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A CRISE DE 1929
A prosperidade dos anos 20

        Inovações tecnológicas
        Aumento da produção agrícola e industrial
        Crescimento financeiro




• Aumento   do poder de compra
• Investimento na Bolsa           Empréstimos bancários
A crise de superprodução

Aumento da produção não é acompanhado pelo
           aumento do consumo


Diminuição dos preços e dos lucros



     Falência de empresas
O Crash de Outubro de 1929
       Notícias nos jornais dão conta da especulação financeira


  O VALOR DAS ACÇÕES NÃO CORRESPONDIA
         AO LUCRO DAS EMPRESAS


24 de Outubro – 16,4 milhões de acções foram
colocadas à venda, sem compradores
                                                A “Quinta-
                                                   Feira
    CRASH NA BOLSA DE NOVA                       Negra”
           IORQUE
As consequências da crise

   Os   bancos abriram falência porque
    ninguém podia pagar os empréstimos
   As empresas e as fábricas, dependentes
    de empréstimos, foram à falência




O CICLO VICIOSO DA CRISE
O CICLO VICIOSO DA CRISE


     Diminuição do
                       Falência de empresas
       consumo




                 Desemprego
A GRANDE DEPRESSÃO
                Desemprego

                Fome
 Gravidade
                Pobreza


                             Europa
                             África
 Extensão geográfica
                             Ásia

                             América Latina
A “grande depressão”: a mundialização da
crise
A “grande depressão”: a mundialização da crise


Principais razões:
 Retirada dos capitais americanos na Europa.


 -Com a crise os EUA retiraram os seus
               .
 capitais da Europa, o que levou à falência de
 muitos bancos, sobretudo na Áustria, na
 Alemanha e na Inglaterra, e de muitas
 empresas que dependiam dos empréstimos
 bancários.
Retração do comércio
       mundial parte dos países reduziu ao
- Com a crise a maior

 máximo as suas compras ao estrangeiro. O
 comércio mundial sofreu, como tal, uma enorme
 diminuição, que afectou quer os países
 industrializados, que não conseguiam escoar os
 seus produtos, quer os países subdesenvolvidos,
 que não conseguiam exportar as suas matérias-
 primas e produtos agrícolas (Ex: café no Brasil, lã
                                           Brasil
 na Austrália, cereais na Argentina, etc).
A CRISE SOCIAL
       Principais vítimas
 Principais vítimas                          Principais problemas sociais

 Ruína dos acionistas.
 Falência de bancos (5000 entre 1929-32   ▪Aumento do desemprego.
 Falência de pequenas e
 médias empresas.
                                           ▪ Fome (“Sopa dos pobres”)
 ▪Ruína dos agricultores e da              e miséria (“Hoovervilles”).
 classe média (pois perderam
 as poupanças que tinham                   ▪ Suicídios.
 nos bancos).
                                           ▪ Agitação social.
▪Despedimento      dos
                                          ▪Aumento da criminalidade.
trabalhadores.

                                          ▪Ressurgimento das práticas
                                          racistas.
AS RESPOSTAS À CRISE: A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA
ECONOMIA



                       Estados Unidos da América
O presidente dos E.U.A., Franklin Roosevelt, incrementou, a partir de inícios
de 1933, uma nova política económica, o New Deal (Nova Distribuição),
que defendia o intervencionismo do Estado na economia baseada nas
teorias do economicista inglês John Keynes.

Objetivos: diminuir o desemprego para aumentar o poder de compra e,
          como tal, o consumo.
Medidas:

  concessão de indenizações aos agricultores que reduziram
 as suas áreas de cultivo a fim de diminuírem a produção;

 concessão de créditos agrícolas para pagamento de
dívidas;
 fixação dos níveis de produção e dos preços de venda ao
público;
 criação de legislação para controlar a atividade da Bolsa e
dos Bancos;
 realização de grandes obras públicas (barragens, canais,
escolas, estradas, pontes, caminhos-de-ferro…) para
combater o desemprego;
 diminuição do horário de trabalho para 40 horas semanais;
 criação do Welfare State (Estado Providência) ou
 segurança social: subsídios de desemprego, de doença, de
 velhice e de invalidez.
   estabelecimento do salário mínimo nacional;

                                Resultados:
 diminuição do desemprego (baixou cerca de 50% entre 1933 e 1937);

 aumento da produção industrial;

 recuperação da economia e reforço do poder do Estado (protecionista).
                                        O desemprego nos E.U.A.
                      Milhões
                      14
                                                   12,6
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                       0
                       1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939
Uma fila de desempregados espera a distribuição de
comida por uma instituição de caridade.
Oferta de trabalho por 1 dólar por semana (1930).
“Sopa dos pobres”.
“Sopa   dos pobres”.
“Hoovervilles”.
Eram bairros-de-lata
   e foram assim
chamados por ironia
   ao presidente
  Herbert Hoover
Marcha contra o desemprego (Inglaterra).
Ku Klux Klan (KKK) é um movimento
racista, fundado em 1865 nos E.U.A.,
que apoia a supremacia branca e o
protestantismo. A KKK, no seu
período      mais   forte,   actuou
principalmente na região sul dos
E.U.A., em estados como o Texas e o
Mississipi.
Utilização do café como combustível (Brasil).

