboltz, J. e Krumboltz, H. – Modificação do Comportamento Infantil. EPU, São Paulo, 1977.
  • 49. Bibliografia  Hawton, K. e col – “Terapia Cognitiva-Comportamental dos Transtornos Psiquiátrico – um guia prático”, Martins Fontes, 1997;  Lipp, M. E. N. & Malagris, L. E. N. (2001) O stress emocional e seu tratamento. In.: Rangé, B. (Org.) Psicoterapias Comportamentais e Cognitivas: um diálogo com a psiquiatria, Artmed.  Seligman, M. – “Aprenda a ser Otimista”. Nova Era e Record, 1992.  Seligman, M. – “Desamparo: sobre depressão, desenvolvimento e morte”. Hucitec-Edusp, 1977.