O documento descreve a Grande Depressão de 1929, começando com as causas da crise nos EUA, incluindo o crescimento econômico após a Primeira Guerra Mundial e a especulação no mercado de ações. Detalha como a quebra da Bolsa de Valores de Nova York em 1929 levou a uma crise global e seus impactos no Brasil, cuja economia dependia das exportações de café.
A crise de 1929 e seus impactos na economia mundial
1. A crise de 1929
A maior crise que o mundo capitalista já viveu
2. “Os felizes anos 20” – as causas da crise
• Devido à Primeira Guerra Mundial, os EUA ascenderam
economicamente, pois os países beligerantes necessitavam de armas,
roupas e alimentos entre outras necessidades. Como, a princípio,
não participavam do confronto, comercializavam com os dois lados do
conflito. Dessa forma, os “neutros politicamente” enriqueciam e se
tornavam credores dos europeus.
3. • No final da guerra os EUA tornaram-se uma potência econômica
mundial, o que possibilitou um desenvolvimento econômico
desenfreado. O crescimento interno de produção se alastrava por
diversos setores da economia – da indústria ao entretenimento –,
com os filmes hollywoodianos propagando para o mundo o American
way of life (o modo de vida americano), comercializado e cobiçado
mundialmente.
6. O crash de 1929
• Com o fim da Primeira Guerra, os europeus voltaram a produzir e
adotaram políticas protecionistas, desbancando, assim, os produtos
estadunidenses considerados caros, pois, até então, não possuíam
concorrência. Com a diminuição da produção, ocorreram cortes de
empregados e, devido aos cortes, o consumo interno diminuiu. Logo, os
preços baixaram e novas demissões surgiram. Os investidores apostaram
em um novo mercado, o acionário – Bolsa de Valores. Eles passaram,
então, a atribuir às ações preços muito mais elevados do que realmente
valiam. As ações valorizavam muito mais do que o crescimento da
economia interna, logo os investidores desconfiados iniciaram o processo
de venda de seus títulos.
7. • Em 24 de outubro de 1929, a bolsa quebrou, milhões de ações não
achavam compradores e, consequentemente, a baixa drástica dos
valores dessas ações motivou falências de bancos, comércios,
indústrias e gerou milhares de desempregados. O mundo quebrou
junto com os EUA. A Europa não possuía mais o crédito externo,
principalmente o estadunidense, e a América Latina não tinha como
repassar os seus produtos, o que acarretou o efeito dominó
14. Ironia: no outdoor destaque para o estilo americano “O
American way of life”. Abaixo fila de desempregados.
15. Efeitos da crise no Brasil
• Neste período o produto de exportação do Brasil era o café. A crise de
1929 caiu como uma bomba devastadora na economia do país, pois a
produção cafeeira gerava expectativa de lucro certo, já que o Estado a
subsidiava. Com a expectativa do lucro certo, fazendeiros – Barões do
café – realizaram empréstimos e contraíram dívidas altas, pois
contavam com os lucros futuros que nesse ano não vieram. O
governo tentou intervir comprando boa parte do estoque dos
produtores e queimando-o, pois o objetivo era diminuir a oferta e
aumentar o preço internacional.
16. • A iniciativa do Estado não deu certo, agravando ainda mais a crise
econômica interna e proporcionando uma nova crise: a política. Desta
forma, desmoronava a República Café com Leite, ou seja,
revezamento na presidência do país entre os Estados de São Paulo e
Minas Gerais e iniciava a ascensão política de Getúlio Vargas.
17. O LADO BOM DA CRISE NO BRASIL
Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo
brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma,
diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal
produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo
positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos
cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando
a indústria brasileira.
18. Sacas de café foram queimadas para
conter a queda dos preços
19. New Deal (Novo Acordo)
• Em 04 de março de 1933 foi eleito
presidente dos EUA Franklin Delano
Roosevelt, que anunciou um pacote de
reformas econômicas, pautadas na
intervenção estatal na economia.
O Estado investiu em infraestrutura, como
construção de estradas, habitações
populares, portos e aeroportos, o que fez
reduzir o desemprego no país e, portanto,
aquecer novamente o poder de compra.
Estabeleceu, também, medidas sociais,
como seguro desemprego, salário mínimo
e aposentadoria.