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  • 1. A CRISE DE 1929
  • 2. A prosperidade dos anos 20  Inovações tecnológicas  Aumento da produção agrícola e industrial  Crescimento financeiro • Aumento do poder de compra • Investimento na Bolsa Empréstimos bancários
  • 3. A crise de superprodução Aumento da produção não é acompanhado pelo aumento do consumo Diminuição dos preços e dos lucros Falência de empresas
  • 4. O Crash de Outubro de 1929 Notícias nos jornais dão conta da especulação financeira O VALOR DAS ACÇÕES NÃO CORRESPONDIA AO LUCRO DAS EMPRESAS 24 de Outubro – 16,4 milhões de acções foram colocadas à venda, sem compradores A “Quinta- Feira CRASH NA BOLSA DE NOVA Negra” IORQUE
  • 5. As consequências da crise  Os bancos abriram falência porque ninguém podia pagar os empréstimos  As empresas e as fábricas, dependentes de empréstimos, foram à falência O CICLO VICIOSO DA CRISE
  • 6. O CICLO VICIOSO DA CRISE Diminuição do Falência de empresas consumo Desemprego
  • 7. A GRANDE DEPRESSÃO Desemprego Fome  Gravidade Pobreza Europa África  Extensão geográfica Ásia América Latina
  • 8. A “grande depressão”: a mundialização da crise
  • 9. A “grande depressão”: a mundialização da crise Principais razões:  Retirada dos capitais americanos na Europa. -Com a crise os EUA retiraram os seus . capitais da Europa, o que levou à falência de muitos bancos, sobretudo na Áustria, na Alemanha e na Inglaterra, e de muitas empresas que dependiam dos empréstimos bancários.
  • 10. Retração do comércio mundial parte dos países reduziu ao - Com a crise a maior máximo as suas compras ao estrangeiro. O comércio mundial sofreu, como tal, uma enorme diminuição, que afectou quer os países industrializados, que não conseguiam escoar os seus produtos, quer os países subdesenvolvidos, que não conseguiam exportar as suas matérias- primas e produtos agrícolas (Ex: café no Brasil, lã Brasil na Austrália, cereais na Argentina, etc).
  • 11. A CRISE SOCIAL Principais vítimas Principais vítimas Principais problemas sociais Ruína dos acionistas. Falência de bancos (5000 entre 1929-32 ▪Aumento do desemprego. Falência de pequenas e médias empresas. ▪ Fome (“Sopa dos pobres”) ▪Ruína dos agricultores e da e miséria (“Hoovervilles”). classe média (pois perderam as poupanças que tinham ▪ Suicídios. nos bancos). ▪ Agitação social. ▪Despedimento dos ▪Aumento da criminalidade. trabalhadores. ▪Ressurgimento das práticas racistas.
  • 12. AS RESPOSTAS À CRISE: A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA Estados Unidos da América O presidente dos E.U.A., Franklin Roosevelt, incrementou, a partir de inícios de 1933, uma nova política económica, o New Deal (Nova Distribuição), que defendia o intervencionismo do Estado na economia baseada nas teorias do economicista inglês John Keynes. Objetivos: diminuir o desemprego para aumentar o poder de compra e, como tal, o consumo.
  • 13. Medidas:  concessão de indenizações aos agricultores que reduziram as suas áreas de cultivo a fim de diminuírem a produção;  concessão de créditos agrícolas para pagamento de dívidas;  fixação dos níveis de produção e dos preços de venda ao público;  criação de legislação para controlar a atividade da Bolsa e dos Bancos;  realização de grandes obras públicas (barragens, canais, escolas, estradas, pontes, caminhos-de-ferro…) para combater o desemprego;  diminuição do horário de trabalho para 40 horas semanais;
  • 14.  criação do Welfare State (Estado Providência) ou segurança social: subsídios de desemprego, de doença, de velhice e de invalidez.  estabelecimento do salário mínimo nacional; Resultados:  diminuição do desemprego (baixou cerca de 50% entre 1933 e 1937);  aumento da produção industrial;  recuperação da economia e reforço do poder do Estado (protecionista). O desemprego nos E.U.A. Milhões 14 12,6 12 11,9 10,9 10 10,2 9,9 8,8 8 8,5 7,9 6 7,2 4 4,2 2 1,4 0 1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939
  • 15. Uma fila de desempregados espera a distribuição de comida por uma instituição de caridade.
  • 16.
  • 17.
  • 18. Oferta de trabalho por 1 dólar por semana (1930).
  • 19.
  • 20.
  • 22. “Sopa dos pobres”.
  • 23. “Hoovervilles”. Eram bairros-de-lata e foram assim chamados por ironia ao presidente Herbert Hoover
  • 24. Marcha contra o desemprego (Inglaterra).
  • 25. Ku Klux Klan (KKK) é um movimento racista, fundado em 1865 nos E.U.A., que apoia a supremacia branca e o protestantismo. A KKK, no seu período mais forte, actuou principalmente na região sul dos E.U.A., em estados como o Texas e o Mississipi.
  • 26. Utilização do café como combustível (Brasil).