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E s c o l a S e c u n d á r i a P i n h a l d o R e i
11.º Ano – Teste sumativo n.º4 - Turma C (março 2015)
O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.
Grupo I - A
Odiando tudo o que era inglês, não consentira que seu filho, o Pedrinho, fosse estudar ao colégio de
Richmond. Debalde Afonso lhe provou que era um colégio católico! Não queria: aquele catolicismo sem
romarias, sem fogueiras pelo S. João, sem imagens do Senhor dos Passos, sem frades nas ruas - não lhe
parecia a religião. A alma do seu Pedrinho não abandonaria ela à heresia; - e para o educar mandou vir de
Lisboa o padre Vasques, capelão do Conde de Runa.5
O Vasques ensinava-lhe as declinações latinas, sobretudo a cartilha: e a face de Afonso da Maia
cobria-se de tristeza, quando ao voltar de alguma caçada ou das ruas de Londres, de entre o forte rumor da
vida livre - ouvia no quarto dos estudos a voz dormente do reverendo, perguntando como do fundo duma
treva:
- Quantos são os inimigos da alma?10
E o pequeno, mais dormente, lá ia murmurando:
- Três. Mundo, Diabo e Carne...
Pobre Pedrinho! Inimigo da sua alma só havia ali o reverendo Vasques, obeso e sórdido, arrotando
do fundo da sua poltrona, com o lenço do rapé sobre o joelho...
Às vezes Afonso, indignado, vinha ao quarto, interrompia a doutrina, agarrava a mão do Pedrinho -15
para o levar, correr com ele sob as árvores do Tamisa, dissipar-lhe na grande luz do rio o pesadume crasso da
cartilha. Mas a mamã acudia de dentro, em terror, a abafá-lo numa grande manta: depois lá fora o menino,
acostumado ao colo das criadas e aos recantos estofados, tinha medo do vento e das árvores: e pouco a
pouco, num passo desconsolado, os dois iam pisando em silêncio as folhas secas - o filho todo acobardado
das sombras do bosque vivo, o pai vergando os ombros, pensativo, triste daquela fraqueza do filho... […]20
O Pedrinho no entanto estava quase um homem. Ficara pequenino e nervoso como Maria Eduarda,
tendo pouco da raça, da força dos Maias; a sua linda face oval dum trigueiro cálido, dois olhos maravilhosos
e irresistíveis, prontos sempre a humedecer-se, faziam-no assemelhar a um belo árabe. Desenvolvera-se
lentamente, sem curiosidades, indiferente a brinquedos, a animais, a flores, a livros. Nenhum desejo forte
parecera jamais vibrar naquela alma meia adormecida e passiva: só às vezes dizia que gostaria muito de25
voltar para a Itália. Tomara birra ao Padre Vasques,mas não ousava desobedecer-lhe. Era em tudo um fraco;
e esse abatimento contínuo de todo o seu ser resolvia-se a espaços em crises de melancolia negra, que o
traziam dias e dias mudo, murcho, amarelo, com as olheiras fundas e já velho. O seu único sentimento vivo,
intenso, até aí, fora a paixão pela mãe. […]
Quando a mãe morreu, numa agonia terrível de devota, debatendo-se dias nos pavores do inferno,30
Pedro teve na sua dor os arrebatamentos duma loucura. Fizera a promessa histérica, se ela escapasse, de
dormir durante um ano sobre as lajes do pátio: e levado o caixão, saídos os padres, caiu numa angústia
soturna, obtusa, sem lágrimas, de que não queria emergir, estirado de bruços sobre a cama numa obstinação
de penitente. Muitos meses ainda não o deixou uma tristeza vaga: e Afonso da Maia já se desesperava de ver
aquele rapaz, seu filho e seu herdeiro, sair todos os dias a passos de monge, lúgubre no seu luto pesado, para35
ir visitar a sepultura da mamã...
