Apanhado histórico sobre a criação das Bombas little boy e fat man. Bomba de Hiroshima e Nagasaki em 1945. Acidentes radiológicos e nucleares de Chernobyl em Prypiat e Césio 137.

1. Prof. Magno Cavalheiro Faria.
Técnico em Radiologia Médica;
Tecnólogo em Radiologia (Universidade do Grande Rio)
Especializado emTomografia Computadorizada (CENIB)
Especializado em Densitometria Óssea (UERJ)
Especializado em Proteção Radiológica (ESPJV – FIOCRUZ)
PORQUE IMAGEM É TUDO!

2. ACIDENTES NUCLEARES E RADIOLÓGICOS
HIROSHIMA E NAGASAKI -1945
CHERNOBYL - 1986
CÉSIO 137 - 1987
PORQUE IMAGEM É TUDO!
www.imagemradiologica.webnode.com

3. ACIDENTES NUCLEARES E RADIOLÓGICOS
Acidente: qualquer evento
não intencional, incluindo
erros de operação e falhas
de equipamento, cujas
conseqüências reais ou
potenciais são relevantes
sob o ponto de vista de
proteção radiológica.
De acordo com a Norma CNEN-NN-3.01: Diretrizes Básicas de
Proteção Radiológica (Novembro, 2005) – Definimos.

4. ACIDENTES NUCLEARES E RADIOLÓGICOS
Acidentes Nucleares:
ocorrem em instalações como
reatores nucleares e
instalações do ciclo do
combustível nuclear
Acidentes Radiológicos:
envolvem fontes de radiação
ionizante utilizadas em
diversas práticas.
Podem ocorrem em
qualquer lugar.

5. A BOMBA NUCLEAR

6. LOCAIS DA BOMBA

7. A BOMBA NUCLEAR
O dispositivo atômico sendo
posicionado para o primeiro teste
nuclear em Alamogordo, Novo
México, 1945.
Coronel Paul W. Tibbets Junior,
piloto do Enola Gay, o avião que
soltou a bomba atômica em
Hiroshima, acenando da cabine
antes da decolagem.
“Little Boy”, a bomba que foi lançada
sobre Hiroshima, provocando a
destruição da cidade, em agosto de
1945.
60 Kg U-235, 4.000 Kg;
3 m comprimento, 71 cm diâmetro;
Devastação total raio 3 Km;
Energia liberada = 15 mil ton. TNT

8. A BOMBA NUCLEAR
Em 02 de agosto de 1932
Albert Einstein e muitos
outros cientistas
escreveram ao Presidente
Roosevelt, dos esforços da
Alemanha nazista para
purificar o urânio-253. O
urânio pode ser usado para
criar uma bomba atómica.
Pouco depois, o governo
dos Estados Unidos
começou trabalhando
seriamente sobre o "Projeto
Manhattan".

9. OPPENHEIMER
O principal objetivo do
Projeto Manhattan foi para
conduzir pesquisas que iria
produzir uma bomba
atômica. O projeto levou seis
anos (1939-1945) para
completar o seu objetivo, a
um custo de mais de US $ 2
bilhões de dólares. O
membro-chave do projeto
foi Robert Oppenheimer, que
supervisionou a concepção e
construção da bomba
atômica.

10. A DECLARAÇÃO
Em 26 de julho de 1945, o
presidente Truman, o primeiro-
ministro Churchill, eo presidente
Chiang Kai-Shek, emitiu a Declaração
de Potsdam. Foi declarado e
delineado rendição incondicional, os
termos do Japão, tal como acordado
na Conferência de Potsdam. Este
ultimato afirmou que, se o Japão
não se rendeu, ele teria de enfrentar
"a destruição rápida e total".
rejeição inicial do Japão para a
Declaração levou diretamente para a
decisão de Truman deixar cair as
bombas atômicas sobre as cidades
japonesas de Hiroshima e Nagasaki
em 6 de agosto e 9 de agosto.

