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História Contemporânea
Núcleo de Conhecimento Brasileiro – Ágora
Curso de História
São Raimundo Nonato - PI
A Idade Contemporânea
 A Idade Contemporânea compreende o
espaço de tempo que vai da revolução
francesa aos nossos dias. A
Contemporaneidade está marcada de
maneira geral, pelo desenvolvimento e
consolidação do regime capitalista no
ocidente e, consequentemente pelas
disputas das grandes potências europeias
por territórios,matérias-
primas e mercados consumidores.
 Atualmente está havendo uma
especulação a respeito de quando essa
era irá acabar, e, por tabela, a respeito da
eficiência atual do modelo europeu da
divisão histórica.
 Século XVIII
– Revolução Francesa
– Guerras Napoleônicas
 Século XIX
– Independência da América Espanhola
– Guerras do ópio
– Guerra civil dos Estados Unidos
– Rebelião Taiping
– Revolução Meiji
– Unificação da Itália
– Unificação da Alemanha
 Século XX
– Belle Époque
– Revolução Mexicana
– Revolução Xinhai
– Primeira Guerra Mundial
– Revolução Russa
– Crise de 1929
– Modernismo
– Comunismo
– Fascismo
– Nazismo
– Guerra Civil Espanhola
– Segunda Guerra Mundial
– Guerra Civil Chinesa
– Descolonização da África
– Guerra Fria
 Século XXI
– Atentados de 11 de setembro
– Guerra ao Terror
– Revolução Digital
– Grande Recessão
– Primavera Árabe
Revolução Francesa- 1789
 Transformações políticas; econômicas;
sociais e culturais;
 Tornou a burguesia a classe dominante;
 O mundo contemporâneo é produto da
revolução francesa por seus ideias de
igualdade política e jurídica.
Palácio de Versallhes
Causas
 Crise Geral;
 Sobrevivência de estruturas políticas e jurídicas arcaicas;
 Persistência do Sistema Absolutista e privilégios
socioeconômicos;
 1780 – Condições climaticas provocam escassez de
alimentos
 Salarios baixos;
 Concentração de terras ferteis porem improdutivas nas
maos da nobreza;
 Situação finaceira sufocava o orçamento do estado;
 Burguesia recusava de fazer emprestimos;
 Nobreza e clero isentos de impostos;
 Camponeses ainda eram submetidos a obrigações
feudais: corveia, talha, capitação;
Nobreza e Clero
Burguesia francesa
Camponeses
Sociedade Francesa
 Clero e Nobreza 2% da população
 Tiers (Povo ou terceiro estado) 98%
 A burguesia formava a elite dos tiers e
subdividia-se
_ Alta, media, pequena burgusia
 Na cidade, trabalhadores assalariados
conhecidos como Sanz Cullotes( sem
calçoes) traje usado pela nobreza foi a
força da revolução:
O terceiro estado lutava por igualdades
civis, juridicas e melhores condições de
vida;
Assembléia de 1789
 Convocada por Luiz XVI;
 Discutir a crise;
 A burgusia pretendia reformas profundas;
 Três estados tinham o direito ao voto;
 Como o terceiro estado era minoria; foi
proposto o voto por cabeça;
 Proposta recusada;
 O terceiro estado se reúne e declara
Assembléia Nacional;
 Aprova constituição para substituir o
Absolutismo pela Monarquia
Constitucional;
 Queda da Bastilha – Símbolo do
Absolutismo Francês ;
 14 de julho de 1789;
 Assembléia Nacional Constituinte revoga
todos os direitos tradicionais;
 Fim do feudalismo;
 Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão
 Nova ordem burguesa baseada na
riqueza( propriedades) e não mais no
nascimento( origem)
 Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As destinações sociais só
podem fundamentar-se na utilidade comum.
 Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais
e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a
segurança e a resistência à opressão.
 Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhum
corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane
expressamente.
 Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo:
assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão
aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos
direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
 Art. 5.º A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado
pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela
não ordene.
 Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de
concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve
ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são
iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e
empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a
das suas virtudes e dos seus talentos.
 Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados
pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem,
executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer
cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso
contrário torna-se culpado de resistência.
 Art. 8.º A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e
ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada
antes do delito e legalmente aplicada.
 Art. 9.º Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar
indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá
ser severamente reprimido pela lei.
 Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões , incluindo opiniões
religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida
pela lei.
 Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos
direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente,
respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.
 Art. 12.º A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força
pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade
particular daqueles a quem é confiada.
 Art. 13.º Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é
indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de
acordo com suas possibilidades.
 Art. 14.º Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus
representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de
observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a colecta, a cobrança e a
duração.
 Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua
administração.
 Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem
estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.
 Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode
ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir
e sob condição de justa e prévia indenização.
 Clérigos tornam-se funcionarios do
Estado;
 Nas Assembléias os deputados se
agrupam de acordo com suas tendências:
 À esquerda, sentam se os revolucionários
jacobinos;
 À direita, os reacionários absolutistas;
 E no centro os moderados;
1791
 A França torna-se Monarquia
Constitucional;
 O poder dividiu-se em três poderes:
 Executivo : Rei
 Legislativo: Assembléia Nacional
 Judiciário: Tribunais
 O Rei Luis XVI é acusado de conspiração;
 A Dinastia Bourbon chega ao fim com a
implantação da Republica;
 A Igreja separa-se do Estado;
 Direito ao voto (somente para homens)
 O rei é guilhotinado em 21 de janeiro de
1973;
Inicia-se a onda do terror
 Os acusados de anti-revolucionarios eram
imediatamente condenados a guilhotina;
 O chamado Diretório que governava a
França, com cinco diretores executivos
entregou as tropas militares francesas a
Napoleão. Iniciava- se o 18 Brumário e o
Período Napoleônico;
PERÍODO NAPOLEÔNICO
Antecedentes
 A Revolução Francesa representou uma grande vitória da burguesia
e pôs fim ao regime absolutista. O governo do Diretório marcou o
fim da revolução.
 Para consolidar o poder dos burgueses, os membros do Diretório
indicaram Napoleão Bonaparte – um representante da burguesia -
como governante da França.
 De 1799 a 1815, toda a história da França e mesmo da Europa foi
dominada pela forte personalidade de Napoleão Bonaparte.

 Bonaparte nasceu na ilha de Córsega, em 1769. Além de ter sido
um grande general, conquistava a lealdade de seus soldados com
promessas de glória e riquezas.
 O governo napoleônico na França é dividido em três fases:
Consulado, Império e Governo dos Cem Dias.
Consulado
 O Consulado, que durou de 1799 a 1804, marca o início do poder
de Napoleão Bonaparte na França. Apoiado pela burguesia, ele
derrubou o Diretório através do chamado Golpe de 18 Brumário.
 Napoleão se tornou primeiro-cônsul, instituindo uma série de
medidas na França, como a censura da imprensa, criação do Banco
da França, estreitamento das relações com a Igreja Católica, entre
outras.
 Criou também o Código Civil Napoleônico, que permitiu o
casamento civil, respeito à propriedade privada, direito à liberdade
individual e igualdade de todos perante a lei.
 Além disso, o código – que garantia as conquistas da burguesia –
proibia os sindicatos de trabalhadores e manifestações sindicais,
como greves e paralisações.
Império
 Através de um plebiscito, Napoleão se tornou imperador da França,
sob o título de Napoleão I. O Império durou de 1804 a 1815.
 Neste período, Napoleão tentou conquistar grande parte da Europa.
Paralelamente, levantou monumentos de exaltação, como o Arco
do Triunfo, em Paris.
 A Inglaterra, temendo a supremacia francesa, se opôs ao domínio
napoleônico. Em contrapartida, a França invadiu a Inglaterra em
1805, na chamada Batalha de Trafalgar.
 Como a marinha inglesa era superior à francesa, Napoleão foi
derrotado. Inconformado e humilhado com a derrota, decretou o
chamado Bloqueio Continental.
Bloqueio Continental
 O Bloqueio Continental declarava que todos os países europeus
deveriam fechar os seus portos para os produtos industriais da Inglaterra.