Esta dor exagerada e mórbida cessou por fim; e sucedeu-lhe, quase sem transição, um período de
vida dissipada e turbulenta, estroinice banal, em que Pedro, levado por um romantismo torpe, procurava
afogar em lupanares e botequins as saudades da mamã. Mas essa exuberância ansiosa que se desencadeara
tão subitamente, tão tumultuosamente, na sua natureza desequilibrada, gastou-se depressa também. […]40
Mas um dia, excessos e crises findaram. Pedro da Maia amava! Era um amor à Romeu, vindo de
repente numa troca de olhares fatal e deslumbradora, uma dessas paixões que assaltam uma existência, a
assolam como um furacão, arrancando a vontade, a razão, os respeitos humanos e empurrando-os de roldão
aos abismos.
in «Os Maias», cap. I45
Após ter lido o texto apresentado, responda de forma correta e completa, com frases bem
estruturadas.
1. Que razões levavam Afonso da Maia a sentir-se triste pela forma como o filho era educado?
2. Identifique as características da personalidade de Pedro que são uma consequência da forma
como foi educado.
3. Explique de que forma a última frase do excerto pode ser um indício de como se irá desenrolar a
relação amorosa entre Pedro e Maria Monforte.
Grupo I – B
Leia atentamente o poema e responda de forma correta, com frases completas e bem
estruturadas.
Bucólica
A vida é feita de nadas:
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas
Pelo vento;
De casas de moradia
Caídas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais
De poeira;
De sombra duma figueira;
De ver esta maravilha;
Meu pai a erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha.
Miguel Torga, Diário I, Coimbra, 1941
4. O sujeito poético afirma que “A vida é feita de nadas” (v.1).
4.1. Registe os “nadas” a que se refere e interprete o verso.
5. Identifique os sentimentos expressos na seguinte comparação “Meu pai a erguer uma videira/
Como uma mãe que faz a trança à filha.” (vv. 13-14).
3
Grupo II
Leia atentamente o texto.
Os Maias, sendo aquilo a que é usual chamar um "romance-fresco"(1) (porque nele perpassam
tipos, mentalidades e atitudes culturais de diversas épocas), ilustram, em registo ficcional, os
movimentos e contradições de uma sociedade historicamente bem caracterizada. A política, a
vida financeira, a literatura, o jornalismo, a diplomacia, a administração pública
representam-se em jantares, saraus, serões e corridas de cavalos; assim se configura uma5
vasta crónica social, anunciada no subtítulo "Episódios da Vida Romântica", o que indicia
também o peso de que o Romantismo continua a desfrutar numa sociedade que se aproxima do fim
do século, em ritmo de decadência e de crise institucional, a vários níveis.
Se o tempo da história é, em Os Maias, muito alargado (de inícios do século até 1887), a sua
representação no discurso privilegia sobretudo a passagem de Carlos da Maia pela ação. Quando ele10
aparece em Lisboa, são cerca de catorze capítulos os que relatam apenas dois anos da sua
existência, reservando-se depois, no epílogo do romance, todo o capítulo XVIII para o relato
de algumas horas em que o protagonista regressa a Lisboa. Estes elementos não deixam margem
para dúvidas: é a Carlos (e à sua geração) que cabe um protagonismo que, por ser efetivo, torna
difícil ler Os Maias estritamente como um romance de família.15
Para além disso, o realismo de Os Maias faz-se de certo modo Realismo subjetivo, no sentido
em que a representação do espaço social se articula a partir de um olhar inserido na história: o olhar
de Carlos da Maia, episodicamente complementado pelo de João da Ega. Esse olhar é o de uma
personagem em princípio estranha àquela sociedade: não se esqueça que a educação de Carlos foi
regida por um modelo britânico e não pelo cânone tradicional português; e tenha-se em conta tam-20
bém que, por educação e gosto cultural, Carlos parece desfrutar de um estatuto de certa
superioridade que lhe permite arvorar-se em crítico discreto do espaço social em que circula.
