Este documento fornece instruções para um trabalho sobre a estrutura de Os Lusíadas de Camões. Os alunos devem ler selecções do poema nas páginas 157-159 em pares ou individualmente. Eles também devem preparar uma leitura em voz alta de extractos do poema para a próxima aula.

2. (a) celebrar;
(b) superior;
(c) contrário;
(d) mitologia;
(e) Proposição;

3. (f) musas;
(g) meio;
(h) analepse;
(i) oponentes;
(j) externa;

4. (k) Dedicatória;
(l) oitavas;
(m) ação;
(n) História;
(o) reflexões;
(p) conselheiro.

6. Abre o livro nas pp. 157-159, para
lembrares a estrutura de Os Lusíadas.

7. O trabalho é para ser feito em
dupla (nas carteiras com dois
colegas) ou individualmente.
Nos trabalhos em dupla, devem
escrever em ambas as folhas.

8. Por favor, tratar os livros com os
cuidados que qualquer livro merece:
Não forçar a lombada, e os cadernos,
espalmando-os;
Não escrever sobre eles;
Não folhear bruscamente, arriscando
rasgos;
Não os besuntar com o sebo das
vossas mãos imundas e nojentas.

9. Não insistas demasiado em
encontrar os limites das várias partes
(Proposição, Invocação, Dedicatória,
Narração), se não for logo evidente.

11. Homero, Ilíada [séc. VIII a.C.]
Aventuras de Aquiles, durante o
último ano da Guerra de Tróia.
vinte e quatro cantos

12. Homero, Odisseia [séc. VIII a.C.]
Aventuras de Ulisses no regresso da
Guerra de Tróia, até chegar a Ítaca.
vinte quatro cantos

13. Virgílio, Eneida [séc. I a.C.]
Aventuras de Eneias, desde a queda de
Tróia até à fundação de Roma.
doze cantos

14. Ludovico Ariosto, Orlando Furioso [1516]
Aventuras cavaleirescas e amorosas (luta
entre cristãos e mouros).
quarenta e seis cantos

15. Torquato Tasso, Jerusalém Libertada [1581]
Conquista da Palestina, na primeira
cruzada.
vinte cantos

16. Kalevala [1849]
Proezas de vários heróis míticos
finlandeses.
cinquenta cantos

18. Jerónimo Corte-Real, Sucesso do
segundo cerco de Diu, 1546
Cerco de Diu; D. João de Castro.
vinte e um cantos
sem rima
sem delimitação estrófica
decassílabos

19. Vasco Mouzinho de Quevedo, Afonso
Africano, 1611
Conquista de Arzila por Afonso V.
doze cantos
oitavas
decassílabos

20. Gabriel Pereira de Castro, Ulisseia ou
Lisboa Edificada, 1636
Lenda da fundação de Lisboa.
dez cantos
oitavas
decassílabos

21. José Martins Rua, Pedreida. Poema
heroico da liberdade portugueza,
1843
Vida e feitos de D. Pedro IV.
dez cantos
oitavas
decassílabos

22. José Agostinho de Macedo, O Oriente,
1854
Viagem à Índia.
doze cantos
oitavas
decassílabos

23. José Agostinho de Macedo, Newton,
1854
Newton.
quatro cantos
sem delimitação estrófica
sem rima
decassílabos

24. Tomás Ribeiro, D. Jayme, 1862
Rivalidades entre Portugal e Espanha.
nove cantos
irregular
irregular

25. José Agostinho de Macedo, A Creação,
1865
O Universo.
um canto
oitavas
decassílabos

26. António José Viale, Bosquejo metrico
da historia de Portugal, 1866
História de Portugal.
seis cantos
oitavas
decassílabos

27. Augusto Bacelar, Migueleida. Poema em
memoria do Senhor Dom Miguel de
Bragança, 1867
Feitos de D. Miguel.
três cantos
oitavas
decassílabos

28. Carlos Alberto Nunes, Os Brasileidas,
1938
História do Brasil.
nove cantos + um epílogo
sem delimitação estrófica
sem rima
decassílabos

30. Camões do Rossio [Caetano da Silva
Souto-Maior], A Martinhada, séc. XVIII
«Sensualidades generosas» de Frei
Martinho de Barros, confessor de el-rei.
dois cantos
oitavas
decassílabos

31. Francisco de Paula de Figueiredo,
Santarenaida, 1792
Um taberneiro e as suas aventuras
entre Baco (vinho) e Neptuno (água).
oito cantos
[nem sempre oitavas]
decassílabos