 O objetivo era enfraquecer a economia inglesa, em processo de
crescimento devido a Revolução Industrial. Com a economia enfraquecida,
Napoleão calculava dominar a Inglaterra mais facilmente.
 Portugal, por ser um antigo aliado da Inglaterra, desobedeceu ao bloqueio.
Napoleão logo acionou suas tropas para invadir o reino português.
 Temendo a perda de seu poder, o rei de Portugal, D. João VI, fugiu com
aproximadamente 15 mil componentes da família real portuguesa, vindo
para o Brasil.
 Este fato é conhecido como Vinda da Família Real Portuguesa, e foi um dos
fatores que possibilitou o processo de independência do Brasil, em 1822.
Campanha da Rússia
 A Rússia também desafiou o poder de Napoleão, desobedecendo o
bloqueio. Foi invadida pelas tropas de Napoleão, na chamada
Campanha da Rússia, em 1812.
 As tropas napoleônicas foram surpreendidas pelo forte inverno russo
e pela estratégia da terra arrasada, que deixou as tropas sem
água e mantimentos.
 Isto fez com que Napoleão sofresse uma grande derrota, tendo seu
exército se reduzido a apenas 2% do contingente total.
 Esta derrota, aliada a outros conflitos, acabou levando Napoleão a
abdicar do trono, em 1814, pelo Tratado de Fontainebleau. O
general, então, foi exilado na ilha de Elba, próxima à Itália.
Governo dos 100 dias
 Os inimigos de Napoleão foram surpreendidos com sua
fuga da ilha de Elba, em 1815.
 Com uma forte base aliada, Napoleão conseguiu retomar
o poder na França, em um período conhecido como
governo dos 100 dias.
 Assim, seu último governo teve um curto período. No
mesmo ano, ele foi derrotado por ingleses e prussianos
na chamada Batalha de Waterloo.
 Napoleão, então, foi preso e exilado na Ilha de Santa
Helena, no litoral africano, onde morreu em 1821.
Congresso de Viena
 Após o fim do império de Napoleão, os representantes dos países
vencedores se reuniram em Viena, na Áustria, em 1815.
 O objetivo do Congresso de Viena foi discutir formas de
redesenhar o mapa da Europa, devolvendo os territórios dominados
por Napoleão.
 O congresso também desejava manter ou restaurar as monarquias
absolutistas e deter os movimentos de independência na América.
 Além disso, foi criada a Santa Aliança, com o objetivo de impedir
novas manifestações contra o antigo regime e a disseminação dos
princípios da Revolução Francesa.

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  • 1. História Contemporânea Núcleo de Conhecimento Brasileiro – Ágora Curso de História São Raimundo Nonato - PI
  • 2. A Idade Contemporânea  A Idade Contemporânea compreende o espaço de tempo que vai da revolução francesa aos nossos dias. A Contemporaneidade está marcada de maneira geral, pelo desenvolvimento e consolidação do regime capitalista no ocidente e, consequentemente pelas disputas das grandes potências europeias por territórios,matérias- primas e mercados consumidores.
  • 3.  Atualmente está havendo uma especulação a respeito de quando essa era irá acabar, e, por tabela, a respeito da eficiência atual do modelo europeu da divisão histórica.
  • 4.  Século XVIII – Revolução Francesa – Guerras Napoleônicas  Século XIX – Independência da América Espanhola – Guerras do ópio – Guerra civil dos Estados Unidos – Rebelião Taiping – Revolução Meiji – Unificação da Itália – Unificação da Alemanha  Século XX – Belle Époque – Revolução Mexicana – Revolução Xinhai – Primeira Guerra Mundial – Revolução Russa – Crise de 1929 – Modernismo – Comunismo – Fascismo – Nazismo – Guerra Civil Espanhola – Segunda Guerra Mundial – Guerra Civil Chinesa – Descolonização da África – Guerra Fria  Século XXI – Atentados de 11 de setembro – Guerra ao Terror – Revolução Digital – Grande Recessão – Primavera Árabe
  • 5. Revolução Francesa- 1789  Transformações políticas; econômicas; sociais e culturais;  Tornou a burguesia a classe dominante;  O mundo contemporâneo é produto da revolução francesa por seus ideias de igualdade política e jurídica.