Carlos Reis, O Essencial sobre Eça de Queirós, Lisboa, IN-CM, 2000
(1)"romance-fresco": romance que retrata uma sociedade ao longo de várias gerações
4
1. De entre as afirmações seguintes, assinale aquela que lhe parece mais correta, de acordo
com o texto que acabou de ler.
1.1.Ao colocar entre parêntesis “( porque nele perpassam tipos, mentalidades e atitudes culturais de
diversas épocas)”, linhas 1 e 2 , o autor pretende
(A) anunciar uma conclusão.
(B) intercalar uma informação acessória, mas muito útil.
(C) destacar a expressão dando-lhe especial relevo.
1.2. No segmento textual “ A política, a vida financeira, a literatura, o jornalismo, a diplomacia, a
administração pública representam-se em jantares, saraus, serões e corridas de cavalos”, linhas 3, 4
e 5, o autor
(A) dá maior importância a uns elementos do que a outros.
(B) faz enumerações em que os vários elementos assumem igual importância.
(C) explica em que espaços está representada a sociedade do século XVIII.
1.3. Na expressão “ reservando-se depois, no epílogo do romance, todo o capítulo XVIII para o
relato de algumas horas”, linhas 12 e 13 , a conjunção para estabelece uma relação de
(A) causalidade.
(B) retoma.
(C) finalidade.
1.4. O articulador “Para além disso”, linha 16, permite introduzir uma ideia de
(A) causa.
(B) adição e ênfase.
(C) insistência numa ideia já exposta.
1.5. Quando o autor afirma “não deixam margem para dúvidas”, linhas 13 e 14, o segmento textual
mostra
(A) a certeza do autor.
(B) que há elementos que devem ficar à margem.
(C) que há elementos duvidosos.
2. Que função sintática desempenha a expressão “uma vasta crónica social”, linha 5 e 6?
3. Classifique a oração “que lhe permite arvorar-se em crítico discreto do espaço social”, linha 22.
5
Grupo III
Ser educado é saber, instintiva, automática e permanentemente, em qualquer altura ou
circunstância, onde estão os limites à liberdade de cada um: qual é o comportamento que se espera
de cada um em toda e qualquer situação.
António Vasco de Mello
Ex-Presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP)
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=1307
Elabore uma reflexão sobre a educação e a civilidade, partindo da perspetiva exposta no
excerto acima transcrito.
Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um
deles com, pelo menos, um exemplo significativo.
Escreva um texto, devidamente estruturado, de duzentas a trezentas palavras.
FIM
Cotações
Grupo I – 100 pontos Grupo II – 50 pontos Grupo III – 50 pontos
1A 2A 3A 4.1B 5B 1 2. Estruturaçãotemática e
discursiva – 30 pontos
Correção linguística – 20
pontos
20
pontos
20
pontos
20
pontos
20
pontos
20
pontos
30
pontos
(5x6pt)
20
pontos
(2x10pt)
6
PROPOSTA DE CORREÇÃO
PROPOSTA DE CORREÇÃO (ficha de trabalho e proposta de correção retiradas do manual “Português 11º
ano”, da Santillana Constância, pp. 196-197):
1. A educação religiosa baseada na cartilha, ministrada pelo padre Vasques, afastada do exercício físico e
da Natureza só poderia transformar Pedro num fraco. Afonso da Maia sabia que isto iria acontecer, o que o
deixava numa profunda tristeza.
2. As características físicas e psicológicas que Pedro herdou da mãe foram agravadas pela sua educação.
A sua fragilidade física, decorrente do facto de não se ter desenvolvido a este nível, está intimamente
associada à sua fraqueza psicológica. O facto de ter sido confinado ao espaço doméstico, onde lhe era
exigido que memorizasse passivamente conhecimentos inadequados à sua idade, impediu-o de desenvolver a
curiosidade e a capacidade de ter iniciativa. É por esse motivo que se torna uma personagem marcada por
uma apatia e passividade profundas, que se aproximam, por vezes, da cobardia.
