2. A Idade Contemporânea
A Idade Contemporânea compreende o
espaço de tempo que vai da revolução
francesa aos nossos dias. A
Contemporaneidade está marcada de
maneira geral, pelo desenvolvimento e
consolidação do regime capitalista no
ocidente e, consequentemente pelas
disputas das grandes potências europeias
por territórios,matérias-
primas e mercados consumidores.
3. Atualmente está havendo uma
especulação a respeito de quando essa
era irá acabar, e, por tabela, a respeito da
eficiência atual do modelo europeu da
divisão histórica.
4. Século XVIII
– Revolução Francesa
– Guerras Napoleônicas
Século XIX
– Independência da América Espanhola
– Guerras do ópio
– Guerra civil dos Estados Unidos
– Rebelião Taiping
– Revolução Meiji
– Unificação da Itália
– Unificação da Alemanha
Século XX
– Belle Époque
– Revolução Mexicana
– Revolução Xinhai
– Primeira Guerra Mundial
– Revolução Russa
– Crise de 1929
– Modernismo
– Comunismo
– Fascismo
– Nazismo
– Guerra Civil Espanhola
– Segunda Guerra Mundial
– Guerra Civil Chinesa
– Descolonização da África
– Guerra Fria
Século XXI
– Atentados de 11 de setembro
– Guerra ao Terror
– Revolução Digital
– Grande Recessão
– Primavera Árabe
5. Revolução Francesa- 1789
Transformações políticas; econômicas;
sociais e culturais;
Tornou a burguesia a classe dominante;
O mundo contemporâneo é produto da
revolução francesa por seus ideias de
igualdade política e jurídica.
9. Causas
Crise Geral;
Sobrevivência de estruturas políticas e jurídicas arcaicas;
Persistência do Sistema Absolutista e privilégios
socioeconômicos;
1780 – Condições climaticas provocam escassez de
alimentos
Salarios baixos;
Concentração de terras ferteis porem improdutivas nas
maos da nobreza;
Situação finaceira sufocava o orçamento do estado;
Burguesia recusava de fazer emprestimos;
Nobreza e clero isentos de impostos;
Camponeses ainda eram submetidos a obrigações
feudais: corveia, talha, capitação;
13. Sociedade Francesa
Clero e Nobreza 2% da população
Tiers (Povo ou terceiro estado) 98%
A burguesia formava a elite dos tiers e
subdividia-se
_ Alta, media, pequena burgusia
14.
15. Na cidade, trabalhadores assalariados
conhecidos como Sanz Cullotes( sem
calçoes) traje usado pela nobreza foi a
força da revolução:
16.
17. O terceiro estado lutava por igualdades
civis, juridicas e melhores condições de
vida;
18. Assembléia de 1789
Convocada por Luiz XVI;
Discutir a crise;
A burgusia pretendia reformas profundas;
Três estados tinham o direito ao voto;
Como o terceiro estado era minoria; foi
proposto o voto por cabeça;
Proposta recusada;
19. O terceiro estado se reúne e declara
Assembléia Nacional;
Aprova constituição para substituir o
Absolutismo pela Monarquia
Constitucional;
20.
21. Queda da Bastilha – Símbolo do
Absolutismo Francês ;
14 de julho de 1789;
Assembléia Nacional Constituinte revoga
todos os direitos tradicionais;
Fim do feudalismo;
Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão
Nova ordem burguesa baseada na
riqueza( propriedades) e não mais no
nascimento( origem)
22.
23. Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As destinações sociais só
podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais
e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a
segurança e a resistência à opressão.
Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhum
corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane
expressamente.
Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo:
assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão
aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos
direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5.º A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado
pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela
não ordene.
Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de
concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve
ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são
iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e
empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a
das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados
pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem,
executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer
cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso
contrário torna-se culpado de resistência.
24. Art. 8.º A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e
ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada
antes do delito e legalmente aplicada.
Art. 9.º Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar
indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá
ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões , incluindo opiniões
religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida
pela lei.
Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos
direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente,
respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.
Art. 12.º A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força
pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade
particular daqueles a quem é confiada.
Art. 13.º Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é
indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de
acordo com suas possibilidades.
Art. 14.º Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus
representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de
observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a colecta, a cobrança e a
duração.
Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua
administração.
Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem
estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.
Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode
ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir
e sob condição de justa e prévia indenização.
25. Clérigos tornam-se funcionarios do
Estado;
Nas Assembléias os deputados se
agrupam de acordo com suas tendências:
À esquerda, sentam se os revolucionários
jacobinos;
À direita, os reacionários absolutistas;
E no centro os moderados;
26.
27. 1791
A França torna-se Monarquia
Constitucional;
O poder dividiu-se em três poderes:
Executivo : Rei
Legislativo: Assembléia Nacional
Judiciário: Tribunais
28. O Rei Luis XVI é acusado de conspiração;
A Dinastia Bourbon chega ao fim com a
implantação da Republica;
A Igreja separa-se do Estado;
Direito ao voto (somente para homens)
O rei é guilhotinado em 21 de janeiro de
1973;
29.