32. António Diniz da Cruz e Silva, O
Hyssope, 1808
Uma questão de cerimonial entre o
bispo de Elvas e o deão da respectiva
Sé.
oito cantos
não há estrofes regulares
decassílabos

33. João Jorge de Carvalho, Gaticanea ou
cruelissima guerra entre os cães e
os gatos [...], 1816
Guerra entre cães e gatos, em Mafra.
quatro cantos
sem regularidade estrófica
decassílabos

34. [Nuno Pato Moniz], Agostinheida, 1817
Vida e feitos do Padre José Agostinho de
Macedo, grande inimigo do autor.
nove cantos
sem delimitação estrófica
decassílabos

35. J. M. P. [Camilo Aureliano Silva e
Sousa], Os Ratos da Alfandega de
Pantana, 1849
Irregularidades na administração na
alfândega do Porto.
oito cantos
oitavas
decassílabos

36. A Revolução, 1850
«Golpe de estado» em 1846.
seis cantos
oitavas
decassílabos

37. Alexandre de Almeida Garrett, As Viagens
a Leixões ou a Troca das Nereidas, 1855
Crítica de costumes no Porto.
doze cantos
quadras
heptassílabos

38. Francisco de Almeida, Os Lusiadas do
seculo XIX, 1865
Acontecimentos políticos em Portugal,
no século XIX.
cinco cantos
oitavas
decassílabos

39. Manuel Roussado, Roberto, 1867
Paródia a D. Jayme, de Tomaz Ribeiro.
nove cantos
variável
variável

40. Quatro estudantes de Evora, Parodia ao
primeiro canto dos Lusiadas de
Camões, 1880
Bebedice de alguns eborenses.
um canto
oitavas
decassílabos

41. Pedro de Azevedo Tojal, Foguetario,
1904
Fogo de artifício por um cónego, por
alturas dos esponsais de D. José e
Mariana Vitória.
seis cantos
oitavas
decassílabos

42. Marco António, Republicaniadas, 1913
Peripécias no início da República.
quatro cantos
oitavas
decassílabos

43. Um velho tripeiro, «A Carrileida».
Poema épico-commercial, 1917
Decadência da Companhia Carris do
Porto.
cinco cantos
oitavas
decassílabos

44. Octávio de Medeiros, Affonseida, 1925
Afonso Costa.
seis cantos
oitavas
decassílabos

45. Padre Ângelo do Carmo Minhava,
Cabrilíada, 1947
Uma viagem ao Cabril.
três cantos
oitavas
decassílabos

46. Amândio Vilares, Portuscale, s.d.
Serviço militar em África.
dez cantos
décimas
decassílabos

49. p. 195

50. Lusíadas (Anaquim)
Este é o nosso triste fado
Do vamos andando e do pobre coitado
Velha canção em que a culpa é do estado
Por ser o espelho do reinado
E a história por mais do que uma vez
Foi mais cruel que a de Pedro e Inês
Levou-nos o que tanta falta nos fez
Sem deixar razões ou porquês

51. Temos fuga ao fisco, estradas de alto risco
Temos valiosos costumes e tradições
Que eu não percebo, se nos maldizemos,
quais as razões?
Temos chico-espertos, burlas e protestos
Temos tantos motivos p’ra sorrir
Que eu nem imagino qual será a desculpa
que vem a seguir…

52. Gosto tanto deste país
Só não entendo o que o faz feliz
Se é rir da miséria de outros quando a vemos
Ou chorar da nossa própria quando a temos
Gosto tanto deste país
Só não entendo quando ele se diz
Senhor de um futuro maturo, duro, mas seguro
E eu juro que ainda não o vi

53. Os queixumes, sei-os de cor
Endereçados, a Nosso Senhor
Intercalados, com suspiro ou dor
De um bom sofredor.
Dentro de momentos, seguem-se os lamentos
Não há dinheiro p’rós medicamentos
Não há dinheiro p’ra tanto sustento
Tão longe vão outros tempos.

54. Gosto tanto deste país
Só não entendo o que o faz feliz
Se é rir da miséria de outros quando a vemos
Ou chorar da nossa própria quando a temos
Gosto tanto deste país
Só não entendo quando ele se diz
Senhor de um futuro maturo, duro mas seguro
Eu juro que ainda não o vi.

56. TPC — Prepara leitura em voz alta
das três estâncias de Os Lusíadas na p.
161, bem como das quatro estâncias na
p. 164. (Para conseguires leitura
razoável, não chegará reconheceres as
estrofes pouco antes da aula. Pretende-
se uma leitura profissional.)