O documento discute a sífilis no Brasil, Nordeste e Alagoas. Apresenta estatísticas de casos de sífilis em gestantes de 2005 a 2012, taxas de detecção em 2011, e coeficientes de mortalidade em 2011. Descreve o agente causador, classificação, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento da sífilis.
2. EPIDEMIOLOGIA
Casos de Sífilis em
gestantes 2005-2012:
Brasil: 57.700
Nordeste:14.828
Alagoas:1.283
Tx de Detecção 2011:
Brasil: 5,0
Nordeste: 5,8
Alagoas:4,1
Coeficiente de
Mortalidade 2011:
Brasil: 3,9
Nordeste:4,0
Alagoas:9,2
3. Conceito
A sífilis é uma doença infecciosa,
sistêmica, de evolução crônica,
sujeita a surtos de agudização e
períodos de latência.
A imunidade celular é mais tardia
permitindo a multiplicação do
Treponema
SISTEMA LINFÁTICO
DISSEMINAÇÃO SISTÊMICA
Produção de complexos imunes
circulantes
6. Treponema pallidum
O Treponema pallidum é
um espiroqueta de
transmissão
essencialmente sexual ou
materno-fetal, podendo
produzir, respectivamente,
a forma adquirida ou
congênita da doença.
8. MENOS DE 1 ANO DE DURAÇÃO
PRIMÁRIA
Lesão ulcerada de bordos
elevados com base
endurecida, pouca
secreção e indolor.
Aparece entre o 10 e 90
(média de 21) dias após
contato sexual infectante.
É acompanhado de
adenopatia não supurativa
12. SÍFILIS ADQUIRIDA
TARDIA
MAIS DE 1
ANO DE
DURAÇÃO
LATENTE TARDIA
É a forma da sífilis adquirida na qual não se observam
sinais e sintomas clínicos, portanto, tem o seu diagnóstico feito
por meio de testes sorológicos. Sua duração é variável, e seu
curso poderá ser interrompido com sinais e sintomas da forma
secundária ou terciária.
13. TERCIÁRIA
Adquirida Tardia
Mais de 1 ano de duração;
Ocorrem após 3 a 12 anos de infecção, principalmente por
lesões cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas),
neurológicas ("tabes dorsalis", demência),
cardiovasculares (aneurisma aórtico) e articulares
(artropatia de Charcot).
Lesão necrosadaLesão Cutânea Goma sifilítica
15. Tardia: diagnosticados após o 2º ano
de vida.
SÍFILIS CONGÊNITA
Recente: diagnosticados até o 2º ano
de vida
A sífilis congênita é o resultado da
disseminação hematogênica T.
pallidum da gestante infectada.
não tratada ou inadequadamente
tratada para o concepto por via
transplacentária (transmissão
vertical).
17. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Exame de Rastreio
VDRL (Venereal Disease Research Laboratory)
VDRL é a prova recomendada para o exame do
líquor. Tem baixa sensibilidade (30-47% falso-
negativo) e alta especificidade.
PCR
Extremamente útil no diagnóstico da sífilis
congênita e neurossífilis
18. ESTADIAMENTO
• SÍFILIS PRIMÁRIA
PENICILINA
Benzatina
• 1 SÉRIE DOSE
TOTAL:
• 2.400.000 UI
INTERVALO ENTRE
AS SÉRIES
• DOSE ÚNICA
CONTROLE DE CURA
(SOROLOGIA)
• VDRL
• MENSAL
Sífilis secundária
ou Latente com
menos de 1 ano
de duração
2 séries dose
total:
4.800.00 UI
1 semana
Sífilis terciária ou
com mais de 1 ano
de evolução ou
com duração
ignorada
3 séries Dose
total:
7.200.000 UI 1 semana VDRL MENSAL
VDRL
SEMANAL
TRATAMENTO
20. Referências Bibliográficas
AVELLEIRA, J. C. R.; BOTTINO, G. Sífilis: diagnóstico,
tratamento e controle. Anais Brasileiro de
Dermatologia [online]. 2006, vol.81, n.2, pp. 111-126. ISSN
1806-4841. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/abd/v81n2/v81n02a02.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Controle das Doenças
Sexualmente Transmissíveis DST. Secretaria de Vigilância
em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. 4º Ed. Brasília,
DF. 2006. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_controle_da
s_dst.pdf
No ano de 2011, foram diagnosticados 9.374 casos de sífilis congênita, com taxa de incidência de 3,3 casos para cada 1.000 nascidos vivos. A região que apresenta a maior taxa de incidência de sífilis congênita é a Nordeste, com 3,8 casos a cada 1 mil nascidos vivos, seguida da Sudeste, cujo índice é de 3,6. O Centro-Oeste é o que tem o menor número proporcional de recém-nascidos com a doença: 1,8.
No ranking dos estados, o Rio de Janeiro é o que tem a maior taxa de sífilis congênita - 9,8 ocorrências da doença a cada 1 mil recém-nascidos. O estado do Ceará é o segundo com (6,8) e Sergipe o terceiro com (6,7). O local com menor taxa de sífilis em recém-nascidos é o Piauí (0,8), entretanto, esse dado pode refletir a subnotificação.
Quando a bactéria entra no organismo ela penetra na corrente sanguínea e no sistema linfático, podendo levar ao comprometimento de vários órgãos internos e se não for tratada corretamente pode afetar o sistema nervoso central causando danos irreversíveis, como surdez e cegueira.
-Sífilis adquirida recente (com menos de um ano de evolução): * Primária
* Secundária e
* Latente recente;
- Sífilis adquirida tardia (com mais de um ano de evolução):
* Latente tardia e
* Terciária
- Sífilis congênita recente (diagnosticados até o 2º ano de vida);
- Sífilis congênita tardia (diagnosticados após o 2º ano de vida).
RESPOSTA DA DEFESA LOCAL
Lesão ulcerativa (cranco
Latente recente menos de um ano de duração
Período na evolução clínica de uma doença parasitária no qual os sintomas desaparecem, apesar de estar o hospedeiro ainda infectado
PCR-Extremamente útil no diagnóstico da sífilis congênita e neurossífilis.
Déficit de conhecimento sobre a doença e o risco de disseminação da infecção e reinfecção;
* Recusa em seguir o tratamento relacionado à dor e /ou constrangimento.
* Integridade da pele prejudicada secundária ás lesões decorrentes da infecção sistêmica
* Articulações intra e intersetoriais para ampliação e continuidade das ações;
*Identificação dos contatos mais triagem e notificação;
*Completar o curso da penicilina como terapia para sifilis: abster -se do contato sexual com parceiro anteriores até que eles tenham sido tratados;
*Orientação sobre o uso do preservativos pois reduzem o risco de transmissão da sífilis e outras DSTs;
* Reduzir a ansiedade pois o paciente é incentivado a discutir medos quanto ao diagnostico, tratamento e prognostico.