11. ACIDENTES NUCLEARES E RADIOLÓGICOS
Em 06 de agosto de 1945 um
bombardeiro B-29 chamado
Enola Gay, pilotado por Paul
Tibbits dirigiu-se para a cidade
de Hiroshima, Japão. Hiroshima
foi um importante centro militar
com 43.000 soldados e 300.000
civis. No 08:15 o urânio bomba
9.700 libras chamado de "Little
Boy" foi lançado. A bomba foi
detonada 1.900 pés acima
Hiroshima com uma explosão
equivalente a 15.000 toneladas
de T.N.T.

12. A BOMBA DE HIROSHIMA – LITLLE BOY
Em 6 de agosto de 1945, Paul W. Tibbets ea
sua tripulação soltou a bomba atómica à base
de urânio em Hiroshima.
A bomba foi o nome de código "Little Boy".

13. DISPOSITIVO DE ACIONAMENTO DA LITLLE BOY

14. EFEITOS DA BOMBA ATÔMICA EM HIROSHIMA
Um total estimado de
237.000 mortes
relacionadas resultou da
explosão.
A maioria das mortes e
ferimentos ocorreram
quando as pessoas
estavam presos em suas
casas em chamas ou
atingido por detritos.

15. EFEITOS DA BOMBA ATÔMICA EM HIROSHIMA

16. HIROSHIMA HOJE
Parque memorial da Paz
Shigeaki Mori – Sobrevivente da devastação

17. 2º ROUND - NAGASAKI
Em 09 de agosto de 1945 um avião
bombardeiro B-29 nomeado Carro
de Brock desencadeou uma segunda
bomba atômica sobre o Japão.
Apelidado de "Fat Man", esta bomba
de plutónio errou seu alvo por meio
de uma milha-devido às nuvens, mas
metade ainda nivelado da cidade de
Nagasaki, Japão-um centro
industrial. A bomba explodiu com
uma força de 40% maior do que a
bomba de Hiroshima. No entanto, as
colinas de Nagasaki, da sua
disposição geográfica e detonação
da bomba sobre uma área industrial
ajudou porções Escudo da cidade de
efeitos explosão, calor e radiação da
arma.

18. FAT MAN
Fat man
Sendo transportada para o avião

19. DISPOSITIVO DE ACIONAMENTO DA FAT MAN

20. VÍTIMAS NAGASAKI
Vítima da explosão
atômica em Nagasaki,
1945.
Uma densa coluna de fumaça
elevando-se a mais de 60 mil pés de
altitude sobre o porto japonês de
Nagasaki (3 dias depois).
Era a segunda vez que se utilizava
uma bomba atômica (“fet man”)
durante a 2ª Guerra Mundial.

21. VÍTIMAS NAGASAKI

22. FINAL DA 2º GUERRA MUNDIAL
Ao longo das próximas
semanas, os japoneses e
Estados Unidos elaboraram
os detalhes da rendição. em
2 de setembro de 1945, a
cerimônia de rendição
formal teve lugar no convés
do U.S.S. Missouri. A
rendição das forças
japonesas terminou
oficialmente a Segunda
Guerra Mundial.

23. LEMBRANÇAS DA DOR

24. DESASTRE DE CHERNOBYL

25. ACIDENTES NUCLEARES E RADIOLÓGICOS
União Soviética, 1986
Reator nuclear
Extensas áreas evacuadas e interditadas devido à contaminação
Efeitos tardios: câncer de tireoide
mortes 3940 estimadas

26. PRIPYAT
Centro da cidade de Pripyat: a 3 km da Usina

27. LOCALIZAÇÃO DA USINA NUCLEAR
O acidente nuclear de Chernobyl ocorreu dia 26 de abril de
1986, na Usina Nuclear de Chernobil (originalmente
chamada Vladimir Ilyich Lenin) na Ucrânia (então parte da
União Soviética).

28. O ACIDENTE
Sábado, 26 de abril de 1986, à 1:23:58 a.m. hora local, o quarto reator
da usina de Chernobyl conhecido como Chernoyl-4 - sofreu uma
catastrófica explosão de vapor que resultou em incêndio, uma série
de explosões adicionais, e um derretimento nuclear.