A sua debilidade a nível psicológico manifesta-se nas crises pontuais de melancolia que o acometiam, e
que atingem o seu auge no momento da morte da mãe. Nem sequer a formação religiosa lhe serve de consolo
nesta altura difícil: a superficialidade da sua devoção revela-se no facto de oscilar entre uma entrega lúgubre
à religião e a vida boémia.
Assim, a educação recebida, baseada na cartilha, na religião, sem grande contacto com o exterior,
transformaram Pedrinho num ser frágil, apático, melancólico e cobarde.
3. Como sabemos, a relação entre Pedro e Maria Monforte é uma relação romântica que termina de forma
trágica.
Maria Monforte, arrastada por amores românticos, abandona Pedro, fugindo com um italiano. Pedro da
Maia revela, mais uma vez, toda a sua fragilidade e incapacidade de aceitar as contrariedades da vida,
suicidando-se.
A última frase revela o caráter pouco racional de Pedro, o que ele sente por Maria Monforte é um amor
romântico, “à Romeu”, uma paixão que arrasta para o abismo.
Ora esta paixão que “arranca a vontade e a razão” só poderia conduzir à tragédia.
Em síntese, a última frase do texto pode perfeitamente funcionar com um indício da tragédia que virá a
desenrolar-se para a qual contribui a fragilidade física e psíquica herdadas, reforçada por uma educação
inadequada.
Grupo I – B
1. Os “nadas” a que o sujeito poético se refere são “as grandes
serras paradas”; “as searas onduladas”; “as casas de moradia”;
“poeira”; “sombra de uma figueira”; “ver meu pai a erguer uma
videira”.
Esses “nadas” representam aquilo que realmente é importante na
vida, um conjunto de realidades aparentemente insignificantes,
sensações, emoções que perduram na memória de cada um de nós,
que nos trazem felicidade …
7
2. Sentimentos: amor, carinho, ternura
Grupo II
1.1-B
1.2-B
1.3-C
1.4-B
1.5-A
2. Sujeito
3. Oração subordinada (adjetiva) relativa restritiva

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Teste4 11.º maias_poema_xx

  • 1. A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s M a r i n h a G r a n d e N a s c e n t e E s c o l a S e c u n d á r i a P i n h a l d o R e i 11.º Ano – Teste sumativo n.º4 - Turma C (março 2015) O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. Grupo I - A Odiando tudo o que era inglês, não consentira que seu filho, o Pedrinho, fosse estudar ao colégio de Richmond. Debalde Afonso lhe provou que era um colégio católico! Não queria: aquele catolicismo sem romarias, sem fogueiras pelo S. João, sem imagens do Senhor dos Passos, sem frades nas ruas - não lhe parecia a religião. A alma do seu Pedrinho não abandonaria ela à heresia; - e para o educar mandou vir de Lisboa o padre Vasques, capelão do Conde de Runa.5 O Vasques ensinava-lhe as declinações latinas, sobretudo a cartilha: e a face de Afonso da Maia cobria-se de tristeza, quando ao voltar de alguma caçada ou das ruas de Londres, de entre o forte rumor da vida livre - ouvia no quarto dos estudos a voz dormente do reverendo, perguntando como do fundo duma treva: - Quantos são os inimigos da alma?10 E o pequeno, mais dormente, lá ia murmurando: - Três. Mundo, Diabo e Carne... Pobre Pedrinho! Inimigo da sua alma só havia ali o reverendo Vasques, obeso e sórdido, arrotando do fundo da sua poltrona, com o lenço do rapé sobre o joelho... Às vezes Afonso, indignado, vinha ao quarto, interrompia a doutrina, agarrava a mão do Pedrinho -15 para o levar, correr com ele sob as árvores do Tamisa, dissipar-lhe na grande luz do rio o pesadume crasso da cartilha. Mas a mamã acudia de dentro, em terror, a abafá-lo numa grande manta: depois lá fora o menino, acostumado ao colo das criadas e aos recantos estofados, tinha medo do vento e das árvores: e