O documento reflete sobre como as novas tecnologias transformam a sociedade da informação e como as ferramentas da Web 2.0 podem ser usadas para melhorar o ensino quando dominadas e aplicadas corretamente, como foi experimentado em uma ação de formação. A autora descreve como cada sessão foi um desafio para aprender novas ferramentas e como isso a motivou a aplicá-las na biblioteca escolar para envolver estudantes e professores.
As ferramentas da Web 2.0 e a sua aplicação na biblioteca escolar
1. REFLEXÃO FINAL
Os computadores são como bicicletas para a nossa mente
Steve Jobs
Não poderia deixar de, uma vez mais, fazer referência à sociedade em que
presentemente estamos inseridos: a sociedade da informação, aquela em que
diariamente somos invadidos pelas novas tecnologias. Estas chegam até nós de
várias formas e a um ritmo alucinante. É-nos impossível salientar que possuímos o
último modelo de determinado aparelho tecnológico porque nesse momento já está
ultrapassado, já existe outro que o veio substituir com maiores potencialidades, tal é
o avanço da tecnologia. No entanto, toda esta informação com a qual a todo o
momento somos confrontados, para que seja rentável, necessita de ser
transformada em conhecimento, uma vez que informação não é sinónimo de
conhecimento. Para tal, existem à nossa disposição uma grande quantidade de
ferramentas que se as soubermos dominar são uma grande ajuda, facilitam o nosso
trabalho. Cabe-nos, a nós, selecionar aquelas que melhor servem os nossos
objetivos. Neste âmbito, esta ação de formação torna-se de uma grande pertinência
e utilidade. Permitiu contactar com um conjunto de ferramentas da Web 2.0
fundamentais para a prática do professor/ professor bibliotecário.
Esta ação superou imenso, pela positiva, as minhas expectativas.
Habitualmente, na maioria das ações de formação é-nos solicitado trabalho teórico,
sobretudo opinativo o que, além de desmotivante, não se revela de grande
contributo para as nossas práticas. Aqui tudo aconteceu de forma diferente, os
conteúdos foram abordados, nas sessões presenciais, na sua componente prática
pelas formadoras e seus convidados de uma forma bastante clara e objetiva.
Foram, também, fornecidos tutoriais para que posteriormente, caso surgissem
dúvidas, a eles recorrêssemos, aquando da realização dos trabalhos solicitados.
Para mim, cada sessão revelou-se um grande desafio. Não dominando a
maioria das ferramentas apresentadas (algumas até desconhecia a sua existência),
mas sempre disposta a aprender coisas novas, a acompanhar o barco, a não
querer ficar na paragem do autocarro à espera do comboio, expressão que o Dr.
João Proença habitualmente refere, apliquei-me ao máximo, fiquei bastante
motivada para a sua utilização/aplicação na minha prática, sobretudo como
professora bibliotecária. A biblioteca pode e deve ser um centro de difusão de novas
ideias, partilha de conhecimentos e formação de indivíduos. Todos, alunos e
professores, beneficiarão do seu uso, sobretudo se a ela estiverem aliadas estas
novas ferramentas. As práticas tradicionais de ensino necessitam de ser
modificadas e consequentemente, os alunos sentir-se-ão mais motivados para os
novos métodos de aprendizagem, o que irá contribuir para a obtenção de melhores
resultados escolares e para uma melhor formação e preparação para a vida ativa,
dando origem a cidadãos participativos e críticos.
Começámos com a criação de um Blogue, espaço por excelência de
divulgação de todas as atividades que a BE realiza. Seguiu-se o Wiki, ferramenta
que permite a criatividade, a colaboração, a partilha de recursos online, desde que
se tenha acesso à internet; alunos e professores podem tirar grande partido dela.
Os professores podem disponibilizar materiais, os alunos podem pôr à disposição
dos colegas os trabalhos realizados e colaborar simultaneamente nos mesmos.
Digamos que é um espaço de armazenamento ativo de materiais educativos à
disposição de todos e para o qual todos podem contribuir. Já o Prezi possibilita
apresentações bastante dinâmicas o que cativa mais a atenção dos alunos na
apresentação de trabalhos. O Diigo, repositório de recursos seguros, fiáveis e
2. relacionados com os programas, matérias e temáticas lecionadas, facilita a procura/
pesquisa de informação através das tags. A Librarything permite a divulgação dos
livros mais adequados ao público que frequenta a BE, partilhar livros, ter acesso às
novidades, criar a sua própria livraria, fazer e verificar comentários sobre as obras e
receber sugestões de leitura. O Facebook, rede de maior expressão e expansão em
Portugal traduz-se por um contacto mais direto, intensivo e permanente com os
alunos, sobretudo com os que não frequentam fisicamente a BE. É, seguramente,
uma forma da BE se aproximar da comunidade escolar, criando eventos, aplicando
inquéritos, colocando questões, criando concursos, partilhando vídeos, fotos,
difundindo informação. Enfim, é uma rede dinâmica e interativa que possibilita obter
um feedback dos alunos. O Twitter tem a vantagem de se poder acompanhar/seguir
perfis sobre assuntos específicos, de acordo com os nossos interesses. Finalmente
o HootSuite é um aplicativo online para administração de forma rápida e simples
das redes sociais. Não necessita de instalações, possibilita o adicionar de feeds de
sites e blogues, agendar mensagens, fazer uploads de fotos de forma automática e
os conteúdos estão dispostos em colunas. Todas estas ferramentas possibilitam a
criatividade, a colaboração e a partilha de recursos.
Como conclusão, posso referir que participei em todas as sessões de
formação, realizei sempre todas as tarefas propostas e cumpri sempre os prazos
definidos para a realização das mesmas.
A ação foi bastante enriquecedora, mas julgo que se revelou como um
aperitivo, uma iniciação a este mundo tão complexo que é a Web 2.0. Deixou-me
com água na boca, com uma enorme vontade de aprofundar os conhecimentos
adquiridos (as vinte cinco horas presenciais em que decorreu não permitiram que tal
acontecesse). Aguardo uma próxima oportunidade!
A jornada é a recompensa!
Steve Jobs
A formanda:
Lucília Picareta