29. NUVEM RADIOATIVA
É considerado o pior acidente nuclear da história, produzindo
uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética,
Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação
de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada
sobre Hiroshima.

30. ACIDENTE DE CHERNOBYL
Crianças nascidas a partir de 1986 tiveram um aumento de 200% nos
defeitos de nascença e um aumento de 250% em deformidades
congênitas.Hoje, na Ucrânia, 6.000 crianças nascem a cada ano com
defeitos cardíacos genéticos. Mais de 3.000 morrerão por falta de
atendimento médico.

31. ACIDENTE DE CHERNOBYL
26 de abril até 4 de maio de 1986 - a maior parte da radiação foi
emitida nos primeiros dez dias. Inicialmente houve
predominância de ventos norte e noroeste. No final de abril o
vento mudou para sul e sudeste. As chuvas locais frequentes
fizeram com que a radiação fosse distribuída local e
regionalmente.

32. ACIDENTE DE CHERNOBYL
27 de abril de 1986 - Pripyat fui abandonada.

33. Antes e depois

34. Antes e depois

35. Antes e depois

36. Antes e depois

37. Antes e depois

38. 26 de abril de 2012 foi iniciada a construção do novo abrigo protetor
que vai proteger as instalações danificadas, pelo menos no próximo
século. Ele vai cobrir o aço corrente e cubo de concreto construída
pelos soviéticos, vai custar mais de um bilhão de euros, infelizmente
a obra foi cancelada por falta de verbas.
O NOVO SARCÓFAGO

39. Monumento
Monumento construído em memoria das vitimas de Chernobyl.

40. ACIDENTES NUCLEARES E RADIOLÓGICOS
 Publicações da Agência
Internacional de Energia
Atômica (IAEA)
 Publicadas a partir do
acidente de Goiânia - 1987
 Descrição do acidente
 Lições identificadas

41. O BRILHO DA MORTE

42. CAUSAS DO ACIDENTE
Roberto dos Santos fica sabendo da existência de uma peça
de chumbo, de muito valor, abandonada nas antigas
dependências do Instituto Goiano de Radioterapia, na
Avenida Paranaíba, Goiânia, GO.

43. CÉSIO 137

44. VENDENDO O PERIGO
A peça é levada, 5 dias depois, ao ferro-
velho de Devair Alves Ferreira, na Rua
26-A, que a compra. Dois funcionários
de Devair (Admilson Alves e Israel
Batista) rompem a marretada a cápsula
de Césio -137.
À noite, Devair se encanta com o
intenso brilho azul daquele pó e
imagina que poderá ganhar muito
dinheiro ou que está diante de algo
sobrenatural.

45. CARACTERÍSTICAS DA FONTE
Nuclídeo Cs – 137
Atividade (set.87) 50,9 TBq (1.375 Ci)
Forma Química CsCl (Cloreto de Césio)
Forma Física Pó
Massa de CsCl 93 g
Massa de Cs-137 19,3 g
Meia-vida Física 30 anos

46. O BRILHO E A SOMBRA
Admirado com brilho do material, Devair leva o fragmentos de césio para casa, e
mostra para sua esposa, Maria Gabriela Ferreira.
Nos dias 19, 20 e 21, seus amigos e vizinhos são convidados a ver o fenômeno.
Devair distribui porções do pó entre familiares.
Algumas pessoas passam o produto no corpo e
brincam com aquele brilho, como fosse festa.

47. SINTOMAS
Ivo Ferreira Alves, irmão de Devair, leva um pouco do pó para casa e sua filha,
Leide das Neves Ferreira, após brincar, se contamina após ingerir ovo cozido.
 Todas as pessoas que tiveram contato com o
Césio passam mal.
 Roberto e Wagner apresentam sintomas de SAR
(tonteiras e náuseas) na noite do dia 13.
 Devair e Gabriela sentem-se mal no dia 19.
 Dia 21, Gabriela teve seu
quadro clínico agravado.
 Todos procuram o Hospital São
Lucas.