pouco a pouco, num passo desconsolado, os dois iam pisando em silêncio as folhas secas - o filho todo acobardado das sombras do bosque vivo, o pai vergando os ombros, pensativo, triste daquela fraqueza do filho... […]20 O Pedrinho no entanto estava quase um homem. Ficara pequenino e nervoso como Maria Eduarda, tendo pouco da raça, da força dos Maias; a sua linda face oval dum trigueiro cálido, dois olhos maravilhosos e irresistíveis, prontos sempre a humedecer-se, faziam-no assemelhar a um belo árabe. Desenvolvera-se lentamente, sem curiosidades, indiferente a brinquedos, a animais, a flores, a livros. Nenhum desejo forte parecera jamais vibrar naquela alma meia adormecida e passiva: só às vezes dizia que gostaria muito de25 voltar para a Itália. Tomara birra ao Padre Vasques,mas não ousava desobedecer-lhe. Era em tudo um fraco; e esse abatimento contínuo de todo o seu ser resolvia-se a espaços em crises de melancolia negra, que o traziam dias e dias mudo, murcho, amarelo, com as olheiras fundas e já velho. O seu único sentimento vivo, intenso, até aí, fora a paixão pela mãe. […] Quando a mãe morreu, numa agonia terrível de devota, debatendo-se dias nos pavores do inferno,30 Pedro teve na sua dor os arrebatamentos duma loucura. Fizera a promessa histérica, se ela escapasse, de dormir durante um ano sobre as lajes do pátio: e levado o caixão, saídos os padres, caiu numa angústia soturna, obtusa, sem lágrimas, de que não queria emergir, estirado de bruços sobre a cama numa obstinação de penitente. Muitos meses ainda não o deixou uma tristeza vaga: e Afonso da Maia já se desesperava de ver aquele rapaz, seu filho e seu herdeiro, sair todos os dias a passos de monge, lúgubre no seu luto pesado, para35 ir visitar a sepultura da mamã... Esta dor exagerada e mórbida cessou por fim; e sucedeu-lhe, quase sem transição, um período de vida dissipada e turbulenta, estroinice banal, em que Pedro, levado por um romantismo torpe, procurava afogar em lupanares e botequins as saudades da mamã. Mas essa exuberância ansiosa que se desencadeara tão subitamente, tão tumultuosamente, na sua natureza desequilibrada, gastou-se depressa também. […]40 Mas um dia, excessos e crises findaram. Pedro da Maia amava! Era um amor à Romeu, vindo de repente numa troca de olhares fatal e deslumbradora, uma dessas paixões que assaltam uma existência, a assolam como um furacão, arrancando a vontade, a razão, os respeitos humanos e empurrando-os de roldão aos abismos. in «Os Maias», cap. I45
  • 2. Após ter lido o texto apresentado, responda de forma correta e completa, com frases bem estruturadas. 1. Que razões levavam Afonso da Maia a sentir-se triste pela forma como o filho era educado? 2. Identifique as características da personalidade de Pedro que são uma consequência da forma como foi educado. 3. Explique de que forma a última frase do excerto pode ser um indício de como se irá desenrolar a relação amorosa entre Pedro e Maria Monforte. Grupo I – B Leia atentamente o poema e responda de forma correta, com frases completas e bem estruturadas. Bucólica A vida é feita de nadas: De grandes serras paradas À espera de movimento; De searas onduladas Pelo vento; De casas de moradia Caídas e com sinais De ninhos que outrora havia Nos beirais De poeira; De sombra duma figueira; De ver esta maravilha; Meu pai a erguer uma videira Como uma mãe que faz a trança à filha. Miguel Torga, Diário I, Coimbra, 1941 4. O sujeito poético afirma que “A vida é feita de nadas” (v.1). 4.1. Registe os “nadas” a que se refere e interprete o verso. 5. Identifique os sentimentos expressos na seguinte comparação “Meu pai a erguer uma videira/ Como uma mãe que faz a trança à filha.” (vv. 13-14).