  • 7.
  • 8.
  • 9. Causas  Crise Geral;  Sobrevivência de estruturas políticas e jurídicas arcaicas;  Persistência do Sistema Absolutista e privilégios socioeconômicos;  1780 – Condições climaticas provocam escassez de alimentos  Salarios baixos;  Concentração de terras ferteis porem improdutivas nas maos da nobreza;  Situação finaceira sufocava o orçamento do estado;  Burguesia recusava de fazer emprestimos;  Nobreza e clero isentos de impostos;  Camponeses ainda eram submetidos a obrigações feudais: corveia, talha, capitação;
  • 13. Sociedade Francesa  Clero e Nobreza 2% da população  Tiers (Povo ou terceiro estado) 98%  A burguesia formava a elite dos tiers e subdividia-se _ Alta, media, pequena burgusia
  • 14.
  • 15.  Na cidade, trabalhadores assalariados conhecidos como Sanz Cullotes( sem calçoes) traje usado pela nobreza foi a força da revolução:
  • 16.
  • 17. O terceiro estado lutava por igualdades civis, juridicas e melhores condições de vida;
  • 18. Assembléia de 1789  Convocada por Luiz XVI;  Discutir a crise;  A burgusia pretendia reformas profundas;  Três estados tinham o direito ao voto;  Como o terceiro estado era minoria; foi proposto o voto por cabeça;  Proposta recusada;
  • 19.  O terceiro estado se reúne e declara Assembléia Nacional;  Aprova constituição para substituir o Absolutismo pela Monarquia Constitucional;
  • 20.
  • 21.  Queda da Bastilha – Símbolo do Absolutismo Francês ;  14 de julho de 1789;  Assembléia Nacional Constituinte revoga todos os direitos tradicionais;  Fim do feudalismo;  Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão  Nova ordem burguesa baseada na riqueza( propriedades) e não mais no nascimento( origem)
  • 22.
  • 23.  Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As destinações sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.  Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.  Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.  Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.  Art. 5.º A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.  Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.  Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.
  • 24.  Art. 8.º A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.  Art. 9.º Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.  Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões , incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.  Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.  Art. 12.º A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.  Art. 13.º Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.  Art. 14.º Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a colecta, a cobrança e a duração.  Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.  Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.  Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.
  • 25.  Clérigos tornam-se funcionarios do Estado;  Nas Assembléias os deputados se agrupam de acordo com suas tendências:  À esquerda, sentam se os revolucionários jacobinos;  À direita, os reacionários absolutistas;  E no centro os moderados;
  • 26.
  • 27. 1791  A França torna-se Monarquia Constitucional;  O poder dividiu-se em três poderes:  Executivo : Rei  Legislativo: Assembléia Nacional  Judiciário: Tribunais
  • 28.  O Rei Luis XVI é acusado de conspiração;  A Dinastia Bourbon chega ao fim com a implantação da Republica;  A Igreja separa-se do Estado;  Direito ao voto (somente para homens)  O rei é guilhotinado em 21 de janeiro de 1973;
  • 29.
  • 30. Inicia-se a onda do terror  Os acusados de anti-revolucionarios eram imediatamente condenados a guilhotina;  O chamado Diretório que governava a França, com cinco diretores executivos entregou as tropas militares francesas a Napoleão. Iniciava- se o 18 Brumário e o Período Napoleônico;
  • 32. Antecedentes  A Revolução Francesa representou uma grande vitória da burguesia e pôs fim ao regime absolutista. O governo do Diretório marcou o fim da revolução.  Para consolidar o poder dos burgueses, os membros do Diretório indicaram Napoleão Bonaparte – um representante da burguesia - como governante da França.  De 1799 a 1815, toda a história da França e mesmo da Europa foi dominada pela forte personalidade de Napoleão Bonaparte.   Bonaparte nasceu na ilha de Córsega, em 1769. Além de ter sido um grande general, conquistava a lealdade de seus soldados com promessas de glória e riquezas.  O governo napoleônico na França é dividido em três fases: Consulado, Império e Governo dos Cem Dias.