48. RESUMO DA ÓPERA
Gabriela suspeita que a peça seja a causa do mal-estar
coletivo e com a ajuda de um funcionário do ferro-
velho, vai de ônibus à Vigilância Sanitária, levando o
material que considerava suspeito.
A fonte de Césio-137 ficou 2 dias
sobre a cadeira na Vigilância
Sanitária.
No dia 29 de setembro, o físico Walter Ferreira é
chamado e após medição, constatou que o material
era radioativo e imediatamente acionou a CNEN.

49. CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE
A área da Vigilância Sanitária é isolada.
Devair e seus familiares são convencidos a deixar
suas casas.
As vítimas são levadas e monitoradas no Estádio
Olímpico.
Plano de Emergência – Operação Césio-137
Estádio Olímpico Pedro Ludovico
Recepção às famílias no Estádio Olímpico

50. RESUMO DAS CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE

51. ENTERRO
Leide das Neves Ferreira, 6 anos, e Maria Gabriela Ferreira, 29
anos, foram as primeiras vítimas da tragédia. O enterro de
ambas foi realizado no dia 23 de outubro de 1987, no Cemitério
do Parque, sob protesto de mais de 2 mil pessoas.
A revolta era fruto da falta de informação. Armados com tijolos,
madeira e, até mesmo, pedaços de concreto, os manifestantes
não queriam que a área virasse depósito de rejeitos radioativos.
A caminhonete blindada que transportava os caixões chegou a
ser atacada.
O caixões pesavam 700kg.

52. RETRATO DO CÉSIO 137
Devair Alves Ferreira, tio de Leide e marido de Maria Gabriela,
passou pelo tratamento de descontaminação no Hospital Marcílio Dias,
no Rio de Janeiro, e sobreviveu. No entanto, ele começou a apresentar
confusão mental e perdeu a vontade de trabalhar. "Eu perdi uma
esposa, uma sobrinha, dois amigos, a saúde, a vontade", resumiu. Em
1994, ele faleceu em função de insuficiência hepática (cirrose).
Roberto Santos Alves: teve o antebraço
direito amputado por causa das lesões.
Odesson Alves Ferreira, irmão de Devair,
teve lesões na palma da mão esquerda e no
indicador direito.

53. GOIÂNIA HOJE
Após o acidente, os imóveis em volta do acidente radiológico tiveram
os seus valores reduzidas a preços insignificantes, pois quem morava
na região queria sair daquele lugar, mas o medo da população da
existência de radiação no ar impedia a compra e construção de novas
habitações.
Somente no final dos anos 90, a região começou a passar uma imagem menos
"assustadora" para os novos inquilinos, através de ações do governo municipal e
estadual para a revitalização da região, revalorizando as casas que estavam nas
mediações do acidente.
No início de 2006, a prefeitura municipal
de Goiânia revitalizou o antigo Mercado
Popular (localizado na Rua 57), sendo
reinaugurado em novembro de 2006

54. APÓS O ACIDENTE
Em 2000, o Ministério Público Federal e Estadual condenaram a Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN) a pagar indenização de R$ 1 milhão
para as vítimas do acidente com Césio-137, em Goiânia. A CNEN terá que
oferecer tratamento às vítimas e monitoramento contínuo das populações
afetadas ou que possam vir a ser atingidas. A conclusão foi de que, se a
União tivesse desenvolvido programas de inspeção sanitária dos
equipamentos de radioterapia, isso teria possibilitado a retirada, de
maneira segura, da cápsula de Césio 137, responsável pela tragédia
ocorrida há mais de 20 anos. O Instituto de Previdência e Assistência Social
do Estado de Goiás (IPASGO), bem como os dois responsáveis pelo hospital
de onde foi retirada a fonte de Césio-137 (o médico Amaurillo Monteiro e
o físico médico Flamarion Barbosa), foram condenados ao pagamento de
multa individual de R$ 100 mil.