  • 3. 3 Grupo II Leia atentamente o texto. Os Maias, sendo aquilo a que é usual chamar um "romance-fresco"(1) (porque nele perpassam tipos, mentalidades e atitudes culturais de diversas épocas), ilustram, em registo ficcional, os movimentos e contradições de uma sociedade historicamente bem caracterizada. A política, a vida financeira, a literatura, o jornalismo, a diplomacia, a administração pública representam-se em jantares, saraus, serões e corridas de cavalos; assim se configura uma5 vasta crónica social, anunciada no subtítulo "Episódios da Vida Romântica", o que indicia também o peso de que o Romantismo continua a desfrutar numa sociedade que se aproxima do fim do século, em ritmo de decadência e de crise institucional, a vários níveis. Se o tempo da história é, em Os Maias, muito alargado (de inícios do século até 1887), a sua representação no discurso privilegia sobretudo a passagem de Carlos da Maia pela ação. Quando ele10 aparece em Lisboa, são cerca de catorze capítulos os que relatam apenas dois anos da sua existência, reservando-se depois, no epílogo do romance, todo o capítulo XVIII para o relato de algumas horas em que o protagonista regressa a Lisboa. Estes elementos não deixam margem para dúvidas: é a Carlos (e à sua geração) que cabe um protagonismo que, por ser efetivo, torna difícil ler Os Maias estritamente como um romance de família.15 Para além disso, o realismo de Os Maias faz-se de certo modo Realismo subjetivo, no sentido em que a representação do espaço social se articula a partir de um olhar inserido na história: o olhar de Carlos da Maia, episodicamente complementado pelo de João da Ega. Esse olhar é o de uma personagem em princípio estranha àquela sociedade: não se esqueça que a educação de Carlos foi regida por um modelo britânico e não pelo cânone tradicional português; e tenha-se em conta tam-20 bém que, por educação e gosto cultural, Carlos parece desfrutar de um estatuto de certa superioridade que lhe permite arvorar-se em crítico discreto do espaço social em que circula. Carlos Reis, O Essencial sobre Eça de Queirós, Lisboa, IN-CM, 2000 (1)"romance-fresco": romance que retrata uma sociedade ao longo de várias gerações
  • 4. 4 1. De entre as afirmações seguintes, assinale aquela que lhe parece mais correta, de acordo com o texto que acabou de ler. 1.1.Ao colocar entre parêntesis “( porque nele perpassam tipos, mentalidades e atitudes culturais de diversas épocas)”, linhas 1 e 2 , o autor pretende (A) anunciar uma conclusão. (B) intercalar uma informação acessória, mas muito útil. (C) destacar a expressão dando-lhe especial relevo. 1.2. No segmento textual “ A política, a vida financeira, a literatura, o jornalismo, a diplomacia, a administração pública representam-se em jantares, saraus, serões e corridas de cavalos”, linhas 3, 4 e 5, o autor (A) dá maior importância a uns elementos do que a outros. (B) faz enumerações em que os vários elementos assumem igual importância. (C) explica em que espaços está representada a sociedade do século XVIII. 1.3. Na expressão “ reservando-se depois, no epílogo do romance, todo o capítulo XVIII para o relato de algumas horas”, linhas 12 e 13 , a conjunção para estabelece uma relação de (A) causalidade. (B) retoma. (C) finalidade. 1.4. O articulador “Para além disso”, linha 16, permite introduzir uma ideia de (A) causa. (B) adição e ênfase. (C) insistência numa ideia já exposta. 1.5. Quando o autor afirma “não deixam margem para dúvidas”, linhas 13 e 14, o segmento textual mostra (A) a certeza do autor. (B) que há elementos que devem ficar à margem. (C) que há elementos duvidosos. 2. Que função sintática desempenha a expressão “uma vasta crónica social”, linha 5 e 6? 3. Classifique a oração “que lhe permite arvorar-se em crítico discreto do espaço social”, linha 22.
