Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 45
1.
2. 4 Para andar espalhado por toda a encosta
5 A ser muita coisa feliz ao mesmo tempo),
7 Ou quando uma nuvem passa a mão por cima
[da luz
3 (Ou ser o rebanho todo
6 É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol
8 E corre um silêncio pela erva fora.
1 E se desejo às vezes,
2 Por imaginar, ser cordeirinho
3. E se desejo às vezes,
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita coisa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da
[luz
E corre um silêncio pela erva fora.
4. Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas
[ ideias
Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu
[ rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreen-
[ de o que se diz
E quer fingir que compreende.
5. Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predilecta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
6. E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer coisa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de
[ brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.
7.
8.
9. XI
Aquela senhora tem um piano
Que é agradável mas não é o correr dos rios
Nem o murmúrio que as árvores fazem...
Para que é preciso ter um piano?
O melhor é ter ouvidos
E amar a Natureza.
10.
11.
12.
13. Morro na praia
(Capitão Fausto)
Trabalhar nunca me fez bem nenhum,
complemento indireto
Mas é melhor que ver o tempo a passar.
Atrasado, faço mais um refrão.
Ao menos, vou gastar o tempo todo a cantar
14. Não paro enquanto ainda for a tempo.
A tempestade virou costas ao mar,
complemento indireto
Por muito que eu não queira,
De hoje não vai passar.
15. *lhe
Fecho-me em casa, finjo que sou cantor,
complemento direto
Ostento a tentativa de me levar a sério,
Mas, no fundo, nada mais vai mudar.
Eu canto a parolada, tu só tens de aceitar.
complemento direto
16. Mãe, eu só te quero lembrar,
Até morrer no peito eu vou-te levar;
Minha mãe, eu só te quero lembrar,
vocativo
Até morrer no peito eu vou-te levar.
17. Caladinho, tu andaste a pastar,
Por esta altura tinhas já o trunfo na mão.
modificador do grupo verbal
Adormeço sempre a equacionar
E durmo mal dormido a pensar nesta canção.
18. Adio mais um dia perceber
Que aos vinte e seis não posso mais empatar.
Assumo o compromisso,
complemento direto
Deixo as nuvens entrar.
19. Morro na praia a vinte passos de ser
Um gajo formado, um gajo pronto a vingar;
Mas, no fundo, fundo, tudo tem de mudar,
sujeito
Agora, que eu não estudo, não me vou mais calar.
20. Mãe, eu só te quero lembrar,
Até morrer no peito eu vou-te levar;
sujeito
Minha mãe, eu só te quero lembrar,
Até morrer no peito eu vou-te levar.
complemento direto