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• Nota da dissertação reporta-se à
escrita.
• No entanto, registei, à parte — e talvez
com maior peso até —, o mérito de ter
havido leitura (e o tipo de livro lido).
Depois de relanceares os diversos
pequenos ensaios na p. 234 (acerca de
teatro épico), relê as duas primeiras
notas marginais (manual, p. 242;
Felizmente, pp. 15-16) explica como já
demonstram essa abordagem «épica» na
peça de Sttau Monteiro.
As duas primeiras notas à margem
permitem associar Felizmente Há Luar! ao
teatro épico. Nelas, o autor fornece
informações que possibilitam compreender o
efeito de distanciamento a adotar na receção
da peça, destacado na utilização, entre aspas,
do adjetivo «representado». Com a peça, não
se pretende que o público simpatize com as
personagens ou se emocione com a ação, mas
que tenha «consciência de que ninguém [...]
vai esboçar um gesto para o cativar», devendo
manter-se lúcido para perceber a mensagem e
o exemplo transmitidos.
A frase colocada entre parênteses no
final da segunda nota lateral confirma, em
tom metafórico, a ligação de Felizmente Há
Luar! ao teatro épico. Assumindo-se a
peça, representada pelos atores, como
«réu» a ser julgado pelos espectadores,
estes, enquanto «juízes», devem manter-se
imparciais para conseguirem receber e
interpretar corretamente a mensagem
transmitida.
1. Em Cesário, a cidade é vivência do concreto
e do quotidiano; ela é o espaço que o sujeito
poético habita e percorre e que, pelo seu olhar,
nos é revelado diverso e pleno de contrastes.
Para além disso, a temática da cidade é um dos
traços da modernidade deste autor, pois, através
dela, o mundo do homem moderno surge, na
poesia, apresentado como uma realidade ora
trivial, ora fantasmagórica, ora revelando
contrastes sociais, ora suscitando tédio.
De facto, surpreendendo o acontecer da
vida urbana, Cesário constrói uma visão
dinâmica da Lisboa do seu tempo, trazendo para
a poesia o real quotidiano do homem citadino.
2.
Motivo recorrente na poesia de Cesário, a
cidade de Lisboa é uma realidade
minuciosamente observada pelo sujeito poético,
que, deambulando, capta diferentes matizes do
tecido urbano: a Baixa pombalina, com o seu
traçado geométrico, os armazéns e hotéis da
moda, os teatros, os cafés, os bairros modernos
da burguesia mercantil, as zonas aristocráticas e
as periferias pobres, onde o povo trabalhador
vive, em condições degradantes (por exemplo:
«apinham-se num bairro aonde miam gatas, / E o
peixe podre gera os focos de infeção»).
3.
A presença, na obra poética de Cesário, de
uma galeria de tipos sociais muito diversos faz
sobressair os contrastes que dominam a cidade:
ao povo laborioso (os carpinteiros, os calafates,
os calceteiros, as varinas, a hortaliceira...), muitas
vezes configurado como uma reminiscência do
espaço salutar do campo, e que confere vitalidade
ao espaço urbano, opõe-se o mundo ocioso das
elegantes citadinas, que procuram o luxo dos
magasins, dos burgueses, que vivem no
«conchego» da «sua vida fácil».
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As duas primeiras notas à margem revelam a abordagem épica em Felizmente Há Luar

  • 1.
  • 2. • Nota da dissertação reporta-se à escrita. • No entanto, registei, à parte — e talvez com maior peso até —, o mérito de ter havido leitura (e o tipo de livro lido).
  • 3.
  • 4. Depois de relanceares os diversos pequenos ensaios na p. 234 (acerca de teatro épico), relê as duas primeiras notas marginais (manual, p. 242; Felizmente, pp. 15-16) explica como já demonstram essa abordagem «épica» na peça de Sttau Monteiro.
  • 5. As duas primeiras notas à margem permitem associar Felizmente Há Luar! ao teatro épico. Nelas, o autor fornece informações que possibilitam compreender o efeito de distanciamento a adotar na receção da peça, destacado na utilização, entre aspas, do adjetivo «representado». Com a peça, não se pretende que o público simpatize com as personagens ou se emocione com a ação, mas que tenha «consciência de que ninguém [...] vai esboçar um gesto para o cativar», devendo manter-se lúcido para perceber a mensagem e o exemplo transmitidos.
  • 6. A frase colocada entre parênteses no final da segunda nota lateral confirma, em tom metafórico, a ligação de Felizmente Há Luar! ao teatro épico. Assumindo-se a peça, representada pelos atores, como «réu» a ser julgado pelos espectadores, estes, enquanto «juízes», devem manter-se imparciais para conseguirem receber e interpretar corretamente a mensagem transmitida.
  • 7.
  • 8. 1. Em Cesário, a cidade é vivência do concreto e do quotidiano; ela é o espaço que o sujeito poético habita e percorre e que, pelo seu olhar, nos é revelado diverso e pleno de contrastes. Para além disso, a temática da cidade é um dos traços da modernidade deste autor, pois, através dela, o mundo do homem moderno surge, na poesia, apresentado como uma realidade ora trivial, ora fantasmagórica, ora revelando contrastes sociais, ora suscitando tédio. De facto, surpreendendo o acontecer da vida urbana, Cesário constrói uma visão dinâmica da Lisboa do seu tempo, trazendo para a poesia o real quotidiano do homem citadino.
  • 9. 2. Motivo recorrente na poesia de Cesário, a cidade de Lisboa é uma realidade minuciosamente observada pelo sujeito poético, que, deambulando, capta diferentes matizes do tecido urbano: a Baixa pombalina, com o seu traçado geométrico, os armazéns e hotéis da moda, os teatros, os cafés, os bairros modernos da burguesia mercantil, as zonas aristocráticas e as periferias pobres, onde o povo trabalhador vive, em condições degradantes (por exemplo: «apinham-se num bairro aonde miam gatas, / E o peixe podre gera os focos de infeção»).
  • 10. 3. A presença, na obra poética de Cesário, de uma galeria de tipos sociais muito diversos faz sobressair os contrastes que dominam a cidade: ao povo laborioso (os carpinteiros, os calafates, os calceteiros, as varinas, a hortaliceira...), muitas vezes configurado como uma reminiscência do espaço salutar do campo, e que confere vitalidade ao espaço urbano, opõe-se o mundo ocioso das elegantes citadinas, que procuram o luxo dos magasins, dos burgueses, que vivem no «conchego» da «sua vida fácil».