  • 5. 5 Grupo III Ser educado é saber, instintiva, automática e permanentemente, em qualquer altura ou circunstância, onde estão os limites à liberdade de cada um: qual é o comportamento que se espera de cada um em toda e qualquer situação. António Vasco de Mello Ex-Presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=1307 Elabore uma reflexão sobre a educação e a civilidade, partindo da perspetiva exposta no excerto acima transcrito. Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo. Escreva um texto, devidamente estruturado, de duzentas a trezentas palavras. FIM Cotações Grupo I – 100 pontos Grupo II – 50 pontos Grupo III – 50 pontos 1A 2A 3A 4.1B 5B 1 2. Estruturaçãotemática e discursiva – 30 pontos Correção linguística – 20 pontos 20 pontos 20 pontos 20 pontos 20 pontos 20 pontos 30 pontos (5x6pt) 20 pontos (2x10pt)
  • 6. 6 PROPOSTA DE CORREÇÃO PROPOSTA DE CORREÇÃO (ficha de trabalho e proposta de correção retiradas do manual “Português 11º ano”, da Santillana Constância, pp. 196-197): 1. A educação religiosa baseada na cartilha, ministrada pelo padre Vasques, afastada do exercício físico e da Natureza só poderia transformar Pedro num fraco. Afonso da Maia sabia que isto iria acontecer, o que o deixava numa profunda tristeza. 2. As características físicas e psicológicas que Pedro herdou da mãe foram agravadas pela sua educação. A sua fragilidade física, decorrente do facto de não se ter desenvolvido a este nível, está intimamente associada à sua fraqueza psicológica. O facto de ter sido confinado ao espaço doméstico, onde lhe era exigido que memorizasse passivamente conhecimentos inadequados à sua idade, impediu-o de desenvolver a curiosidade e a capacidade de ter iniciativa. É por esse motivo que se torna uma personagem marcada por uma apatia e passividade profundas, que se aproximam, por vezes, da cobardia. A sua debilidade a nível psicológico manifesta-se nas crises pontuais de melancolia que o acometiam, e que atingem o seu auge no momento da morte da mãe. Nem sequer a formação religiosa lhe serve de consolo nesta altura difícil: a superficialidade da sua devoção revela-se no facto de oscilar entre uma entrega lúgubre à religião e a vida boémia. Assim, a educação recebida, baseada na cartilha, na religião, sem grande contacto com o exterior, transformaram Pedrinho num ser frágil, apático, melancólico e cobarde. 3. Como sabemos, a relação entre Pedro e Maria Monforte é uma relação romântica que termina de forma trágica. Maria Monforte, arrastada por amores românticos, abandona Pedro, fugindo com um italiano. Pedro da Maia revela, mais uma vez, toda a sua fragilidade e incapacidade de aceitar as contrariedades da vida, suicidando-se. A última frase revela o caráter pouco racional de Pedro, o que ele sente por Maria Monforte é um amor romântico, “à Romeu”, uma paixão que arrasta para o abismo. Ora esta paixão que “arranca a vontade e a razão” só poderia conduzir à tragédia. Em síntese, a última frase do texto pode perfeitamente funcionar com um indício da tragédia que virá a desenrolar-se para a qual contribui a fragilidade física e psíquica herdadas, reforçada por uma educação inadequada. Grupo I – B 1. Os “nadas” a que o sujeito poético se refere são “as grandes serras paradas”; “as searas onduladas”; “as casas de moradia”; “poeira”; “sombra de uma figueira”; “ver meu pai a erguer uma videira”. Esses “nadas” representam aquilo que realmente é importante na vida, um conjunto de realidades aparentemente insignificantes, sensações, emoções que perduram na memória de cada um de nós, que nos trazem felicidade …
  • 7. 7 2. Sentimentos: amor, carinho, ternura Grupo II 1.1-B 1.2-B 1.3-C 1.4-B 1.5-A 2. Sujeito 3. Oração subordinada (adjetiva) relativa restritiva