  • 33. Consulado  O Consulado, que durou de 1799 a 1804, marca o início do poder de Napoleão Bonaparte na França. Apoiado pela burguesia, ele derrubou o Diretório através do chamado Golpe de 18 Brumário.  Napoleão se tornou primeiro-cônsul, instituindo uma série de medidas na França, como a censura da imprensa, criação do Banco da França, estreitamento das relações com a Igreja Católica, entre outras.  Criou também o Código Civil Napoleônico, que permitiu o casamento civil, respeito à propriedade privada, direito à liberdade individual e igualdade de todos perante a lei.  Além disso, o código – que garantia as conquistas da burguesia – proibia os sindicatos de trabalhadores e manifestações sindicais, como greves e paralisações.
  • 34. Império  Através de um plebiscito, Napoleão se tornou imperador da França, sob o título de Napoleão I. O Império durou de 1804 a 1815.  Neste período, Napoleão tentou conquistar grande parte da Europa. Paralelamente, levantou monumentos de exaltação, como o Arco do Triunfo, em Paris.  A Inglaterra, temendo a supremacia francesa, se opôs ao domínio napoleônico. Em contrapartida, a França invadiu a Inglaterra em 1805, na chamada Batalha de Trafalgar.  Como a marinha inglesa era superior à francesa, Napoleão foi derrotado. Inconformado e humilhado com a derrota, decretou o chamado Bloqueio Continental.
  • 35. Bloqueio Continental  O Bloqueio Continental declarava que todos os países europeus deveriam fechar os seus portos para os produtos industriais da Inglaterra.  O objetivo era enfraquecer a economia inglesa, em processo de crescimento devido a Revolução Industrial. Com a economia enfraquecida, Napoleão calculava dominar a Inglaterra mais facilmente.  Portugal, por ser um antigo aliado da Inglaterra, desobedeceu ao bloqueio. Napoleão logo acionou suas tropas para invadir o reino português.  Temendo a perda de seu poder, o rei de Portugal, D. João VI, fugiu com aproximadamente 15 mil componentes da família real portuguesa, vindo para o Brasil.  Este fato é conhecido como Vinda da Família Real Portuguesa, e foi um dos fatores que possibilitou o processo de independência do Brasil, em 1822.
  • 36. Campanha da Rússia  A Rússia também desafiou o poder de Napoleão, desobedecendo o bloqueio. Foi invadida pelas tropas de Napoleão, na chamada Campanha da Rússia, em 1812.  As tropas napoleônicas foram surpreendidas pelo forte inverno russo e pela estratégia da terra arrasada, que deixou as tropas sem água e mantimentos.  Isto fez com que Napoleão sofresse uma grande derrota, tendo seu exército se reduzido a apenas 2% do contingente total.  Esta derrota, aliada a outros conflitos, acabou levando Napoleão a abdicar do trono, em 1814, pelo Tratado de Fontainebleau. O general, então, foi exilado na ilha de Elba, próxima à Itália.
  • 37. Governo dos 100 dias  Os inimigos de Napoleão foram surpreendidos com sua fuga da ilha de Elba, em 1815.  Com uma forte base aliada, Napoleão conseguiu retomar o poder na França, em um período conhecido como governo dos 100 dias.  Assim, seu último governo teve um curto período. No mesmo ano, ele foi derrotado por ingleses e prussianos na chamada Batalha de Waterloo.  Napoleão, então, foi preso e exilado na Ilha de Santa Helena, no litoral africano, onde morreu em 1821.
  • 38. Congresso de Viena  Após o fim do império de Napoleão, os representantes dos países vencedores se reuniram em Viena, na Áustria, em 1815.  O objetivo do Congresso de Viena foi discutir formas de redesenhar o mapa da Europa, devolvendo os territórios dominados por Napoleão.  O congresso também desejava manter ou restaurar as monarquias absolutistas e deter os movimentos de independência na América.  Além disso, foi criada a Santa Aliança, com o objetivo de impedir novas manifestações contra o antigo regime e a disseminação dos princípios da Revolução Francesa.