30. Inicia-se a onda do terror
Os acusados de anti-revolucionarios eram
imediatamente condenados a guilhotina;
O chamado Diretório que governava a
França, com cinco diretores executivos
entregou as tropas militares francesas a
Napoleão. Iniciava- se o 18 Brumário e o
Período Napoleônico;
32. Antecedentes
A Revolução Francesa representou uma grande vitória da burguesia
e pôs fim ao regime absolutista. O governo do Diretório marcou o
fim da revolução.
Para consolidar o poder dos burgueses, os membros do Diretório
indicaram Napoleão Bonaparte – um representante da burguesia -
como governante da França.
De 1799 a 1815, toda a história da França e mesmo da Europa foi
dominada pela forte personalidade de Napoleão Bonaparte.
Bonaparte nasceu na ilha de Córsega, em 1769. Além de ter sido
um grande general, conquistava a lealdade de seus soldados com
promessas de glória e riquezas.
O governo napoleônico na França é dividido em três fases:
Consulado, Império e Governo dos Cem Dias.
33. Consulado
O Consulado, que durou de 1799 a 1804, marca o início do poder
de Napoleão Bonaparte na França. Apoiado pela burguesia, ele
derrubou o Diretório através do chamado Golpe de 18 Brumário.
Napoleão se tornou primeiro-cônsul, instituindo uma série de
medidas na França, como a censura da imprensa, criação do Banco
da França, estreitamento das relações com a Igreja Católica, entre
outras.
Criou também o Código Civil Napoleônico, que permitiu o
casamento civil, respeito à propriedade privada, direito à liberdade
individual e igualdade de todos perante a lei.
Além disso, o código – que garantia as conquistas da burguesia –
proibia os sindicatos de trabalhadores e manifestações sindicais,
como greves e paralisações.
34. Império
Através de um plebiscito, Napoleão se tornou imperador da França,
sob o título de Napoleão I. O Império durou de 1804 a 1815.
Neste período, Napoleão tentou conquistar grande parte da Europa.
Paralelamente, levantou monumentos de exaltação, como o Arco
do Triunfo, em Paris.
A Inglaterra, temendo a supremacia francesa, se opôs ao domínio
napoleônico. Em contrapartida, a França invadiu a Inglaterra em
1805, na chamada Batalha de Trafalgar.
Como a marinha inglesa era superior à francesa, Napoleão foi
derrotado. Inconformado e humilhado com a derrota, decretou o
chamado Bloqueio Continental.
35. Bloqueio Continental
O Bloqueio Continental declarava que todos os países europeus
deveriam fechar os seus portos para os produtos industriais da Inglaterra.
O objetivo era enfraquecer a economia inglesa, em processo de
crescimento devido a Revolução Industrial. Com a economia enfraquecida,
Napoleão calculava dominar a Inglaterra mais facilmente.
Portugal, por ser um antigo aliado da Inglaterra, desobedeceu ao bloqueio.
Napoleão logo acionou suas tropas para invadir o reino português.
Temendo a perda de seu poder, o rei de Portugal, D. João VI, fugiu com
aproximadamente 15 mil componentes da família real portuguesa, vindo
para o Brasil.
Este fato é conhecido como Vinda da Família Real Portuguesa, e foi um dos
fatores que possibilitou o processo de independência do Brasil, em 1822.
36. Campanha da Rússia
A Rússia também desafiou o poder de Napoleão, desobedecendo o
bloqueio. Foi invadida pelas tropas de Napoleão, na chamada
Campanha da Rússia, em 1812.
As tropas napoleônicas foram surpreendidas pelo forte inverno russo
e pela estratégia da terra arrasada, que deixou as tropas sem
água e mantimentos.
Isto fez com que Napoleão sofresse uma grande derrota, tendo seu
exército se reduzido a apenas 2% do contingente total.
Esta derrota, aliada a outros conflitos, acabou levando Napoleão a
abdicar do trono, em 1814, pelo Tratado de Fontainebleau. O
general, então, foi exilado na ilha de Elba, próxima à Itália.
37. Governo dos 100 dias
Os inimigos de Napoleão foram surpreendidos com sua
fuga da ilha de Elba, em 1815.
Com uma forte base aliada, Napoleão conseguiu retomar
o poder na França, em um período conhecido como
governo dos 100 dias.
Assim, seu último governo teve um curto período. No
mesmo ano, ele foi derrotado por ingleses e prussianos
na chamada Batalha de Waterloo.
Napoleão, então, foi preso e exilado na Ilha de Santa
Helena, no litoral africano, onde morreu em 1821.
38. Congresso de Viena
Após o fim do império de Napoleão, os representantes dos países
vencedores se reuniram em Viena, na Áustria, em 1815.
O objetivo do Congresso de Viena foi discutir formas de
redesenhar o mapa da Europa, devolvendo os territórios dominados
por Napoleão.
O congresso também desejava manter ou restaurar as monarquias
absolutistas e deter os movimentos de independência na América.
Além disso, foi criada a Santa Aliança, com o objetivo de impedir
novas manifestações contra o antigo regime e a disseminação dos
princípios da Revolução Francesa.